sábado, 5 de outubro de 2013

Adubação verde ajuda a fertilizar o solo e a reduzir deslizamentos

Vinicius Zepeda*

Divulgação/Embrapa Agrobiologia
Na região serrana fluminense, trator auxilia na colocação de aveia-preta triturada para ser usada como planta de cobertura 

Em janeiro de 2011 fortes chuvas causaram deslizamentos de terra e assolaram a região serrana fluminense, em especial a cidade de Nova Friburgo, causando mortes e deixando milhares de desabrigados, além de sérios prejuízos. Região de forte riqueza agrícola, muito do solo local tornou-se infértil e, para recuperar seus lucros e tornar o local produtivo novamente, os agricultores têm utilizado altas doses de adubos sintéticos. Contudo, o alto investimento nem sempre veio acompanhado de retorno suficiente, o que passou a ameaçar seriamente a situação econômica de algumas famílias. Em busca de uma solução para o problema, a bióloga Adriana Maria de Aquino e o agrônomo Renato Linhares de Assis, pesquisadores da Embrapa Agrobiologia – uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – vêm desenvolvendo um projeto de recuperação do solo da região através do plantio direto, sem revolvimento da terra, e da utilização de um adubo orgânico – sem utilização de componentes químicos – composto por aveia preta, tremoço-branco ou ervilhaca-comum triturada como plantas de cobertura. O projeto vem sendo desenvolvido com apoio do programa de Auxílio à Pesquisa (APQ 1), da FAPERJ.

Atualmente, cerca de 50 agricultores familiares em propriedades de dois a três hectares da localidade conhecida como Fazenda Rio Grande – no distrito de Campo Coelho, Nova Friburgo – estão testando a eficácia dos compostos e os resultados têm sido animadores. “Em alguns locais já vimos a areia virar barro e a produtividade de algumas terras quase dobrar”, explica a agrônoma da Embrapa Agrobiologia. Antes de começar estes estudos, a equipe de pesquisadores analisou o solo da região para constatar que o mesmo estava rico em nutrientes mas, não havia fertilidade física e biológica. “E o adubo mineral não conseguiria resolver. Dai propusemos investigar a eficácia do chamado adubo verde”, recorda.

Divulgação/Embrapa Agrobiologia 
Plantação de couve-flor após pré-cultivo de aveia-preta

Segundo Adriana, a ideia é que o adubo verde, após o corte, seja utilizado como uma camada protetora do solo, uma espécie de palhada. Assim, além servir como proteção contra os deslizamentos de terra, ainda serve como adubo natural. “As raízes de aveia preta, por exemplo, medem mais de 20 centímetros e ajudam a evitar que as chuvas provoquem o deslizamento do solo. Além disso, não impedem-no de ser naturalmente irrigado”, explica. A aveia-preta é a espécie mais utilizada, por ser mais fácil de conseguir as sementes que o tremoço-branco e a ervilhaca-comum, e tem sido a preferida dos agricultores envolvidos no projeto.

Já com relação ao tremoço-branco e a ervilhaca comum, a pesquisadora destaca a eficácia dos dois na fixação de nitrogênio no solo, chegando a reduzir, ou mesmo eliminar a necessidade de aplicação de fertilizantes nitrogenados. “O tremoço, adapta-se bem aos solos de baixa fertilidade, suas sementes são comestíveis e possuem altos teores de proteína”, ensina a bióloga. “Já a ervilhaca, tem sido usada combinada à aveia preta”, complementa.

Workshop apresentou alternativas para a região serrana

A elaboração de um livro com relatos de diferentes instituições sobre suas experiências em agricultura de montanha e a efetivação da parceria com pelo menos duas instituições internacionais foram alguns dos resultados práticos alcançados ao final do II Workshop sobre Desenvolvimento Sustentável em Ambiente de Montanha e o I Seminário sobre Desenvolvimento Territorial Endógeno. Os eventos, coordenados por Adriana Aquino e desenvolvidos com apoio do programa de Auxílio à Organização de Eventos (APQ 2), da FAPERJ, reuniram pesquisadores, técnicos, professores e profissionais de diferentes áreas do conhecimento do Brasil e do exterior, de 10 a 12 de setembro, em Nova Friburgo, região serrana fluminense. 

Lucas Aquino de Assis
O agrônomo Renato de Assis e a bióloga Adriana de Aquino orientam os agrônomos da região serrana no âmbito do projeto

Na abertura dos eventos, o público teve um panorama de como a agricultura é praticada nos ambientes de montanha na Europa. O pesquisador Jaime Maldonado, do Centro de Investigação de Montanha de Bragança, Portugal, abordou aspectos técnicos da agricultura nesses locais, como por exemplo, a variação do uso do solo de acordo com a altitude, a produção de alimentos e produtos de origem florestal, assim como o pagamento e compensações por serviços ambientais. Segundo o pesquisador português é impossível haver desenvolvimento sustentável quando o uso do solo não é correto.

O agrônomo Renato Linhares de Assis, da Embrapa Agrobiologia, relatou as experiências com a implantação de práticas agroecológicas em unidades de produção local. De acordo com Renato, após a tragédia de 2011 as pessoas tornaram-se mais motivadas para a mudança e é possível constatar uma predisposição maior para as questões ambientais. “Os agricultores estão mais sensíveis, mas há uma série de outras questões relevantes. Para avançar nas práticas sustentáveis é preciso mudar a lógica da produção agrícola com o mercado”, disse.

A promoção do turismo sustentável em regiões de montanha foi apontado pela consultora do Banco Mundial e representante da Associação das Montanhas Famosas, Mônica Amorim, como uma das alternativas para a valorização e conservação da natureza na região serrana fluminense. Nesse sentido, um grupo já trabalha para a construção de uma proposta conjunta para candidatura da região à Associação das Montanhas Famosas. “Vamos discutir a proposta com órgãos competentes para avaliar essa possibilidade da candidatura da região serrana fluminense”, concluiu a coordenadora dos eventos e pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Adriana Aquino.

*com informações do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Agrobiologia

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O exotismo das frutas da Mata Atlântica

Vilma Homero

Você conhece grumixama? Já comeu geleia de uvaia? Para a grande maioria, provavelmente a resposta será "não". Mas no que depender de Marcio Schittini, das empresas Tiferet, e Paulo Lima, da Estilo Gourmand, essas frutas da Mata Atlântica, hoje ainda consideradas exóticas, se tornarão mais conhecidas do consumidor. Para isso, eles estão fazendo um mapeamento de frutas nativas no estado, para identificar quais são e em que regiões elas crescem abundantes ou têm potencial para atender demanda comercial.

O projeto, que está sendo desenvolvido com financiamento do edital de Inovação Tecnológica, da FAPERJ, é amplo. "A Mata Atlântica é uma fonte de riquezas ainda pouco exploradas. Existem frutas nativas ainda muito pouco conhecidas do consumidor e por isso mesmo consideradas como exóticas. É o caso do cambuci, do cambucá, da grumixama, da própria pitanga, da jabuticaba, da uvaia e do araçá. Elas são, na verdade, as nossas berries nativas, ou seja, nossas cerejas fluminenses, bastante adequadas à produção de geleias, sorvetes, sucos, molhos e até pratos com ingredientes 100% do Rio de Janeiro", explica Schittini.

Identificadas as regiões de maior potencial, a equipe da Tiferet e da Estilo Gourmand vem visitando e entrando em contato com os agricultores da área para desenvolver estilos de cultivo orgânico e amplo. "Alguns se mostram mais arredios; outros, ao saber que poderão contar com comprador para frutas que até então praticamente não tinham mercado, se entusiasmam." Segundo Schittini, ao valorizar frutas nativas, também se está valorizando os pequenos produtores rurais. "Nesse sentido, procuramos estabelecer treinamento e melhoria de práticas agrícolas sustentáveis, transformando esse produtor em fornecedor de frutas frescas para uso industrial."

Apesar de serem frutas abundantes em toda a Mata Atlântica, ainda não existem cultivos em escala. "Na região do município de Varre-Sai, encontramos agricultores bem animados em ampliar sua plantação de jabuticaba e em conhecer novos métodos de cultivo. Na área de Quissamã, no entanto, embora adequada à grumixama, os agricultores ainda não acreditam que haja consumidores para ela por se tratar de uma fruta esquecida", explica.

O fato é que Schittini está investindo com certo conhecimento de causa. Para saber como anda o gosto do público, a Tiferet, que já produz molhos diferentes para atender compradores mais sofisticados, submeteu amostras de geleias de cinco sabores diferentes a testes cegos com especialistas da área de alimentos e donos de restaurantes. "Testamos pitanga, araçá, jabuticaba, uvaia, grumixama e cambuci, além de outras quatro mais conhecidas, como goiaba, ameixa, laranja e amora. O resultado foi que esse público se mostra disposto e curioso a experimentar novos sabores." Segundo Schittini, ao consultar seus compradores sobre seu interesse em geleias, o resultado foi o mesmo. "Eles querem produtos diferenciados, não o que já existe no mercado e que o público já conhece", garante.

