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Professores não identificam todas as diferenças entre alunos

Por Fernando Pivetti - fernando.pivetti@usp.br

Publicado em 4/abril/2014

Dentro do contexto escolar, os professores têm dificuldades de enxergar as diferenças existentes entre os alunos em uma sala de aula. Uma pesquisa da Faculdade de Educação (FE) da USP aponta que a maioria dos educadores não conseguem desenvolver projetos de ensino eficientes, e que contemplem a todos os estudantes, devido à falta de métodos de aprendizado e recursos pedagógicos.

Segundo dados da dissertação de mestrado da bióloga Miriam Brito Guimarães, a carência de estratégias dentro da sala de aula é uma das principais causas de desconforto e insegurança dos professores.
No estudo, foram entrevistadas 31 professoras da rede pública de ensino

No estudo, foram entrevistadas 31 professoras da rede pública de ensino, e que trabalham com os anos iniciais da alfabetização de crianças, o chamado Ensino Fundamental 1 (do primeiro ao quarto ano). As educadoras trabalham em três escolas da periferia da cidade de São Paulo. Segundo a pesquisadora, a escolha da periferia leva em consideração o grande impacto do professor em promover a educação dentro das classes mais pobres. “Nesse meio, as escolas tem grande potencial de transformação das pessoas.”

As entrevistas realizadas com as professoras eram escritas e utilizavam dois contextos. O primeiro buscava realizar um levantamento sobre como o professor enxergava a sua própria sala de aula, e o outro contexto buscava promover um debate sobre um caso de heterogeneidade dentro de uma classe e a maneira como o professor lida com essa demanda.

Os dados apurados pela pesquisa apontaram que cerca de 60% das professoras caracterizaram a heterogeneidade dos alunos apenas enquanto diferenças nos níveis de aprendizado apresentados por eles. Outros 24% focaram as diferenças a partir das deficiências dos alunos, como transtornos de atenção, hiperatividade e outros casos, com ênfase nos aspectos negativos que esses comportamentos trazem para a sala de aula. Apenas 16% das professoras que participaram do estudo justificavam a classe heterogênea a partir das diferenças de personalidade, de história e de vivência das crianças, observando com naturalidade as riquezas desse fenômeno.

Na segunda etapa do estudo, as professoras participantes avaliaram um contexto de sala aula em que os alunos possuíam diferentes origens, religiosidades e gêneros. “É interessante notar que, nesse momento, as professoras identificavam a real heterogeneidade entre os alunos e reconheciam, no exemplo dado, a sua turma”, aponta Miriam.

Dificuldades e estratégias

As análises realizadas pelos participantes apontaram que a principal dificuldade dos professores frente às diferenças dos alunos é a carência de recursos pedagógicos, revelando uma formação profissional que não os prepara para esse contexto. Entretanto, a pesquisadora ressalta que um aspecto positivo é a visão de apoio que os professores possuem da coordenação e direção das escolas. “A escola, enquanto coordenação, é vista pelos professores como recurso de apoio, e não apenas como fonte de cobrança pelo seu trabalho”.

Miriam afirma que a carência identificada pelos professores serve de alerta para a avaliação das estratégias de ensino dentro da sala de aula. “É necessário utilizar hoje outras habilidades, para atender diferentes demandas. Uma única forma de trabalhar com a classe gera um processo de exclusão”. Para ela, o déficit de recursos advém da formação dos próprios professores, e a melhoria nesse ponto, como cursos de especialização, não é vista como alternativa pelos profissionais. “Na academia, a heterogeneidade também se aplica. Se a gente entende que um grupo de professores é heterogêneo, é preciso considerar essas diferenças durante a formação deles e ouvir suas necessidades”, completa.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Mais informações: email mirguima@usp.br, com Miriam Guimarães
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6 plantas que melhoram a qualidade do ar em residências

Notícias - Saúde
04 de Abril de 2014
Cultivar plantas em casa é um grande benefício para seus moradores.

Quem mora nas grandes cidades sofre muito com a poluição urbana. O ar poluído pode afetar até mesmo os que passam mais tempo em casa do que nas ruas. Isso acontece porque o ar que circula nos ambientes internos também pode ser prejudicial à saúde humana.

Neste sentido, não só como item de decoração, cultivar plantas em casa é um grande benefício para seus moradores. Algumas plantas, em especial, podem desempenhar seu papel de forma mais eficaz. Conheça seis delas que melhoram a qualidade do ar.

Azaléia

Eficiente para combater poluentes como COVs (Compostos orgânicos voláteis) e amoníacos (um composto presente em diversos produtos de limpeza). Essa planta é indicada para cozinhas e banheiros. Precisa de rega apenas uma vez por semana e de cinco horas de sol diariamente.

Bromélia

Ajuda na absorção de fumaça, por isso é indicada para cozinha. Para manter essa planta, basta fazer uma rega a cada três dias. Ao contrário da Azaléia que precisa de muito sol, a Bromélia necessita apenas de luz solar indireta.

Cacto

Muito útil para barrar as ondas eletromagnéticas. É indicado ter um cacto na sala próximo ao aparelho de TV ou na cozinha, junto ao micro-ondas. Para os supersticiosos, a planta ajuda a tirar o mau olhado nos ambientes.

Gérbera, begônia e crisântemo

São indicadas para as residências onde há fumantes. As três podem atuar com eficiência contra a fumaça de cigarro. A Gérbera gosta de luz, já a Begônia tem que ser protegida da luz solar direta, assim como a Crisântemo que, apesar de precisar de muita luz, não suporta sol direto. Elas devem ser expostas nas salas e quartos.

Fonte: Ciclo Vivo
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A 'Lei do Futuro': novos rumos para a agricultura francesa?

