Lenho de árvore é usado para monitoramento ambiental

agenusp@usp.br
21/junho/2013
Raiza Tronquin, da Assessoria de Comuincação da Esalq
imprensa.esalq@usp.br

Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, pesquisa realizou o monitoramento de agentes poluentes por meio da análise dos anéis de crescimento formados no lenho dos troncos de árvores, como biomonitores ambientais. O trabalho do engenheiro florestal e doutorando da Esalq, Matheus Peres Chagas, obteve informações que auxiliam no entendimento da dinâmica da poluição atmosférica e na definição de parâmetros e valores para a quantificação do estado de sanidade do ambiente.
Aneis do lenho indicam alterações em ambientes comprovadamente poluídos

O estudo, desenvolvido no Laboratório de Anatomia e Densitometria de Raios X, do Departamento de Ciências Florestais, da ESALQ, propôs avaliar os anéis de crescimento do lenho de árvores de sibipiruna (Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides) e de ipê de El Salvador (Tabebuia pentaphylla), ambas espécies amplamente utilizadas na arborização de ruas, parques e avenidas das cidades brasileiras.

Segundo Chagas, o biomonitoramento, surgido há mais de 30 anos, é um método experimental indireto utilizado na detecção de poluentes por meio de organismos vivos sendo que os principais vegetais utilizados são os liquens, musgos, samambaias e as árvores. “Para as árvores, os estudos de biomonitoramento têm sido aplicados, principalmente, na avaliação retrospectiva das alterações dos ambientes comprovadamente poluídos, pela análise dos anéis de crescimento, formados a cada ano no seu lenho”.

A pesquisa foi desenvolvida em área do município de Paulínia, interior de São Paulo. Este município destaca-se por possuir 350 empresas industriais, sendo conhecido como o mais importante polo petroquímico da América Latina. “Na avaliação espacial da poluição atmosférica, três outras áreas, nos municípios de Paulínia e de Piracicaba, distantes em 10, 15 e 60 km da região industrial foram selecionadas, estabelecendo-se um gradiente ambiental de pressão antrópica”, conta o engenheiro florestal.

Presença de poluentes

Os resultados obtidos mostraram que as árvores das duas espécies, crescendo na região industrial do município, responderam à presença de poluentes presentes no ambiente a partir da redução da taxa de crescimento e do acúmulo de elementos químicos com grande potencial tóxico em seu lenho, a exemplo do cádmio (Cd), cromo (Cr), níquel (Ni) e chumbo (Pb). Além desses elementos, a avaliação química dos anéis de crescimento, por meio da técnica analítica Laser Induced Breakdown Spectroscopy (LIBS), permitiu identificar com precisão os anos (período entre 1985 e 1990) em que houve o maior acúmulo de cobre (Co), ferro (Fe), magnésio (Mg), manganês (Mn) e zinco ( Zn) no lenho das árvores, diretamente relacionados com o período do início das atividades de diversas indústrias do setor químico na cidade.

Segundo o engenheiro florestal, as informações geradas pelo estudo poderão ser utilizadas como forma de monitoramento complementar e com grande precisão – espacial e temporal – às redes instrumentais instaladas no país, a exemplo das implantadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), no Estado de São Paulo. “Este trabalho é fundamental para a geração de base de conhecimento na área e como subsídio para a definição de políticas públicas e de legislação de controle, além do monitoramento da emissão de poluentes”, conclui.

Sob a orientação do professor Mario Tomazello Filho, do Departamento de Ciências Florestais (LCF), a pesquisa contou com o apoio do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, por intermédio da equipe do professor Francisco José Krug e equipe, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com o grupo dos professores Edenir Filho e Joaquim Nóbrega, e do Instituto Argentino de Nivología, Glaciología y Ciencias Ambientales (IANIGLA), por meio da equipe do professor Fidel Roig e equipe.

Levar uma vida saudável em cidades industrializadas, onde a concentração de poluentes atmosféricos aumenta gradativamente sem que percebamos, pode ser considerado um desafio no que diz respeito à qualidade do ar. Além das diversas doenças respiratórias, a intensa poluição provoca graves problemas ambientais, ocasionando efeitos prejudiciais e irreversíveis aos ecossistemas.

Imagem cedida pelo pesquisador

Mais informações: (19) 3429-4109 / 3447-8613 / 3429-4485, na Assessoria de Comunicação da Esalq

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New Canary Seed Is Ideal for Gluten-Free Diets in Celiac Disease

June 19, 2013 — A new variety of canary seeds bred specifically for human consumption qualifies as a gluten-free cereal that would be ideal for people with celiac disease (CD), scientists have confirmed in a study published in ACS' Journal of Agricultural and Food Chemistry.

Joyce Irene Boye and colleagues point out that at least 3 million people in the United States alone have CD. They develop gastrointestinal and other symptoms from eating wheat, barley, rye and other grains that contain gluten-related proteins. Boye's team sought to expand dietary options for CD -- which now include non-gluten-containing cereals like corn, rice, teff, quinoa, millet, buckwheat and sorghum.

They describe research on a new variety of "hairless," or glabrous, canary seed, which lacks the tiny hairs of the seed traditionally produced as food for caged birds. Those hairs made canary seed inedible for humans. It verified that canary seed is gluten-free. Boye also noted that canary seeds have more protein than other common cereals, are rich in other nutrients and are suitable for making flour that can be used in bread, cookies, cakes and other products.

The authors acknowledge funding from the Canaryseed Development Commission of Saskatchewan.
A new variety of canary seeds bred specifically for human consumption qualify as a gluten-free cereal that would be ideal for people with celiac disease. (Credit: Steve Hurst, USDA-NRCS PLANTS Database)

Journal Reference:
Joyce Irene Boye, Allaoua Achouri, Nancy Raymond, Chantal Cleroux, Dorcas Weber, Terence B. Koerner, Pierre Hucl, Carol Ann Patterson. Analysis of Glabrous Canary Seeds by ELISA, Mass Spectrometry, and Western Blotting for the Absence of Cross-Reactivity with Major Plant Food Allergens. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2013; : 130617150432002 DOI: 10.1021/jf305500t

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Dietary Fructose Causes Liver Damage in Animal Model

June 19, 2013 — The role of dietary fructose in the development of obesity and fatty liver diseases remains controversial, with previous studies indicating that the problems resulted from fructose and a diet too high in calories.

However, a new study conducted in an animal model at Wake Forest Baptist Medical Center showed that fructose rapidly caused liver damage even without weight gain. The researchers found that over the six-week study period liver damage more than doubled in the animals fed a high-fructose diet as compared to those in the control group.

The study is published in the June 19 online edition of the American Journal of Clinical Nutrition.

"Is a calorie a calorie? Are they all created equal? Based on this study, we would say not," said Kylie Kavanagh, D.V.M., assistant professor of pathology-comparative medicine at Wake Forest Baptist and lead author of the study.

In a previous trial which is referenced in the current journal article, Kavanagh's team studied monkeys who were allowed to eat as much as they wanted of low-fat food with added fructose for seven years, as compared to a control group fed a low-fructose, low-fat diet for the same time period. Not surprisingly, the animals allowed to eat as much as they wanted of the high-fructose diet gained 50 percent more weight than the control group. They developed diabetes at three times the rate of the control group and also developed hepatic steatosis, or non-alcoholic fatty liver disease.