Enquanto procura aprimorar as amostras desses novos sabores de geleia, tanto no sabor quanto na formulação, já que se trata de produtos que não usam conservantes, a empresa também se prepara para começar a produção. Inicialmente, serão de duas a cinco toneladas de geléia. Isso já garantirá a aquisição de quantidades importantes de frutas in natura junto aos plantadores. "De começo, não conseguiríamos adquirir maiores volumes devido à escassez dos plantios. Nosso objetivo é implementar novas áreas de cultivo pelo estado. Ao comercializar produtos com valor agregado, visamos ao desenvolvimento sustentável das comunidades fruticultoras. Se inicialmente queremos conquistar o mercado fluminense, no futuro, pretendemos direcionar nossas geleias também para exportação, que é um mercado sempre em busca de novidades do Brasil."

Para Schittini, estimular o consumo desses novos produtos será um grande incentivo à fruticultura no estado, com geração de empregos e renda no interior fluminense. Como argumento, ele apresenta números: "O mercado de produtos orgânicos tem aumentado 10% ao ano no Brasil e 20% no exterior. O público consumidor de produtos light ou diet no País é de 30 milhões de pessoas e a receita das empresas do setor cresceu 870% nos últimos dez anos (http://www.apexbrasil.com.br). Além desses argumentos econômicos, temos ainda o fato de que preservar e reflorestar as áreas de Mata Atlântica é uma prioridade para o estado do Rio de Janeiro. Com a exploração econômica de frutas, é exatamente isso que estamos propondo."
Das frutas exóticas da Mata Atlântica, a jabuticaba está entre as mais populares e conhecidas do público

Data: 23.02.2012
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Receitas com hortaliças no site www.cnph.embrapa.br

Inúmeras receitas fazendo as buscas com indicação da hortaliça que deseja consumir e também com a que não deseja.

New Metabolic Pathway to More Efficiently Convert Sugars Into Biofuels

Sep. 30, 2013 — UCLA chemical engineering researchers have created a new synthetic metabolic pathway for breaking down glucose that could lead to a 50 percent increase in the production of biofuels.

The new pathway is intended to replace the natural metabolic pathway known as glycolysis, a series of chemical reactions that nearly all organisms use to convert sugars into the molecular precursors that cells need. Glycolysis converts four of the six carbon atoms found in glucose into two-carbon molecules known acetyl-CoA, a precursor to biofuels like ethanol and butanol, as well as fatty acids, amino acids and pharmaceuticals. However, the two remaining glucose carbons are lost as carbon dioxide.

Glycolysis is currently used in biorefinies to convert sugars derived from plant biomass into biofuels, but the loss of two carbon atoms for every six that are input is seen as a major gap in the efficiency of the process. The UCLA research team's synthetic glycolytic pathway converts all six glucose carbon atoms into three molecules of acetyl-CoA without losing any as carbon dioxide.

The research is published online Sept. 29 in the peer-reviewed journal Nature.

The principal investigator on the research is James Liao, UCLA's Ralph M. Parsons Foundation Professor of Chemical Engineering and chair of the chemical and biomolecular engineering department. Igor Bogorad, a graduate student in Liao's laboratory, is the lead author.

"This pathway solved one of the most significant limitations in biofuel production and biorefining: losing one-third of carbon from carbohydrate raw materials," Liao said. "This limitation was previously thought to be insurmountable because of the way glycolysis evolved."

This synthetic pathway uses enzymes found in several distinct pathways in nature.

The team first tested and confirmed that the new pathway worked in vitro. Then, they genetically engineered E. coli bacteria to use the synthetic pathway and demonstrated complete carbon conservation. The resulting acetyl-CoA molecules can be used to produce a desired chemical with higher carbon efficiency. The researchers dubbed their new hybrid pathway non-oxidative glycolysis, or NOG.

"This is a fundamentally new cycle," Bogorad said. "We rerouted the most central metabolic pathway and found a way to increase the production of acetyl-CoA. Instead of losing carbon atoms to CO2, you can now conserve them and improve your yields and produce even more product."

The researchers also noted that this new synthetic pathway could be used with many kinds of sugars, which in each case have different numbers of carbon atoms per molecule, and no carbon would be wasted.

"For biorefining, a 50 percent improvement in yield would be a huge increase," Bogorad said. "NOG can be a nice platform with different sugars for a 100 percent conversion to acetyl-CoA. We envision that NOG will have wide-reaching applications and will open up many new possibilities because of the way we can conserve carbon."

The researchers also suggest this new pathway could be used in biofuel production using photosynthetic microbes.

The paper's other author is Tzu-Shyang Lin, who recently received a bachelor's degree from UCLA in chemical engineering.

Journal Reference:
Igor W. Bogorad, Tzu-Shyang Lin, James C. Liao. Synthetic non-oxidative glycolysis enables complete carbon conservation. Nature, 2013; DOI: 10.1038/nature12575

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Fear of Predators Drives Honey Bees Away from Good Food Sources

Oct. 2, 2013 — Most of us think of honey bees as having a bucolic, pastoral existence -- flying from flower to flower to collect the nectar they then turn into honey. But while they're capable of defending themselves with their painful stings, honey bees live in a world filled with danger in which predators seize them from the sky and wait to ambush them on flowers.

Such fear drives bees to avoid food sources closely associated with predators and, interestingly, makes colonies of bees less risk-tolerant than individual bees, according to a study published in this week's issue of the open-access journal PLOS ONE.

"This strategy of colonies collectively exhibiting significantly more caution than the riskier individual foragers may help honey bees exploit all of the available food sources, with some intrepid foragers visiting more dangerous food while the colony judiciously decides how to best allocate its foraging," says James Nieh, a professor of biology at UC San Diego.

Nieh worked with scientists at Yunnan Agricultural University in China to study the impact on foraging Asian honey bees of the monstrous-looking Asian Giant hornet, Vespa tropica, and a smaller hornet species known as Vespa velutina, which has invaded Europe and now poses a threat to European honey bees.

"The Asian Giant hornets are dangerous, heavily armored predators," says Ken Tan, the first author of the paper, who also works at the Chinese Academy of Science's Xishuangbanna Tropical Botanical Garden. "Bee colonies respond by forming balls of defending bees, encasing the hornet and, in some cases, cooking it to death with heat generated by the bees."

The researchers found that bees treated the bigger hornet species, which is four times more massive than the smaller species, as more dangerous. In a series of experiments, they presented bees with different combinations of safe and dangerous feeders -- depending on their association with the larger or smaller hornets -- containing varying concentrations of sucrose.

"Bees avoided the dangerous feeders and preferred feeders that provided sweeter nectar," says Nieh. "However, predators are clever and can focus on sweeter food, ones which bees prefer. So we also tested how bees would respond when sweeter food was also more dangerous. What we found was that the individual bees were more risk-tolerant. They avoided the giant hornet at the best food, but continued to visit the lower quality food with the smaller hornet."

Other scientists involved in the research were Zongwen Hu, Weiwen Chen, Zhengwei Wang and Yuchong Wang, all of the Eastern Bee Research Institute of Yunnan Agricultural University.

Journal Reference:
Ken Tan, Zongwen Hu, Weiwen Chen, Zhengwei Wang, Yuchong Wang, James C. Nieh. Fearful Foragers: Honey Bees Tune Colony and Individual Foraging to Multi-Predator Presence and Food Quality. PLoS ONE, 2013; 8 (9): e75841 DOI: 10.1371/journal.pone.0075841
The smaller hornet studied by the researchers attacks a honeybee forager on a flower. (Credit: Ken Tan)

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Smoking During Pregnancy May Increase Risk of Bipolar Disorder in Offspring

Oct. 1, 2013 — A study published today in theAmerican Journal of Psychiatry suggests an association between smoking during pregnancy and increased risk for developing bipolar disorder (BD) in adult children. Researchers at the New York State Psychiatric Institute and the Department of Epidemiology at the Mailman School of Public Health at Columbia University, in collaboration with scientists at the Kaiser Permanente Division of Research in Oakland, California, evaluated offspring from a large cohort of pregnant women who participated in the Child Health and Development Study (CHDS) from 1959-1966. The study was based on 79 cases and 654 comparison subjects. Maternal smoking during pregnancy was associated with a twofold increased risk of BD in their offspring.

Smoking during pregnancy is known to contribute to significant problems in utero and following birth, including low birth weight and attentional difficulties. This is the first study to suggest an association between prenatal tobacco exposure and BD, a serious psychiatric illness marked by significant shifts in mood that alternate between periods of depression and mania. Symptoms typically become noticeable in the late teens or early adulthood.