04.04.2014

Aguardada com grande expectativa, deve entrar em vigor em 2014 a legislação que vai estabelecer novos rumos à agricultura da França.

Fábio Luiz Búrigo, Ademir Antonio Cazella e Yannick Sencébé (*)
A Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) é relativamente conhecida entre especialistas brasileiros que estudam os temas de políticas públicas e comércio internacional de produtos agropecuários. O que é pouco debatido, no entanto, são as margens de manobras que cada país-membro da UE dispõe para imprimir orientações particulares e/ou apoiar determinadas especificidades do seu setor agrícola que a PAC por si só não contempla de forma satisfatória. Aguardada com grande expectativa, deve entrar em vigor em 2014 a legislação que vai estabelecer novos rumos à agricultura da França, país cuja produção e tradição agropecuária ocupam um lugar de destaque no seio da UE. Além de estabelecer novas regras de funcionamento das cadeias produtivas, a mudança do marco jurídico deve lançar parâmetros atualizados, visando disciplinar o uso dos espaços rurais, bem como fortalecer as ações de desenvolvimento rural do país.

A coordenação do processo de elaboração da chamada “Lei do Futuro” (Loi d'Avenir pour l'agriculture, l'alimentation et la forêt) foi delegada pelo ministro da Agricultura do governo socialista do presidente François Hollande (2012-2016) ao sociólogo Bertrand Hervieu. Ex-presidente do Institut National de Recherche Agronomique (equivalente à Embrapa brasileira), Hervieu é considerado um dos “pais” da chamada lei da multifuncionalidade agrícola aprovada em 1998, durante o mandado do primeiro-ministro socialista Lionel Jospin (1997-2002). Com a derrota eleitoral dos socialistas em 2002, o propósito de incentivar, via políticas públicas, as múltiplas funções da agricultura ao desenvolvimento rural, a exemplo da produção de alimentos de qualidade, proteção do meio ambiente, promoção do desenvolvimento territorial, manutenção de um tecido social, e não somente a produção de alimentos e fibras, ficou em segundo plano desde então.

12 dicas para incentivar uma criança a ler

Dica do
Olá!

A criança desde muito pequena, aprende a reconhecer com facilidade nome de pessoas, animais, objeto de seu ambiente familiar, isto é, reconhece substantivos. Um procedimento natural será o de iniciar o processo da leitura com estes substantivos envolvidos em ideias conhecidas, significativas, permitindo sua exploração através dos sentidos, ver, ouvir, falar, tocar, cheirar e experimentar.

Nos primeiros anos de escolaridade infantil, o professor deve insistir, pelo menos, em dois aspectos, o treino e a formação de hábitos concretos de leitura. Por esse motivo, devemos aproveitar tudo para incentivar a criança ler.

1 – Avisos e ordens, que normalmente são expressas em voz alta, podem ser escritos.

2 – Saudações, reforços, perguntas que podem ser escritas em cartazes ou também no quadro de giz.

3 – A criança identifica tudo o que há na sala de aula. Nomeia-as.

4 – O professor, após identificação, explica que todos estes nomes podem ser escritos e lidos.

5 – Junto às crianças, escreva em fichas o nome das “coisas” que citaram. Exemplo: escreve lentamente a palavra porta. Lê a palavra e diz para as crianças indicando a porta: isto é uma porta. E aqui lemos a palavra porta. Vamos colocar na porta?. Faz o mesmo com outras palavras.

6 – Colocar os nomes das crianças na classe ou no lugar de guardar o material. As crianças “se desenham” e o professor escreve o nome delas e os distribui de maneira que elas já comecem algumas relações como “meu nome começa que nem o da Tatiane”.

7 – Organizar um cantinho de leitura na sala de aula com gravuras e pequenos textos. Estimular para que a criança o frequente, deixando-o manipular o material. O professor lê história no “canto” mostrando a ilustração e permitindo-lhe comentários, perguntas e complementações.

8 – Motivar e criar espaços para a criança narrar fatos do cotidiano e registrar (o professor). Posteriormente o professor lê a “história” da criança.

9 – Dramatizar cenas.

10 – Modelar, recortar ou desenhar os personagens da história.

11 – Visitar a biblioteca.

12 – Escrever o que a criança diz de seus desenhos (estes, inclusive, podem servir como um recurso para a criança ler depois que já domina o mecanismo da leitura, podendo reescrever o que disse).

A criança deve ser motivada a ler. Para que ela não perca o interesse, é preciso variar as estratégias apresentando a leitura de diferentes formas para evitar a memorização.

Estas são apenas algumas sugestões as quais deverão ser desdobradas sob muitas outras formas, o importante é que a criança leia muito, treine o mecanismo da leitura, sem, no entanto, separar o mecanismo da interpretação e compreensão do que se está lendo.

Até logo!

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Feira de Santana, Bahia: Prefeitura estimula plantio de umbu na zona rural

As propriedades onde existam espécies de umbus nativos na zona rural de Feira de Santana serão identificadas para que das plantas sejam produzidas mudas de umbu geneticamente melhorados para fomentar a cultura frutífera nos distritos do município.

O trabalho será feito através do Programa de Desenvolvimento Rural, da Prefeitura de Feira de Santana e a identificação das propriedades será feita pelos administradores distritais.

A ideia é coletar cinco mil sementes de umbu dos umbuzeiros nativos para serem redistribuídas com agricultores, estimulando assim a cultura dessa fruta nativa da caatinga nordestina.

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Chocolate generates anti-inflammatory nutrients in your gut

(NaturalNews) A team of researchers from Louisiana State University has made a fascinating new discovery with regard to the health benefits of chocolate. Announcing their findings at the recent 247th National Meeting & Exposition of the American Chemical Society in Dallas, the group explained how beneficial bacteria in the gut actually convert chocolate compounds into anti-inflammatory nutrients that help protect against stroke and heart disease.

