Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sábado, 17 de maio de 2014
Conheça o Mutirão Agroecológico do CCB da UFSC
16/05/2014
Por Willian Rotta.
O Projeto Mutirão Agroecológico foi criado em novembro de 2011, como uma ação voluntária dos alunos do curso de Biologia. A ideia foi sugerida durante curso de agroecologia para os estudantes. No ano seguinte, tornou-se um projeto de extensão.
O mutirão agroecológico pretende promover o desenvolvimento de práticas agroecológicas para os estudantes do CCB, revitalizar um espaço abandonado e tornar o local um espaço de experimentação e práticas em educação ambiental.
É realizada a manutenção dos canteiros, poda das árvores, limpeza da área, plantio de diferentes espécies, como feijões-guandu, abacaxi, batata-doce, bananeira, árvores nativas, mamão, amora, abóbora, ervas medicinais plantas alimentícias – sem valor comercial. A colheita encerra o mutirão.
As sementes são obtidas por troca, compra e doação (em eventos, por escolas). Os canteiros são mantidos com a própria matéria orgânica do espaço, que são as folhas e galhos, reutilizados para preservar o solo.
Os mutirões acontecem na Horta-floresta no CCB, às terças e sextas, 14h. O evento é aberto à comunidade, com a supervisão das bolsistas Marilia da Nova Storck e Samantha Fontanela.
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Inajá - de praga para uma alternativa energética
Foto: Otoniel Duarte
Palmeira inajá em terras roraimenses
Acima da linha do Equador, o Brasil possui uma palmeira com potencial elevado para se tornar fonte de biocombustível. Desde 2010, a Embrapa por meio do PROPALMA, projeto financiado pela Finep, objetiva viabilizar a produção de espécies produtoras de óleos alternativas, e o inajá, palmeira oleaginosa encontrada na região Norte do País, é um dos alvos dessa pesquisa.
A palmeira presente em grande quantidade em toda região Amazônica, com maior concentração em Roraima e no Amapá, possui fruto com elevada quantidade de óleo. De acordo com Otoniel Duarte, pesquisador da Embrapa Roraima (Boa Vista, RR), responsável pelo projeto nesse estado, os resultados mostram que o inajá, que pode chegar a 20 metros de altura é capaz de produzir cerca de 4.000 litros de óleo por hectare ao ano. Esse valor supera, em produtividade, outras fontes tradicionais de biocombustíveis e confirma o grande potencial da palmeira na produção óleos para atender ao crescente mercado de biodiesel. "O óleo produzido pelo inajá tem potencial de mercado bastante interessante, pois pode vir a atender a esse mercador", afirma Alexandre Alonso, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do Projeto PROPALMA.
Otoniel Duarte garante que o manejo do inajá também é uma alternativa viável e interessante para a agricultura familiar, tornando o ganho social outro ponto positivo dessa palmeira. "Características como ausência de espinhos, adaptação a solos pobres, resistência ao fogo, alta densidade por área e grande produtividade permitem um manejo barato e fácil para os pequenos produtores rurais, gerando energia e renda que tornam o inajá uma espécie atraente", salienta Otoniel.
Em Roraima, ocorrem as maiores concentrações da planta por hectare. Otoniel explica que o inajá, por ser uma planta rústica, era até muito recentemente considerado uma praga pelos produtores. A planta, no entanto, possui palmito nobre, polpa e amêndoas de onde é extraído o óleo, que pode ser utilizado também na indústria alimentícia, de cosméticos, de produtos farmacêuticos e rações. Esses usos eram desconhecidos pela população. "Após os resultados das pesquisas com o inajá começarem a ser divulgados pela Embrapa, muitos produtores passaram a nos procurar com informações sobre áreas com a palmeira e desejando orientação sobre possíveis usos. Com a difusão das informações sobre o potencial do Inajá, o que se percebe é que muita gente não elimina o inajázal. Inclusive nós temos produtores que já estão utilizando o inajá", complementa Otoniel.
Sistema de Produção
Atualmente a exploração se dá exclusivamente por extrativismo e várias ações do projeto visam dar suporte a esse tipo de aproveitamento. A primeira ação consiste na identificação e mapeamento de maciços de ocorrência natural do inajá. "Para que a exploração extrativista ocorra de maneira sustentável e rentável é necessário primeiro identificar áreas em que as palmeiras ocorrem em maior concentração", afirma Alexandre Alonso. A partir da identificação, os pesquisadores visam, a avaliar esses maciços quanto às suas diversas características e também determinar o potencial produtivo dos mesmos.