"These findings underscore the value of ongoing public health education on the potentially debilitating, and largely preventable, consequences that smoking may have on children over time," said Alan Brown, MD, MPH, senior author and Professor of Clinical Psychiatry and Epidemiology at the New York State Psychiatric Institute, Columbia University and Mailman School of Public Health.

The authors wrote: "Much of the psychopathology associated with prenatal tobacco exposure clusters around the 'externalizing' spectrum, which includes attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), oppositional defiant disorder (ODD), conduct disorder (CD), and substance abuse disorders. Although not diagnostically classified along the externalizing spectrum, BD shares a number of clinical characteristics with these disorders, including inattention, irritability, loss of self-control, and proclivity to drug/alcohol use." In effect, children who were exposed to tobacco smoke in utero may exhibit some symptoms and behaviors that are found in BD.

A previous study by Dr. Brown and colleagues found that flu virus in pregnant mothers was associated with a fourfold increased risk that their child would develop BD.

Journal Reference:
Ardesheer Talati. Maternal Smoking During Pregnancy and Bipolar Disorder in Offspring. American Journal of Psychiatry, 2013; 170 (10): 1178 DOI:10.1176/appi.ajp.2013.12121500

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Proper Diet, Exercise to Limit Diabetes Epidemic

Oct. 2, 2013 — The number of diabetics worldwide is exploding. In response, the largest study of its kind to date is set to investigate type-2 diabetes prevention through diet, exercise and lifestyle. Eight EU nations, along with New Zealand, Australia and Canada, will participate in an EU-funded project headed by University of Copenhagen researchers.

Twenty-one million Europeans are now treated for diabetes. Globally, the number is estimated to be more than 371 million people. Furthermore, the number of people with diabetes has doubled in the past decade alone, with the ever-mounting and enormous strain upon global health care funding.

The alarming statistics have prompted the EU Commission to deploy funds towards a large research project called PREVIEW. The project seeks to turn the tide and thus ward off a potential explosion in future health care costs related to this lifestyle illness.

The project's aim is to find the most effective combination of diet, exercise and lifestyle related to type-2 diabetes prevention.

"We would like to find out if our current dietary and exercise recommendations are optimal as relates to type-2 diabetes, or whether another lifestyle and regimen is more effective. It could save billions in health care costs for society if we are able to find a formula for how to best prevent type-2 diabetes. In part, we will accomplish this through a large scale, three-year clinical research project with a group of participants from 8 nations, and also by studying data from a range of large demographic surveys," says the project's chief coordinator, Anne Raben, Professor at the University of Copenhagen's Department of Nutrition, Exercise and Sports.

The large clinical study will involve 2500 participants from Finland, the Nederlands, Great Britain, Spain, Bulgaria, Australia, New Zealand and Denmark. Partner universities within these countries have already begun their search for eligible trial participants.

Two diet types and two forms of exercise

Trial participants will be randomly divided into groups that each follows a specific lifestyle programme. Each programme will include one of two diet types, and one of two forms of exercise.

The two diet types represent one of the following: one diet is based on current dietary recommendations with high carbohydrate, lots of fiber and a moderate protein intake; and the other, a the other diet includes high protein intake and less, but more slowly absorbed carbohydrates.

"Both diet types are generally healthy, but can have differing effects upon health. In combination with exercise, we hope to be able to tailor an optimal lifestyle programme that can serve to prevent the occurrence of diabetes in society," says Professor Raben.

The two types of exercise include: one in which participants engage in moderately intense exercise for 150 minutes per week, for example a brisk walk; and another type that focuses on highly intensive exercise for 75 minutes a week, for example jogging.

"We already know that a diet which follows current dietary guidelines can prevent diabetes. What's unique about this project is that we are testing the two diets against one another to find out if there might be a more effective alternative. For example, it has never been investigated whether a diet including more protein and fewer, but more slowly absorbed carbohydrates, is more effective at preventing diabetes. Besides, we will include two types of exercise as part of the investigations to determine if there is one that is more suitable. Finally we will also study the importance of stress and sleeping patterns." continues Professor Anne Raben.

About the Research

PREVIEW is a research project funded by 9 billion euro from the European Commission. In total, there are 15 partners from numerous EU countries, as well as Australia, Canada and New Zealand. The clinical study will include 2500 participants from Denmark, Finland, the Nederlands, Great Britain, Spain, Bulgaria, Australia and New Zealand. Both adults and youth will participate in the study.

2300 participants will be adults in the 25-45 and 55-70 age ranges. The remainder of 200 will be youth in the 12-18 year-old age range. The study is scheduled to last for 3 years and will be active from 2013-2017. In the demographic surveys, data from more than 170,000 people from Europe, Canada and New Zealand will be included.

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Understanding the Dangers of the Fake Marijuana Called 'Spice' or 'K2'

Oct. 2, 2013 — The harmful effects of increasingly popular designer cannabis products called "Spice" or "K2" have puzzled scientists for years, but now a group of researchers is reporting progress toward understanding what makes them so toxic. The study, published in the ACS journal Analytical Chemistry, describes development of a method that could someday help physicians diagnose and treat the thousands of young adults and teens who end up in emergency rooms after taking the drugs.

Jeffery Moran and colleagues note that synthetic marijuana, often marketed as "natural incense," "potpourri," Spice or K2, is a significant public health concern, and 1 in 9 high school seniors admit recent use. The products appear across the United States and Europe, and are the second most popular drug after real marijuana for many American teens and young adults. The substances produce a "high," but also can cause a wide range of dangerous side effects including seizures, hallucinations, severe kidney damage, psychotic behavior and heart attacks. Scientists are quickly playing catch-up to understand how these fake pot products work in order to identify them in users' urine and to treat the devastating health effects, which, in some cases, plague users for months after they initially take it.

To gain insight into the effects of designer marijuana products, Moran's team developed a new method and used it to study how the body processes two popular forms in Spice and K2, known as JWH-018 and AM2201. Urine samples from 15 people who tested positive for use showed significant differences in how the individuals' bodies processed the drugs. This finding could help explain why some people experience more severe effects from the drugs than others.
Synthetic marijuana, often marketed as "natural incense," "potpourri," Spice or K2, is a significant public health concern, and 1 in 9 high school seniors admit recent use. (Credit: American Chemical Society)

Journal Reference:
Amy L. Patton, Kathryn A. Seely, Krishna C. Chimalakonda, Johnny P. Tran, Matthew Trass, Art Miranda, William E. Fantegrossi, Paul D. Kennedy, Paul Dobrowolski, Anna Radominska-Pandya, Keith R. McCain, Laura P. James, Gregory W. Endres, Jeffery H. Moran. Targeted Metabolomic Approach for Assessing Human Synthetic Cannabinoid Exposure and Pharmacology. Analytical Chemistry, 2013; 85 (19): 9390 DOI: 10.1021/ac4024704

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Red Wine Chemical, Resveratrol, Remains Effective Against Cancer After the Body Converts It

Oct. 2, 2013 — A chemical found in red wine remains effective at fighting cancer even after the body's metabolism has converted it into other compounds.

This is an important finding in a new paper published in the journal Science Translational Medicine by Cancer Research UK-funded researchers at the University of Leicester's Department of Cancer Studies and Molecular Medicine.

The paper reveals that resveratrol -- a compound extracted from the skins of red grapes -- is not rendered ineffective once it is metabolised by the body.

This is an important development, as resveratrol is metabolised very quickly -- and it had previously been thought that levels of the extracted chemical drop too quickly to make it usable in clinical trials.

The new research shows that the chemical can still be taken into cells after it has been metabolised into resveratrol sulfates.

Enzymes within cells are then able to break it down into resveratrol again -- meaning that levels of resveratrol in the cells are higher than was previously thought.

In fact, the results appear to show resveratrol may be more effective once it has been generated from resveratrol sulfate than it is if it has never been metabolised because the concentrations achieved are higher.

The team, led by University of Leicester translational cancer research expert Professor Karen Brown, administered resveratrol sulfate to mice models.

They were subsequently able to detect free resveratrol in plasma and a variety of tissues in the mice.

This is the first direct sign that resveratrol can be formed from resveratrol sulfate in live animals, and the researchers think it may help to show how resveratrol is able to have beneficial effects in animals.

The study also showed that resveratrol generated from resveratrol sulfate is able to slow the growth of cancer cells by causing them to digest their own internal constituents and stopping them from dividing.

Professor Karen Brown said: "There is a lot of strong evidence from laboratory models that resveratrol can do a whole host of beneficial things -- from protecting against a variety of cancers and heart disease to extending lifespan.

"It has been known for many years that resveratrol is rapidly converted to sulfate and glucuronide metabolites in humans and animals -- meaning the plasma concentrations of resveratrol itself quickly become very low after administration.

"It has always been difficult to understand how resveratrol is able to have activity in animal models when the concentrations present are so low, and it has made some people skeptical about whether it might have any effects in humans.

"Researchers have hypothesized for a long time that resveratrol might be regenerated from its major metabolites in whole animals but it has never been proven.

