quinta-feira, 19 de julho de 2012

Neandertais conheciam propriedades das plantas medicinais

18 de julho de 2012

Um grupo internacional de pesquisadores demonstrou que os neandertais que viviam no sítio arqueológico de El Sídron, na Espanha, conheciam as propriedades medicinais e nutricionais de algumas plantas, como a camomila, e incluíam vegetais em sua dieta.

A pesquisa, que contou com a participação de especialistas do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha, da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) e da Universidade de York (Reino Unido), chegou a estas conclusões a partir da análise do tártaro presente nos dentes de cinco indivíduos adultos e de um jovem da espécie. Até pouco tempo atrás, pensava-se que os neandertais, que foram extintos há cerca de 30 mil e 24 mil anos, eram predominantemente carnívoros.

No entanto, cada vez mais estudos, como este publicado na revista alemã Naturwissenschaften, mostram que a espécie também se alimentava de vegetais, sobretudo em latitudes mais ao sul, disse Antonio Rosas, diretor do grupo de paleoantropologia do Museu Nacional de Ciências Naturais e um dos autores do trabalho. "Está se observando que sobretudo em latitudes mais ao sul da Europa, como em El Sidrón, os neandertais tinham um componente vegetal nada desdenhável em sua dieta", explicou.

Os pesquisadores encontraram nos dentes da espécie moléculas de amido, presentes em tubérculos, legumes e frutas secas. O tártaro cresce nos dentes por uma superposição de camadas e entre elas ficam armazenadas moléculas e compostos químicos.

Além disso, o estudo constatou que pelo menos um dos indivíduos analisados tinha ingerido plantas de sabor amargo, concretamente aquiléa e camomila, disse em uma nota de imprensa Stephen Buckley, do centro BioArCh, da Universidade de York. "O fato de usarem este tipo de planta com pouco valor nutritivo é surpreendente. Nós sabemos que os neandertais as usavam amargas, portanto provavelmente a espécie selecionava as plantas por razões que vão além de seu sabor", afirmou Buckley.

Antonio Rosas compartilha da opinião e disse que a partir da descoberta de compostos químicos derivados da camomila se conclui que a espécie sabia de suas propriedades medicinais. Karen Hardy, da UAB, ressaltou que "a variedade de plantas que identificamos sugere que os indivíduos neandertais que viveram em El Sidrón tinham um conhecimento sofisticado do meio natural, que incluía a habilidade para selecionar e usar certas plantas por seu valor nutricional e curativo". "A carne era claramente primordial, mas nossa pesquisa evidencia uma alimentação bastante mais complexa do que sabíamos até agora", explicou Karen.

A presença de componentes vegetais na dieta da espécie não é a única descoberta do trabalho. Segundo Rosas, foram encontradas evidências de fumaça no tártaro, provenientes, ao que tudo indica, de alimentos feitos à lenha. O sítio arqueológico de El Sidrón, descoberto em 1994, possui a maior coleção de neandertais da Península Ibérica.

Importância da flora espontânea dos quintais - VI


A erva-botão e o fígado

Algumas espécies cosmopolitas, como a Eclipta alba, na maioria das regiões, ocorrem, no meio de tantas outras, sempre em minoria, mas resistem à competição das outras espécies, usando seus próprios recursos, pois não podem contar com a ajuda de nenhum outro ser vivo.

No entanto, se suas qualidades fossem divulgadas, a E. alba teria muitos aliados entre os seres humanos. Portanto, como contribuição para a valorização dessa espécie, e, consequentemente, sua preservação, nesse texto são fornecidas algumas informações sobre a sua importância medicinal.

O seu principal nome popular - erva-botão - tem muito a ver com o formato de sua inflorescência ainda verde, pois parece um botão de camisa. Seus outros nomes populares são, por exemplo, agrião-do-brejo e surcuína.

Na fitoterapia, destaca-se por sua atividade hepatoprotetora, auxiliando um bocado no funcionamento do fígado. A principal substância relacionada ás suas atividades terapêutcas é a wedelolactona, e o seu uso oficial ocorre por meio de cápsulas.

Nos artigos indicados, muitas outras ações, já comprovadas cientificamente, são citadas.


Texto: Marcos Roberto Furlan

Selecionei alguns artigos para que confirmem suas indicações:

Chemical composition, pharmacological activities of Eclipta alba (http://jpronline.info/index.php/jpr/article/view/24/19)
A review on hepatoprotective herbal drugs 
Eclipta alba (L.) A review on its phytochemical and pharmacological profile

Fonte: wikipedia

Fitoterapia ajuda a perder peso de forma mais eficaz e saudável

A fitoterapia é mais eficaz no tratamento da obesidade e excesso de peso do que os medicamentos farmacêuticos ou a mudança do estilo de vida, revelou esta terça-feira um estudo apresentado pelo Centro de Terapias Chinesas (CTC), avança a agência Lusa.