Using three different types of cocoa powder for their experiments, the scientists tested the effects of chocolate consumption using a model digestive tract made of test tubes. The tubes were filled with typical bacteria colonies found in a healthy human digestive tract and exposed to chocolate for the purpose of initiating the anaerobic fermentation process, which is what converts food into digestible nutrients.

Cocoa powder, in case you were unaware, contains a variety of polyphenolic antioxidant compounds as well as dietary fiber, both of which are poorly digested and absorbed during the initial stages of consumption. But when these substances eventually reach the colon, they are apparently broken down by special bacteria that convert them into different compounds that the body can actually use.

"In our study we found that the fiber is fermented and the large polyphenolic polymers are metabolized to smaller molecules, which are more easily absorbed," stated John Finley, Ph.D., lead author of the study, during his presentation of the study. "These smaller polymers exhibit anti-inflammatory activity."

Gut probiotics: your body's natural food processors

Specific probiotics in the gut, the team discovered, literally consume ingested chocolate before it is fully metabolized in order to transform it into more basic nutrients that the body can use for health maintenance. In other words, beneficial gut bacteria act as microscopic food processors during the digestive process, converting whole foods into their many nutritional metabolites.

"The good microbes, such as Bifidobacterium and lactic acid bacteria, feast on chocolate," stated Maria Moore, an undergraduate student and one of the study's researchers, at the meeting. "When you eat dark chocolate, they grow and ferment it, producing compounds that are anti-inflammatory."

Dr. Finley agrees, having observed that not only does the gut take charge in converting chocolate into what can only be described as anti-inflammatory medicine, but it also works with the prebiotic fibers found naturally in chocolate to accomplish this. It is these fibers, which the human body is unable to process on its own, that feed probiotic bacteria and lead to their multiplication and spread, which in turn boosts immunity and protects against disease.

"When you ingest prebiotics, the beneficial gut microbial population increases and outcompetes any undesirable microbes in the gut, like those that cause stomach problems," he added.

Stick with all-natural cacao for maximum health benefits

Though the research team used cocoa powder for its experiments, the best way to take advantage of the health benefits of chocolate is to consume cacao, and preferably raw cacao. Many cocoa powders and chocolate products contain cocoa that has been treated with alkali, an agent that reduces its antioxidant potential. Many conventional chocolate products are also loaded with processed sugars and genetically modified (GM) soy lecithin, which can cause other health problems.

Besides containing the natural prebiotic fiber necessary for the activation of nutrient-producing probiotics in the gut -- processed chocolate lacks this fiber -- all-natural cacao is an excellent source of bioavailable magnesium, as well as mood-enhancing nutrients like phenylethylamine (PEA), anandamide and theobromine. Cacao is also highly neuroprotective, which means it can help protect against cognitive decline.

To learn more about the health benefits of cacao, check out this piece on cacao nibs published by The Huffington Post:

Sources for this article include:




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Cancer treatment found in a tree

(NaturalNews) The Lapacho tree has been studied for many years by cultures around the globe. It is an evergreen tree from South America that produces a type of bark that has been claimed to cure or prevent cancer, along with other illnesses. The scientific name is Tabebuia avellanedae, and the tea that is made from this bark is often referred to as "Pau d'arco," though many alternative names have been used.

The University of Maryland found that this specific tea, or bark extract, has anticancer properties, as well as anti-inflammatory, antiparasitic, antifungal and antimicrobial properties. There has not been any well-known testing on humans, but studies have already proven that this particular bark provides a stimulation of immune system cells known as macrophages. Additionally, this bark has been reported to kill lung cancer cells and liver cancer cells that were grown and analyzed in a test-tube study.

The tea, often called Taheebo tea, is hard to mix with water, requiring up to 20 minutes of varying heat and boiling measures, but many people have reported this particular tea to have cured them of their health ailments. One website reports a testimonial that claims this tea to have cured a man diagnosed with lymphoma, and who had only a matter of months to live. In 2009, Anna Hodgekiss with the Daily Mail reported a woman who had been diagnosed with Crohn's disease and who took it upon herself to test many different barks for a cure. She did not specify the particular bark she found successful, but she has already sold it to a pharmaceutical company, going to show that bark is a form of treatment in which people can place their trust.

The typical uses of Pau d'arco, listed by the University of Maryland, include treatment of cancer, candidiasis, influenza, parasitic disease, herpes and bacterial infection. Louise Tenney writes in the Cancer News Journal, that this tree bark, sometimes called Ipe Roxo, has curative powers that have proved countless times to have healed thousands of people. It very well might be that the cure for cancer is found in this tree bark.

Distributors of this bark reported that a client cured his dog of a skin condition with the tea. The owner himself claims this tea cured colon cancer in his own father. Although this tree is now endangered, the main producers of the tea instructs people to use their signature method when stripping the bark from the tree so that it does not kill the species but leaves it able to produce more bark for future harvests.

Downside of things

One of the drawbacks of this tea is reported by the American Cancer Society (ACS). High levels of the bark extract have the potential to be poisonous. One study, however, conducted in the 70s by the National Cancer Institute, found no toxic effects on liver or kidney tissue. The ACS also claims that many people are selling derivatives and false variations of the bark. There was a study in Canada that tested 12 products claiming to be Pau d'arco and found only one of these products to have contained lapachol, which is the pure ingredient of Pau d'arco.

The University of Maryland cautions consumers that this bark in heavy doses can cause unmanageable bleeding, while some proponents actually claim this is a blood builder. It is hard to tell how beneficial this herb exactly is, but it might prove more helpful than harsher Western medical treatments.