"Our study was the first to show that resveratrol can be regenerated from sulfate metabolites in cells and that this resveratrol can then have biological activity that could be useful in a wide variety of diseases in humans.

"Importantly, we did all our work with clinically achievable concentrations so we are hopeful that our findings will translate to humans.

"Overall, I think our findings are very encouraging for all types of medical research on resveratrol. They help to justify future clinical trials where, previously, it may have been difficult to argue that resveratrol can be useful in humans because of the low detectable concentrations.

"There is considerable commercial interest in developing new forms of resveratrol that can resist or overcome the issue of rapid metabolism. Our results suggest such products may not actually be necessary to deliver biologically active doses of resveratrol to people."

Dr Sarah Williams, Cancer Research UK health information officer, said: "This interesting study supports continued research into resveratrol as a therapeutic molecule, but it's important to note that any benefits from the molecule don't come from drinking red wine. It's well established that drinking any type of alcohol, including red wine, increases the risk of developing cancer."

The study was carried out over eight years, and was funded by the Cancer Research UK and National Institute for Health Research (NIHR) Experimental Cancer Medicine Centre in Leicester, and the US National Cancer Institute.

Journal Reference:
Ketan R. Patel, Catherine Andreadi, Robert G. Britton, Emma Horner-Glister, Ankur Karmokar, Stewart Sale, Victoria A. Brown, Dean E. Brenner, Rajinder Singh, William P. Steward, Andreas J. Gescher and Karen Brown. Sulfate Metabolites Provide an Intracellular Pool for Resveratrol Generation and Induce Autophagy with Senescence. Science Translational Medicine, 2013 DOI:10.1126/scitranslmed.3005870

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'Cupcake Bans' Rare, but Policies May Reduce Overexposure to Sugary Treats

Oct. 2, 2013 — Nearly 1 in 3 American children are overweight or obese, but sugary sweets are often on the menu at elementary school classroom parties.

But schools with a district policy or state law discouraging sugary foods and beverages were 2.5 times more likely to restrict those foods at parties than were schools with no such policy or law, according to a new study published online in the Journal of Nutrition Education and Behavior.

Researchers at the University of Illinois at Chicago examined the linkages among state laws, district, and school-level policies for classroom birthday and holiday parties. More than 1,200 elementary schools in 47 states responded to surveys during the 2009-2010 and 2010-2011 school years.

The researchers collected corresponding district policies and state laws and examined whether they addressed classroom parties. When policies addressed parties, most were written as recommendations, not as outright restrictions. Forty-nine percent of schools were located in districts recommending limits on sweets, and 18.5 percent of schools were subject to recommendations at both the district and state levels.

Approximately half the schools had either no restrictions or left the decision to teachers; one-third had school-wide policies discouraging sugary items; and fewer than 10 percent actually banned sweets during holiday parties or did not allow parties.

The study shows that "policies can affect school practices, even when the policies are only recommendations," said Lindsey Turner, lead author of the study and research scientist at UIC's Institute for Health Research and Policy.

Previous small-scale studies have found that "kids consume a lot of calories at classroom parties," said Turner. But little is known about how state and district policies impact this aspect of the school food environment.

"This is an overlooked aspect of the school food environment, and an important issue to address," said Turner, who noted that classroom parties can contribute a substantial amount of caloric intake for children over the course of a school year. Restrictions on classroom celebrations have often been met with controversy and resistance from parents and the community, and "changing norms will take time," she said.

National recommendations include limiting parties to one per month; serving only healthy foods, offering non-food items in goody-bags, and having party activities that do not involve food.

The U.S. Department of Agriculture has issued nationwide standards governing competitive foods and beverages in schools as required by the Healthy, Hunger-Free Kids Act of 2010. However, the USDA regulations do not address foods and beverages served during school parties.

Journal Reference:
Lindsey Turner, Jamie F. Chriqui, Frank J. Chaloupka.Classroom Parties in United States Elementary Schools: The Potential for Policies to Reduce Student Exposure to Sugary Foods and Beverages. Journal of Nutrition Education and Behavior, 2013; DOI:10.1016/j.jneb.2013.04.261

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Five Regular Meals a Day Reduce Obesity Risk Among Adolescents

Oct. 3, 2013 — A regular eating pattern may protect adolescents from obesity, according to a Finnish population-based study with more than 4,000 participants. When eating five meals - breakfast, lunch, dinner and two snacks - a day, even those with a genetic predisposition to obesity had no higher body mass index (BMI) than their controls.

The collection of the data on the study population began prenatally, and the participants were followed up until the age of 16. The aim was to identify early-life risk factors associated with obesity, to investigate the association between meal frequencies, obesity and metabolic syndrome, and to examine whether meal frequency could modulate the effect of common genetic variants linked to obesity. The genetic data comprised eight single nucleotide polymorphisms at or near eight obesity-susceptibility loci.

According to the results, a regular five-meal pattern was associated with a reduced risk of overweight and obesity in both sexes and with a reduced risk of abdominal obesity in boys. Moreover, the regular five-meal pattern attenuated the BMI-increasing effect of the common genetic variants. Conversely, skipping breakfast was associated with greater BMI and waist circumference.

Obese parents increase the risk

Maternal weight gain of more than seven kilograms during the first 20 weeks of pregnancy increased the risk of obesity in the offspring. However, maternal obesity before pregnancy was a more important risk factor than weight gain during pregnancy.

Paternal obesity before pregnancy was nearly as important as maternal pregravid obesity as a risk factor for the offspring obesity during adolescence. The risk of obesity was strikingly high in adolescents whose both parents had a BMI of 25 or over throughout the 16-year follow-up period.

"These findings emphasise the importance of taking an early whole-family approach to childhood obesity prevention. Furthermore, it is important to be aware that the effects of predisposing genotypes can be modified by lifestyle habits such as regular meal frequency," says Ms Anne Jääskeläinen, MHSc, who presented the results in her doctoral thesis at the University of Eastern Finland. The original articles were published in International Journal of Obesity, International Journal of Obstetrics and Gynaecology, Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases, and PLOS One.

Journal References:

Jääskeläinen A, Pussinen J, Nuutinen O, Schwab U, Pirkola J, Kolehmainen M, Järvelin M-R and Laitinen J.Intergenerational transmission of overweight among Finnish adolescents and their parents: a 16-year follow-up study. Int J Obes, 5: 1289-1294, 2011

Laitinen J, Jääskeläinen A, Hartikainen A-L, Sovio U, Vääräsmäki M, Pouta A, Kaakinen M and Järvelin M-R.Maternal weight gain during the first half of pregnancy and offspring obesity at 16 years – a prospective cohort study. BJOG, 119: 716-723, 2012.

A. Jääskeläinen, U. Schwab, M. Kolehmainen, J. Pirkola, M.-R. Järvelin, J. Laitinen. Associations of meal frequency and breakfast with obesity and metabolic syndrome traits in adolescents of Northern Finland Birth Cohort 1986. Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, 2012; DOI: 10.1016/j.numecd.2012.07.006

Jääskeläinen A, Schwab U, Kolehmainen M, Kaakinen M, Savolainen M, Froguel P, Cauchi S, Järvelin M-R and Laitinen J. Meal frequencies modify the effect of common genetic variants on body mass index in adolescents of the Northern Finland Birth Cohort 1986. PLOS ONE, 8: e73802, 2013.

Link:

Component of Citrus Fruits Blocks Formation of Kidney Cysts

Oct. 3, 2013 — A new study published today in British Journal of Pharmacology has identified that a component of grapefruit and other citrus fruits, naringenin, successfully blocks the formation of kidney cysts.

Known as polycystic kidney disease, this is an inherited disorder which leads to the loss of kidney function, high blood pressure and the need for dialysis. Few treatment options are currently available.

The team of scientists from Royal Holloway University, St George's, University of London and Kingston University London used a simple, single-celled amoeba to identify that naringenin regulates the PKD2 protein responsible for polycystic kidney disease and as a result, blocks formation of cysts.

"This discovery provides an important step forward in understanding how polycystic kidney disease may be controlled," said Professor Robin Williams from the School of Biological Sciences at Royal Holloway.

"In the study, we have demonstrated how effective the amoeba Dictyostelium is in the discovery of new treatments and their targets. Having previously applied the same method of testing in our work into epilepsy and bipolar treatments, it is clear that this new approach could help us reduce reliance on animal testing and provide major improvements."

To test how this discovery could apply in treatments, the team used a mammalian kidney cell-line, and triggered the formation of cysts in these cells. They were then able to block the formation of the cysts by adding naringenin and saw that when levels of the PKD2 protein were reduced in the kidney cells, so was the block in cyst formation, confirming that the effect was connected.

Dr Mark Carew, from the School of Pharmacy and Chemistry at Kingston University, said: "Further investigation is underway to understand the action of naringenin at the molecular level. This work will entail looking at the function of the PKD2 protein as a cell growth regulator."