The big question for the researchers was what caused the liver damage. Was it because the animals got fat from eating too much, or was it something else?

To answer that question, this study was designed to prevent weight gain. Ten middle-aged, normal weight monkeys who had never eaten fructose were divided into two groups based on comparable body shapes and waist circumference. Over six weeks, one group was fed a calorie-controlled diet consisting of 24 percent fructose, while the control group was fed a calorie-controlled diet with only a negligible amount of fructose, approximately 0.5 percent.

Both diets had the same amount of fat, carbohydrate and protein, but the sources were different, Kavanagh said. The high-fructose group's diet was made from flour, butter, pork fat, eggs and fructose (the main ingredient in corn syrup), similar to what many people eat, while the control group's diet was made from healthy complex carbohydrates and soy protein.

Every week the research team weighed both groups and measured their waist circumference, then adjusted the amount of food provided to prevent weight gain. At the end of the study, the researchers measured biomarkers of liver damage through blood samples and examined what type of bacteria was in the intestine through fecal samples and intestinal biopsies.

"What surprised us the most was how quickly the liver was affected and how extensive the damage was, especially without weight gain as a factor," Kavanagh said. "Six weeks in monkeys is roughly equivalent to three months in humans."

In the high-fructose group, the researchers found that the type of intestinal bacteria hadn't changed, but that they were migrating to the liver more rapidly and causing damage there. It appears that something about the high fructose levels was causing the intestines to be less protective than normal, and consequently allowing the bacteria to leak out at a 30 percent higher rate, Kavanagh said.

One of the limitations of the study was that it only tested for fructose and not dextrose. Fructose and dextrose are simple sugars found naturally in plants.

"We studied fructose because it is the most commonly added sugar in the American diet, but based on our study findings, we can't say conclusively that fructose caused the liver damage," Kavanagh said. "What we can say is that high added sugars caused bacteria to exit the intestines, go into the blood stream and damage the liver.

"The liver damage began even in the absence of weight gain. This could have clinical implications because most doctors and scientists have thought that it was the fat in and around tissues in the body that caused the health problems."

The Wake Forest Baptist team plans to begin a new study using the same controls but testing for both fructose and dextrose over a longer time frame.

The study was supported by Wake Forest School of Medicine and grants RR019963, OD010965 and AG033641 from the National Institutes of Health.

Co-authors are Ashley Wylie and Kelly Tucker, B.S., of Wake Forest Baptist; John Culler, D.V.M., Ph.D., of North Carolina State University; Timothy Hamp, B.S., Anthony Fodor, Ph.D., and Raad Gharaibeh, Ph.D., of the University of North Carolina at Charlotte.

Journal Reference:
Kylie Kavanagh, Ashley T Wylie, Kelly L Tucker, Timothy J Hamp, Raad Z Gharaibeh, Anthony A Fodor, and John M Cullen. Dietary fructose induces endotoxemia and hepatic injury in calorically controlled primates. Am J Clin Nutr, June 19, 2013 DOI: 10.3945/ajcn.112.057331

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Does Your Salad Know What Time It Is? Managing Vegetables' 'Internal Clocks' Postharvest Could Have Health Benefits

June 20, 2013 — Does your salad know what time it is? It may be healthier for you if it does, according to new research from Rice University and the University of California at Davis.

"Vegetables and fruits don't die the moment they are harvested," said Rice biologist Janet Braam, the lead researcher on a new study this week inCurrent Biology. "They respond to their environment for days, and we found we could use light to coax them to make more cancer-fighting antioxidants at certain times of day." Braam is professor and chair of Rice's Department of Biochemistry and Cell Biology.

Braam's team simulated day-night cycles of light and dark to control the internal clocks of fruits and vegetables, including cabbage, carrots, squash and blueberries. The research is a follow-up to her team's award-winning 2012 study of the ways that plants use their internal circadian clocks to defend themselves from hungry insects. That study found that Arabidopsis thaliana -- a widely used model organism for plant studies -- begins ramping up production of insect-fighting chemicals a few hours before sunrise, the time that hungry insects begin to feed.

Braam said the idea for the new research came from a conversation with her teenage son.

"I was telling him about the earlier work on Arabidopsis and insect resistance, and he said, 'Well, I know what time of day I'll eat my vegetables!' Braam said. "That was my 'aha!' moment. He was thinking to avoid eating the vegetables when they would be accumulating the anti-insect chemicals, but I knew that some of those chemicals were known to be valuable metabolites for human health, so I decided to try and find out whether vegetables cycle those compounds based on circadian rhythms."

Arabidopsis and cabbage are related, so Braam's team began their research by attempting to "entrain" the clocks of cabbage in the same way they had Arabidopsis. Entrainment is akin to the process that international travelers go through as they recover from jet lag. After flying to the other side of the globe, travelers often have trouble sleeping until their internal circadian clock resets itself to the day-night cycle in their new locale.

Using controlled lighting in a sealed chamber, Rice graduate student and study lead author Danielle Goodspeed found she could entrain the circadian clocks of postharvest cabbage just as she had those of Arabidopsis in the 2012 study. Following the success with cabbage, Goodspeed and co-authors John Liu and Zhengji Sheng studied spinach, lettuce, zucchini, carrots, sweet potatoes and blueberries.

"We were able to entrain each of them, even the root vegetables," Goodspeed said. She and Braam said the findings suggest that storing fruits and vegetables in dark trucks, boxes and refrigerators may reduce their ability to keep daily rhythms.

"We cannot yet say whether all-dark or all-light conditions shorten the shelf life of fruits and vegetables," Braam said. "What we have shown is that keeping the internal clock ticking is advantageous with respect to insect resistance and could also yield health benefits."

In the cabbage experiments, Braam, Goodspeed and Rice co-authors John Liu, Zhengji "Jim" Sheng and Wassim Chehab found they could manipulate cabbage leaves to increase their production of anti-insect metabolites at certain times of day. One of these, an antioxidant called glucoraphanin, or 4-MSO, is a known anti-cancer compound that has been previously studied in broccoli and other vegetables.

Braam's team has already begun follow-up research, which is supported by the Bill and Melinda Gates Foundation, into whether light and other stimuli, like touch, may be used to enhance pest resistance of food crops in developing countries.

"It's exciting to think that we may be able to boost the health benefits of our produce simply by changing the way we store it," Goodspeed said.


Journal Reference:
Danielle Goodspeed, John D. Liu, E. Wassim Chehab, Zhengji Sheng, Marta Francisco, Daniel J. Kliebenstein, Janet Braam. Postharvest Circadian Entrainment Enhances Crop Pest Resistance and Phytochemical Cycling.Current Biology, 2013; DOI: 10.1016/j.cub.2013.05.034

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Lower cancer risk found in green tea drinkers

June 21, 2013 by: J. D. Heyes

(NaturalNews) In case you haven't noticed, some of the most recent breakthroughs in terms of battling cancer have come from natural, not traditional medicinal, sources.