Sources of this article include:




About the author:
Lindsey Alexander, contributor of health news and information

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Especialistas dizem que não há solução de curto prazo para abastecimento de água em SP

Sistema Cantareira: Representação Gráfica dos Reservatórios

Especialistas constataram que não há solução de curto prazo para o risco de colapso no abastecimento de água em São Paulo. Autoridades públicas paulistas e do governo federal discutiram o problema da escassez de água no estado, em audiência pública nesta quinta-feira (3) da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.

O intenso calor e a falta de chuvas no primeiro trimestre do ano provocaram queda inédita nos níveis dos reservatórios de água abastecidos pela bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, em São Paulo.

O maior reservatório de água do estado, o Cantareira, abastece quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana e nas regiões de Piracicaba e Campinas e pode entrar em colapso já no mês de julho, segundo relatório do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão (Gtag), criado para acompanhar a crise.

Na série histórica da pior seca de São Paulo, no início dos anos 50 (1952/53), a vazão registrada foi 26,53 metros cúbicos por segundo. De outubro a março a vazão registrada era de 16,4 metros cúbicos por segundo.

Se houver o colapso, haverá necessidade de usar o chamado “volume morto” de água, que necessita de bombeamento para ser captado. O Gtag liberou o aumento da vazão no sistema Cantareira, e hoje alcança pouco menos do que 25 mil litros de água por segundo.

Rio Paraíba do Sul

Segundo o coordenador do programa Mananciais da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Ricardo Guilherme Araújo, a solução emergencial é a captação de parte das vazões do Rio Paraíba do Sul para São Paulo para a recuperação dos níveis normais das represas que formam o sistema Cantareira.

A bacia do Rio Paraíba do Sul, no entanto, é a principal fonte de captação de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro e de algumas cidades paulistas da região. “É preciso um acerto político firmado em bases técnicas. Nós acreditamos que, sob o ponto de vista técnico, essa solução é plenamente justificada e não prejudica ninguém.

A ideia é fazer uma interligação no reservatório do Jaguari, afluente do Paraíba do Sul, para Atibainha, que faz parte do sistema Cantareira. Isso daria uma segurança maior.

O assessor da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Rui Brasil Assis, garantiu que ninguém vai ser prejudicado. “Essa é uma questão muito polêmica, mas temos convicção que não prejudica nem o Vale Paulista nem o estado do Rio porque todas as vazões normatizadas pela ANA deverão ser observadas.”

O diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, afirmou que em uma situação de crise devem ser consideradas todas as alternativas que ofereçam segurança à população. Mas assinalou que o assunto precisa ser negociado à luz dos diversos interesses e impactos que podem causar.

Guillo apontou a necessidade de reformar a Constituição no trecho que trata da dominialidade das águas. O texto estabelece trechos de rio com propriedade federal e estadual, o que dificulta a solução de forma integrada dos problemas de recursos hídricos, como o caso atual. “Quem consigue entender. Se pegar o Paraíba do Sul, é um rio federal, o afluente Jaguari é estadual. Fazer uma transposição do Jaguari, que é estadual, para um reservatório, que é federal, que dá origem a um rio estadual, pequenininho, que depois vai formar um rio estado-federal, que é o Atibaia, que depois vai formar um rio federal, que é o Piracicaba, que depois vai desaguar no rio Tietê, que é um rio estadual, que depois vai desaguar em um rio federal, que é o Paraná. Quem entende isso?”

Soluções emergenciais

Entre as soluções emergenciais já adotadas em São Paulo está a concessão de bônus aos consumidores que economizarem energia elétrica. Segundo dados da Secretaria de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, a campanha fez com que 76% dos consumidores paulistas reduzissem o consumo.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Regina Céli

Matéria da Agência Câmara de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 04/04/2014

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Sorvete vivo do TAO

Posted 4 de abril de 2014 by Luiza Savietto

Todos os dias, ao anoitecer, sinto muitas ganas de me alimentar de cereais e frutos de sabor doce. Quase sempre uso sorbet (só com frutas) ou sorvetes, unindo diferentes ingredientes em diferentes estados de maturação ou conservação.

Ontem fiz um sorvete com itens que mantenho em “maceração” na geladeira, pra consumir em até 5 dias em garrafinhas de vidro fechadas. Para este sorvete criei duas:

1 – Coloquei 4 tâmaras e 4 ameixas secas dentro do leite de amêndoas que fiz há 2 dias, separei uns 200mL. Polvilhei com bastante canela da china em pó, e deixei hidratando. Essa foi a calda, cada dia tiro de dentro três frutas e um pouco do líquido, e deixo durar até 3 dias para não perder aos poucos as propriedades. Por estarem na geladeira, este processo se lentifica porém não é de longo tempo. Depois de 24 a 36h ele fica perfeito.
Agite uma a duas vezes ao dia, sempre que lembrar e abrir a geladeira!!!

2 – Leite de aveia, da mesma forma. Mas este é realmente o caminho do meio, pois não faço nada além de colocar 1 a 2 xíc. de aveia em flocos (médios, nem finos nem inteiros) em água filtrada para hidratar (quantidade suficiente para envolver tudo e cobrir os flocos). Nas primeiras 12h, fora da geladeira. Depois vai pra dentro da geladeira, ficar também por mais 3 dias. essa é mais dificil de perder. Não bato nem côo, e cada dia ela fica mais cremosa e o floco se dissolve, literamente, se rende, e se torna um creme.
Não batido, nem coado, apenas macerado (molho prolongado) em geladeira.

