sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Importância da flora espontânea - IX


Outra planta espontânea e suas aplicações:

Nos quintais ou nos campos, sua ocorrência indica solo ácido.
Já constava na primeira Farmacopeia brasileira.
Hospeda inúmeros inimigos de pragas.
É utilizada principalmente como anti-inflamatória, ação comprovada.
Pode ser usada como ornamental.

Seu nome científico é Solidago chilensis.
Link para artigos que comprovam suas ações medicinais:


Quem são estas ornamentais medicinais?

Planta 1
Planta 2
Planta 3
Planta 4
Planta 5
Planta 6
Para quem gosta de treinar reconhecimento, identifique as ornamentais medicinais.
De preferência, use  nome científico.
Pode enviar resposta para furlanagro@gmail.com
Fotos do amigo Carlos Barbosa

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Importância da flora espontânea - VIII


Nos quintais, a centelha-asiática, geralmente, aparece como uma planta invasora, sendo retirada quando é notada. A maioria das pessoas, porém, não sabe que ela possui um valor considerável, inclusive econômico, na fitoterapia.

A forma de desenvolvimento e de propagação dessa espécie lembra o morangueiro, mesmo não sendo da mesma família, pois ela pertence à família Apiaceae, enquanto o morangueiro é uma Rosaceae. Pode receber outro nome popular, como, por exemplo, gotu-kola e colágeno-de-gotu, mas até por esses nomes não é muito conhecida pela maioria da população.

De origem Asiática, no Brasil, atualmente, é encontrada em quase todas as regiões do país, desde que o solo tenha boa umidade. Na época de estiagem, a centelha-asiática pode desaparecer, mas depois se restabelece novamente, desde que tenha umidade.

A centelha-asiática ajuda a desintoxicar o corpo de substâncias químicas, tem efeito revitalizador nas células do cérebro e nervos, podendo também ajudar a estimular a produção de colágeno, quando usado anteriormente e topicamente sobre a pele, conferindo um aspecto mais firme sobre esta. Entre os usos medicinais, podem ser citados, por exemplo, para tratamento de úlceras varicosas, da psoríase, de diarreias, de insuficiência venosa, de febres e de doenças do trato genital.

Destaca-se na melhoria da cicatrização, por ter propriedades regenerativas, estimulando a mitose celular. É muito usada em produtos cosméticos, na fabricação de cremes reafirmantes e para celulite, inclusive no combate contra à queda de cabelo. Restabelece as trocas metabólicas entre o tecido conjuntivo e a corrente sanguínea, permitindo não haver acumulação de toxinas e águas, atuando sob a circulação, desinchando e desintoxicando,  podendo gerar um aspecto emagrecedor, no qual é bem visto pelas mulheres.

Estudos demonstram que suas substâncias ativas podem contribuir na melhora da celulite, ao agir no tecido congestionado, subnutrido e sem elasticidade, promovendo uma ação reguladora, que ajuda a normalizar a produção de colágeno e a melhorar a circulação local.

Autores do texto:
Acadêmica de Biologia Juliana Ferrari
Eng. agr. Marcos Roberto Furlan


Link para artigos sobre a espécie:


Decreto institui política pública para o desenvolvimento da agroecologia


São Paulo – O Diário Oficial da União publicou hoje (21) o decreto 7.794 que cria a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Segundo o Ministério da Agricultura, o programa tem como objetivo articular programas e ações voltadas para o desenvolvimento da agricultura sustentável.

A política, que é uma reivindicação dos movimentos sociais camponeses, além de entidades ligadas à agroecologia é também resultado de uma série de encontros e reuniões entre o governo e os movimentos. Desenvolver a agricultura orgânica, de maneira que possibilite o uso mais racional dos recursos naturais e oferece à população melhor qualidade de vida por meio da oferta de alimentos saudáveis é o principal intuito do movimento sociais com o plano.