That trend is continuing, according to the results of a large new study which found that older women who regularly drink green tea may have less risk of developing colon, stomach and throat cancers, compared to women who don't consume tea at all.

Researchers discovered that of more than 69,000 Chinese women who they followed for more than 10 years, those who drank green tea at least three times per week were 14 percent less likely to develop a cancer afflicting the digestive system, Reuters reported, citing the scientists' work.

Generally speaking, that meant those women had less of a chance of developing esophageal, stomach and colon cancers.

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Reduce your cholesterol with chocolate: Research

June 21, 2013 by: David Gutierrez, staff write

NaturalNews) More good news for chocolate lovers: Research shows that the polyphenols in cocoa powder can improve your cholesterol levels.

Like certain other foods such as berries and green tea, cocoa powder is high in antioxidant chemicals known as polyphenols. In cocoa, the polyphenol family known as the flavanols predominates. Studies have shown that these polyphenols are good for the heart.

One of the first studies to examine how these polyphenols affect cholesterol levels was conducted by researchers from the University of Hull, England, and published in the journal Diabetic Medicine in 2010. The experiment was a crossover study, meaning that participants were randomly assigned to one of two conditions (experimental or control), and then the two groups were switched. In this manner, the researchers could compare the effects of the intervention on specific individuals as well as the group as a whole.

The randomized, double-blind study involved 12 participants with type 2 diabetes. The experimental intervention involved feeding them 45 g of high-polyphenol chocolate per day, while the control intervention involved an equal amount of low-polyphenol chocolate. The researchers found that consumption of high-polyphenol chocolate was associated with an increase in HDL ("good") cholesterol and a decrease in the total cholesterol to HDL ratio.

Chocolate also lowers LDL cholesterol

These findings were confirmed and expanded in two other studies conducted over the next two years. The first, published in the European Journal of Clinical Nutrition in 2011, was a meta-analysis of 10 prior clinical trials on cocoa consumption and cholesterol. The researchers found that in short-term interventions, increases in cocoa consumption significantly reduced levels of both LDL ("bad") and total cholesterol, without significant effects on HDL cholesterol.

A second study, conducted by San Diego State University researchers and presented at Experimental Biology 2012, compared 31 people who were assigned to eat either white chocolate (zero percent cocoa) or dark chocolate (70 percent cocoa). The researchers found that those who ate 50 g of dark chocolate per day for 15 days had significantly higher levels of HDL cholesterol and lower levels of LDL cholesterol. Notably, they also had significantly lower levels of blood sugar!

The news gets even better. According to a 2012 study led by Penn State researchers and published in the American Journal of Clinical Nutrition, chocolate doesn't just lower your levels of LDL cholesterol, but also slows the rate at which LDL oxidizes. This is important because the oxidation of LDL is believed to play a key role in the hardening of arteries. Slowing this oxidation may actually slow the development and progression of heart disease.

The crossover study was performed by assigning 23 participants to eat either a standard U.S. diet with the flavonoids deliberately stripped away, or the same diet with an added 1.25 oz of cocoa powder and dark chocolate per day. Both diets contained equivalent amounts of caffeine and theobromine (both found in chocolate). Cocoa butter was added to the control diet to compensate for the extra cocoa butter found in the chocolate added to the other diet.

The researchers found that LDL extracted from study participants oxidized significantly more slowly following the chocolate diet than following the control diet. In addition, total antioxidant capacity and HDL cholesterol were significantly higher after the chocolate diet.

Consumers should note that much commercial chocolate is low in polyphenols and high in sugar and saturated fat. A good way to get the health benefits of chocolate without the risks is to add dark unsweetened cocoa powder to your meal.

Sources for this article include:






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O poder medicinal das Ervas: Thymus Vulgaris – a erva da Coragem e da Bravura

Foto - Thymus vulgaris - Glastonbury - UK


É uma planta herbácea das mais usadas na medicina ocidental desde tempos imemoriais. Acredita-se que tenha sido usada pelos Sumerianos (3.500 anos atrás), muito provavelmente queimado como fumegante aromático. 

Os egípcios o chamavam de Tham, e empregavam o tomilho no processo de embalsamento. Os Gregos faziam seu uso na culinária e também o usavam para desinfetar o ar, como prevenção contra o espalhamento de doenças contagiosas.

O aroma dessa erva foi muito valorizado pelos Gregos, que o chamavam de Thymon, significando “fumegar”; por outro lado, este nome também tinha ligação com a palavra “coragem”, pois a planta era associada com a bravura. Eles o usavam para purificar os templos e lugares de rituais. Os soldados Romanos se banhavam com a erva do Tomilho, antes de saírem para as batalhas, e o dedicavam a Deusa Vênus. Foi também muito usado em rituais de banhos para remover dores e sofrimentos vivenciados no passado, por meio da água, contendo o tomilho. Na Idade Média, ele era usado nos cachecóis dos Cavaleiros que partiam para as Cruzadas.

Umas das plantas mais energéticas da família das Labiadas, o erbarista John Gerard, em 1597, a classificou como quente e seco. Juízes, na corte inglesa, a carregavam consigo para protegê-los contra doenças infecto contagiosa.

Nicolas Culpeper dizia sobre o Tomilho: “ Nobre fortalecedor dos pulmões, ele purga o muco do corpo, excelente para respiração curta, não causa danos, não se deve temer o uso desta poderosa erva, usado em forma de massagem, elimina o inchaço, causado por retenção de liquido, dores ciática, trata dores no baço, oferecendo alivio e leveza para este órgão; excelente para tratar quem sofre de gota. Oferece grande conforto para o estomago”.

Suas propriedades são muitas – um poderoso germicida (bactericida, fungicida, virótico e parasítico), antiinflamatório, analgésico, mucolitico, expectorante, estimulante, broncodilatador, antisséptico, antiespasmódico, imunoestimulante, neurotônico, tônico sexual e uterino. Restaurador do ânimo e da coragem em tempos de adversidades e estresse emocional. 

Segundo Valerie Worwood, aromaterapeuta inglesa, há fogo no interior da essência do Tomilho, este fogo convoca as mais poderosas forças inerentes ao individuo, para que ele não se atemorize e possa sempre que necessário tentar novamente, conquistar seus objetivos sem medo de fraquejar ou de ser ridicularizado, caso não atinja os resultados almejados. Esta força que está contida no âmago da essência desta poderosa erva tem forte ressonância com a força interna do homem, que o conduz a conquistar suas vitórias na vida. 

Existem fortes evidências de que podem ter sido os romanos que introduziram o Tomilho pela Europa.

Texto e foto: 
Vera Lucia Guedes - Aromaterapeuta Clínica - vera@aromavera.net www.aromavera.net

Fiocruz promove capacitação para a melhoria da água nas cisternas do semiárido

No município conhecido como “Cidade do Sol”, a chuva não costuma aparecer. Essa é a situação de Paulistana (PI) e de muitas outras cidades do semiárido, região que enfrenta a maior seca dos últimos 30 anos. Durante a estiagem, a população estoca a pouca água que tem em cisternas, com capacidade para 16 mil litros, que captam do telhado a água da chuva, através de um sistema de calhas e canos. Com a escassez de chuvas, a água também é coletada de açudes, de cacimbões (grandes poços), e por meio de carros-pipa. Ao longo desse processo, uma série de possibilidades de contaminação da água é identificada.

