sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Planta da semana: copaíba - II

Importante artigo sobre revisão dos usos do óleo-de-copaíba

Parte do texto:

Existem hoje descritas algumas dezenas de propriedades medicinais diferentes, que vem sendo em alguns casos comprovadas cientificamente, como atividade antimicrobiana, antiinflamatória, antineoplásica entre outras. Estudos recentes têm demonstrado também grande potencial de uso do óleo de copaíba na odontologia, na composição de cimentos endodônticos e na prevenção e combate da doença periodontal.

Fotos extraídas do artigo
Foto 1. copaíba
Foto 2. Extração do óleo de copaíba. O óleo escoa pelo orifício 2, quando ambos estão desobstruídos. Ao selar a abertura do orifício 1, cessa-se o escoamento do óleo.

PIERI, F.A.; MUSSI, M.C.; MOREIRA, M.A.S. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.11, n.4, p. 465-472, 2009.

Planta da semana: copaíba - I

Conhecida como o "antibiótico da mata", a copaíba é uma das plantas medicinais mais usadas na Amazônia, principalmente como anti-inflamatório, cicatrizante e bactericida. É procurado pelas indústrias farmacêuticas, químicas que usam o óleo como fixador na fabricação de verniz, perfume e tintas, ou para confecção de cosméticos (sabonetes, cremes e xampus). Os comunitários também usam o óleo como combustível para lamparinas.

O óleo, de sabor amargo, depois de filtrado, apresenta uma consistência oleosa e tonalidades que variam da cor amarelo-pálida a pardo-esverdeada, às vezes com ligeira fluorescência. A resina do óleo de copaíba contém cariofileno, um fitoquímico com fortes propriedades anti-inflamatórias, antifúngicas e efetiva para aliviar a dor, além de ser poderoso antisséptico das vias urinárias e respiratórias e particularmente nos casos de bronquites.

Mais informações podem ser obtidas na Flona Saracá-Taquera: Praça da Feirinha, S/N - 68.275-000 - Porto Trombetas/PA - Tels: (93) 3549-7698/7664

Texto e foto:



Pesquisa da UFPA comprova efeito anti-inflamatório do óleo da copaíba


O óleo de Copaíba, extraído da árvore de copaíba, é utilizado popularmente como planta medicinal, mas, o real benefício da substância nunca havia sido comprovado. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), provou: o óleo da Copaíba tem efeito anti-inflamatório.

As copaibeiras ficam dispersas na mata, mesmo em uma área onde a espécie é abundante. O óleo produzido dentro da árvore é uma espécie de mecanismo de defesa contra pragas naturais, como o cupim.

A pesquisa é do biólogo Adriano Guimarães, que levantou o questionamento em sua dissertação “Efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do óleo-resina de copaifera reticulata Ducke após lesão excitotóxica do córtex motor de ratos adultos”, orientada pelo professor Walace Leal. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Neuroproteção e Neurorregeneração Experimental e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa). Segundo o professor, nenhum outro laboratório havia investigado se o tratamento com o óleo de copaíba tinha algum efeito anti-inflamatório em um modelo experimental de uma doença do sistema nervoso central.

Neste modelo experimental, fora injetada uma neurotoxina (substância tóxica que pode lesar o sistema nervoso) no cérebro de ratos. Esse procedimento causa uma lesão semelhante à provocada pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC). O resultado da pesquisa será referência no tratamento em humanos. Como parte da metodologia, foram utilizados mais dois grupos de ratos, tratados de forma diferente. Um grupo recebeu uma solução salina estéril (soro fisiológico), contendo sódio e água. Já o outro grupo foi tratado com óleo de copaíba, diluído em uma concentração que era considerada adequada.

Após os experimentos, os pesquisadores constataram que no grupo de animais tratados com copaíba, houve uma diminuição da inflamação no sistema nervoso central e uma melhor proteção desse sistema contra lesão, ou seja, neuroproteção.