"Indeed, this study provides a good example of how chemicals identified in plants can help us develop new drugs for the treatment of disease," added Professor Debbie Baines from St George's, University of London.

"Autosomal dominant polycystic kidney disease affects between 1 in 10 people on dialysis and 1 in 8 with a kidney transplant. Kidney Research UK welcomes this publication that may provide hope for a future new treatment for polycystic kidney disease, alongside its own on-going research focusing on tackling this common genetic kidney disease," said Elaine Davies, Head of Research Operations at Kidney Research UK.

Journal Reference:
A Waheed, M H R Ludtmann, N Pakes, S Robery, A Kuspa, C Dinh, D Baines, R S B Williams and M A Carew.Naringenin inhibits the growth of Dictyostelium and MDCK-derived cysts in a polycystin-2 (TRPP2)-dependent manner. British Journal of Pharmacology, October 2013

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Aggressive Fungal Pathogen Causes Mold in Fruits, Vegetables

Oct. 3, 2013 — A research team led by a molecular plant pathologist at the University of California, Riverside has discovered the mechanism by which an aggressive fungal pathogen infects almost all fruits and vegetables.

The team discovered a novel "virulence mechanism" -- the mechanism by which infection takes place -- of Botrytis cinerea. This pathogen can infect more than 200 plant species, causing serious gray mold disease on almost all fruits and vegetables that have been around, even at times in the refrigerator, for more than a week.

Study results appear in the Oct. 4 issue of the journal Science.

Many bacterial, fungal and oomycete pathogens deliver protein effectors -- molecules the pathogens secrete -- into the cells of hosts to manipulate and, eventually, compromise host immunity.

The new study represents the first example of a fungal pathogen delivering RNA effectors, specifically small RNA effector molecules, into host cells to suppress host immunity and achieve infection of the host plant.

"To date, almost all the pathogen effectors studied or discovered have been proteins," said lead author Hailing Jin, a professor of plant pathology and microbiology. "Ours is the first study to add the RNA molecule to the list of effectors. We expect our work will help in the development of new means to control aggressive pathogens."

Small RNAs guide gene silencing in a wide range of eukaryotic organisms. In the case of Botrytis cinerea, small RNAs silence the expression of host defense genes, resulting in the host plant cells being less able to resist the fungal attack. The process is similar to how protein effectors weaken host immunity in the case of most pathogens.

"What we have discovered is a naturally-occurring cross-kingdom RNAi phenomenon between a fungal pathogen and a plant host that serves as an advanced virulence mechanism," Jin said.

RNA interference or RNAi is a conserved gene regulatory mechanism that is guided by small RNAs for silencing (or suppressing) genes.

Next, Jin and colleagues plan to continue investigating if the novel mechanism they discovered also exists in other aggressive pathogens.
The fungal pathogen Botrytis cinerea causes mold on strawberries. (Credit: University of California, Riverside)

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Metabolic Enzymes Discovered With 'Widespread Roles' in Opium Poppy

Oct. 4, 2013 — University of Calgary scientists have discovered metabolic enzymes in the opium poppy that play "widespread roles" in enabling the plant to make painkilling morphine and codeine, and other important compounds.

The discovery, by university researcher Peter Facchini and PhD student Scott Farrow, includes the first biochemical reaction of its kind ever reported in plants, which may also occur in garden-variety poppies and other plants.

Their research, published this week as a cover story in the Journal of Biological Chemistry, sheds light on how the opium poppy -- the world's only source of the valuable painkillers -- evolved the ability to make morphine and other compounds.

"The functions of what we thought were really specific genes and enzymes involved in morphine biosynthesis are actually much broader," says Facchini, professor of biological sciences in the Faculty of Science and an internationally recognized expert on the opium poppy.

In 2010, Facchini's laboratory reported the discovery of two unique genes, and the enzymes they encode, that enable the opium poppy to synthesize morphine and codeine.

Enzymes are protein molecules -- highly selective catalysts that accelerate both the rate and specificity of metabolic reactions.

The new finding shows that these enzymes in opium poppy, along with a third enzyme discovered by the U of C lab, "have these unexpected and widespread roles," Facchini says.

"There are more branches of related alkaloid metabolism that lead to a lot of different compounds that have different pharmacological and important biological properties in opium poppy."

The new insights could enable pharmaceutical companies to manipulate the biochemical pathway and create varieties of the opium poppy that produce higher levels of specific drugs, such as codeine or morphine, Facchini says.

Codeine is by far the most widely used opiate in the world and one of the most commonly used painkillers.

Codeine can be extracted directly from the opium poppy, although most of the painkiller is chemically synthesized from the much more abundant morphine found in the plant.

Canadians spend more than $100 million a year on codeine-containing pharmaceutical products and are among the world's top consumers of the drug per capita.

Facchini and Farrow suspect that the biochemical reactions they discovered also occur in garden-variety poppy species related to the opium poppy, as well as in other plants.

"The difference between related plants, in terms of their ability to make or not make morphine, might only be the activity of a single enzyme," Facchini notes.

If so, it may eventually be possible to manipulate metabolic pathways so that other plants -- or even yeast and bacteria -- can produce morphine, codeine or thebaine, an "intermediate" compound obtained only from opium poppy and used to make the painkiller drug oxycodone.

However, companies seeking to 'tweak' opium poppy biochemistry should be cautious, Facchini says, because the related metabolic pathways produce compounds with anti-microbial activity designed to protect the plant.

"If you're going to continue to rely on this plant as a 'drug-production system' and apply technological solutions to improving varieties, you better understand the biochemistry thoroughly," Facchini says.

Farrow spent the last three years unravelling the biochemical reactions, performing in vitro ('test tube') analysis on many compounds using state-of-the-art mass spectrometry equipment.

He also used a technique called virus-induced gene silencing to essentially knock out the genes' morphine- and codeine-making enzymes, which confirmed their widespread roles in the opium poppy's physiological functions.

Prior to this discovery, the only similar biochemical reaction reported in the scientific literature is a human enzyme that breaks down the illegal drug ecstasy, although the enzyme itself hasn't yet been identified.

Farrow is now investigating 20 other plant species genetically sequenced by Facchini's lab, to determine if the biochemical reaction also occurs in these plants.

Journal Reference:
S. C. Farrow, P. J. Facchini. Dioxygenases catalyze O-demethylation and O,O-demethylenation with widespread roles in benzylisoquinoline alkaloid metabolism in opium poppy. Journal of Biological Chemistry, 2013; DOI: 10.1074/jbc.M113.488585
University of Calgary scientists have discovered metabolic enzymes in the opium poppy that play "widespread roles" in enabling the plant to make painkilling morphine and codeine, and other important compounds. (Credit: Riley Brandt, University of Calgary)

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A história das construções sustentáveis

Quando o ser humano ainda era nômade e caçava e coletava apenas aquilo que era necessário para sobreviver e reproduzir, os espaços naturais serviram de refúgio servindo de sustento e proteção.

Um rio podia representar desafios, às vezes, uma ameaça para aqueles que decidiam atravessá-lo, mas também eram lugares mais férteis, onde o alimento abundava. Uma caverna poderia esconder animais perigosos aos seres humanos, mas eram excelentes abrigos contra temporais e nevascas.

Quando começou a se fixar no território e cultivar, o ser humano sentiu a necessidade de criar o teto que lhe protegesse das intempéries. Com o desenvolvimento das técnicas, os elementos e recursos naturais de cada lugar foram absorvidos na medida mais eficaz para o abrigo.

Sempre aproveitamos o que o meio nos proporcionou. Desde os primórdios, o homem reconhece a força da natureza como sua maior ameaça, mas também sua maior aliada.

As antigas civilizações não tinham a noção real do tamanho da Terra, mas sabiam e respeitavam este princípio.

Na Babilônia foi desenvolvido o mais antigo conjunto de leis que se tem notícia. Os códigos de Hamurabi, como são conhecidos, permitem reconstituirmos como eram os costumes na época e algumas dessas leis descrevem severas punições aqueles que prejudicassem o sistema de captação e distribuição de água.

No antigo Egito, as construções mantinham a distância necessária do rio Nilo, sabendo que seu regime possuía períodos de cheia e vazão bem definidas, aproveitavam o fundo das construções para o plantio, pois o rio quando enchia trazia nutrientes e quando vazava servia para fertilizar o solo para a agricultura.

Aproveitar a natureza do lugar e respeitar seus limites é uma das características principais para uma construção sustentável que trazemos desde os antepassados.

Muitos exemplos podem ser citados ao longo da história como cada povo construiu usando os elementos que dispunham ao redor de suas ocupações.

Os Iglus são uma forma bem interessante de demonstrar o aproveitamento do meio a favor do abrigo. Mesmo com as condições extremas de baixa temperatura, este abrigo de gelo se mostra extremamente eficaz.
Os moinhos também são ótimos exemplos de como as construções podem usufruir da natureza sustentavelmente. Tanto os de vento quanto os de água têm a função de utilizar uma força natural para moerem cereais e grãos. Na Holanda, por sua vez, os moinhos de vento foram utilizados para bombear a água da chuva para o mar, evitando que as terras alagassem.

