Para verificar se um fitoterápico é registrado

Entrar no link e colocar no item princípio ativo, o nome científico da planta.
http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/consulta_produto/Medicamentos/frmConsultaMedicamentos.asp


Exemplo:
Se colocar Cordia verbenacea, receberá como respostas os fitoterápicos Cordiaflan e Acheflan.

Conceitos sobre fitoterápicos

O que são fitoterápicos?

Fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se, como princípio-ativo, exclusivamente derivados de drogas vegetais. São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua qualidade.

Fitoterápicos são regulamentados no Brasil como medicamentos convencionais e têm que apresentar critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela ANVISA para todos os medicamentos.

Qual a diferença entre planta medicinal e fitoterápico?

As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la e como prepará-la.

Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. O processo de industrialização evita contaminações por micro-organismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso.

Os medicamentos fitoterápicos industrializados devem ser registrados no ANVISA/Ministério da Saúde antes de serem comercializados.

Como saber se um fitoterápico é registrado na ANVISA/ Ministério da Saúde?

Verifique na embalagem o número de inscrição do medicamento no Ministério da Saúde. Deve haver a sigla MS, seguida de um número contendo 9 ou 13 dígitos, iniciado sempre por 1.


Informações e definições encontradas no poster da ANVISA sobre Fitoterápicos
http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/fitoterapicos/poster_fitoterapicos.pdf

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O alho na Medicina Tradicional Chinesa

Além das diversas aplicações na culinária, o alho (Allium sativum) é usado para o tratamento da saúde humana, desde a antiguidade (há relatos de seu uso medicinal desde 1.500 a.C.), sendo que inúmeras pesquisas já comprovaram muitas das ações farmacológicas.

Algumas das comprovações científicas são, por exemplo, para tratamento de cardiopatias, como bactericida e fungicida, antiviral e fibrinolítica. Ensaios clínicos também sugerem ação nas lipoproteinas e contra hipercolesterolemia, como anti-agregante plaquetário, antifúngico, antiviral e proporciona benefícios nos casos de diabetes tipo 2 e na hipertensão.

Seus princípios ativos também já foram bem estudados, com destaque para a alicina, que atua destruindo e inibindo bactérias gram-negativas, os tiossulfatos, com atividades antibiótica, fungicida e antiviral.

Com relação aos aspectos nutricionais, contém sais minerais (enxofre, cálcio, iodo, silício, ferro), vitaminas (A, B1, B2, C).

Os pacientes que estão utilizando o alho, e que tem programado alguma intervenção cirúrgica, devem suspender o uso 7 dias antes da cirurgia.

A MTC indica o alho para reduzir o Yin, amornar o Baço/Estômago, eliminar o frio, neutralizar toxinas e dissolver estagnações.

Texto: Acupunturista Fabia Cilene Dellapiazza e Marcos Roberto Furlan

Fonte: wikipedia.org

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fitoterapia na veterinária - VI

Resultado muito interessante obtido na pesquisa dos acadêmicos do curso de veterinária da UNIGUAÇU Angélica Aparecida Chuede; Eduardo Roberti; Fernanda Müller Monte e Suelen Pires de Brito, orientados pela Professora e Médica Veterinária Claudia R. Viera Rocha Coeli.
Aproveito também para parabenizar e destacar o apoio e a forma de trabalhar com produtos naturais do Espaço Zen - Reabilitação de Animais.

Aromaterapia atuando em distúrbios de comportamento em cães

Introdução
O presente trabalho relata o uso da Aromaterapia em problemas de comportamento em cães,com a administração de óleos essenciais.   .Problemas de comportamento como agressividade em cães atualmente é comum devido ao estresse do cotidiano. O adestramento é uma das técnicas utilizadas, mas nem sempre apresenta sucesso,podendo-se então tratar através de Terapias Complementares. A Aromaterapia foi o tratamento de escolha, pelo apurado poder olfativo dos cães. Aromaterpia é um ramo da fitoterapia; de determinadas plantas aromáticas é extraído seu óleo  que pode ser aplicado isoladamente ou em combinação com outros óleos , dependendo de cada caso.. Foram utilizados óleos essenciais de Lanvandula angustifolia que possui   propriedades calmantes, anti-bacterianas, anti-sépticas e anti-espasmódicas e Anthemis nobilis   um agente calmante que auxilia no estresse e  no sono.

Objetivo
Este trabalho tem como objetivo aplicar como tratamento em distúrbios de comportamento canino as Terapias Complementares, usando a técnica  de Aromaterapia.