Uso do óleo em humanos


Para aplicar o estudo em seres humanos, é indispensável a realização de mais pesquisas sobre a aplicabilidade do extrato da copaíba. Depois dos experimentos em ratos, a investigação seria feita em primatas. Antes de se chegar aos humanos, é necessário descobrir quais os princípios ativos responsáveis pelos efeitos anti-inflamatório e neuroprotetor do óleo de copaíba.

Segundo Walace Leal, atualmente, nenhum anti-inflamatório é usado para diminuir a lesão de uma doença do sistema nervoso. Então, se o estudo com a copaíba realmente funcionar em humanos, uma substância derivada do óleo dessa árvore pode ser utilizada para minimizar a inflamação.

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Plantas contraindicadas na gestação



Tabela retirada da Resolução SES/RJ n. 1757, de 18 de fevereiro 2002, da Secretaria de Estado de Saúde/Ato do Secretário.
Contraindica o uso de plantas medicinais no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Planta do nordeste pode ser a chave para o tratamento da Esclerose Múltipla

Uma planta típica do nordeste pode mudar os rumos do tratamento da Esclerose Múltipla. Apesar de ser cedo para alardear uma revolução terapêutica, a descoberta feita por um grupo de pesquisadores brasileiros pode ser comemorada como uma das melhores notícias dos últimos anos para portadores da doença e seus familiares.

A grande sacada da pesquisa atende pelo nome de avelóz, uma plantinha conhecida tradicionalmente no Norte e Nordeste por seus poderes milagreiros e que de uns tempos pra cá começou a ganhar a atenção formal de cientistas. O estudo foi publicado na renomada publicação  Biochemical Pharmacology e está sendo capitaneado pelos pesquisadores Prof. Dr. Rafael Cypriano Dutra e Prof. Dr. João Batista Calixto, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina, além do Dr. Luiz Francisco Pianowski, do laboratório Kyolab.

A pesquisa começou há dois anos e seus resultados são bem promissores. “Nós demonstramos que o euphol inibe significativamente o desenvolvimento da Esclerose Múltipla em camundongos quando administrado por via oral. Além disso, nós descobrimos que ele (o euphol) bloqueia seletivamente as células que induzem a doença. Conseqüentemente, os animais tratados com o euphol não apresentam os sinais clínicos da doença”, afirma o Dr. Rafael Cypriano. O tal do euphol vem de Euphorbia tirucalli nome científico da avelóz. Ele é o componente que, quando isolado, combate a doença.

Texto completo:

Estudos com plantas medicinais trazem benefícios à comunidade


O núcleo de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos e o Laboratório de Pesquisa em Desenvolvimento e Controle de Qualidade de Medicamentos (LDCQ) do Campus Uruguaiana da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) promove estudos relevantes no uso de plantas medicinais para a população. Desde 2009 o núcleo desenvolve projetos de pesquisa científica, voltados à área das ciências farmacêuticas. 

A linha de pesquisa envolve o estudo de plantas medicinais da região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, especificamente o Bioma Pampa. O projeto visa o estudo da composição dos extratos vegetais obtidos de espécies de plantas utilizadas na medicina popular, através da aplicação de técnicas modernas de separação e isolamento dos constituintes. Desse modo, o trabalho tem gerado resultados positivos por ser importante para o uso das plantas medicinais pela e para a comunidade. 

Os projetos que estão sendo desenvolvidos incluem espécies de plantas que são conhecidas na região, como “pata de vaca” (Bauhinia forficata), “guanxuma” (Sida tuberculata) e “sete sangrias” (Cuphea mesostemon). Os estudos são coordenados pelo professor Andreas Sebastian Loureiro Mendez, do Curso de Farmácia. "Com o desenvolvimento contínuo dos projetos de pesquisa científica, as perspectivas são inúmeras e podem remeter aos estudos de isolamento com componentes majoritários presentes nos extratos vegetais obtidos a partir das espécies pesquisadas, e à determinação do potencial farmacológico in vitro e in vivo", explica. 