Nossa época

Em 1973, os países exportadores de petróleo elevaram consideravelmente os preços do produto, pondo assim em xeque os padrões de consumo da maioria dos costumes ocidentais. Surgem debates sobre novas opções a serem alcançadas devido à enorme preocupação sobre a dependência desta commodity.

O mundo observava e preparava-se para repensar os modelos econômicos, padrões de consumo, estilo e modo de vida levados até então. Percebeu-se que a grande maioria da energia gerada era consumida nas cidades, que abasteciam suas edificações de uma forma voraz.

O relatório Brundtland em 1987, berço do conceito de desenvolvimento sustentável, lançou as bases de novos paradigmas para a humanidade. Para as construções, as discussões sobre eficiência energética abriram novos horizontes para uma arquitetura mais ponderável e ambientalmente mais correta.

Seguiu-se, nos anos e décadas que se passaram, a necessidade de se repensar não somente questões energéticas de um edifício, mas padrões adequados de consumo de água, resíduos e, hoje, a bola da vez são as emissões de carbono.

Bed Zed

Projetado pela Bill Dunster Architects, o BedZed é um condomínio habitacional e de escritórios com uma concepção de baixo consumo de energia e auto-sustentabilidade. Localizado em Londres, o projeto é um verdadeiro conceito de sustentabilidade construído.

Tudo pensado no BedZed tem a intenção de minimizar o consumo e, por vezes, renovar aquilo que é usado. Desde o transporte até os materiais, tudo foi pensado para integrar o conjunto a cidade e ao meio ambiente.
Bioregional
As construções sustentáveis do BedZed

Características do BedZed:

Uso de placas fotovoltáicas para geração de energia
Miniestação geradora de energia a base de lascas de madeira.
50% da água são tratadas, purificadas e reutilizadas.
Coberturas verdes.
Postos de abastecimento para carros elétricos.
Localização do projeto próxima a boa infra-estrutura de transportes.
Iluminação bem aproveitada.
Ventilação bem elaborada, evitando o uso de ar-condicionado.
Uso de materiais reciclados, reaproveitados e de fontes próximas ao local.
Equipamentos sanitários com baixo consumo de água.
Eletrodomésticos ecológicos.
Coleta de lixo reciclável

Data: 04.10.2013
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Construções sustentáveis: Conceitos

“Utilizar os recursos disponíveis no presente sem esgotá-los e comprometer o meio ambiente das gerações futuras”
(Relatório Bruntland – 1987)

Em 1987, com o relatório Brundtland (O Nosso futuro comum) foi concebido o conceito de desenvolvimento sustentável, abrindo assim espaço para uma nova ramificação na arquitetura, que prega uma interação do homem com o meio, utilizando os elementos e recursos naturais disponíveis, preservando o planeta para as gerações futuras, baseado nas soluções socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas.

Algumas diretrizes a considerar para uma construção sustentável.

Pensar em longo prazo o planejamento da obra
Eficiência energética
Uso adequado da água e reaproveitamento
Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais
Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas
Gestão dos resíduos sólidos. Reciclar, reutilizar e reduzir
Conforto e qualidade interna dos ambientes
Permeabilidade do solo
Integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.

Existe muita discussão a cerca dos conceitos da construção sustentável. Primeiro que não é certo afirmar simplesmente que uma obra é ou não sustentável. A caracterização da sustentabilidade de uma construção vem do processo na qual esta foi projetada, executada e na somatória das técnicas usadas em relação ao entorno e lugar. Assim, é possível afirmar comparando com outro projeto que uma construção é mais sustentável que a outra.

Pensar em um edifício isolado não faz sentido quando tratamos de questões ambientais como a sustentabilidade dos espaços construídos pelo homem. Por ser sistêmica, a construção para ser sustentável deve ser elaborada em um contexto, o externo é tão importante quanto o que ocorre nas dependências internas. Por isso, a comparação é a melhor forma de avaliar uma construção sustentável, a obra nunca está sozinha.

Se um edifício cumprir todos os pré-requisitos técnicos, respeitar todas as normas éticas ambientais, apenas usar materiais adequados e mesmo assim se fechar para dentro, não condizendo com as necessidades do entorno, não se relacionando com o lugar na qual está inserida, abstrair as outras construções e pessoas que convivem próximo, não estará sendo sustentável.

Pode parecer complicado mas, não existe nenhuma obrigatoriedade de se cumprir todos os requisitos técnicos para uma construção ser sustentável. Caso contrário, as casas seriam todas iguais. Na verdade, as diretrizes são uma forma de orientar aqueles que pretendem construir de uma forma ambientalmente mais responsável.

Uma obra sustentável leva em conta o processo na qual o projeto é concebido, quem vai usar os ambientes, quanto tempo terá sua vida útil e se, depois desse tempo todo, ela poderá servir para outros propósitos ou não. Tudo o que diz respeito aos materiais empregados nela devem levar em conta a necessidade, o desperdício, a energia gasta no processo até ser implantado na construção e, depois, se esses materiais podem ser reaproveitados.

A auto-suficiência da edificação deve ser levada em consideração. Muitas vezes, alguma parcela da energia pode ser gerada no próprio lugar e a água pode ser reaproveitada, fazendo com que no longo prazo se obtenha uma economia considerável nas contas de luz e água. Geralmente a energia externa produz gases de efeito estufa em algum momento de sua produção. Em um contexto mais amplo, proporcionar a sua própria energia faz com que o edifício colabore com a redução destes gases.

Uma arquitetura sustentável deve, fundamentalmente, levar em conta o espaço na qual será implantada. Os aspectos naturais são de extrema importância para se projetar com estes fins. Se respeitadas, as condições geográficas, meteorológicas, topográficas, aliadas às questões sociais, econômicas e culturais do lugar é que definirão o quão sustentável a construção será.

Assim, algumas soluções aplicadas a uma construção no campo podem não ser sustentáveis em outra na cidade e vice versa. Por exemplo, na primeira hipótese pode se pensar em utilizar materiais do lugar (madeira, pedra, terra etc…), pois pode ficar muito caro optar por peças industrializadas, além dos impactos ambientais diretos e indiretos.

O Brasil com o tamanho continental engloba uma série de panoramas climáticos diferentes. Uma construção sustentável deve respeitar e aproveitar o clima na qual está inserida.

Abaixo algumas características que uma residência pode aproveitar de acordo com clima correspondente.

Obviamente como foi dito antes, os esquemas apresentados são somente algumas das inúmeras possibilidades de como uma casa pode ser. A forma, as técnicas e materiais podem e devem ser combinados da melhor maneira que convier; mais uma vez, uma construção sustentável não tem receita pronta, apenas diretrizes a serem levadas em consideração na hora de projetar.

A permeabilidade do solo deve ser um aspecto significante em um projeto sustentável. Proporcionar espaços livres, vegetados e permeáveis faz com que os ambientes que circundam o edifício sejam mais frescos, criando microclimas que aproximam a vida natural do edifício e dão vazão à água que se acumula no chão deixando os espaços mais salubres.

Pensando no transporte

O modelo de transporte na maioria das cidades está se tornando insustentável. Privilegiar o automóvel como forma prioritária desse sistema pode ter sido uma solução no passado, porém hoje, esta alternativa deve ser revista. As construções sustentáveis devem proporcionar uma integração com o sistema viário que auxilie cada vez, novas formas de chegar e sair dos edifícios. As construções sustentáveis devem ter em seu projeto uma integração que influencie cada vez mais as cidades, tomar como prioridade o uso adequado de transportes de massa e ou alternativos.

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Bem-estar animal


Rosemary Bastos alimenta um filhote de ovelha

Modo como os animais de criação são tratados está diretamente relacionado aos índices de produtividade dos rebanhos

Cuidar bem dos animais não é só uma demonstração de afeto aos amigos de quatro patas. No que se refere aos animais de produção - como bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos, peixes e aves — a forma de tratamento pode fazer toda a diferença na produtividade. O manejo inadequado pode interferir, por exemplo, na qualidade da carne e do leite.

Segundo a professora Rosemay Bastos, do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal (LRMGA) da UENF — que coordena um projeto de extensão desde 2007 sobre bem-estar animal, guarda responsável e zoonoses em escolas direcionado as crianças/adolescentes e professores — o bem-estar animal é uma ciência que busca garantir condições básicas para uma boa qualidade de vida de todos os animais, sendo estes de produção ou não. 

O conceito de bem-estar envolve três elementos que se inter-relacionam: a questão física, mental e comportamental do animal — aspectos estes que podem interferir na produtividade e qualidade final do produto.