Outra ação importante é o investimento da Embrapa em ações que envolvem a determinação do ponto ideal de colheita como forma de garantir maior qualidade do óleo. Essas ações tem o propósito de indicar aos produtores o momento correto em que os frutos devem ser colhidos de forma a melhorar a qualidade e o rendimento do óleo, com impactos diretos na sustentabilidade e rentabilidade da atividade. Estes dados ainda estão em fase de análise no campo experimental em Roraima. Quando concluídos os estudos, os produtores terão informações sobre como colher cachos e frutos a fim de garantir óleo da melhor qualidade possível para produção de biodiesel e outros nichos de mercados mais específicos.
Além disso, a fim de que o inajá possa vir a ser explorado comercialmente, os pesquisadores da Embrapa têm focado no desenvolvimento de um sistema de produção para ele. Para tanto estão estudando métodos de manejo dos bosques nativos, as necessidades nutricionais da planta para indicar a adubação mais eficiente e a produção de sementes. Também estão determinando o espaçamento adequado entre as plantas e identificando os insetos e doenças que acometem a espécie. "Em conjunto, todas essas ações tem por objetivo tornar o inajá matéria-prima viável para a produção de óleo, que possa vir a ser utilizado para a produção de biocombustíveis", conclui Alexandre Alonso.
Mais informações sobre o inajá com a Embrapa Roraima pelo e-mail roraima.nco@embrapa.br ou pelo telefone (61) 4009-7161.
Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)
Embrapa Agroenergia
agroenergia.imprensa@embrapa.br
Telefone: (61) 3448-1581
Estagiária: Sandy Carvalho
Embrapa Agroenergia
Embrapa Roraima
Data: 16.05.2014
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Embalagens nanotecnológicas para comer
Foto: arquivo Embrapa
Ao comprar uma caixa de suco, uma lata de leite em pó ou um pote de conserva o consumidor não imagina o longo caminho percorrido até se chegar ao desenvolvimento de embalagens que - além de atraentes e convenientes ao consumo - atendam às necessidades da produção, industrialização, logística e comercialização dos alimentos.
Um dos momentos marcantes dessa trajetória foi a busca de Napoleão Bonaparte por um método seguro, barato e eficiente para transportar alimentos do exército francês durante a marcha pela conquista do continente europeu. O desafio fez o imperador instituir uma recompensa de 12 mil francos a quem solucionasse o problema. O vencedor do prêmio, o confeiteiro Nicholas Appert, desenvolveu, no final do século XVIII, um método de aquecimento de embalagens de vidro hermeticamente fechadas e acabou originando uma nova indústria: a de alimentos enlatados.
O vidro, o metal e os materiais celulósicos (papel, papelão, celofane) predominaram até o mundo se render ao plástico, no final do século XIX. Transparentes, leves, flexíveis, resistentes à quebra e em formatos versáteis. Com tantas vantagens, os materiais plásticos passaram a seduzir indústrias e consumidores e começaram a predominar, a partir da década de 1980, sobre os demais materiais na confecção de embalagens. Uma das vantagens do plástico era o fato de ser descartável. As garrafas de plástico seguiam diretamente para a lixeira após o uso.
E, da lixeira para os lixões, começou um novo capítulo – o acúmulo de plásticos no ambiente. Como os plásticos convencionais não biodegradáveis levam séculos para ser decompostos por microrganismos, o que um dia representou uma conveniência passou a problema. No Brasil, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, aproximadamente um quinto do lixo é composto por embalagens. São 25 mil toneladas de embalagens que vão parar, todos os dias, nos depósitos de lixo. Esse volume encheria mais de dois mil caminhões de lixo, que, colocados um atrás do outro, ocupariam quase 20 quilômetros de estrada.