Data: 21.08.2012
Texto completo:

I Seminário Regional de Pinhal da Serra, Rio Grande do Sul

Data: 05 de setembro de 2012
O evento trás para os participantes palestras e tour pelas localidades que trabalham com plantas e diversidade naturals de ervas medicinais. Vão participar de debates e mesas redondas quatro municípios, além de Pinhal da Serra, que trabalham com a técnica da fitoterapia, são eles: Garibaldi, Nova Petrópolis, Capão Alto e Vacaria. O seminário que será realizado na Câmara de Vereadores vai contar com três palestras sobre o assunto, “Cultivo e Beneficiamento de Plantas Medicinais” com a produtora Cecília Cipriano Osaida, de Florianópolis/SC; “A importância do CETANP na qualificação profissional” com Maureen Spanenberg, extensionista rural da EMATER; e, “Extração e Biotransformação de Produtos Vegetais” com Ana Letícia Schneider. Para participar é indispensável que os interessados efetuem sua inscrição, que pode ser através da página virtual da prefeitura, no endereço www.pinhaldaserra.rs.gov.br, ou, também, deixando seus dados na recepção do posto de saúde da sede ou na EMATER.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Grãos cuspidos por mamífero em fazenda no ES renderão café de R$ 900 o quilo

A primeira vista, não dava para entender por que diabos aqueles grãos de café, meio gosmentos, surgiam amontoados sob as árvores - religiosamente, da noite para o dia. Ao amanhecer, era sempre igual: os roceiros se enfiavam no meio do cafezal para fazer a colheita manual e davam de cara com uns grãos, já sem casca, sobre as folhas secas no chão. Algum animal ali da mata andava a chupar esses frutinhos adocicados.

Depois de muito fuçar, Rogério Lemke, o administrador da fazenda Camocim, na qual se espalham 120 mil pés de café em Pedra Azul, a 100 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, matou a charada. Eram cuícas, pequenos mamíferos silvestres, que guardam certa semelhança com um rato. Os bichos se penduram nos galhos mais baixos das árvores, à noite, para se alimentar da casca, da polpa e do mel do café. Escolhiam sempre os melhores frutos, como em uma "colheita seletiva".

Depois, as cuícas dispensavam os grãos, ainda com algum resquício do mel sobre o pergaminho (película entre a semente e a polpa). Para evitar prejuízo, com o desperdício de grãos, o carioca Henrique Sloper, dono da fazenda, resolveu recolher essas sementes "cuspidas".

A partir daí, como revela a Folha, Sloper decidiu fazer testes de secagem e torra para descobrir, na xícara, o que eles poderiam render.

Depois de um ano de avaliações, o café da cuíca deve ser lançado em novembro por pelo menos R$ 900, o quilo. Em média, um pacote de mesmo peso de um café especial custa R$ 60 - os grãos cuspidos pelo animal custarão, portanto, 14 vezes mais. Bicho sem carisma, a cuíca, quem diria, vale ouro.


Foto: cuíca



O jacu, o pioneiro

A cuíca não é, contudo, o primeiro animal a "participar" do processo de produção de cafés especiais no Brasil. Quem emplacou de forma pioneira foi o jacu - ave robusta, com bico pronunciado e papo vermelho. Seu café foi vendido pela primeira vez em 2007, também pela fazenda Camocim. Atualmente, são produzidos 950 quilos por ano a R$ 450, o quilo.


Conhecido como "faisão brasileiro" e também semelhante a um urubu, esse animal era uma praga para a plantação de café.

"O jacu comia muito do meu café, dava o maior prejuízo", diz Henrique Sloper, dono da Camocim. "Muitos fazendeiros matavam o bicho, ficou quase extinto."

Inspirado no kopi luwac, o famoso café da Indonésia, cujos grãos são retirados das fezes da civeta (animal semelhante ao gambá) e que podem custar US$ 493, o quilo (cerca de R$ 1.000), o café de jacu surgiu para solucionar esse problema no cafezal.

"O que era uma praga virou fonte de um produto de alta qualidade", diz Sloper.
Tanto o jacu quanto a cuíca escolhem os frutos mais maduros e sem defeitos para se alimentar - por isso, geralmente, resultam em bebidas de doçura acentuada.