Após a análise e a discussão do projeto piloto, a metodologia será modelada para a capacitação de cerca de 52 mil agentes de saúde, em mais de 1,1 mil municípios com cisternas implantadas

A Fiocruz, por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), está desenvolvendo um projeto piloto de Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para a Melhoria da Qualidade da Água nas Cisternas do Semiárido nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco. O projeto tem como objetivo modelar uma capacitação para cerca de 52 mil agentes comunitários de saúde (ACSs) e visa contribuir com a inserção de boas práticas de manejo da água, minimizando o impacto das doenças provocadas pela má qualidade da água.

Metodologia tripartite, conteúdo compartilhado

O projeto piloto, que teve início em meados de 2012, é dividido em três fases: capacitação de formadores; capacitação de multiplicadores, para trabalhadores da atenção básica no nível local e capacitação de ACSs. Os formadores seguem para os seus estados de origem com o objetivo de capacitar os multiplicadores que, por sua vez, capacitam os ACSs dos seus municípios sede. A metodologia da capacitação, caracterizada pela aprendizagem através de multiplicadores, teve origem em um acordo preliminar entre o grupo gestor do trabalho, sob a coordenação da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, e representação da Fundação Nacional de Saúde e da Fiocruz.

O conteúdo foi elaborado a partir de oficinas com integrantes das diversas instituições responsáveis pela capacitação, tendo como base o conteúdo da experiência desenvolvida pelo Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Lavsa) na promoção da educação dos técnicos em saúde que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). Fizeram parte da oficina membros da Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, além da Funasa e diversas instâncias da Fiocruz – VPAAPS, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (ESPJV), Diretoria Regional de Brasília, Fiocruz Pernambuco, Fiocruz Ceará e Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

“É preciso testar esse modelo e saber se está respondendo aos diversos contextos envolvidos. Precisamos estruturar a forma de comunicação, o conteúdo, o material pedagógico e saber se estão adequados à população do semiárido”, explica o engenheiro civil sanitarista e gestor do projeto na Vice-Presidência da Fiocruz, Tatsuo Shubo. “A nossa função nesse processo é observar as capacitações, identificar falhas e pontos a serem melhorados”.

Para o professor da Escola Politécnica Carlos Maurício Barreto, que participou da primeira etapa de capacitação dos agentes no Piauí, já há pontos a serem aperfeiçoados. “Houve diversas observações ao caderno pedagógico (material didático entregue aos ACSs) e uma avaliação da equipe da Escola que conjugou avanços do ponto de vista da apropriação coletiva dos conteúdos pelos ACSs, com insuficiência de maior dinamismo e condições de transferência da aquisição de conhecimento dos multiplicadores para os trabalhadores”, adianta.

Em conversas preliminares, a equipe do projeto também identificou a necessidade de incluir o tema mobilização social no conteúdo da capacitação para o favorecimento de melhores condições de convivência no semiárido brasileiro, simultaneamente à minimização dos graves problemas de saúde relacionados ao uso da água de má qualidade, processo que tem entre os seus princípios o apoio à disseminação de informação apropriada que possa ser compartilhada no nível local. “É importante que os moradores do semiárido sejam mais que atores na luta pela qualidade da água. Sendo capazes de exigirem políticas públicas e melhorias para seus governantes, atuando como protagonistas nesse processo”, destaca Shubo.

Registro audiovisual

Para a fase de análise do projeto piloto, a Vice-Presidência contou com a parceria da VideoSaúde – Distribuidora da Fiocruz. A equipe desta passou 25 dias em Paulistana registrando a capacitação de multiplicadores e de ACSs, incluindo o trabalho de campo dos agentes. Sabendo da interferência natural que a presença da câmera provoca, a equipe buscou intervir o mínimo possível durante as gravações, privilegiando o processo pedagógico desenhado. O material, com aproximadamente 50 horas de duração, será visionado pelo grupo gestor do projeto, servindo de referência para a avaliação da metodologia e conteúdo aplicados.

Após a análise e a discussão do projeto piloto, a metodologia será modelada para a capacitação de cerca de 52 mil agentes de saúde, em mais de 1,1 mil municípios com cisternas implantadas. Fontes de financiamento serão levantadas, assim como a definição dos gestores responsáveis pela condução do processo de capacitação para a melhoria da qualidade da água.

Matéria de Daniela Muzi, da Agência Fiocruz de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 21/06/2013

Link:
http://www.ecodebate.com.br/2013/06/21/fiocruz-promove-capacitacao-para-a-melhoria-da-agua-nas-cisternas-do-semiarido/

Repensar o crescimento econômico, artigo de Adriano Violante

[EcoDebate] Parece que é consenso de todos que o crescimento econômico – CE é bom, os países estipulam uma meta, procuram alcançá-la, porém, quanto maior melhor. Talvez o governo brasileiro queira crescer 10% ao ano como fez a China nas décadas passadas. Valores como este fazem a economia dobrar a cada sete anos, aumentando, em muito, os requerimentos de energia, de empregos, de matérias prima. Se for menor, os críticos caem em cima, pois dificulta o combate à pobreza, à distribuição de riqueza, o desenvolvimento de infraestruturas, os programas sociais e ambientais.

O problema é que estas teorias não condizem com a prática. Com todo CE das últimas décadas, o combate para se reduzir a pobreza se mostrou falho, mais da metade da população mundial é pobre, vivendo com cerca de 2 dólares por dia, e quanto mais riqueza é gerada no mundo, mais pobre o cidadão comum se torna. Os 20% mais ricos consomem mais de 80% dos recursos naturais. 1% da população detém 40% da riqueza do planeta, enquanto 50% da humanidade possuem apenas 1% dos recursos. A diferença da renda per capta dos 20% mais ricos, que era 30 vezes mais alta que dos 20% mais pobres, aumentou para mais de 80 vezes nos últimos 30 anos. Segundo o IPEA, dez por cento dos brasileiros mais ricos recebiam 54% da renda nacional em 1960, em 1995 passaram a receber 63% e em 2008 aumentaram para 75%.

Para continuar crescendo necessita-se de energia e esta é um tipo de matéria prima que depois de usada, não pode mais ser reaproveitada, reciclada como se faz com o cobre, o ferro ou o alumínio. Em sua matriz energética o mundo consome mais de 80% de combustíveis fósseis, dos quais o mais importante é o petróleo, responsável por um terço da matriz. Somos muito dependentes do petróleo, este está se esgotando a taxas de 3% ao ano e ficando cada vez mais caro. A produção de gás e petróleo norte-americanos teve alta expressiva no ano passado, mas responde apenas por metade de seu consumo, necessitando importar grandes quantidades a mais de cem dólares o barril, além de serem criticados pela população devido à grande carga de poluição associada à exploração do gás e petróleo de xisto.