Por isso o chamei sorvete do TAO, pois assim considero a maior influência desta filosofia em meu trabalho: treinar e trabalhar na mente o caminho do meio, e que o ambiente está sempre se transformando, de modo que lutar com suas mudanças é inútil, as coisas não estão sob controle mas podem ser aproveitadas exatamente por isso, porque estão mudando, e neste caso dos leites e dos molhos, se aprimorando, se misturando, se dissolvendo…

Preparo:

Obtendo estes dois elementos, o resto é brincadeira de criança: Amasse 2 bananas pequenas (concentram mais sabor) e melhor ainda se orgânicas. adicione meia xícara do preparado de aveia e meia da calda formada pelo leite de amêndoas e as frutas. escolhi pegar duas tâmaras e uma ameixa, que de tão molinhas que estavam se desfizeram enquanto eu amassava.
Misture bem, batendo com garfo.

Misture tudinho, adicione mais toppings funcionais caso queira (chia, cacau alcalino) ou troque as frutas secas (damascos, cranberry). Tudo pode ser trocado ou escolhido, depende do que quer criar, do que quer que se torne sua imaginação!!

Deixe no freezer por 20 a 30min e sirva.
Mexa mais um pouco ao retirar, e sirva.

Esta porção serve uma pessoa generosamente, como nas fotos.

E aqui uma mensagem do Taoísmo, para reflexão e pensar.

O universo é a mãe de todos
e eterna sua razão de ser.

Não vive pra si
e sim pra dar condições
da vida ser criada,
por isso dura infinitamente.

O sábio segue o exemplo
e abre espaço aos demais.
Ele não busca estar à frente,
mesmo podendo.

Não vivendo para si
seus méritos são irrefutáveis.
Link:

Artigo da Nature mostra que a floresta amazônica desempenha importante papel para o mundo

Publicado em abril 4, 2014 
O impacto de distúrbios naturais na floresta amazônica sobre o balanço de carbono é o tema de um artigo publicado no último dia 18 na revista Nature, que tem como coautor o pesquisador Raimundo Cosme de Oliveira Junior, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA). O artigo mostra que mesmo com os distúrbios que ocasionam a perda de árvores (biomassa), a floresta ainda é a grande responsável pelo sequestro de carbono, ou seja, por capturar da atmosfera gases que ocasionam o efeito estufa, confirmando assim o papel de destaque da região no cenário das mudanças climáticas globais.

Os distúrbios naturais são em sua maioria derrubadas de árvores por ventos e chuvas e representam 2% de perda da floresta. No estudo, o grupo de pesquisadores avaliou distúrbios de diferentes escalas e frequências na floresta e sua interferência na perda de biomassa e carbono, e chegou à conclusão de que a floresta amazônica pode ser um grande sumidouro de carbono terrestre. “Existe uma divergência no meio científico sobre se a floresta é sumidouro ou emissora de CO2, com o trabalho queremos provar que é um sumidouro”, esclarece o pesquisador Raimundo Cosme. Um sumidouro é um processo, atividade ou mecanismo que retira os gases de efeito estufa da atmosfera, ao contrário de uma fonte que emite os gases. Portanto, realiza o sequestro de carbono, atividade importante no processo de contenção das mudanças climáticas.

Ao analisar as diferentes intensidades dos distúrbios e seus efeitos, o trabalho mostrou que os distúrbios de pequena escala são os que ocasionam mais perda de biomassa (88%), e por isso impactam mais no balanço de carbono. Já as perdas de média e grande intensidade têm menor impacto sobre a floresta. “Isso porque os distúrbios em pequenas áreas ocorrem mais vezes do que nas grandes áreas, ocasionado uma perda maior quando somadas”, explica o pesquisador.

O artigo é assinado por pesquisadores da Nasa (EUA), Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), Universidade de Leeds (Reino Unido), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa (Brasil), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa (Brasil), Universidade de New Hampshire (EUA), Instituto Nacional de Pesquisas Especiais – Inpe (Brasil), Jardim Botânico de Missouri (EUA), Universidade de Stanford (EUA) e Universidade de Nottingham (Reino Unido).

A Nature é uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, classificada como A1 pela Capes, e também uma das mais antigas: sua primeira edição data de 1869.

Texto de Ana Laura Lima, Embrapa Amazônia Oriental, publicado pelo EcoDebate, 04/04/2014

Link:

Lançado portal de busca especializado em primeira infância

Iniciativa é da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e do Instituto Alfa e Beto

01/04/2014

Agência FAPESP – Com o objetivo de facilitar o acesso a um conteúdo relevante e confiável sobre assuntos da primeira infância, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) e o Instituto Alfa e Beto (IAB) lançaram em março, com o apoio da Fundação Bernard Van Leer, o portal “Radar da Primeira Infância”.

O site reúne conteúdos produzidos por universidades, centros de pesquisa e entidades sobre o período de vida da criança até os 6 anos.

O conteúdo do site é previamente selecionado, validado e classificado por uma equipe, o que, segundo os organizadores, garante a qualidade do material e poupa tempo do internauta. Temas como amamentação, educação, prematuridade, introdução alimentar, entre outros, estão relacionados.

O internauta pode fazer uma pesquisa específica, filtrar por assunto ou selecionar todos os artigos de uma mesma fonte. Ao fazer qualquer tipo de busca ou filtragem, o pesquisador encontrará verbetes com resumo do artigo e o link direto para a fonte utilizada.

O usuário também poderá enviar perguntas à equipe do site.

O portal pode ser acessado pelo link www.radardaprimeirainfancia.org.br/

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Anvisa proíbe venda de suplementos proteicos para atletas

03/04/2014 09h04
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada hoje (3) no Diário Oficial da União, proíbe a distribuição e a comercialização, em todo o território nacional, do produto Suplemento Proteico para Atletas sabor Chocolate Brigadeiro, marca Body 100% Whey – Body Nutry de Alimentos, data de validade 15/05/2015, fabricado por Indústrias Body Nutry de Alimentos Ltda.