O estudo, realizado por um grupo de investigadores da Universidade de Hong Kong, concluiu que, em média, nos universos de análise considerados, a fitoterapia ajuda os pacientes a perder mais 0,65 quilos e a reduzir mais 0,83 por cento de Índice de Massa Corporal (IMC) do que os que tomam fármacos para perder peso.

De igual modo, em termos médio, em função do número de casos analisados, quando comparada com a mudança de estilo de vida, a fitoterapia permite perder mais 2,46 quilos e reduzir cerca de dois por cento de IMC.

Segundo o comunicado divulgado esta terça-feira, a conclusão surgiu da “compilação de 96 estudos que compararam a eficácia desta terapia tradicional, aliada ou não à acupunctura”, com o método farmacológico e com a mudança de estilo de vida.

Esta terapia asiática, que consiste no tratamento de doenças através do uso de plantas, é uma técnica utilizada pela medicina tradicional chinesa que é praticada, em Portugal, no Centro de Terapias Chinesas (CTC).

Segundo dados da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, o excesso de peso é o maior problema da saúde pública do século XXI e afecta mais de metade dos portugueses.

Planta da semana: beldroega - IV


Beldorega (Portulaca oleracea L.)


Características gerais: herbácea prostrada, anual, suculenta, ramificada, completamente glabra, com ramos de cor rosada de 20-40 cm de comprimento, originária da região mediterrânica (Norte da África e/ou Sul da Europa) e hoje dispersa em todo o território brasileiro. Folhas simples, alternas, carnosas, de 1-2 cm de comprimento. Flores solitárias, axilares, de cor amarela, que se abrem apenas na parte da manhã. Os frutos são cápsulas deiscentes, com sementes pretas e brilhantes. Multiplica-se apenas por sementes, sendo muito prolífera. Uma única planta produz 10.000 sementes, que podem permanecer dormentes por 19 anos.

As denominações mais comuns são: beldroega, salada-de-negro, caaponga, porcelana, bredo-de-porco, verdolaga, beldroega-pequena, beldroega-vermelha, beldroega-da-horta, onze-horas.

Variedades Tradicionais – Folha estreita e folha larga.

Clima e Solo - A beldroega é uma planta que se desenvolve em climas diversos desde os subtropicais aos tropicais. O solo deve ser leve, fértil e com bom teor de matéria orgânica.

Calagem e Adubação – Deve ser feita em função da análise de solo. Aplicar calcário em quantidades suficientes para se ter um solo com pH entre 5,5 e 6,5. 

Adubação - para solos de fertilidade média:
No plantio – utilizando-se 3 kg composto orgânico por metro quadrado de canteiro.
Em cobertura – após cada corte realizado, 1 a 3 kg composto orgânico por metro quadrado.

Preparo do solo - No caso do preparo convencional, aração e gradagem, atentando-se para a adoção de práticas conservacionistas. Em seguida, efetuam-se o levantamento de canteiros e a adubação. Os canteiros deverão ter as seguintes dimensões: 1,20 m x 20 m x 0,25 m.

Época de plantio - o plantio pode ser feito o ano todo. Em regiões que apresentem um clima mais quente, principalmente no verão, o plantio deve ser feito de março a agosto (inverno).

Plantio – a semeadura é feita diretamente no canteiro definitivo, em sulcos distanciados de 80 cm, deixando-se, após desbaste, um espaço de 40 cm, para as plantas de crescimento indeterminado e para as plantas de crescimento determinado, o espaçamento é de 0,30 x 0,30 m.
Quem preferir, pode produzir as mudas em bandejas de isopor, em saquinhos de papel ou por outro método. A germinação ocorre em até sete dias e as mudas ficam prontas em torno dos 20 dias quando a plântula tiver quatro a seis folhas definitivas.

Tratos culturais - a cultura deve ser mantida no limpo, através de capinas manuais. Fazer amontoa para evitar que o colo das plantas fique descoberto. A irrigação das plantas deve ocorrer de acordo com as exigências da cultura e o tipo de solo.

Pragas e doenças – Não há, até o momento, registro de ocorrência de pragas e doenças.