A ONU reconhece que o homem é responsável pelas alterações climáticas, pelo aquecimento do planeta, pela degradação dos ecossistemas e da perda de biodiversidade, pois todo o tipo de empreendimento fabril tem fortes componentes de poluição e degradação ambiental. Apesar das tecnologias eficientes associadas aos processos modernos de produção, ainda é grande a emissão de CO2, NOx, SO2 entre outros.

Mesmo reconhecendo as causas da poluição e degradação, muitos países alegam que, quando atingirem determinados patamares de riqueza, colocarão em prática programas sociais e ambientais com mais ênfase que atualmente. E nesse ínterim, por conta das emissões poluentes, ocorrem secas, enchentes, furacões que, em sua reparação, cobram uma parcela do CE, mas não o reduzem, pelo contrário, fazem aumentar ainda mais o PIB.

Outra constatação é que, após determinado padrão de riqueza, mais crescimento não aumenta a felicidade do indivíduo e é principalmente entre os ricos que a maior fatia da riqueza é distribuída.

É ingênuo pensar nas contradições econômicas que a sociedade pratica sem questionar, mas que não se vive sem elas como gastos desnecessários com supérfluos impulsionados pela moda e pela obsolescência programada ou mesmo com plantações de tabaco ou a produção de material bélico. Se não se pretende fazer uso disso ou se qualquer economista racional evitaria esses gastos supérfluos em sua empresa, é interessante repensar estas atividades. Esses pensamentos se tornam infantil porque detrás dessas atividades há interesses de cunho psicológico, para a proteção nacional e/ou ganhos individuais. São os nossos paradoxos idiossincráticos. Procurando quebrar tabus, deve-se considerar o decrescimento da economia mundial para que possamos alcançar um estado estacionário, que privilegie as relações humanas e o que realmente interessa.

É certo que falar nisso é sofrer pedradas da crítica economista. O que a racionalidade desenvolvimentista (a bancada dos ruralistas e empresários) preconiza é arar e semear toda a Amazônia, sanear os pântanos, construir hidrelétricas em todo rio aproveitável, esquecendo-se que a natureza nos oferece uma série de serviços gratuitos como água e ar limpo.

O crescimento econômico está numa encruzilhada: se reduzir ou estacionar causará crises sociais imediatas – desemprego, desabastecimento, problemas financeiros – com tempos ruins em curto prazo, mas com possibilidades de sustentação. Crescimento de setores como energia renovável, alimentos orgânicos e saneamento devem ser incentivados, em detrimento da produção de automóveis de passeio, por exemplo, mesmo que seja um dos impulsionadores imediatos do CE.

Há que levar em conta que, com os problemas sociais e ambientais resolvidos não interessa se há crescimento econômico ou não. Como o crescimento não está reduzindo a pobreza, como necessita de energia (que está se esgotando e poluindo) e não traz felicidade, questiona-se a quem interessa. Crescimento pelo crescimento, incentivado apenas pela publicidade e pelo hedonismo, é hipotecar o futuro. É como continuar subindo uma escada que não tem continuação. Iremos cair e de alturas cada vez maior, conforme o patamar de nosso crescimento.

Adriano Violante é oceanólogo, doutor em Ciências Ambientais. adviolante@terra.com.br

EcoDebate, 21/06/2013

Link:
http://www.ecodebate.com.br/2013/06/21/repensar-o-crescimento-economico-artigo-de-adriano-violante/

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Linhaça na Medicina Tradicional Chinesa

Linum usitatissimum

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As propriedades medicinais da Linhaça estão associadas principalmente a sua semente, embora o óleo, a casca e folhas também fornecem propriedades ricas, como ácido linoleico encontrado no óleo e importante para manter a integridade das membranas celulares.

Uma das indicações para o consumo do linho é melhorar o perfil lipídico no sangue p/ aquelas pessoas que apresentam ou pelo histórico familiar, poderão desenvolver possíveis doenças cardiovasculares.

A Quantidade de consumo diário ainda é muito discutida, mas preconiza-se 2 colheres de sopa, ou 6g/dia, dividida nas duas principais refeições.

Constituintes químicos: mucilagem, resina, glicosídeos, ácidos graxos insaturados (ácido linoléico), fibras.

A semente de linho contém mucilagem o que pode alterar a absorção de medicamentos, ela também pode diminuir a agregação plaquetária em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, podendo aumentar o risco de sangramento. Esta observação só deverá ser considerada, quando o indivíduo faz da linhaça alimento diário e também uso concomitante de outros medicamentos.

Além de melhorar perfil lipídico, também atua na reduz de colesterol ruim LDL, triglicerídeos, e pela quantidade de fibras, melhora os casos de constipação.

Na Cosmetologia, uso tópico na concentração de 3% a 5%, combate a flacidez cutânea, pois protege a degradação de colágeno, retardando este processo. 

Também faz a síntese glucosaminoglicanos (GAGs), principais componentes da cartilagem e do líquido sinovial que se encontram nas articulações, evitando a piora dos quadros de artrose.



Texto:
Acupunturista Fabia Cilene Dellapiazza
fabia.vida@uol.com.br Consultório : (19) 3406-7890

Arroz maluco (receita da Ecos da Rede)


Ingredientes

Arroz já pronto
alho
azeite
cenoura 
escarola, chicória, radicchio, almeirão branco, rúcula, alface, couve, brócolis ou outras


Preparo

Prepare o arroz como de costume (aqui em casa refogamos o arroz com alho e açafrão - fica amarelinho). Em outra panela, doure alho bem amassado com um pouco de azeite. Desligue o fogo e adicione cenoura raladinha e as folhas picadas bem finas de escarola, chicória, radicchio, almeirão branco, rúcula, alface, couve, brócolis ou o que tiver na cozinha. Deixe as folhas murcharem na panela enquanto o arroz fica pronto. Quando o arroz estiver cozido, transfira-o para o refogado de folhas e mexa bem. Está pronto para servir. 

OBS.: Aproveitar as folhas que não são apropriadas para salada, folhas mais duras, externas que poderiam ser descartadas. Colocar mais de 3 tipos de folhas.
ECOS DA REDE - RECEITAS ECOLÓGICAS
Link:

Plantas não convencionais na alimentação

A pesquisadora Cristina Maria de Castro, da APTA Polo Vale do Paraíba, proferiu a palestra: Resgate de Conhecimentos Tradicionais: Produção e Consumo de Hortaliças Não Convencionais no Vale do Paraíba/SP, no Curso: Jardim Comestível: uso culinário de plantas não convencionais na alimentação (http://www.plantarum.org.br/educacao.asp?id2=350&/Cursos/), realizado pelo Jardim Botânico Plantarum, no ultimo dia 08/06/2013. A pesquisadora possui projeto de pesquisa desenvolvido pela Agência de Pesquisa, APTA Vale do Paraíba, onde foi implantada uma Unidade Desenvolvimento Tecnológico (UDT) em sistema agroecológico de produção, onde são focados o resgate e difusão do conhecimento sobre plantas tradicionais usando o saber local no âmbito da segurança alimentar, e assim possibilitar a retomada do consumo e cultivo de hortaliças não convencionais na diversificação da produção familiar. Diversas plantas muito utilizadas por nossos antepassados, como caruru, serralha, mangarito, inhame, ora pro nobis, taioba, peixinho, almeirão roxo, beldroega, major gomes, vinagreira, capuchinha, entre outras são estudadas. O evento reuniu mais de 120 pessoas de todo o Brasil, atuantes principalmente nas áreas de nutrição, gastronomia, desenvolvimento e extensão agrícola, paisagismo, educação, sustentabilidade e jornalismo especializado. ão de palestras, com alto nível de pesquisa, teve foco no resgate e revalorização do conhecimento tradicional sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), com abordagens sobre etnobotânica, gastronomia, taxonomia, cadeia produtiva de hortaliças, recuperação de áreas degradadas por meio de sistemas agroflorestais e consolidação de redes de cooperação voltadas à segurança alimentar.