De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz apresentou resultados insatisfatórios para ensaios de carboidratos e proteínas. Foram detectadas quantidades de carboidratos superior e de proteínas inferior, em mais de 20%, em relação aos valores declarados no rótulo do produto. Também foi detectada a presença de Theobroma cacao (cacau), amido de Zea mays (milho) e fécula de Manihot utilissima (mandioca), ingredientes não declarados na lista de ingredientes do produto.

Outra resolução da Anvisa, publicada também hoje no Diário Oficial da União, proíbe a distribuição e a comercialização, em todo o território nacional, do produto Suplemento Proteico para Atletas sabor Baunilha, marca Super Whey 100% Pure – IntegralMedica (validade 1º/03/2015), fabricado por Integralmédica SA Agricultura e Pesquisa.

De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz apresentou resultado insatisfatório para o ensaio de carboidratos, por ter sido detectada quantidade superior, em mais de 20%, em relação ao valor declarado no rótulo do produto.

As resoluções entram em vigor hoje.

Link:

Pnuma cita projeto de reciclagem no Brasil como exemplo ambiental Publicado em abril

Iniciativas da Índia, dos Estados Unidos, do Chile, da França e da Coreia do Sul também fazem parte da lista mencionada no lançamento do programa “Compras Públicas Sustentáveis” do Programa da ONU para o Meio Ambiente.
Achim Steiner

Por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um programa de reciclagem no estado de São Paulo foi citado pelas Nações Unidas como um exemplo de iniciativa de desenvolvimento sustentável.

Também integram a lista projetos do Chile, da Coreia do Sul, dos Estados Unidos, da França e da Índia.

Computadores

As iniciativas ilustraram o lançamento do Programa sobre Compras Públicas Sustentáveis, realizado nesta terça-feira. O objetivo é apoiar os governos de todo o mundo a investirem em produtos e serviços que sejam beneficentes.

A proposta do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, ressaltou o trabalho da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), no Brasil. A entidade economizou 8,8 mil metros cúbicos de água e 1,7 tonelada de resíduos ao usar computadores feitos com material reciclado das escolas de São Paulo.

De acordo com o Pnuma, trilhões de dólares gastos com licitações podem ajudar a deixar os mercados mais sustentáveis.

Casas e Impressoras

Em dois outros casos, a empresa ferroviária da Índia conseguiu instalar lâmpadas mais econômicas nas casas de 400 empregados, cortando a emissão de 90 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.

Já a França, decidiu contratar uma empresa para compra de cartuchos de impressora que conseguiu economizar 30% dos custos no orçamento e ainda criar nove empregos para pessoas com deficiência.

O chefe do Pnuma, Achim Steiner, disse que os governos podem economizar e promover uma economia sustentável aderindo ao programa de compras proposto pela agência.

O Pnuma lembrou o caso dos Estados Unidos, que introduziu critérios ambientais em processos de licitação. Pela regra, 95% dos novos contratos do governo têm de incluir produtos e serviços que utilizem água e energia de forma eficiente. Iniciativas semelhantes também ocorrem no Japão.

O projeto do Pnuma é parte do Programa-Quadro de 10 anos para Consumo e Produção Sustentáveis que foi estabelecido por chefes de Estado e Governo que participaram da Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro.

Informe da ONU Brasil, publicado pelo EcoDebate, 03/04/2014

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Poluição do ar deveria virar caso de polícia, artigo de Evangelina Vormittag

[EcoDebate] Na terça-feira,25 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou os dados mais recentes dos efeitos mortíferos da poluição de ar no mundo. Os dados são chocantes: sete milhões de pessoas morreram por contaminação do ar em 2012. Isto significa uma em cada oito mortes no mundo resultante da exposição ao ar contaminado. Estes dados mais que dobram as estimativas e comprovam que a poluição do ar é líder ambiental para riscos em saúde e morte. O que pede medidas emergenciais de controle efetivo desse mal e seus efeitos para saúde.

Em relação às mortes provocadas pela poluição do ambiente externo, por fontes móveis (veículos) e fixas (ex. indústrias), contabilizou-se 2,6 milhões de mortes – os números crescem assustadoramente, 30% a mais do que ano anterior. Inúmeras são as publicações científicas e na mídia sobre a gravidade da poluição do ar externo para a saúde no mundo. Particularmente, no estado de São Paulo (17 mil mortes em 2011), de acordo com pesquisa inédita, divulgada pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade no último ano e inúmeras outras realizadas pelo Laboratório de Polução Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP. Uma delas, por exemplo, foi a classificação do poluente material particulado e o ar contaminado como substância cancerígena do Grupo 1, pelo OMS, no ano passado. Embora assim seja vasto o conhecimento sobre tão relevante tema, no Brasil nos deparamos com um dos piores padrões de qualidade de ar do mundo e o mínimo de políticas públicas responsável para salvaguardar os cidadãos brasileiros. Em que planeta vivem nossos governantes?

As mortes relacionadas à poluição do ar em geral são devidas às doenças cardiovasculares, infarto do coração e derrame cerebral, pneumonias, DPOC e câncer do pulmão. Pouco se divulga este assunto, mas as restantes 3,3 milhões de mortes decorreram da contaminação do ar intradomiciliar, a poluição do ar provocada dentro dos domicílios. Cerca de 3 bilhões de pessoas cozinham e aquecem suas casas com fogões e lareiras que utilizam a queima de biomassa, como madeira, esterco animal, resíduos vegetais e carvão. A fumaça e o poluente material particulado podem atingir níveis até 100 vezes maiores que o aceitável dentro das casas. No Brasil, áreas do Nordeste há fogões a lenha em mais de 60% das casas. As regiões da Ásia e do Pacífico são as mais afetadas.

