sexta-feira, 13 de julho de 2012

Importância da flora espontânea dos quintais - V


Serralhinha

Seu nome científico é Emilia sonchifolia, com origem asiática. De tão comum nos quintais, parece ser nativa do Brasil. Muitos a conhecem pelo nome de pincel-de-estudante, justificado pelo formato de sua inflorescência. Também possui recebe nomes populares, como, por exemplo, serralhinha, bela-emília e falsa-serralha.

Outras curiosidades são: pode ser utilizada como comestível, principalmente na forma refogada; tem estudos sobre suas propriedades medicinais (como antioxidante e bactericida¹, hepatoprotetora2); o extrato de suas folhas inibe a germinação de sementes de espécies concorrentes; é apícola, e suas flores podem ser colhidas e colocadas em vasos para ornamentar, pois na água dura um bom tempo; e nas plantações, por ter caule tenro, é uma das preferidas pelos pulgões, o que propicia alternativa de alimentação para esses insetos.

Referências:
1 – RAJ, M. Natural antioxidant (flavone glycoside) from Emilia sonchifolia dc. and its potential activity. International Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, v. 4, Supl 3, p.159,62, 2012 (http://www.ijppsjournal.com/Vol4Suppl3/3576.pdf).
2 – SOPHIA, D. et al. Protective effect of Emilia sonchifolia (L.) against high protein diet induced oxidative stress in pancreas of Wistar rats
J Pharm Bioallied Sci., v.4, n.1, p.60–65, 2012 (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3283958/).


Texto: Marcos Roberto Furlan e colaboração da acadêmica de agronomia Lilian Matheus

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Interesse por fitoterápicos: mercado já movimenta US$ 1 bilhão no País


A fitoterapia começou a ser difundida no mercado por meio do conhecimento popular, com pessoas que buscavam a cura para suas doenças em chás ou plantas consideradas medicinais. O poder dessas substâncias foi ganhando, então, a atenção de pesquisadores e da indústria, que decidiram comprovar, cientificamente, os benefícios das plantas usadas na crendice popular e outras ainda desconhecidas.Não à toa, o resultado de tais investimentos fez com o mercado de fitoterápicos crescesse exponencialmente no País nos últimos anos. Confira, abaixo, alguns números do setor:

O mercado de fitoterápicos brasileiro movimentou aproximadamente US$ 1 bilhão no ano passado e, para 2012, as expectativas são as de que esse setor cresça, em média, entre 10% e 15%.

Mundialmente, estima-se que o mercado de fitoterápicos movimente US$ 20 bilhões de dólares por ano.

De acordo com relatório recente da Global Industry Analysts, o mercado global de produtos de diversas classes que utilizam plantas como matéria-prima, como a indústria farmacêutica, deve chegar a US$ 93,15 bilhões em 2015. A consultoria destaca ainda que a Europa lidera como o maior mercado, enquanto as taxas de crescimento estão concentradas na região Ásia-Pacífico.

No Brasil, os fitoterápicos ainda representam menos de 3% do mercado total de medicamentos, segundo estimativas da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).

Fonte: Abifisa
10 de Julho de 2012 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Acupuntura , Moxibustão e Stiper em tratamentos de animais geriátricos


Mais um belo trabalho. Parabéns e obrigado!
Acadêmico(s): Adriana Daubermann, Fernanda Janiszewski
Orientador: Cláudia R. Vieira Rocha Coeli – Medicina Veterinária


Introdução
O termo Acupuntura tem origem do latim, sendo acus = agulha e pungere = espetar, porém na linguagem chinesa é representado por Shen Shiu ou Zhen Jiu que significa espetar e queimar. Esta é uma técnica que está envolvida no tratamento com a moxibustão, que deriva de Moxa = mogusa, uma preparação de Artemisia vulgaris , e bustum, que é o local da queimadura. A acupuntura reúne, na verdade, duas técnicas, sendo elas: a estimulação de áreas definidas na pele por agulhas e  por transferência de calor para fins de aumentar a energia do corpo. O stiper é uma técnica onde são utilizadas pastilhas de silício cristalizado ao invés de agulhas sobre a pele. A prática do uso de silício segue os mesmos princípios da acupuntura, porém o estímulo é feito por outro instrumento. Diferentemente da sessão de acupuntura tradicional, bastam poucos minutos para que as pastilhas sejam fixadas na pele do paciente por meio de adesivos, e após aplicadas permanecem de 2 a 5 dias no corpo.

Objetivos
Entender como a acupuntura   e moxibustão beneficia o paciente.
Entender como o stiper age no corpo do animal.
Relatar o caso de uma Border Collie de 15 anos.

Material e métodos
Border  Colie, 15 anos, fêmea, atendida no Centro de Reabilitação Animal, Espaço Zen, na cidade de Curitiba, PR. Após exames físicos, constatou-se  paresia de trem posterior, espondilose toracolombar e lombar, artrose, dificuldade para se levantar, diminuição de amplitude de movimento em membros posteriores.


Análise
Quando o animal foi atendido, este fazia uso de tramadol, pois de-monstrava muitos sinais característicos de dor. Após uma consulta pela MTC e avaliação clínica, observou-se que poderia ser utilizada a acupuntura com moxa, associada ao stiper (FOTO 2) para que o animal não apresentasse mais sinais de dor. O tratamento utilizado é a associação de acupuntura com moxa (Artemisia vulgaris) uma vez por semana e stiper na região de coluna.