Umas dicas legais sobre o uso do mangarito no link http://bancoebalcao.wordpress.com/2011/06/05/mangarito/
mangarito

Desmatamento e Desobediência Civil, artigo de Efraim Rodrigues

[EcoDebate] Lá pelo século 19, Thoreau andava pelo estado de Massachusetts falando sobre a importância de viver uma vida frugal e em contato com a natureza. Era a época em que esta região dos Estados Unidos estava em seu mínimo de cobertura florestal. Nunca antes nem depois haveria tão poucas árvores.

Há duas semanas o SOS Mata Atlântica divulgou seu monitoramento anual, mostrando que ainda não chegamos no fundo do poço com a cobertura da Mata Atlântica, apesar do tanto que este ecossistema já perdeu.

Este monitoramento é resultado de uma sinfonia muito bem executada. O governo tem os meios técnicos, um banco pagou a conta e a ONG regeu o processo.

Ao longo dos anos, os dados destes monitoramentos têm mostrado para esperançosos como eu, que ainda teremos algumas brigas mais antes de zerar o desmatamento na Mata Atlântica. E minha esperança não é sem razão, porque levantamentos feitos por mim no Paraná e por Eduardo Ehlers em São Paulo mostraram o contrário, que a Mata Atlântica está aumentando.

Então, quem está errado nesta história ?

Ninguém. O levantamento da SOS não inclui as florestas que estão sendo replantadas. Eles focam no que é mais valioso, a floresta conservada. No entanto, florestas restauradas também têm seu valor. Aqui no Paraná, (quarto estado que mais desmatou) temos visto um significativo aumento da área florestada total.

Neste livro de restauração que estou lançando, deixo claro que a floresta conservada é incomparavelmente melhor que a restaurada. A restauração é uma prótese e a conservação, o membro íntegro.

Tenho um dado que talvez interesse o SOSMA. Demoramos muito tempo para vender o primeiro Ecologia da Restauração para Minas Gerais, segundo eles, o estado que mais desmatou. É mesmo provável que quem mais desmata esteja pouco interessado em restaurar, razão pela qual está sendo pedida a moratória total do desmatamento em Minas Gerais.

Thoreau deve ser lembrado não só por ter vivido no pior momento da floresta da Nova Inglaterra, mas também pela mensagem de desobediência civil, que parece afinal estar brotando em todos cantos do Brasil.

Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br), Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva. É professor visitante da UFPR, PUC-PR, UNEB – Paulo Afonso e Duke – EUA. http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/

EcoDebate, 20/06/2013

Link:
http://www.ecodebate.com.br/2013/06/20/desmatamento-e-desobediencia-civil-artigo-de-efraim-rodrigues/

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Timing of Calcium and Vitamin D Supplementation May Affect How Bone Adapts to Exercise

June 18, 2013 — Taking calcium and vitamin D before exercise may influence how bones adapt to exercise, according to a new study. The results will be presented on Tuesday at The Endocrine Society's 95th Annual Meeting in San Francisco.

"The timing of calcium supplementation, and not just the amount of supplementation, may be an important factor in how the skeleton adapts to exercise training," said study lead author Vanessa D. Sherk, PhD, postdoctoral research fellow at the University of Colorado Anschutz Medical Campus. "Further research, however, is needed to determine whether the timing of calcium supplementation affects the skeletal adaptations to exercise training."

Previous research has shown that a year of intense training is associated with substantial decreases in bone mineral density among competitive road cyclists. Experts believe that this kind of exercise-induced bone loss could be related to the loss of calcium during exercise. As blood calcium levels drop, the parathyroid gland produces excess parathyroid hormone, which can mobilize calcium from the skeleton.

In this study, investigators found that an exercise-induced decrease in blood calcium occurred whether calcium supplements were taken before or after exercising. Pre-exercise supplementation, however, resulted in less of a decrease. Although not statistically significant, parathyroid hormone levels increased slightly less among cyclists who took calcium before exercising.

"These findings are relevant to individuals who engage in vigorous exercise and may lose a substantial amount of calcium through sweating," Sherk said. "Taking calcium before exercise may help keep blood levels more stable during exercise, compared to taking the supplement afterwards, but we do not yet know the long-term effects of this on bone density."

The timing of calcium supplementation did not cause a difference in blood levels of a compound that is a biological indicator of bone loss. Both the before- and after-exercise groups exhibited 50-percent increases in the level of this compound, called CTX, for collagen type-1 C-telopeptide.

Study participants included 52 men aged 18 to 45 years. Investigators randomly assigned participants to take 1,000 milligrams of calcium and 1,000 international units of vitamin D either 30 minutes before or one hour after exercise. The exercise comprised a simulated 35-kilometer time trial, and participants wore skin patches to absorb sweat.

Investigators measured blood levels of calcium and parathyroid hormone before and immediately after exercise. They also measured CTX before and 30 minutes after exercise. They used pre- and post-body weight, adjusted for fluid intake, combined with the calcium measured in the sweat from the skin patches, to estimate the amount of calcium lost through the skin during exercise.

The National Institutes of Health and the American College of Sports Medicine funded the study.

Link:

Herbal Extract Boosts Fruit Fly Lifespan by Nearly 25 Percent

June 18, 2013 — The herbal extract of a yellow-flowered mountain plant long used for stress relief was found to increase the lifespan of fruit fly populations by an average of 24 percent, according to UC Irvine researchers.

But it's how Rhodiola rosea, also known as golden root, did this that grabbed the attention of study leaders Mahtab Jafari and Sam Schriner. They discovered that Rhodiola works in a manner completely unrelated to dietary restriction and affects different molecular pathways.

This is significant, said Jafari, associate professor of pharmaceutical sciences, because dietary restriction is considered the most robust method of improving lifespan in laboratory animals, and scientists have been scrambling to identify compounds that can mimic its effects.

"We found that Rhodiola actually increases lifespan on top of that of dietary restriction," Jafari said. "It demonstrates that Rhodiola can act even in individuals who are already long-lived and healthy. This is quite unlike resveratrol, which appears to only act in overfed or unhealthy individuals."

The researchers proved this by putting flies on a calorie-restricted diet. It has been shown that flies live longer when the amount of yeast they consume is decreased. Jafari and Schriner expected that if Rhodiola functioned in the same manner as dietary restriction, it would not work in these flies. But it did. They also tested Rhodiola in flies in which the molecular pathways of dietary restriction had been genetically inactivated. It still worked.