As mulheres e as crianças são a população mais afetada, pois passam mais tempo em seus lares. É a quarta causa de mortalidade em crianças em países em desenvolvimento, estando à sua frente apenas desnutrição, sexo inseguro, falta de água potável e saneamento.

Quase metade das mortes entre crianças menores de cinco anos de idade devido às infecções agudas do trato respiratório inferior são decorrentes da inalação de material particulado de origem da queima de biomassa intradomiciliar.

Mulheres expostas à poluição no interior das casas são três vezes mais propensas a desenvolverem doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC (por exemplo, bronquite crônica), do que as mulheres que usam fogões de tecnologia mais limpa.

Há evidências de que a poluição intradomiciliar aumente também o risco de outros importantes problemas de saúde em crianças e adultos, tais como: asma, otite média e outras infecções do trato respiratório superior, tuberculose, cancer nasofaríngeo e laríngeo, catarata, doença cardiovascular, recém-nascidos de baixo peso e mortalidade perinatal.

Os alardes já estão sendo feitos há muito tempo e as informações são precisas. É preciso deixar a população a par deste imenso problema ambiental e de saúde pública que vivemos: o inimigo invisível, inodoro e insípido que é a poluição do ar. O que os olhos não veem o coração não sente. É preciso deixar a população a par do descaso e desinteresse dos governantes, antes das eleições, muito pouco tem sido realizado e a doses ínfimas.

* Evangelina M. P. Araújo Vormittag: Idealizadora e Diretora Presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade, é médica, especialista em Patologia Clínica e Microbiologia, doutora e pós doutoranda em Patologia – Saúde Ambiental pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Especialista em Gestão de Sustentabilidade pela Faculdade de Administração da Fundação Getúlio Vargas SP.

Colaboração de Ricardo Lauricella/Elaine Alves, para o EcoDebate, 03/04/2014

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Erythrina mulungu na Medicina Tradicional Chinesa

Família: Fabaceae


Princípios ativos: Alcaloides, Glicosídeos, Esteroides

Indicação/Uso: indutor do sono, sedativo, ansiolítico, analgésico, antitussígeno, diurético.

A Erythrina mulungu pertence a um grupo de plantas com privilegiado fitocomplexo, favorecendo combinações e sinergias com ação em várias áreas.

Os alcaloides da Erythrina, principalmente a eritrina, agem no SNC, levando a um bloqueio neuromuscular, relaxando a musculatura lisa. Associada com outras plantas com ação analgésica como Salix alba, é bem vinda nos pacientes crônicos de dor e lesão de atletas. Nos casos de insônia associamos a Valeriana officinalis ou a Lippia alba , nas afecções respiratórias associamos com boa sinergia a Tilia cordata e a Mikania glomerata ou até mesmo a Vernonia polyanthes.

Na MTC a Erythrina mulungu é considerada de natureza fresca e sabor amargo/salgado, agindo bem nos indivíduos que na semiologia são de característica Coração/Intestino Delgado , Rim/Bexiga!


Precaução: A Erythrina Mulungu apresenta interação medicamentosa com derivados da morfina! Evitar uso concomitante!

Texto: Acupunturista Fabia Cilene Dellapiazza
fabia.vida@uol.com.br
Consultório : (19) 3406-7890

Referências

As Plantas Medicinais Brasileiras na MTC. Paulo Antonio Benevides de Oliveira. Edições Cinco Elemento

Índice Terapêutico Fitoterápico – Ervas Medicinais. EPUB – 1 edição 

Países precisam de medidas urgentes de adaptação às mudanças climáticas, diz IPCC

02/04/2014
Conclusão está no Sumário para Formuladores de Políticas do relatório, apresentado no Rio de Janeiro por especialistas que compõem o painel (foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Por Elton Alisson, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP – Os efeitos das mudanças climáticas já são percebidos e sentidos em diversos países e regiões do mundo, inclusive no Brasil. É necessário, portanto, que os governos comecem a implementar de forma urgente medidas de mitigação e adaptação para diminuir a vulnerabilidade de suas populações e de setores econômicos às variações do clima.

As conclusões são do Sumário para Formuladores de Políticas (SPM) do Relatório sobre Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades às Mudanças Climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentado nesta terça-feira (1º de abril) na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.

O documento, com 44 páginas, é um resumo do relatório de cerca de mil páginas sobre impactos, adaptação e vulnerabilidades climáticas preparado pelo IPCC e apresentado no domingo em Yokohama, no Japão.

“O SPM foi escrito especialmente para os tomadores de decisão dos países”, disse José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um dos 1.719 autores do relatório geral. Marengo é o único representante brasileiro que redigiu a conclusão do sumário para formuladores de políticas.

“Uma das principais mensagens do documento é que as mudanças climáticas já estão acontecendo e afetando as populações. Não vamos precisar esperar mais 20 ou 30 anos para ver a ocorrência de eventos climáticos extremos, como inundações ou secas intensas e ondas de calor, como as que temos observado no Brasil nos últimos anos”, afirmou Marengo, durante o evento.

De acordo com o pesquisador, esses fenômenos climáticos extremos vivenciados neste e em outros países têm ajudado a entender a magnitude das variações do clima e estimulado as nações a adotarem medidas de adaptação.

O Brasil implantou um programa de agricultura de subsistência no Nordeste de melhoramento de plantas adaptadas às mudanças climáticas e tem se dedicado a conservar seus principais ecossistemas, como a Amazônia e a Mata Atlântica, por meio do estabelecimento de corredores biológicos.

O país, contudo, precisa implementar ações de adaptação permanentes, que solucionem, de forma definitiva, problemas relacionados às mudanças climáticas que afetam a população, segundo Marengo.