Os caminhos para Inovação
Um dos principais desafios de hoje é obter embalagens tão eficientes e baratas quanto às de plástico, mas que não provoquem danos ao ambiente. Diversos grupos de pesquisa no mundo se dedicam a esta questão. Um deles está no Laboratório de Embalagens de Alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE). Uma das linhas de pesquisa do laboratório é o desenvolvimento de filmes e revestimentos biodegradáveis para alimentos à base de polímeros naturais, como amido, alginato (material extraído de algas marinhas), cera de carnaúba, goma do cajueiro, gelatina de peixe, além de polpas de frutas. Um polímero é uma macromolécula, natural ou artificial, constituída por unidades moleculares menores que se repetem um grande número de vezes. Entre os polímeros considerados naturais estão a celulose, os carboidratos, as proteínas e os ácidos nucléicos (DNA) responsáveis pelas características genéticas dos seres vivos. Os plásticos são polímeros artificiais.
Parte dos revestimentos desenvolvidos no laboratório é comestível. A pesquisadora Henriette Azeredo explica que as polpas de frutas têm em sua composição polissacarídeos (um tipo de polímero natural) capazes de formar filmes, daí a possibilidade de trabalhar com essas matérias-primas para a produção de filmes comestíveis com o sabor da fruta. "Muitos pesquisadores desenvolvem filmes comestíveis, mas poucos trabalham em filmes que tenham sabor", ressalta a pesquisadora.
Apesar da vantagem da biodegradabilidade e de valorizar as matérias-primas regionais, os biopolímeros (materiais fabricados a partir de fontes renováveis como soja, milho, cana-de-açúcar, celulose e soro de leite) ainda não são capazes de competir com os plásticos convencionais, pois alguns são mais frágeis, não permitem uma eficaz troca de gases com o ambiente e são, muitas vezes, sensíveis à umidade.
Soluções nanométricas
No caminho para melhorar o desempenho dos materiais, podem ser feitas modificações químicas. Uma saída que vem sendo testada no laboratório do Ceará é o uso da nanotecnologia. A adição de nanoestruturas de reforço melhora a resistência e a barreira a gases dos materiais.
Os materiais formados pela adição de nanoestruturas, como nanocelulose, em uma matriz (geralmente um polímero ou biopolímero), são chamados de nanocompósitos. Os nanocristais de celulose são cristais minúsculos (diâmetro de poucos nanômetros), de alta resistência mecânica, que são adicionados em pequenas quantidades (na faixa de 5%), geralmente sem prejudicar a transparência dos materiais.
A equipe do Laboratório de Tecnologia da Biomassa, liderada pela pesquisadora Morsyleide Rosa, extrai nanocelulose a partir de várias fontes, entre elas resíduos industriais como casca de coco e linter de algodão.
"Já testamos nanocelulose para filmes de polpas de frutas, quitosana (polissacarídeo encontrado em crustáceos), gelatina, entre outros. Os resultados têm sido geralmente muito bons – o material adquire um melhor desempenho na proteção ao alimento a ser acondicionado", diz Henriette. Atualmente, a pesquisadora envolvida em um projeto para obtenção de filmes nanocompósitos a partir de casca de banana e palha de trigo, um resíduo da indústria de panificação. "Estou extraindo polissacarídeos desses resíduos e vou formar filmes adicionados de nanocelulose e outros compostos para melhorar suas propriedades", explica.
Ainda assim, a maioria dos filmes biopoliméricos é sensível à água – quando em contato com água, a ponto de se desfazerem quase instantaneamente. Isso é um problema, já que limita as aplicações dos filmes. Segundo Henriette, "Para contornar isso, temos recorrido a técnicas de reticulação, que são ligações formadas entre cadeias poliméricas, diminuindo a mobilidade dessas cadeias e melhorando as propriedades do material, inclusive sua resistência à água".
Embalagens ativas e inteligentes
Outra linha de pesquisa desenvolvida no Laboratório de Embalagens de Alimentos é a de embalagens ativas, que, além de desempenharem a função básica de proteção, interagem com o produto acondicionado, absorvendo compostos indesejáveis ou liberando substâncias que favorecem o aumento da estabilidade. Exemplos são as embalagens que liberam compostos antimicrobianos.
No laboratório, foram realizados estudos com a adição de antimicrobianos comerciais e naturais, como óleos essenciais de ervas aromáticas, na composição dos filmes. Os materiais foram testados em laboratório e aplicados em embalagens de queijo coalho e foi observada a redução das populações de bactérias na superfície do produto, ao longo do tempo.