Material e método
No Hospital Veterinário Linus Brauchner, no município de União da Vitória - Pr foi atendido um animal, macho da espécie canina ,inteiro, SRD, chamado Zeus, de idade 6 anos, com aproximadamente 35 kg.
A queixa era de que o cão atacava os animais da casa e da vizinhança, chegando algumas vezes a matar suas vítimas, era extremamente agressivo e agitado.
Optou-se por usar uma terapia complementar, no caso a Aromaterapia, utilizando-se de óleo essencial de Lavandula angustifolia, administrando duas gotas em região cervical do paciente e pelo uso do mesmo óleo   na água de beber, na proporção de 5 gotas de óleo em dois litros de água.

Resultados
Depois de duas semanas de tratamento, ocorreu uma melhora de comportamento do animal. Optou-se então por manter a Lavandula angustifolia em região cervical e mudar o protocolo, trocando a Lavanda por Camomila romana (Anthemis nobilis) na água de beber.
Uma semana após, o animal apresentou visível melhora de comportamento, vindo à obedecer os comandos de seus donos.
A proprietária relata que o animal estava mais sonolento, porém a agressividade diminuiu bruscamente. O animal está sendo monitorado, e pode-se observar que ele está mais obediente. Foi recomendado a castração do animal.

Referencial teórico
Quando um cão manifesta comportamento de agressividade, apresenta uma condição de insatisfação por meio de alguns sinais.  Os animais possuem personalidades diferentes; e vários podem ser os motivos de mau comportamento.  O hormônio testosterona também é determinante em cães mais bravos, portanto machos não castrados têm maior tendência à agressividade do que os castrados.
A aromaterapia é um ramo da fitoterapia que vem demonstrando sucesso em tratamentos com animais,
Os óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, portanto é de suma importância que seja prescrita por um médico veterinário especialista.
A Lavandula angustifolia tem como propriedades terapêuticas calmante, digestivo, anti-bacteriana, anti-séptico e anti-espasmódico. Pode ser usada como terapia calmante. A parte da planta utilizada são as flores.
Anthemis nobilis é vulgarmente conhecida como camomila romana, camomila, maçã chão, camomila inglês; é uma planta perene encontrada em campos secos e em torno de jardins e campos cultivados. A planta é usada para alimentos de sabor, em  perfumes e cosméticos, sendo muito popular na aromaterapia, pois é um agente calmante para acabar com o estresse e auxiliar o sono.

Conclusão
Conclui-se que o uso da aromaterapia é satisfatória em tratamentos com animais. Pode ser prescrita no tratamento das mais variadas patologias e desequilíbrios.
Apesar de proporcionar bem-estar sem aparentes efeitos indesejados deve ser empregada com cautela e de preferência prescrita por um profissional especializado, no caso um Médico Veterinário, que saberá verificar  as contra indicações,  dosagens corretas e  melhores vias de administração. O tratamento em questão apresentou sucesso, e o animal apresenta comportamento mais dócil, resultando em qualidade de vida e equilíbrio geral.

Referências
PRICE, Shirlei Aromaterapia e as Emoções. 2ª  Edição - Editora Bertrand Brasil; 2006.
TEIXEIRA, Sérgio Medicina Holística. 2ª  Edição - Editora Campus; 2003.
SHWARTZ, Creryl Quatro Patas Cinco Direções. 1ª Edição - Editora Icone; 2008.

domingo, 10 de junho de 2012

Tempero da vida

O testemunho dos cientistas sobre as propriedades curativas do curry

O curry, um tempero muito reverenciado na Índia e em outras partes da Ásia como o "pó sagrado" por causa de suas propriedades medicinais, está rapidamente ganhando a atenção dos pesquisadores ocidentais por suas possibilidades anticancerígenas e sua capacidade promissora em deter condições como doenças cardíacas e doença de Alzheimer.

Foi somente nos últimos 10 anos que os cientistas começaram a estudar seriamente e focaram-se nas propriedades curativas e antioxidantes da curcumina, um composto químico fundamental encontrado neste tempero picante amarelo. Esta pesquisa é importante não apenas em explorar novos e mais eficazes tratamentos naturais para doenças, mas também por estimular o estudo sobre o valor medicinal de alimentos tradicionais e plantas nativas de culturas ao redor do mundo, diz o Dr. Mahtab Jafari, professor adjunto de ciências farmacêuticas da Universidade da Califórnia em Irvine. O Dr. Jafari tem estudado por muito tempo a saúde e o poder curativo das plantas e dos produtos alimentares naturais, incluindo a curcumina.