“A primeira etapa para a adaptação é reduzir a vulnerabilidade à exposição ao clima no presente e isso está acontecendo no Brasil de forma lenta”, avaliou. “A população no Nordeste é afetada frequentemente pela seca, um problema que sempre ocorreu na região.”

Algumas medidas de adaptação à seca que têm sido implementadas no Nordeste são a construção de cisternas para acumular a água de chuvas, exemplificou o pesquisador.

O problema, no entanto, é que, quando a seca perdura muito tempo, como tem acontecido na região nos últimos anos, não há como acumular água porque quase não há estação chuvosa, avaliou.

“A adaptação às mudanças climáticas têm de ser uma medida permanente. Não é algo que se resolve agora, sobre um determinado problema climático que afeta uma população, e depois, no próximo ano, se avalia o que pode ser feito caso o problema volte a surgir”, afirmou.

Diminuição da pobreza

De acordo com os pesquisadores autores do relatório, a capacidade de adaptação às mudanças climáticas dos países das Américas do Sul e Central nos últimos anos melhorou, em parte em razão de iniciativas implantadas por algumas nações, mas também por causa da redução da pobreza.

As condições socioeconômicas nas Américas do Sul e Central melhoraram, ainda que em um ritmo lento, desde a publicação, em 2007, do Quarto Relatório de Avaliação (AR4) do IPCC, apontaram os pesquisadores.

Há ainda, contudo, um elevado e persistente nível de pobreza e de desigualdade socioeconômica na maioria dos países das duas regiões, que resulta em dificuldades de acesso à água potável, saneamento e habitação adequada, especialmente para os grupos mais vulneráveis.

Esse conjunto de fatores contribui para a baixa capacidade de adaptação às mudanças climáticas dessas populações, indica o relatório. “As mudanças climáticas deverão afetar, em maior parte, as populações mais pobres e situadas nas regiões mais tropicais do planeta”, disse Marengo.

O relatório ressalta que as projeções climáticas realizadas após o AR4 preveem aumento de temperatura de 1,7 ºC a 6,7 ºC na América do Sul e entre 1,6 ºC a 4 ºC na América Central em 2100.

Já as chuvas devem diminuir em 22% no Nordeste do Brasil e entre 22% a 7% na América Central também em 2100. Por sua vez, aumentarão os períodos de seca na região tropical da América do Sul e leste dos Andes, e a frequência de dias e noites quentes na maioria das regiões da América do Sul.

Ainda de acordo com o relatório, deverá aumentar a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos, como secas persistentes, chuvas fortes e inundações.

Alguns possíveis impactos dessas alterações climáticas nas duas regiões serão a extinção de hábitats e de espécies significativas, principalmente na região tropical da América Latina; substituição de florestas tropicais por savanas e vegetação semiárida por árida; aumento do número de pessoas em situação de estresse hídrico (com falta de água); e aumento de pragas em culturas agrícolas e de doenças, como a dengue e malária nas populações.

“Os maiores impactos das mudanças climáticas na América do Sul deverão ser na segurança hídrica e alimentar e na saúde da população”, avaliou Marengo.

Mudanças no uso da terra

Segundo os pesquisadores autores do relatório, as mudanças no uso da terra nas duas regiões – como o desmatamento e a degradação ambiental – contribuem significativamente para a piora ambiental e deverão agravar os impactos negativos das alterações climáticas.

Apesar das taxas de desmatamento na Amazônia terem diminuído substancialmente desde 2004 para uma média de 4.656 quilômetros quadrados em 2012, regiões como o Cerrado brasileiro ainda apresentam altos índices de desmatamento, com taxas médias de 14.179 quilômetros quadrados por ano no período de 2002 a 2008, aponta o relatório.

“Os riscos das mudanças climáticas podem aumentar com a elevação das emissões de gás carbônico geradas pela queima de combustível fóssil", disse Marengo.

Os altos níveis de desmatamento e degradação do solo observados na maioria dos países da região são atribuídos, principalmente, à expansão da agricultura extensiva e intensiva para atender a crescente demanda mundial por alimentos.

As duas atividades que tradicionalmente dominam a expansão agropecuária da América do Sul são a soja e a carne, no Brasil, e algumas das áreas mais afetadas pela expansão da fronteira agrícola no país estão nas bordas da Floresta Amazônica, no Brasil, Colômbia, Equador, Peru e nos Andes tropicais.

“É importante considerar as necessidades políticas e legais para manter esse processo de mudança de terra em grande escala sob controle tanto quanto for possível”, destaca o relatório.

Foco em adaptação

Na avaliação dos pesquisadores brasileiros, autores do relatório, uma das mudanças sensíveis do Quinto Relatório do IPCC em relação ao AR4 é o foco em adaptação e mitigação.

Para cada projeção de mudanças climáticas para diversas partes do mundo feita no relatório há indicações de ações de adaptação e mitigação, destacou Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do capítulo 27 do relatório, sobre os impactos das mudanças climáticas nas Américas do Sul e Central.

“O relatório deixa muito claro que o problema das mudanças climáticas é irreversível e, portanto, é necessário adotar e implementar medidas adaptativas”, disse Buckeridge, à Agência FAPESP.

“A fase de mitigação está diminuindo e a de adaptar está chegando, porque os países não conseguiram fazer mitigação dentro do que era necessário para que os impactos diminuíssem”, avaliou.

Além de Buckeridge e Marengo, outros pesquisadores brasileiros que participaram da elaboração do relatório do IPCC foram Carlos Afonso Nobre, secretário de Políticas e Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Maria Assunção Silva Dias, da USP; Carolina Dubeux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Fábio Scarano, da Conservação Internacional; Jean Pierre Ometto, do Inpe, e Daniel Nepstad, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). 

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