Not only did Rhodiola improve lifespan an average of 24 percent in both sexes and multiple strains of flies, but it also delayed the loss of physical performance in flies as they aged and even extended the lives of old flies. Jafari's group previously had shown that the extract decreased the natural production of reactive oxygen species molecules in the fly mitochondria and protected both flies and cultured human cells against oxidative stress.

Jafari and Schriner, an assistant project scientist in Jafari's laboratory, are not claiming that Rhodiola supplements will enable humans to live longer, but their discovery is enhancing scientific understanding of how supplements believed to promote longevity actually work in the body.

Rhodiola has already shown possible health benefits in humans, such as decreasing fatigue, anxiety and depression; boosting mood, memory and stamina; and preventing altitude sickness. Grown in cold climates at high elevations, the herb has been used for centuries by Scandinavians and Russians to reduce stress. It's also thought to have antioxidant properties.

Jafari's research group is currently exploring the plant's potential to kill cancer cells, improve Alzheimer's disease and help stem cells grow.

Rhodiola is readily available online and in health food stores. Jafari, though, has analyzed several commercial products and found them to not contain sufficient amounts of the reputed active compounds -- such as rosavin and salidroside -- that characterize high-quality products.
Rhodiola rosea (golden root). (Credit: By Opioła Jerzy (Own work) [GFDL, CC-BY-SA-3.0 or CC-BY-2.5], via Wikimedia Commons)

Journal Reference:
Samuel E. Schriner, Kevin Lee, Stephanie Truong, Kathyrn T. Salvadora, Steven Maler, Alexander Nam, Thomas Lee, Mahtab Jafari. Extension of Drosophila Lifespan by Rhodiola rosea through a Mechanism Independent from Dietary Restriction. PLoS ONE, 2013; 8 (5): e63886 DOI:10.1371/journal.pone.0063886

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Flora brasiliensis

O Projeto

Tem por objetivo desenvolver um sistema de informação on-line sobre a flora brasileira, tendo como base as imagens digitalizadas em alta resolução das pranchas de famílias selecionadas descritas naFlora brasiliensis de Martius. A digitalização das imagens está sob a responsabilidade do Jardim Botânico de Missouri . Os trabalhos referentes à atualização dos nomes estão sendo coordenados por pesquisadores do Departamento de Botânica do Instituto de Biologia da Unicamp. O CRIA é responsável pelo desenvolvimento do sistema on-line.

O sistema de informação é composto pelos seguintes módulos:

banco de imagens das pranchas digitalizadas em alta resolução

banco de metadados com informações sobre o conteúdo das imagens (nome científico da planta, volume, número, página, etc.)

banco de dados com todos os nomes citados na obra

sistema com ferramentas adequadas para que especialistas possam de forma colaborativa contribuir na elaboração de um catálogo de nomes atualmente aceitos, citando, quando for o caso, a sua correspondência na obra Flora brasiliensis (o sistema Flora brasiliensis revisitada)

Link para mais informações:

Cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta)


Trepadeira semi-lenhosa nativa de todo o território brasileiro. Seu nome origina-se do fato de ter sido historicamente muito utilizada na ornamentação dos mastros, carroças, charretes e outros elementos das festas de São João (comemorado no próximo 24 de junho). Encontrada com frequência revestindo cercas, margens de estradas, barrancos, árvores em pastagens e diversos outros tipos de suporte. Possui flores tubulares abundantes no inverno, nas colorações laranja e, mais raramente, amarela. Foi eleita representativa da cidade de Campinas (SP).
Hórtica Consultoria - São Paulo, Brazil
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Amamentar na primeira hora de vida reduz uso de chupeta

Fernando Pivetti - fernando.pivetti@usp.br
19/junho/2013
Ao todo, 34.366 crianças menores de um ano participaram do levantamento

A prática de mamar na primeira hora de vida está fortemente associada à redução do uso de utensílios como chupeta e mamadeira ao longo da infância. É o que aponta um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. O nascimento em Hospital Amigo da Criança e o acompanhamento na rede básica do SUS foram fatores que também influenciaram o menor uso dos chamados “bicos artificiais”.

A pesquisa da fonoaudióloga Gabriela Buccini buscou explorar os determinantes do uso de chupeta e mamadeira em crianças menores de um ano nas capitais brasileiras e no Distrito Federal. Os determinantes são fatores que se associam ao maior uso dos utensílios pesquisados. “Buscamos explorar os fatores individuais, ou seja, dos bebês, das mães e os fatores socioeconômicos e da característica dos serviços de saúde, o ponto de inovação da linha de pesquisa”, conta Gabriela. Com relação aos serviços de saúde, foram analisados se os tipos de serviços, público ou privado, influenciariam ou não no uso dos utensílios.

Segundo a pesquisadora, o estudo se voltou para o uso de chupeta e mamadeira devido às consequências que essa prática traz para a saúde da criança, causando problemas como respiração bucal, alteração da linguagem, redução no tempo de aleitamento materno, otite (inflamações no ouvido), que impactam de forma negativa em toda a qualidade de vida da criança. “Além disso, dentro de todo o desenvolvimento dos utensílios da humanidade, a chupeta e a mamadeira foram assumindo características prioritárias”, ressalta. “Apesar das medidas de controle e normatização do marketing, com o avanço da tecnologia, a cada dia têm-se novos formatos e modelos de mamadeiras e chupetas que promete aos que consomem, os pais e os bebês, maior segurança, tranquilidade, conforto e comodidade. Estamos na era das ‘urgências’ e da descartabilidade. Essa concepção traz à luz uma importante reflexão sobre a função da chupeta e da mamadeira nas relações estabelecidas no mundo pós-moderno”, completa.

Foram coletadas informações de um estudo epidemiológico transversal que utilizou o banco de dados da “II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais e no Distrito Federal (PPAM)”, realizada em 2008 pelo Ministério da Saúde (MS). Ao todo, 34.366 crianças menores de um ano participaram do levantamento. A pesquisadora apontou que esse estudo é o primeiro a pesquisar os determinantes do uso de bicos artificiais em uma amostra representativa de crianças residentes nas capitais brasileiras. A vantagem desse processo seria a classificação em três categorias, o uso exclusivo de chupeta, o uso exclusivo de mamadeira e o uso de bicos artificiais, o que possibilita o avanço nos conhecimentos sobre a utilização desses utensílios.

Alertas de saúde

Gabriela ressaltou ainda que a principal motivação para a pesquisa estava em dados alarmantes levantados pelo meio da saúde, como por exemplo o fato de o uso de bicos artificiais (chupeta e mamadeira) em lactentes ser um hábito cultural com alta prevalência em diversos países. Outro ponto seria que, há mais de 30 anos, o consenso científico internacional reconhece os bicos artificiais como responsáveis por alterações no desenvolvimento global da criança e na qualidade de vida. “Vale destacar ainda que estudos anteriores constataram alterações na saúde da criança decorrentes ou agravadas pelo uso de bicos artificiais, entre elas a respiração bucal, alterações no sistema sensório-motor oral, alteração no processo de aquisição da linguagem, otite média aguda e maloclusão, que aparece mais comumente nas formas de mordida aberta anterior e mordida cruzada”.