Texto completo no link: 

São José dos Campos - Ciclo de Estudos da Cultura Popular



O Centro de Estudos da Cultura Popular e a Oficina Cultural Altino Bondesan, da Secretaria de Estado da Cultura, promovem nesta quarta-feira (22) a terceira palestra do Ciclo de Estudos: Arte e Alteridade – Cultura Popular. A palestrante desta semana é a pesquisadora e escritora Maria Thereza de Arruda Camargo, que falará sobre ‘Plantas Medicinais e o Sagrado. A Etnofarmocobotânica na Religiosidade da Medicina Popular’.

O ciclo é gratuito e acontece sempre às quartas-feiras, entre 18h e 22h, no auditório da Oficina Cultural Altino Bondesan, com apoio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) e Universidade do Vale do Paraíba (Univap). Ainda estão programadas palestras para os dias 29 de agosto, 5, 12, 19 e 26 de setembro.  A coordenação é da antropóloga e professora Cáscia Frade, doutora em Educação pela PUC-RJ.

A participação é gratuita e aberta a professores, gestores culturais, pesquisadores e interessados, com idade a partir de 18 anos. Informações sobre inscrições podem ser obtidas pessoalmente na Oficina Cultural Altino Bondesan ou  pelo telefone 3923-4860.

Perfil da palestrante

Maria Thereza é pesquisadora de etnofarmacobotânica, fundadora e integrante da Associação Brasileira de Medicina Popular e Natural da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fundadora da Sociedade Latino-americana de Farmacobotânica e integrante da Sociedade Brasileira de História da Ciência.

É autora de dez livros e 56 artigos – publicados em revistas nacionais e estrangeiras –, todos versando sobre etnofarmacobotânica. Em 1972 conquistou o 1º Prêmio Mário de Andrade, com o trabalho ‘Medicina popular em favela de São Paulo’ (1972), e em 1989 o 1º Prêmio Câmara Cascudo, com o trabalho ‘As plantas no Catimbó em Meleagro de Luis da Câmara Cascudo’.

Programação do Ciclo

Agosto

Dia 29: Arte Popular – Ricardo Lima.

Setembro

Dia 5: Danças Folclóricas – Eleonora Gabriel.
Dia 12: Literatura Oral e Escrita – Robson Alves dos Santos.
Dia 19: Metodologia: Trabalho de Campo – Cáscia Frade.
Dia 26: Projeto de Pesquisa – Cáscia Frade.

Serviço: Oficina Cultural Altino Bondesan / Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) – Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, Santana.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Santa Catarina: Secretaria disponibiliza os primeiros medicamentos fitoterápicos em sete unidades de saúde de Joinville

A partir desta segunda-feira (20/8), a Secretaria da Saúde de Joinville passa a disponibilizar os primeiros medicamentos fitoterápicos do Programa FitoJoinville: a Espinheira Santa e o Guaco. Os medicamentos industrializados poderão ser receitados em sete unidades de saúde: Rio da Prata, Estevão de Matos, Aventureiro II, Dom Gregório, Boehmerwaldt II, Nova Brasília e Vila Nova Rural. O acesso aos dois medicamentos depende da avaliação médica. Além da Espinheira-santa e do Guaco, outros medicamentos manipulados estão sendo licitados para também começar a serem distribuídos nestas sete unidades habilitadas. São eles: malva, papaína, calêndula, funcho, passiflora e ascordia.

Joinville é pioneira em Santa Catarina na criação de um programa de plantas medicinais e fitoterápicos, o FitoJoinville – Programa Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O Programa foi consolidado para fortalecer e disseminar o uso de medicamentos fitoterápicos como uma opção terapêutica aos usuários do SUS. Conforme os colaboradores da iniciativa, diversos setores da sociedade joinvilense buscavam há mais de 20 anos legalizar o uso de plantas no tratamento das doenças no SUS.

Criado em outubro de 2010 pela Lei Municipal nº 6.774, o FitoJoinville conta com parcerias de fundações, universidades e instituições para o cumprimento dos níveis do projeto que vão desde a capacitação e educação de agricultores e profissionais da saúde até a implantação dos fitoterápicos na rede pública.