Mas a equipe quer ir além e obter embalagens inteligentes que possam indicar, por exemplo, se o produto está próprio para o consumo. Para isso, são realizados estudos com biossensores – dispositivos eletrônicos que utilizam moléculas biológicas para detecção de substâncias de interesse. Entre os estudos já realizados, foram desenvolvidos biossensores para detecção de ricina, proteína tóxica presente na semente da mamona; detecção de peróxido de hidrogênio (substância cuja utilização no leite é proibida, mas que é usada para aumentar a vida útil do produto) e detecção de toxinas em queijo. Em outro projeto está em estudo a detecção de salmonela no leite. De acordo com a pesquisadora Roselayne Ferro Furtado, o desafio é acoplar os biossensores às embalagens para torná-las inteligentes.
Verônica Freire (MTB 01225JP)
Embrapa Agroindústria Tropical
veronica.freire@embrapa.br
Telefone: (85) 3391.7116
Data: 08.05.2014
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
Complex interactions may matter most for longevity
Date: May 15, 2014
Source: Brown University
Summary:
Complex interactions among diet, mitochondrial DNA and nuclear DNA appear to influence lifespan at least as much as single factors alone, a new study of the biology of aging shows. The findings may help scientists better understand the underlying mechanisms of aging and explain why studies of single factors sometimes produce contradictory results.
David Rand, left, and Chen-Tseh Zhu managed 18 different lines of fruit flies, feeding groups from each line five different diets. They were able to examine the effects on longevity of three different elements: diet, mitochondrial DNA, and nuclear DNA.
Credit: Mike Cohea/Brown University
If studying a single gene or a diet that might extend longevity is like searching for a fountain of youth, then a new study calls for looking at something more like the whole watershed. Brown University biologists who experimentally throttled three such factors in fruit flies found that lifespan depended more on interactions among the factors than on the factors themselves.
"I think the main lesson is that these interaction effects are as significant or important as the [single] effects, such as diet effects alone or genetic effect alone," said David Rand, professor of biology and senior author of the study published in the journalPLoS Genetics. "Traditionally that's what people have focused on: looking for a gene that extends longevity or a diet that extends longevity."
When researchers have looked at single or even pairs of factors in a wide variety of organisms, they've made many valuable findings about the biology of aging, Rand said. But sometimes scientists have been unable to replicate each other's findings in seemingly similar experiments. Often this is attributed to mysterious "background effects," presumably other genes that were not properly accounted for. The new study chose to put such background effects into the foreground to examine dietary effects on aging in several panels of different nuclear and mitochondrial genetic pairings.
The study's results suggest that many observed effects of calorie or diet restriction or different genes on lifespan may depend on a more intricate context than has been understood so far.
Rather than despairing that combinatorial interactions of diets, nuclear genes, and mitochondrial genes make the underlying biology of aging intractably complex, Rand and lead author Chen-Tseh Zhu said studies that explicitly embrace such multifactorial interactions can lead researchers to understand the inherent biological complexity of the aging process: Many genes, many cells, and many environments all contribute to the aging process. With such observations they could then trace which mitochondrial genes moderate which nuclear genes in response to a particular diet.
"Focused studies of single factors that prove unrepeatable in different backgrounds are not general results," Rand said. "But the interaction between these factors may get us closer to generalities."
Zhu makes an analogy to personalized medicine, in which doctors and scientists hope that by digging deeper into a person's genomic details, they'll be able to predict whether specific drugs can be targeted to individuals with particular combinations of genes, thus avoiding dangerous side effects or producing better treatment.
"Personalized genomic medicine is not to disprove what has been done in medicine so far, but to bring it to another level so that in the future when you are going to design the best medication for a given person you want to investigate their genes and their metabolism," said Zhu, a postdoctoral scholar. "A combination of factors brings you more information."
Complicated combinations
For the study Rand, Zhu and undergraduate co-author Paul Ingelmo generated 18 lines of flies by mixing and matching different mitochondrial and nuclear genomes in individuals from two different species. Then they fed members of each of those fly populations from a menu of five different diets. Some diets held calories constant but varied the balance between yeast (protein) and sugar (carbs), while some diets varied the total calories but kept the proportions of nutrients constant.
In several cases described in the paper, the team saw how interactions among the three factors they manipulated could produce results that would thoroughly frustrate people who were too focused on just one factor.