— Se a pessoa for agressiva durante o manejo, por exemplo, gera estresse no animal. Isso é altamente prejudicial, pois o estresse prejudica fisiologicamente, além de afetar o próprio desenvolvimento e a produção de carne ou de leite. Já se sabe que o estresse faz com que ocorra a diminuição da acidez da carne que é necessária para conservá-la; além disso, gera uma carne escura, dura e seca — explica a professora.

O manejo inadequado pode ocorrer, segundo Rosemary, em qualquer etapa do processo da cadeira produtiva, como na alimentação, no transporte e na condução para o abate, gerando prejuízos econômicos aos produtores e danos aos animais e tratadores. Ela observa que a prática do bem-estar considera as cinco liberdades necessárias aos animais: ser livres de medo e estresse; de fome e sede; de desconforto; de dor, lesões e doenças e a liberdade de expressar seus comportamentos naturais.
Juliana Costa

Rosemary destaca que as boas práticas voltadas ao bem-estar animal não requerem necessariamente custos ao produtor. Segundo ela, materiais de baixíssimo custo podem ser utilizados. Por exemplo, durante o manejo para condução de bovinos, podem ser utilizadas bandeiras feitas com sacos plásticos ou tecidos de baixíssimo custo. O objetivo do uso de bandeiras é orientar os animais, bem como minimizar os riscos aos peões, já que a haste é longa. Outro exemplo são os chocalhos para a condução de suínos, que podem ser feitos de garrafa pet, com pedras dentro. O intuito é sempre o de evitar o manejo agressivo e facilitar o entendimento do animal.

— O custo só é um pouco alto quando é necessário trocar toda a estrutura de confinamento, por exemplo. Mas o lucro compensa depois, pois o produtor pode se inserir na cadeia dos produtos agroecológicos e orgânicos e assim atingir um público-alvo mais exigente, disposto a pagar um preço mais alto pelo produto de melhor qualidade — diz a zootecnista Juliana Costa, que junto com Rosemary coordenou/ministrou o curso “Bem-estar animal: cuidar para produzir”, realizado este ano pela terceira vez, durante a Semana do Produto Rural da UENF.

Também é essencial que o ambiente de confinamento seja limpo, do contrário os animais podem evitar deitar mesmo quando cansados. Isso pode gerar problemas como, por exemplo, claudicação em bovinos. No caso dos animais que vivem no pasto, também é necessário que haja árvores e a quantidade e dimensões corretas de bebedouro e comedouro, de acordo com o número de animais. 

— Como existe dominância dentro dos rebanhos, nem todos os animais conseguem comer ou beber água se houver um número excessivo de animais para cada comedouro ou bebedouro. Há casos de fêmeas que, inclusive, tem a reprodução prejudicada devido a problemas nutricionais.

Juliana lembra que, em meio aos protestos ocorridos no Brasil recentemente, uma das reivindicações é a criação de um departamento específico, no campo do meio ambiente, para lidar com a questão dos maus tratos aos animais. A ideia é criar um canal no qual as pessoas possam fazer denúncias de crueldades contra os animais e que estas possam originar investigações mais direcionadas. É importante lembrar que todos os animais são protegidos por lei.
Os animais precisam de sombra

Rosemary e Juliana pretendem realizar em breve um projeto de divulgação das boas práticas animais (manejo racional), com palestras itinerantes nas propriedades do Norte Fluminense.

Fazendas em São Paulo e Mato Grosso já adaptadas

Embora a questão do bem-estar animal ainda caminhe a passos lentos no Brasil — se comparado aos demais países — já existem fazendas adaptadas no interior de São Paulo e no Mato Grosso. Segundo Rosemary, há até uma propriedade, no Mato Grosso, com certificado internacional de boas prática voltadas ao bem-estar animal. 

— Isso é muito importante, pois o Brasil é um dos maiores exportadores de carne, e alguns países da Europa, por exemplo, já solicitam este certificado. No exterior, já é comum que as fazendas tenham o selo de boas práticas de bem-estar animal. É uma exigência de mercado, à qual o Brasil também tem que se adaptar — afirma. 

Segundo a professora, as cinco liberdades relacionadas ao bem-estar animal foram criadas em 1992 pelo Conselho de Bem-estar de Animais de Produção do Reino Unido. As normas foram elaboradas após a denúncia feita por uma jornalista acerca dos maus tratos que os animais vinham sofrendo na década de 60. Hoje as cinco liberdades são utilizadas universalmente. 

— Se preocupar com o bem-estar animal é sem dúvida vantajoso para os animais, pessoas e para toda a cadeia produtiva. Esta será uma exigência universal para o futuro bem próximo e os produtores brasileiros realmente terão de se adequar para permanecerem competitivos no mercado nacional e internacional – conclui.

Thais Peixoto
Fulvia D'Alessandri

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Alimentação: a tecnologia mórbida

Henry Kissinger, figura famosa na política mundial, dizia que quem domina a comida domina as pessoas. Não incluíram no pacote as doenças crônicas resultantes do tipo de comida difundida pelo mundo como algo “moderno”, como o hambúrguer e o refrigerante cola – diabetes em adultos, cardiovasculares, câncer e hipertensão, apenas para citar as campeãs nas estatísticas. A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso. E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares. 

Por Najar Tubino.


Porto Alegre - A indústria da alimentação deverá faturar em 2014 US$5,9 trilhões, segundo estimativa da agência britânica dedicada à pesquisa sobre consumo e marcas – The Future Laboratory. O mercado global de snacks (bolinhos, biscoitos, salgadinhos) deverá movimentar US$334 bilhões. As vendas de chocolates e confeitos vão faturar US$170 bilhões. O Brasil consumiu em 2012, 11,3 bilhões de litros de coca-cola, empresa que faturou US$48,02 bilhões, e lucrou US$ 9 bilhões. Na pesquisa do IBGE comparando 2002-2003 com 2008-2009, o consumo anual de arroz das famílias caiu 40,5% - de 24,5kg para 14,6kg- e o de feijão caiu 26,4% - de 12,4 para 9,1kg. Os refrigerantes do tipo cola cresceram 39,3% de 9,l litros para 12,7 litros.

No Brasil, 48,5% da população está acima do peso, são 94 milhões de pessoas. Entre as crianças de 5 a 9 anos o aumento da obesidade multiplicou por quatro nos meninos (de 4,1% para 16,6%) e por cinco entra as meninas – de 2,4% para 11,8%. Uma em cada 10 crianças abaixo dos seis anos já apresenta sobrepeso. Nos Estados Unidos 35,7% da população, ou seja, mais de 135 milhões de pessoas são obesas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – 17% são jovens. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde o número já atinge 1,5 bilhão de pessoas. Na China, o índice de obesidade duplicou nos últimos 15 anos, na Índia subiu 20%. No Brasil, segundo um estudo da Universidade de Brasília, o SUS paga R$488 milhões por ano para tratar doenças ligadas ao aumento do peso.
Moderno doentio

As causas citadas para explicar esta tragédia humana estão associadas à mudança tecnológica, ao estilo de vida das metrópoles, aos hábitos sedentários, a questão prática da vida atual, não deixa tempo para cozinhar, comer em casa, entre outras tantas. É óbvio que a alimentação está no centro desse problema, que há muito tempo deixou de ter uma abordagem cultural, e precisa ser encarado como uma mudança social, política e econômica. Henry Kissinger, figura famosa na política mundial, dizia que quem domina a comida domina as pessoas. Não incluíram no pacote as doenças crônicas resultantes do tipo de comida difundida pelo mundo como algo “moderno”, como o hambúrguer e o refrigerante cola – diabetes em adultos, cardiovasculares, câncer e hipertensão, apenas para citar as campeãs nas estatísticas. A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso. E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares, resultante de contaminações de vírus, bactérias, micro-organismos patogênicos e resíduos químicos.

Neste capítulo específico a história é longa. Um dossiê da Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica, de Portugal, usando os dados da União Europeia, contabiliza 100 mil compostos químicos usados correntemente no mundo. Na União Europeia eles registram 30 mil, produzidos a uma média de uma tonelada por ano, sendo que a metade tem potenciais efeitos adversos à saúde.

“- Poucos foram estudados em profundidade suficiente de modo a permitir as estimativas de riscos potenciais de exposição, sobretudo aos seus efeitos de longo prazo, quanto à toxicidade ao nível da reprodução ou do sistema imunológico ou ação carcinogênica”.

A contaminação pode ocorrer no solo, durante o plantio, no tratamento da planta, depois na colheita e armazenagem, também dos processos industriais, da queima de substâncias que se transformam e pela incorporação de contaminantes e aditivos em alimentos:

“- A prevalência de doenças ou a morte prematura causada por químicos presentes nos alimentos é difícil de demonstrar, devido ao período de tempo, geralmente longo, que decorre entre a exposição a estes agentes e o aparecimento dos efeitos”, registra o documento .