Além do professor Andreas, os estudos envolvem a participação de colaboradores da UNIPAMPA, como os professores Fabiane Farias, Luiz Flávio Souza de Oliveira, Marcelo Malesuik, Robson Puntel e Vanderlei Folmer do Campus Uruguaiana, e o professor Cháriston Dal Belo do Campus São Gabriel. Os projetos também possuem parcerias com professores da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), da Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

A integração com a comunidade faz parte do projeto através de parcerias externas, como o grupo Cabanha Touro Passo, propriedade rural de Ricardo Duarte e Nilce Mazzeti, os quais disponibilizaram a área para a coleta do material vegetal e se dispuseram a novos projetos junto à Instituição. 

As linhas de pesquisa trabalhadas se inserem em estudos e perspectivas de projetos vinculados ao Programa de Pós-graduação em Bioquímica da UNIPAMPA. De acordo com o professor Andreas, o objetivo é avaliar trabalhos vinculados ao Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, recentemente aprovado no Campus Uruguaiana. Todos os estudos são desenvolvidos com intensa participação de alunos de iniciação científica. 

26 de Julho de 2012



Com informações de Andreas Sebastian Loureiro Mendez, Caroline Rossasi para Assessoria de Comunicação Social

Castanha-de-cutia


Fonte da foto: Contribuições da pesquisa para o beneficiamento da castanha-de-cutia
(Couepia edulis Prance) e aproveitamento de seus resíduos.

Para baixar o arquivo: 


Castanha-de-cutia é aliada do coração


Uma pesquisa da Unesp de Rio Preto descobriu que a castanha de cotia (Couepia edulis), nativa da Amazônia, contém compostos que reduzem o risco de doenças cardiovasculares, tumores, distúrbios metabólicos, doenças neurodegenerativas e inflamatórias. Em sua tese de mestrado, a pesquisadora Tainara Costa Singh, supervisionada pela professora Neuza Jorge, analisou seis diferentes amêndoas e nozes, entre elas a castanha do Brasil, mais conhecida como do Pará e a noz pecã. “A de cotia era bem diferente das demais, tanto que a gente precisou enviar as amostras para fazer uma análise diferenciada, que foi a ressonância magnética nuclear”, conta Tainara. 


Nas análises, a pesquisadora descobriu que o óleo da castanha de cotia contém grande concentração de compostos benéficos para a saúde. “A gente detectou tocoferóis, carotenóides, fitosteróis, compostos fenólicos e ácidos graxos essenciais, que ajudam na prevenção de doenças crônicas, doenças cardiovasculares, diabete, hipertensão, entre outros benefícios à saúde”, explica. 

Apesar de não ter chegado à região Sudeste, a castanha de cotia é utilizada pelos povos amazônicos, principalmente na preparação de alimentos. “Ela é muito gordurosa, possui 71% de lipídios. A soja, por exemplo, possui apenas 20% e o óleo de soja ou industrializado é muito mais caro naquela região, então eles maceram a castanha e utilizam o óleo, mas sem saber das propriedades”, diz Tainara. 

O nome da castanha também surgiu pelo apreço do animal pelo fruto, que é de tamanho médio e bem fibroso. A castanha de cotia é parecida com a do Pará, porém um pouco maior. As propriedades benéficas da castanha de cotia também poderão ser aproveitadas pelas indústrias farmacêutica e cosmética. “Eles podem ser utilizados nas manteigas de hidratação corporal, xampus, sabonetes, cremes hidratantes, para tudo que for para parte hidratante e também antioxidante”, diz a pesquisadora. 

A orientadora de Tainara afirma que o Governo está investindo em pesquisas sobre recursos naturais brasileiros. “A gente tem ganhado muito incentivo financeiro para esses estudos, principalmente para conhecer melhor e também para dar uma maior aplicação desses produtos na medicina, alimentação, na farmácia ou na cosmética, porque já é utilizado mas não há estudos. Isso é muito valioso para poder utilizar melhor os recursos naturais que temos”, diz Neuza. 