For example, in flies with the "w1118" nuclear genome and the "OreR" mitochondrial genome, lifespan was greatest with the high-sugar, low-yeast diet and significantly worse with the diet that balanced yeast and sugar evenly. But for flies with the same nuclear genome but the "Zim" mitochondrial genome, the balanced diet was just as good, if not slightly better than the high-sugar, low-yeast meals.
So is it time to recommend that w1118 flies buzz over to the candy store for diet five? That, it turns out, depends on their mitochondrial genome, according to the research.
Another illustrative finding was that the sirt1 nuclear gene, which is an important but controversial gene in aging research, Rand said, shows different effects on longevity given different mitochondrial genomes.
Future work can focus on tracing the physiological and biochemical pathways suggested by these multidimensional interactions, Rand said.
"What this does is identify genetic interactions that themselves are modified by diet," Rand said. "It just means we have to drill down on these things and understand how the various genes that affect aging interact with one another. If you get the right combination of genes, you might be able to map a two-gene response to different diets right down to individual molecules 'talking to each other' in different ways."
Story Source:
The above story is based on materials provided by Brown University. Note: Materials may be edited for content and length.
Journal Reference:
Chen-Tseh Zhu, Paul Ingelmo, David M. Rand. G×G×E for Lifespan in Drosophila: Mitochondrial, Nuclear, and Dietary Interactions that Modify Longevity. PLoS Genetics, 2014; 10 (5): e1004354 DOI:10.1371/journal.pgen.1004354
Cite This Page:
Brown University. "Complex interactions may matter most for longevity." ScienceDaily. ScienceDaily, 15 May 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140515173501.htm>.
Princípios e Perspectivas da Agroecologia
http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/Princ%C3%ADpios%20e%20Perspectivas%20da%20Agroecologia%20-%20Francisco%20Roberto%20Caporal,%20Edisio%20Oliveira%20de%20Azevedo%20(Orgs)%20-%20Instituto%20Federal%20Paran%C3%A1%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Dist%C3%A2ncia,%202011.pdf
“Quanto mais melhor” - MITO
Muitas pessoas acreditam que pelo fato dos suplementos serem vendidos livremente significa que são completamente seguros, podendo consumi-los em doses elevadas. Contudo, isto nem sempre se verifica, pois doses elevadas de vitaminas ou minerais, por exemplo, mostraram ser perigosas e até tóxicas.
A vitamina C em grandes quantidades pode interferir com a capacidade do organismo para absorver o cobre, que é um metal necessário para o organismo. Demasiado fósforo pode inibir a absorção de cálcio.
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar grandes doses de qualquer vitamina, mineral ou outro suplemento.
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Pesquisa internacional identifica nova via no metabolismo de fungos
15/05/2014
Por José Tadeu Arantes
Agência FAPESP – Apesar de o metabolismo dos fungos ser utilizado pela humanidade desde a pré-história – na fabricação de pães, queijos, cervejas, vinhos etc. –, detalhes dos mecanismos desses processos ainda são relativamente pouco estudados.
Por isso mesmo, os estudos do metabolismo dos fungos são tão importantes. Ainda mais porque, entre os produtos desse metabolismo, estão substâncias nitrogenadas que constituem o grupo dos alcaloides. Essas apresentam vários efeitos biológicos: alguns de intoxicação (como ocorre com os derivados da dietilamida do ácido lisérgico, o LSD), outros medicinalmente úteis (caso das penicilinas).
O químico Roberto Gomes de Souza Berlinck, professor titular do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP, investigou o metabolismo do Penicillium citrinum, um fungo de origem marinha.
O trabalho revelou uma via metabólica insuspeitada utilizada por esse organismo. O estudo acaba de ser relatado no artigo Total synthesis and isolation of citrinalin and cyclopiamine congeners, publicado na revista Nature.
“Descobrimos como esse fungo biossintetiza duas substâncias da classe dos alcaloides, citrinalinas A e B, de maneira relativamente diferenciada, que nunca havia sido relatada antes para fungos relacionados. Isso nos permitiu formular um novo entendimento do processo”, disse Berlinck àAgência FAPESP.
Segundo ele, o metabolismo incomum se deve ao fato de o fungo utilizar um aminoácido – a ornitina – que não entra na composição das proteínas de maneira muito mais eficiente do que o aminoácido prolina, que entra na composição das proteínas.