Para a pesquisadora, houve uma colaboração efetiva do projeto no sentido de incentivar o desenvolvimento de políticas públicas eficientes e que permita a promoção da saúde e o atendimento de toda a população. “De uma forma indireta, conseguimos mostrar que o incentivo a políticas de saúde é a principal saída no combate aos problemas atuais do sistema”, completa.

Imagem: Marcos Santos / USP Imagens

Mais informações: com Gabriela Buccini, no email gabibuccini@yahoo.com.br
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Extrato de alga como bioestimulante favorece agricultura

Rúvila Magalhães - ruvila.avelino@usp.br
19/junho/2013 

Pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, testou os efeitos da aplicação do extrato da alga Ascophyllum nodosum (A. nodosum) sobre as culturas de soja, feijão, milho e trigo. Os experimentos mostraram que a utilização deste extrato influencia positivamente o desenvolvimento e a produtividade dos cultivos estudados, todos importantes para a agricultura brasileira. A pesquisadora Márcia Eugênia Amaral de Carvalho visou mensurar a germinação, vigor e o crescimento de plântulas de feijão e o desenvolvimento e produtividade do milho, da soja e do trigo.
Extrato possui hormônios e proteínas que podem melhorar desempenho vegetal

“Uma parcela considerável das algas marinhas colhidas anualmente é utilizada como bioestimulante na agricultura. A alga A. nodosum destaca-se dentre as espécies comumente empregadas para esta finalidade”, explica Márcia. Seu extrato possui hormônios, proteínas e outros compostos que podem melhorar o desempenho vegetal por intermédio de alterações fisiológicas, bioquímicas e da expressão de genes nas plantas.

O estudo foi composto por quatro experimentos. Nos dois primeiros, as sementes de soja e milho foram tratadas com doses crescentes do extrato de A. nodosum, proporcionais a zero, 25, 50, 100, 250 e 500 mililitros (mL) do extrato em 1 quilo (kg) de sementes. Também foi feita a irrigação aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura, utilizando 5 mL do extrato por litro de água. Durante este experimento, o comprimento das raízes, altura do vegetal, a massa seca acumulada na parte aérea (folhas e caules), o número e massa seca de grãos foram avaliados.

No terceiro experimento, foi estudada a influência do tempo de imersão (0, 5, 10, 15 e 20 minutos) de sementes de feijão em uma solução contendo 0,8 mL de A. nodosum em um litro de água. O objetivo desse experimento foi avaliar a germinação e a emergência — cujo objetivo é verificar a germinação em areia e indicar a capacidade da plântula em romper a barreira do solo — vigor e crescimento de plântulas. Os parâmetros foram obtidos por meio de testes em rolos de papel em câmaras germinadoras e de emergência em areia.

No último experimento, além dos parâmetros de crescimento e produção, também foram avaliados alguns parâmetros bioquímicos como os teores de clorofila e carotenóides, dois pigmentos relacionados à eficiência fotossintética e a atividade da enzima nitrato redutase, envolvida na incorporação de nitrogênio pela planta. Foram avaliadas plantas de trigo geradas de sementes tratadas (0,1 mL do extrato da alga em 100 gramas de sementes) e também plantas que receberam somente irrigação (5 mL do extrato diluído em um litro de água) aos 14, 28 e 42 dias após a semeadura. Tanto neste experimento quanto nos dois primeiros citados, as plantas foram cultivadas em vasos, geralmente dentro de casa-de-vegetação.

Resultados

Em todos os experimentos, o extrato de A. nodosum influenciou o desenvolvimento e a produtividade vegetal. A imersão de sementes de feijão em solução contendo extrato de alga aumentou o número de plântulas com potencial de estabelecimento em campo.

Já o tratamento de sementes de soja, em conjunto com a irrigação do solo com o extrato da alga, resultou em um maior crescimento radicular em plântulas (aumento aproximado de 60%), o que pode ajudar no estabelecimento em campo. Além disso, o tratamento ainda incrementou a massa seca dos grãos (cerca de 38%).

Na cultura de milho, foi observado um aumento de 47% no crescimento radicular e de 62% no número de grãos. Com o trigo, a irrigação do solo com o extrato da alga promoveu o desenvolvimento vegetal, aumentando o comprimento e a biomassa seca das plantas, além de aumentar em 13% o número de espigas por planta.

Os resultados surpreenderam a pesquisadora. No entanto, ela explica que “toda esta pesquisa foi conduzida com plantas em vasos, geralmente no interior de casa-de-vegetação. Estes experimentos são válidos, mas para encontrar resultados próximos da realidade para as grandes culturas, experimentos semelhantes devem ser realizados em campo”.

Sobre a importância de sua pesquisa, Marcia afirma que “os resultados indicam que as algas tem potencial de utilização como uma alternativa ecologicamente correta ao uso de estimulantes na agricultura”.

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Mais informações: email marcia198811@usp.br, com Márcia de Carvalho
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Estudo de Harvard relaciona poluição com risco de autismo

No estudo, iniciado em 1989, foram pesquisadas 116.430 mulheres (Foto: Reprodução)

19/06/2013 - As mulheres grávidas que estiveram expostas a altos níveis de ar poluído têm duas vezes mais possibilidades de dar à luz uma criança autista do que as que moraram em áreas com baixa contaminação do ar, segundo um estudo da Universidade de Harvard.

De acordo com os especialistas, este é o primeiro estudo nacional que examina a ligação entre a poluição e o desenvolvimento desta condição. A pesquisa foi publicada na revista Environmental Health Perspectives.

"Nossa pesquisa é preocupante porque, dependendo do poluente, 20 a 60% das mulheres que participaram em nosso estudo viviam em áreas onde o risco de autismo é elevado", afirmou Andrea Roberts, pesquisadora associada do departamento de Ciências Sociais e de Conduta, da Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

Dois estudos anteriores já haviam demonstrado a relação entre a exposição à poluição do ar nas mulheres grávidas e as crianças com autismo, mas estes estudos haviam analisado dados de apenas três lugares nos Estados Unidos.

No estudo, iniciado em 1989, foram pesquisadas 116.430 mulheres. Para a análise, foram selecionadas 325 mulheres, que tiveram um bebê autista e 22.000 que tiveram um filho não afetado por este fenômeno patológico.

Os pesquisadores avaliaram os níveis de poluentes no ar no momento e lugar de nascimento, baseado em dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

Também levaram em conta outros fatores, como as rendas, o nível educativo e o fato de terem fumado ou não durante a gravidez.

As grávidas que viviam em zonas onde a concentração de partículas diesel e mercúrio eram maiores, tinham o dobro do risco de ter um filho com autismo que as que moravam em lugares menos poluídos por estas substâncias, concluíram.

Por outra parte, descobriram que as mulheres que durante a gravidez viviam em áreas onde os níveis de cloreto de chumbo, magnésio e cloreto de metileno no ar eram mais altos tinham 50% mais probabilidades de ter um filho autista que as que viviam em lugares menos expostos a esses poluentes.

Fonte: Portal Terra

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