Em maio deste ano, a Secretaria da Saúde capacitou a primeira turma de profissionais para prescrição dos fitoterápicos, distribuição dos medicamentos e ações educativas sobre os benefícios e utilização das plantas medicinais. Segundo a médica e responsável pela implantação dos fitoterápicos na Secretaria da Saúde, dra. Eliane Dias, mais profissionais serão qualificados no início de outubro e, assim, outras unidades de saúde do município estarão habilitadas a distribuir os fitoterápicos.

Conheça os novos medicamentos fitoterápicos distribuídos pela Secretaria da Saúde:

Espinheira-santa

Indicado para distúrbios da digestão, azia e gastrite. Junto no tratamento episódico de prevenção de úlcera em uso de anti-inflamatórios. Contraindicado para crianças e durante a gravidez e amamentação.


Guaco

Indicado para gripes e resfriados, bronquites como expectorantes.
Contraindicado em pessoas com problemas de coagulação. Em excesso pode ocorrer diarreias e vômitos. Pode interagir com outros anti-inflamatórios.




Data: 21.08.2012

Mezinhos de Orango - Plantas medicinais e pessoas da ilha da Rainha Pampa.


Citação:
Indjai B; Catarino L & Mourão D 2010. Mezinhos de Orango - Plantas
medicinais e pessoas da ilha da Rainha Pampa. IBAP, Bissau.

Rio de Janeiro: Teresópolis apresenta projeto sobre uso de plantas medicinais na rede de saúde

Data: 17.08.2012

Na manhã desta quinta-feira, 16, foi realizado um seminário no Palácio Itaboraí, onde foi apresentado um projeto para o uso de plantas medicinais na rede de saúde do município. O projeto “Estruturação de um arranjo produtivo local de plantas medicinais no município de Petrópolis” é realizado através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz. Para serem utilizadas na rede de saúde do município, foi necessário o apoio do Ministério da Saúde, através da estruturação da assistência farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicas. Por meio deste projeto é possível identificar potenciais arranjos produtivos nos biomas brasileiros.

Antes da apresentação do projeto, os participantes fizeram uma visita pela trilha de plantas medicinais no palácio para conhecer as diversas espécies utilizadas em medicamentos. Após a trilha, foram apresentadas as metas do projeto, como o estabelecimento da coleção de plantas medicinais georeferenciadas com determinação taxonômica nos jardins do Palácio Itaboraí; a necessidade de organizar a produção local das plantas, além de identifica-las através dos potenciais agentes beneficiadores de matéria-prima; estabelecimento do processo de produção; e qualificação dos produtores e profissionais da Saúde. O orçamento final para o cumprimento das metas foi estimado em R$ 577.511.

Modelo de composteira



Composteira produzida pelo colega Marcos Victorino, autor também das fotos.

Fácil de revolver, umedecer e permite a entrada de oxigênio.
Local: Fazenda Experimental da Faculdade Cantareira

Limpeza sustentável


Parte do texto de Liliana Negrello
Data: 21.08.2012

Detergente, tira-mofo, desinfetante, amaciante, desodorizador de ambientes, limpa-vidros. Hoje é possível produzir qualquer desses itens em casa, evitando as substâncias derivadas do petróleo, tão agressivas para a natureza e para a saúde. E tudo com ingredientes simples e receitas básicas.

AMACIANTE DE ROUPAS
5 litros de água;
• 4 colheres de glicerina;
• 1 sabonete ralado;
• 2 colheres de sopa de leite
de rosas.
Ferver 1 litro de água com o sabonete ralado até dissolver.
Acrescentar mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colheres de
leite de rosas. Mexer bem até misturar e depois engarrafar.


SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA
2 litros de água;
• 1 sabão caseiro ralado;
• 1 colher de óleo de rícino;
• 1 colher de açúcar.
Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.


DESINFETANTE PARA BANHEIRO
1 litro de álcool (de preferência 70 graus);
4 litros de água;
• 1 sabão caseiro;
• Folhas de eucalipto.
Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferver
1 litro de água com o sabão ralado até dissolver. Juntar a água e a
essência de eucalipto. Engarrafar.