Prêmio 

A pesquisa de Tainara e Neuza é inédita e conquistou o segundo lugar no Prêmio Leopoldo Hartman durante o 23º Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, realizado em Campinas, em maio deste ano. “É um dos maiores prêmios na área de óleos e gorduras. É muito bom ver o reconhecimento por um trabalho nosso”, comenta a pesquisadora.


Texto: Maria Stella Calças
Data: 19 de Julho, 2012 

Confusões com os alecrins: continuação – I


Nativa da América do Sul, a Baccharis dracunculifolia D.C é muito conhecida como alecrim-do-campo, o que justifica a sua confusão com o alecrim (Rosmarinus officinalis) introduzido pelos europeus no Brasil.

Assim como o alecrim, é aromática, mas não é utilizada como condimento. Além de usos na medicina popular, produz óleo volátil com ações antimicrobiana e antiinflamatória, já comprovadas em pesquisas.

Mas é na apicultura que se destaca, pois é considerada uma importante fornecedora de pólen para a produção de própolis.

A foto ilustra o alecrim-do-campo.


Links:

Revisão que exemplifica seus usos:

Artigo com suas características morfoanatômicas: 

El Gallo insta al Ministerio Educación a crear huertos escolares con la siembra de Moringa

Santo Domingo.- El presidente de la Unión Demócrata Cristiana, Luis Acosta Moreta, El Gallo, instó hoy a las autoridades del Ministerio de Educación a inicial a partir de la próxima temporada escolar la siembra masiva de la planta alimenticia y medicinal llamada Flor de Libertad o Moringa, ya que esta podría contribuir a eliminar la desnutrición.

El Gallo dijo que es necesario que la Moringa se siembre en los huertos escolares, ya que esta tiene un bajo costo y viene a ser la panacea del pobre ante la falta de balance dietético del pueblo dominicano.

Dijo que la Moringa contribuirá a eliminar la grasa en la cantidad de pacientes hipertensos y diabéticos que existen en el país.

La Moringa es una planta medicinal conocida tradicionalmente en la República Dominicano como Flor de Libertad y se encuentra expandida casi por todas las regiones del país, incluso en casa de familias, pero ahora esta ha despertado en los científicos interés por su utilidad para curar enfermedades cancerosas y de otra índoles, por lo que no será difícil su uso”, dijo el líder político de la UDC.

El Gallo manifestó que es necesario que las autoridades le den una masiva difusión para que el pueblo que no posee los recursos para comprar sus medicamentos tenga acceso a esta como forma de obtener la salud.

Pidió al Ministerio de Educación incluir la Flor de Libertad o Moringa en el desayuno escolar, ya que la misma se encuentra en cualquier lugar del país, pero dijo que al usar la semilla, las flores y las hojas secas hay que tener cuidado.

La moringa es una planta que se realiza tanto por estaca como por semilla y su follaje es a los cuatro meses cuando se puede cortar cosechándose tres veces al año, lo que resultaría beneficio para el país, ya que se beneficiarían también los agricultores por las ganancias que obtendrían a través de esta.

El Gallo recordó que la Moringa hoy es utilizada para aplicarla en personas que sufren de cáncer y para mejorar el suelo, así como en la disminución del costo de producción de los alimentos.

Se recuerda que la Moringa es usada en la República Dominicana desde tiempos atrás, pero es ahora después que Fidel Castro la diera a conocer como una planta de virtudes curativas, cuando su uso se ha extendido por todo el país, logrando que hasta los médicos la vean realmente como importante para salud.

Es necesario que el próximo gobierno de Danilo Medina a través de las instituciones del sector agropecuario fomente a nivel nacional el uso de esta planta, debido a que los pobres que no tienen como comprar medicinas aprovechen este cultivo, a fin de solucionar sus problemas de salud, destacó, acosta Moreta.

26.07.2012