Colheita – Inicia –se aos 75 – 80 dias após a semeadura ou 40 a 60 dias após o plantio das mudas, podendo produzir de 3 a 7 cortes, espaçados de 30 dias. O ponto ideal de colheita ocorre quando o caule ainda está macio, folhas redondas e com a cor verde - escuro. O corte das ramas das plantas é feito a 5 ou 10 cm acima da superfície do solo quando, então, os ramos são cortados com 20 a 40 cm de comprimento. Todo manuseio da beldroega deve ser feito na sombra.
Após o corte dos ramos, faz-se uma seleção e eliminam-se as que tenham defeitos.
Lavar as os ramos em água corrente e de boa qualidade. Logo a seguir, amarram-se os ramos em maços, com peso médio de 300 gramas e a produtividade pode chegar a 20.000 kg/ha.

Fonte do texto: Manual de hortaliças não-convencionais / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. – Brasília : Mapa/ACS, 2010. 92 p.



Planta da semana: beldroega - III


Omelete verde

Ingredientes:
4 ovos  ( inteiros)
1 colher  (sopa ) de queijo fresco ralado
1 colher (sopa ) de farinha de trigo
½  xícara (chá) de  folhas de beldroega, seralha, bertalha,
picadas
½  xícara (chá ) de salsa e cebolinha picada
Sal e pimenta a gosto
Óleo para untar

Recheio:
1 lata de sardinha
1 xícara (chá) de tomate picado
½ xícara  (chá) de cebola picada
Salsa e cebolinha a gosto.

Modo de Preparo:
Coloque em uma tigela os ovos, a cebola, o queijo, a farinha de
trigo. Mexa bem e acrescente a beldroega, mostarda, salsa e
cebolinha, tempere a gosto.
Unte uma frigideira deixe aquecer e coloque um pouco da
massa. Deixe dourar e vire. Coloque na metade  da massa um
pouco do recheio e dobre o omelete, formato de pastel meia
lua. Deixe dourar e retire.

Receita extraída da publicação: Hortaliças não-convencionais: (tradicionais). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. – Brasília : MAPA/ACS, 2010.    52 p.
Para baixar a publicação completa:

Planta da semana: beldroega - II


Na postagem anterior, a bela descrição do genial Guimarães Rosa. Agora, um texto para mostrar as qualidades da beldroega (Portulaca oleracea).

Nos quintais, calçadas, hortas, pomares e cafezais, dentre outros locais, ainda persiste, resistindo às enxadas e aos herbicidas. Infelizmente, não sabemos por quanto tempo ainda fará parte dos nossos quintais.
Quem observa seu caule tenro, suas folhas suculentas e suas flores miúdas, desespera-se por imaginá-la tão indefesa.

De nossa parte, construir textos que mostrem seu valor pode ser uma ferramenta auxiliar, mas o mais importante é mantê-la em nossos arredores, protegendo-a, mas também aplicando suas qualidades, tanto na culinária quanto no tratamento da saúde.

Trazida pelos portugueses, no começo de sua vida, nas terras do Brasil, entrou como uma respeitável hortaliça, de fácil crescimento e resistente às pragas. De repente, não se sabe bem o porquê, passou a ser mais reconhecida como planta daninha, sem ao menos cometer algum pecado.

Além de suas folhas suculentas serem comestíveis, com teores interessantes das vitaminas A e C, e de sais minerais, também têm usos medicinais populares, como, por exemplo, anti-inflamatória, diurética, emoliente, laxativa, emenagoga e vermífuga. 


Texto: Marcos Roberto Furlan



Planta da semana: beldroega - I (descrita por Guimarães Rosa)


Aí a beldroega, em carreirinha indiscreta  -  ora-pro-nobis! – apontou caules ruivos no baixo das cercas das hortas, e, talo a talo, avançou. Mas o cabeça-de-boi e o capim-mulambo, já donos da rua, tangeram-na de volta; e nem pode recuar, a coitadinha rasteira, porque no quintal os joás estavam com o espinho-agulha e com o gervão em flor.

Em “Sarapalha”, do livro “Sagarana”.

Assim a beldroega é descrita por Guimarães Rosa.

Que bom se as descrições botânicas fossem feitas dessa forma! Além de retratar a planta, instala-nos em seu ambiente, como se estivéssemos deitados,  a observar o desfecho da competição entre as cinco espécies.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Notícias de Angola: Secretária da Presidência defende cultivo e conservação de plantas medicinais

Luena - A secretária da Presidência da República para os Assuntos Sociais, Rosa Pacavira, realçou hoje, na cidade do Luena, que para se aumentar a produção dos terapeutas tradicionais é preciso que muitas plantas medicinais sejam cultivadas e conservadas.

A governante, que fazia a apresentação dos principais pontos de abordagem durante o Fórum Regional sobre Política Nacional de Medicina Tradicional e Práticas Complementares, numa promoção da Casa Civil da Presidência da República, que se realiza hoje nesta cidade, defendeu a entrega de terras aos terapeutas para que possam cultivar ervas e plantas medicinais.