Conclusão
Conclui-se que, em seguida a algumas aplicações, o animal reagiu positivamente e foi possível fazer a retirada do uso do tramadol e permanecer com a terapia complementar de acupuntura associada com moxa (Artemisia vulgaris) e stiper. O paciente continua em tratamento , mas com intervalos entre as sessões de quinze dias. Houve uma significativa melhora , ajudando de forma benéfica  a qualidade de vida do animal.  Foi prescrito também uma dietoterapia pela Medicina Tradicional Chinesa para animais geriátricos.

Referências

BICHARD, Stephen; SHERDING, Robert G. Manual Saunders clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, 2008.
SCHOEN, Allen M. Acupuntura Veterinária: Da Arte Antiga à Medicina Moderna. São Paulo: Roca, 2006.
ZOHMANN, Andreas; DRAEHMPAEHL, Dirk. Acupuntura na Cão e no Gato. São Paulo: Roca, 1997.

Boas perspectivas para alimentos orgânicos


Notícia da edição impressa de 09/07/2012

Quem produz alimentos, especialmente orgânicos, terá bons lucros no futuro. A edição do mais completo dossiê de tendências do setor de alimentos – The Future Report Food – aponta que o setor deve faturar US$ 5,9 trilhões em 2014. Entre as tendências, destaque para o mercado de alimentos orgânicos, que deve movimentar US$ 104,5 bilhões (2015) e o de funcionais, responsáveis por alterar a percepção que os consumidores têm dos alimentos geneticamente modificados. O mercado global de alimentos funcionais deve faturar, em 2014, US$ 29,8 bilhões; o Japão, maior mercado consumidor de alimentos funcionais, vai faturar US$ 11,3 bilhões em 2014; nos Estados Unidos, as vendas devem crescer 20,7%, chegando a US$ 9,1 bilhões.

Painel Econômico

Especialista defende fortalecimento da agricultura orgânica

RIO DE JANEIRO (19.06.2012)– A agricultura orgânica é um dos caminhos para o desenvolvimento sustentável em nível global, mas é uma técnica ainda em construção no mundo todo. A avaliação foi feita nesta terça-feira (19), à Agência Brasil, pela coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner. Ela participa do evento Green Rio, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, aberto no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio.

Segundo Sylvia Wachsner, embora contribua para a proteção do meio ambiente, do solo e da água, a agricultura orgânica ainda mostra deficiências que precisam ser superadas sem demora. “Ainda falta escala. Há problemas sérios de logística. Ainda precisa de tecnologia voltada para o setor, não há sementes em quantidade suficiente”. Para a coordenadora, é fundamental que os pequenos produtores se unam para ter mais força de negociação no mercado.

Mesmo em países desenvolvidos, como a Alemanha, a agricultura orgânica apresenta pequena participação: cerca de 3% da área total disponível para plantio, relatou Sylvia Wachsner. Ela ressaltou que, no Brasil, existem apenas 1,5 milhão de hectares certificados como orgânicos. “Temos muito que trabalhar”, assegurou.
A partir de estudos feitos nas regiões serrana e centro-sul do Rio de Janeiro, o CI Orgânicos mapeou a existência de 106 produtores que trabalham com esse tipo de agricultura no Rio de Janeiro.

Sylvia Wachsner disse que é preciso apoiar os agricultores a fazerem estudos técnicos do solo para que possam melhorar a produção. Segundo ela, a maioria dos agricultores orgânicos não possui a Declaração de Aptidão para Agricultura Familiar (DAP). “DAP significa a venda de alimentos da agricultura familiar e orgânicos para a merenda escolar”, observou.

De acordo com a especialista, o grande problema da agricultura orgânica e familiar é similar ao das empresas agrícolas maiores. “É a questão da logística, da comunicação. Em muitas partes do Rio de Janeiro, não entra a banda larga, os telefones celulares não funcionam. O produtor tem um sério problema para chegar com sua mercadoria nos mercados, sejam eles municipais ou o grande varejo. É preciso trabalhar isso”. Outro estudo identificou que os restaurantes gostariam de adquirir produtos orgânicos.

HDL influencia a síntese e a absorção do colesterol | Agência FAPESP :: Especiais

10/07/2012 - Por Karina Toledo

Agência FAPESP – A sigla HDL, popularmente conhecida como “colesterol bom”, tornou-se familiar até para quem não é da área da saúde depois que diversos estudos demonstraram a importância dessa lipoproteína na prevenção da aterosclerose e das doenças cardiovasculares. Acreditava-se que o efeito protetor da HDL fosse devido principalmente à sua capacidade de roubar o colesterol presente na parede das artérias e carregá-lo de volta para o fígado, para ser reaproveitado ou excretado.

Mas uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) revela que as concentrações dessa lipoproteína no sangue influenciam também a síntese e a absorção do colesterol no organismo, além de estarem associadas à ação da insulina no metabolismo da glicose. Os dados foram publicados na revista Clinica Chimica Acta .

“Compreender melhor o papel da HDL no metabolismo do colesterol é fundamental, pois o benefício causado pelo aumento dessa lipoproteína no sangue supera o malefício causado pela elevação da LDL (o colesterol ruim)”, afirmou Eder C. R. Quintão, coordenador da pesquisa financiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático.

Segundo Quintão, os medicamentos existentes para combater o colesterol atuam reduzindo a concentração de LDL (sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade) e de VLDL (sigla em inglês para lipoproteína de muito baixa densidade), que também têm a missão de levar colesterol aos tecidos, mas ao atravessarem a parede da artéria ficam presas e contribuem para a formação da placa aterosclerótica.

“O ideal seria desenvolver drogas capazes de aumentar a HDL no sangue. A dieta e o exercício têm pouco impacto nesse processo. A ingestão habitual de bebida alcoólica, embora eleve a HDL, provoca aumento de mortalidade por causas não cardiovasculares”, disse o pesquisador.
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