“Até o nosso estudo, os pesquisadores acreditavam que a prolina era o aminoácido necessário para fungos semelhantes biossintetizarem substâncias correlatas”, disse Berlinck.
O estudo foi realizado no âmbito do projeto de pesquisa “International collaboration in the chemistry of alkaloid natural product biosynthesis”, conduzido por Berlinck com a colaboração de David Sherman, do Life Sciences Institute da University of Michigan, nos Estados Unidos, e apoiado pela FAPESP.
“Por ser uma área relativamente nova para nós, acabamos por realizar o estudo de maneira um pouco ‘ingênua’, sem ideias preconcebidas”, afirmou Berlinck. “Assim, nossa aparente desvantagem transformou-se em vantagem, pois testamos todas as hipóteses possíveis.”
Ao mesmo tempo, contou Berlinck, Richmond Sarpong, professor da Faculdade de Química da University of California em Berkeley, sintetizou as mesmas citrinalinas e uma outra substância, a ciclopiamina, em laboratório.
“Sherman já tinha colaborado com o doutor Sarpong e nos colocou em contato. Decidimos elaborar um trabalho conjunto, tratando da síntese das substâncias pela via natural, por meio do fungo, e pela via artificial, em laboratório”, disse Berlinck.
Dessa colaboração resultou o artigo publicado na Nature, assinado por Berlinck, Sarpong e outros 10 autores, entre eles Stelamar Romminger e Eli Fernando Pimenta, ambos também do IQSC-SP.
O artigo Total synthesis and isolation of citrinalin and cyclopiamine congeners (doi 10.1038/nature13273) pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Com a participação de Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos da USP, estudo foi publicado na nova edição da revista Nature (foto: R. Berlinck)
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Vídeos ensinam como pronunciar palavras em inglês
Dica do
Oi leitores!
Quer falar inglês como um nativo? Você tem dificuldade em pronunciar certos sons em inglês? Um dos estágios mais avançados ao seaprender uma língua, é a pronúncia correta das palavras. A pronúncia em inglês tem seus mistérios também, mas o alfabeto fonético é fonte preciosa para auxiliar os estudantes.
É muito comum ver alguém com um inglês fluente mas com um forte sotaque de seu país de origem. E isso se deve ao fato do não exercício da pronúncia em inglês correta desde dos primórdios da aprendizagem da língua, criando um vício de linguagem muito mais difícil de se tirar depois.
Você pode melhorar consideravelmente sua pronúncia em pouco tempo. Será preciso uma mente aberta, um esforço constante e experimentos constantes com novas estratégias. Porém não é tão difícil como você talvez ache. Você só tem que querer fazê-lo.
Aprenda a pronunciar os diferentes sons das letras e fonemas da língua inglesa através de vídeos curtos e bem elaborados. Clique no link para aprender o Alfabeto Fonético em inglês
Link:
Secretaria de Cultura SP distribui passaporte para 1 ano de Museu grátis
Dica do
Olá leitores do Canal do Ensino!
Quem visitar um dos Museus da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo no próximo domingo (18/5) vai receber um exemplar do Passaporte dos Museus – um livreto que garante uma entrada gratuita em cada instituição até maio de 2015. A ação faz parte das comemorações pelo Dia Internacional dos Museus, 18 de maio, e da Semana Nacional dos Museus, que vai de 12 a 18 de maio.
O Passaporte dos Museus é uma peça lúdica de divulgação que busca estimular o público paulista a visitar as instituições museológicas. A cada visita, o portador do passaporte recebe um carimbo na página do museu correspondente, a exemplo do que ocorre com um passaporte de verdade. Ele é válido para qualquer dia da semana, basta apresentá-lo na bilheteria no museu.
A distribuição será feita em 16 museus da Secretaria de Estado da Cultura e está sujeita à disponibilidade do material em cada instituição. Segue listagem de cidades e museus que fazem parte desta ação:
São Paulo
Casa das Rosas
Casa Guilherme de Almeida
Catavento
Museu Afro Brasil
Museu de Arte Sacra
Memorial da Resistência
Museu da Casa Brasileira
Museu do Futebol
Museu da Língua Portuguesa
Paço das Artes
Pinacoteca
Estação Pinacoteca e MIS
Tupã
Museu Índia Vanuíre
Santos
Museu do Café
Campos do Jordão
Museu Felícia Leirner
É importante lembrar também que a partir de agora, todos os museus da Secretaria têm entrada gratuita aos sábados durante o ano todo.