A curcumina é derivada da raiz da cúrcuma. Esta planta é um membro da família do gengibre e cresce no Himalaia. Durante séculos, na Índia, China e outros países asiáticos, o curry não só serviu como um tempero básico de culinária, mas também tem sido usado para curar e tratar feridas e outras aflições.

Estudos têm mostrado que a curcumina química é capaz de bloquear um processo biológico necessário para que certas formas de câncer se espalhem. Mais especificamente, o produto químico inibe uma proteína chamada "fator nuclear-kappa B” (NF-kB, em inglês), que pode causar processos inflamatórios anormais podendo levar a várias doenças como artrite e câncer.

Mas apesar de muita pesquisa ainda ser necessária no estudo das qualidades saudáveis e curativas deste e de outros alimentos e plantas nativas encontradas globalmente – como o ginkgo, o óleo de peixe, o ginseng, o alho, as frutas antioxidantes, e a planta Rhodiola rósea – o Dr. Jafari tem em grande estima a atenção investigativa que vem sendo dada ao curry e a sua ampla gama de possibilidades curativas.

Num estudo in vitro publicado no acesso aberto do BioMed Central do Jornal de Pesquisa Ovariana, cientistas do Sanford Research (em Sioux Falls, S.D.) e da Universidade de Dakota do Sul, ambos nos EUA, descobriu-se que o pré-tratamento de células de câncer do ovário com nanopartículas de curcumina fazem estas células mais sensíveis à quimioterapia e radioterapia.

Cientistas do Anderson Cancer Center da Universidade do Texas descobriram que em ratos de laboratório a curcumina deteu a propagação do câncer de mama, reduzindo os efeitos tóxicos danosos de uma droga amplamente usada na quimioterapia.

Ingerir curry ajuda a melhorar o desempenho mental e pode ajudar a afastar a doença de Alzheimer, foi o que concluiu a pesquisa da Universidade Nacional de Singapura depois de estudar mil asiáticos entre 60 e 93 anos de idade que não sofriam da doença.

O estudo descobriu que os indivíduos que consumiam um prato preparado com curry pelo menos uma vez por mês ou apenas uma vez em seis meses demonstraram capacidades mentais melhores do que aqueles que nunca ou raramente comiam. Trabalhando com culturas de células de laboratório, pesquisadores da Divisão Médica da Universidade do Texas em Galveston descobriram que a curcumina bloqueia a atividade de um hormônio gastrintestinal implicado no desenvolvimento do câncer colorretal, o segundo tipo de câncer que mais causa mortes nos EUA, com cerca de 60 mil mortes por ano.

Cientistas da Universidade de College Cork, na Irlanda, também descobriram que moléculas encontradas no curry são capazes de matar as células de câncer de esôfago in vitro. Um relato de pesquisadores no Jornal de Agricultura e Química Alimentar descreveu progressos notáveis no desenvolvimento de uma cápsula de tamanho nanométrico, que quando ingeridas aumentam a absorção do corpo à curcumina, ajudando assim pacientes e outras pessoas a manterem níveis adequados da substância química antioxidante em seu trato gastrointestinal para combater o câncer, o Alzheimer e outras condições médicas.

Embora existam evidências crescentes sugerindo que as propriedades do curry combatem doenças, nutricionistas e outros profissionais de saúde avisam que ainda é muito cedo para fazer recomendações específicas de saúde ou médicas a respeito do consumo da perfumada especiaria. No entanto, a renomada nutricionista Beth Sumrell Ehrensberger escreve na HealthCastle.com, "Não prejudicaria em nada acrescentar mais alguns pratos à base de curry na sua dieta apimentando-os com o pó de curry."

No entanto, a nutricionista Katie Clarke, escrevendo no website Diet Channel, oferece algumas palavras de cautela: O uso do curry, neste momento, diz ela, não é um regime de prevenção ao câncer ou terapia aprovada oficialmente. Além disto, “consumir grandes quantidades de curcumina suplementar também não é recomendado e pode ser prejudicial por poder causar toxicidade hepática e a formação de cálculos biliares”, observa ela.

Autor do texto: Michael Dabney, ex-palestrante de biociências da Universidade da Califórnia em San Diego, escritor freelancer de Chula Vista, Califórnia, especializado em ciência e educação.

Data: 04.06.2012