Na sua opinião, existem centenas de plantas medicinais, por isso, é preciso formar uma lista destas para facilitar a sua aplicação e administração. “Fomentar a investigação científica para que os descendentes dos terapeutas possam conhecer os nomes das plantas, pelo facto de que na tradição bantu quem sucede ao trono deve ser alguém da linhagem”, disse.

Rosa Pacavira anunciou que o governo vai criar mecanismos para a alfabetização dos terapeutas e parteiras tradicionais, bem como implantar centros para os terapeutas em todas províncias, valorizando esta franja da sociedade. Para o efeito, disse ser preciso trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde e outros sectores governamentais.

O fórum visa obter subsídios para integrar as práticas de medicina tradicional no sistema nacional de saúde, de modo a garantir cuidados de saúde, com eficácia, segurança e qualidade a toda a população. Estão presentes quadros dos sectores da saúde, educação, cultura, justiça, agricultura, ambiente, comunicação social, ervanários, parteiras tradicionais, investigadores entre outros.

Data: 13.07.2012


Mudar radicalmente forma de produzir é o desafio da agricultura orgânica

O mercado dos orgânicos cresce perto de 20% ao ano no Brasil. Por isso, a Rio de Una, que já trabalha no sul do país há 15 anos, decidiu produzir no nordeste também. Para isso, teve que encontrar agricultores da região dispostos a enfrentar esse desafio.

Robson Alves, dono de um sítio de 12 hectares em Lagoa Seca, no sertão da Paraíba, foi o primeiro a abrir as porteiras para o novo negócio. Ele já trabalhava no sistema agroecológico desde 1998, sem usar venenos nem adubo industrializado. A variedade de produtos é grande: tem feijão, mandioca, milho e batata, que é a principal cultura. Só que ele não tinha a certificação para vender os produtos como orgânicos e a empresa pagou pela certificação.

A batata é uma cultura famosa por usar muito agrotóxico, mas já existem técnicas e produtos alternativos que permitem controlar pragas e doenças sem usar veneno. A calda bordalesa é um fungicida pouco tóxico feito com a mistura de cal virgem com sulfato de cobre. No mesmo pulverizador, ele acrescenta um produto regional, o álcool com castanha de caju. Na mistura ainda vai um biofertilizante feito ali na propriedade. Depois de fermentar por 35 dias, a mistura está pronta pra ser usada.

A produtividade varia de 8 a 10 toneladas de batata por hectare. É pouco, se comparado com as lavouras convencionais, mas o produtor está satisfeito.

Na produção de verduras e legumes, a tecnologia existente para a agricultura orgânica já garante produtividade bem semelhante à dos cultivos convencionais. Mesmo no sertão.
No assentamento primeiro de maio, no município de Teixeira, a família da Silvania Lima já trabalha com horta há mais de 15 anos. No começo, a horta era tocada de forma convencional. A mudança pro orgânico aconteceu há cinco anos.

O lote da Silvania tem nove hectares. A horta ocupa mais ou menos dois e a especialidade é a produção de cenoura. Para garantir a qualidade, foi preciso encontrar uma maneira natural de controlar o nematoide, um verme de solo que não é visível a olho nu e estraga a aparência da cenoura.

A solução foi o plantio da crotalária, uma leguminosa que atrai o verme e também serve como adubo verde, porque retira nitrogênio do ar e transfere pro solo.

Em outro assentamento, que fica no perímetro irrigado de Souza, quase na divisa com os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, vive o técnico agrícola Antônio Andrade. “Estamos produzindo berinjela, pimentão e tomate”, diz. A propriedade tem cinco hectares.

Num outro lote perto, vive a família do Edinaldo Nascimento. Dos cinco hectares da propriedade, pouco mais de meio está ocupado com o cultivo de hortaliças. O restante da área está ocupado com uma nova atividade: o plantio de fruteiras, com goiaba, coco e, futuramente, maracujá. As goiabeiras são cultivadas em consórcio com as hortaliças, para aproveitar as adubações.

Ele recebe assistência do próprio filho, Manuel, técnico agrícola que trabalha para a empresa e atende os produtores da região. “Doença é pouco. O que mais afeta é o pulgão, que atrasa a planta e transmite virose”, diz Manuel. Para controlar o pulgão e outras pragas se usa produtos biológicos.

A parceria com a empresa aliou tecnologia ao conhecimento que os agricultores foram acumulando ao longo da vida. Enquanto desenvolve mercado e busca a melhor maneira de produzir no sertão, a empresa vem ajudando os agricultores a bancar a adoção das novas tecnologias.

Esse modelo produtivo ainda tem muito o que caminhar, mas já está mais do que provado que ele melhora a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.

Data: 08.07.2012
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