Mentira consistente

O problema é que a comida moderna, saborosa, suculenta, cheirosa vendida pela publicidade no mundo inteiro é uma mentira. Todos os aspectos citados, incluindo ainda a cor, o tempo de vida na prateleira, a viscosidade, o brilho, o sabor adocicado, ou então o salgadinho bem sequinho, todos são resultado da aplicação de uma lista quase interminável de aditivos químicos. Inclusive registrada internacionalmente por códigos numerados e divulgada pelo Codex Alimentarius, da ONU. Por exemplo, o conservante nitrito de sódio é o E-250 e o adoçante artificial acessulfamo-K é o E-950. 

Antes de avançar no assunto, um alerta da ONU sobre o uso de componentes químicos na vida moderna:

“- O sistema endócrino regula a liberação de certos hormônios que são essenciais para as funções como crescimento, metabolismo e desenvolvimento. Os CDAs, desreguladores endócrinos, podem alterar essas funções aumentando o risco de efeitos advesos à saúde. Os CDAs podem entrar no meio ambiente através de descargas industriais e urbanas, escoamento agrícola e da queima e liberação de resíduos.Alguns CDAs ocorrem naturalmente, enquanto as variedades sintéticas podem ser encontradas em agrotóxicos, produtos eletrônicos, produtos de higiene pessoal e cosméticos. Eles também podem ser encontrados como aditivos ou contaminantes em alimentos”.

O alerta das Nações Unidas é no sentido de realizar “urgentemente” novas pesquisas para avaliar o impacto dos também chamados disruptores endócrinos. Ocorre que alguns químicos sintéticos espalhados mundialmente têm uma estrutura molecular parecida com os hormônios naturais, como o estrógeno e a testosterona. Os hormônios funcionam como mensageiros da herança genética, e os químicos interferem nesse processo, alterando o conteúdo da mensagem. Em 1996, um grupo de pesquisadores norte-americanos – Theo Colborn, Diane Dumanoski e John Peterson Myers – lançaram o livro “O Futuro Roubado”, tratando dessa temática, com um apêndice na edição brasileira de José Lutzenberger. No Brasil o livro foi lançado em 2002. Urgência 17 anos depois.

Prático e barato

O problema é que a indústria se interessa por custo/benefício. Os aditivos dão consistência aos alimentos, não deixam a mostarda e a maionese virar uma gororoba, a carne e os produtos curados, como salsichas, mortadela, salames, perderam a cor vermelho-rosada. Os sorvetes não ficam com espuma, as sopas e caldos tem um cheiro maravilhoso. Fiquei enjoado de tanto ler sobre aditivos químicos nos últimos tempos. O mais impressionante, dos mais de 40 trabalhos que repassei, é a declaração da supervisora de marketing, da Química Anastácio (SP), para a revista Química e Derivados:

“- O nitrito de sódio é o principal aditivo usado em produtos cárneos, é o agente conservante de todos os produtos curados, promove a coloração vermelho-rosada nas curas e nos crus e o róseo avermelhado nos cozidos, além do sabor característico. Realmente esses produtos são considerados carcinogênicos, porém os grandes frigoríficos os utilizam pelo fato de não ter substituto no mercado. Mas devem ser usados com responsabilidade, respeitando os limites máximos de 0,015g por 100g e 0,03g por 100g, nos casos do nitrito e nitrato de sódio”, disse Alessandra Fernandes Guera.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) tem trabalhos que mostram a capacidade dos nitritos e nitratos de sódio de reagir com certas substâncias presentes nos alimentos, que são as aminas, e se transformam em nitrosaminas, potencialmente cancerígenas.

Danos cerebrais

Uma pesquisa de Sandrine Estella Peeters, da COPPE-UFRJ aborda o tema de como os aditivos químicos afetam a saúde. Hiperatividade em crianças, citado como consequência de corantes em alimentos, além de dor de cabeça crônica. Urticária, erupção da pele, câncer em animais, além de riscos de longo prazo de causar danos cerebrais. Este é o caso do glutamato de sódio, muito conhecido nos temperos, mas é utilizado em mais de cinco mil produtos. 

Considerado como um agente capaz de produzir efeito neurotóxico. Em outra pesquisa, da Universidade Cândido Mendes, Roseane Menezes Debatin, tese de mestrado, comenta o seguinte sobre o glutamato de sódio:

“– É um sal composto de uma molécula de ácido glutâmico ligada ao sódio. Tem um sabor adocicado, é um grande estimulante do paladar, suprimindo os gostos desagradáveis, levando a uma maior consumo de produtos industrializados. Usado em caldos, biscoitos, snacks, miojos, batata frita. O ácido glutâmico está envolvido na ativação de uma série de sistemas cerebrais, concernentes à percepção sensorial, memória, habilidade motora e orientação no tempo e espaço. Existem vários trabalhos científicos comprovando a neurotoxicidade do glutamato, principalmente na região do hipotálamo e no sistema ventricular”.

Nos Estados Unidos, o glutamato foi retirado dos alimentos infantis em 1969. A Ajinomoto maior indústria do ramo- 107 fábricas em 23 países - que comercializa o produto informa que o consumo no mundo cresce 5% anualmente.

Lista interminável

Os antioxidantes, usados na conservação, interferem no metabolismo, produzem aumento de cálculos renais, ação tóxica sobre o fígado e reações alérgicas, conforme a pesquisa da COPPE. Os conservantes, como o ácido benzoico, um dos mais usados, produzem irritação da mucosa digestiva, outros produzem irritações nas células que revestem a bexiga, podendo atuar na formação de tumores vesicais. As gorduras hidrogenadas provocam o risco de doenças cardiovasculares e obesidades. E os adoçantes artificiais, substitutos do açúcar, estão relacionados com a diabete, obesidade e o aumento de triglicerídeos (gordura na corrente sanguínea). Sobre os adoçantes, o professor e doutor em ciência de alimentos da Unicamp, Edson Creddio, comenta o seguinte:

“- Os adoçantes são medicamentos que devem ser usados por pessoas com diabetes e hipoglicemia e não por todas as pessoas, inclusive crianças, como se fossem totalmente isentos de risco. Esta substância é vista pelo público leigo como panaceia passada pela mídia com a imagem que levará o usuário a ter um corpo perfeito”.

Os adoçantes artificiais mais usados são a sacarina, que é 500 vezes mais potente que o açúcar, o aspartame, como diz o professor, que é 150 a 200 vezes mais doce, além do ciclamato e o acessulfamo-k, também muito mais doce que o açúcar. Estão presentes nos refrigerantes, bebidas isotônicas, sucos preparados, e demais industrializados.

Sódio em demasia

Fiz uma relação com 14 grupos de aditivos mais usados nos alimentos consumidos atualmente. Os conservantes aumentam o prazo de validade, os estabilizantes mantêm as emulsões homogêneas vamos dizer, os corantes acentuam e intensificam a cor natural para melhorar a aparência e fazer o consumidor acreditar que está levando algo novíssimo. Os antioxidantes evitam a decomposição, os espessantes dão consistência ao alimento e os emulsificantes aumentam a viscosidade do produto. Os agentes quelantes protegem os alimentos de muitas reações enzimáticas e os flavorizantes tem o papel de realçar o odor e o sabor dos alimentos. Já os edulcorantes são usados em substituição ao açúcar e os acidulantes utilizados para acentuar o sabor azedinho do alimento. Os humectantes mantêm a umidade e a maciez, os clarificantes retiram a turbidez, os agentes de brilho mantém a aparência brilhante e os polifosfatos são usados para reter a água, no caso dos congelados, como o frango e nos produtos curados.

No Brasil, a ANVISA desde 2011 negocia com a indústria de alimentos para diminuir a quantidade de sódio dos alimentos industrializados. Não há nem meta nem prazo para chegar a um nível aceitável. Numa pesquisa realizada em 2011, com 496 produtos das regiões nordeste, sudeste e sul foram encontradas entre produtos de diferentes empresas quantidades 10 vezes maiores nos queijos tipo minas frescal, parmesão e ricota. No entanto, as menores diferenças na quantidade usada de sódio entre os mesmos produtos de diferentes empresas chegaram a 40% no caso das mortadelas, macarrão instantâneo e bebidas lácteas. O teor de sódio mais elevado foi registrado no queijo parmesão inteiro e ralado, macarrão instantâneo, mortadela, maionese e biscoito de polvilho.

Informa a ANVISA: o sódio é um constituinte do sal, equivalente a 40% da sua composição, sendo um nutriente de preocupação para a saúde pública, que está diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, cardiovasculares e renais. Na tabela de informação nutricional dos alimentos, que deve estar no rótulo, consta a quantidade de sódio. Para ser isento não pode ter mais de 5mg por 100g de alimento. Se tiver 40mg na mesma proporção é muito baixo e 120mg é considerado baixo. Na pesquisa da ANVISA o teor médio de sódio do macarrão instantâneo foi de 1.798mg por 100g, da mortadela foi de 1.303mg por 100g e o da maionese 1.096mg por 100g.

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