Link:
Desmatamento nas bacias hidrográficas agravou crise da água em SP
Sistema Cantareira perdeu 70% de mata em duas décadas. Cobertura vegetal aumenta a vida útil dos reservatórios, além de prolongar tempo de abastecimento durante seca.
Depois de atingir o menor nível já registrado – apenas 8,4% da sua capacidade –, o sistema Cantareira, principal fornecedor de água da região metropolitana de São Paulo, vai em busca das últimas gotas. Nesta quinta-feira (15/05), a Sabesp inicia uma operação emergencial para recuperar o chamado “volume morto” do reservatório.
A crise no abastecimento de água não se deve apenas ao calor recorde e ao menor índice de chuvas já registrado nos últimos 84 anos. Especialistas defendem que o desmatamento em bacias hidrográficas contribui para diminuir a quantidade e a qualidade das águas, tanto superficiais quanto subterrâneas.
“Nós temos apenas 30% de área com florestas preservadas nesse manancial [Sistema Cantareira]. O restante precisa ser recuperado ou têm uso inadequado de solo”, afirma a coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro.
Resultados de um experimento feito pela ONG desde 2007 – que restaura uma floresta num centro em Itu, interior de São Paulo – comprovam essa relação. “Em 2012, apenas cinco anos depois, foi verificado que o nível dos lençóis freáticos subiu 20% e o dos reservatórios, 5%”, argumenta Ribeiro.
Estudos apontam que a floresta atua como reguladora do ciclo hidrológico, atenuando os impactos de eventos climáticos extremos, como secas e enchentes. “A floresta aumenta a resiliência dos mananciais. O desmatamento não é causa da seca, mas, se houvesse maior cobertura vegetal, o esgotamento dos reservatórios poderia ser evitado”, diz Ribeiro.
O problema, entretanto, não está restrito a São Paulo. De acordo com um levantamento inédito do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, os reservatórios considerados críticos pela Agência Nacional de Águas (ANA) perderam em média 80% de sua cobertura florestal.
“Ainda estamos detalhando o estudo, mas já podemos perceber que uma das semelhanças entre os mananciais críticos em relação ao abastecimento de água é o desmatamento”, explica o coordenador geral do Pacto e diretor para Mata Atlântica da Conservação Internacional, Beto Mesquita.
A pesquisa inclui as capitais do litoral do país, além de Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, bem como cidades do interior paulista, como Sorocaba e Campinas.
Abastecimento de água da metrópole paulista está ameaçado
O papel da florestaA floresta tem uma série de funções no ciclo hidrológico. Quando a chuva cai num terreno com cobertura vegetal, a água infiltra lentamente no solo, até atingir os lençóis freáticos. Aos poucos, ela aflora nas nascentes e enche os rios, até chegar às represas.
“A floresta quebra a energia da chuva, porque parte da água fica na cobertura das árvores e atinge o chão devagar. Além disso, o solo da mata é muito poroso, com matéria orgânica e raízes. Por isso, há mais espaço interno e maior capacidade de armazenamento”, explica Mesquita. Ele aponta também que, por essa característica, o solo da floresta libera um fluxo de água mais constante, mesmo durante uma estiagem.
Malu Ribeiro ressalta que o desmatamento ao redor do Cantareira está prejudicando a oferta de água na região. “O sistema está localizado no fundo do vale do Rio Jaguari, que tem um conjunto de nascentes na Serra da Mantiqueira. O desmatamento no curso dos rios até o reservatório faz com que essas nascentes desapareçam e os cursos d’água não consigam se recuperar.”
Enchentes e assoreamento
Onde não há floresta, a infiltração da chuva no terreno é mais difícil. Num solo de pastagem, por exemplo, a quantidade de água escoada é até 20 vezes maior que em área de vegetação, segundo o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Philip Fearnside.
Por esse motivo, em período de muita precipitação, áreas desmatadas estão mais sujeitas a enchentes. A água escoa rapidamente e em quantidade, enchendo os rios e represas, muitas vezes de forma desastrosa. Neste processo, a água carrega consigo muito material orgânico, erodindo o terreno e assoreando os reservatórios.
“Esse é um problema grave no Brasil e principalmente no Sistema Cantareira, porque perdemos a capacidade de reservar água. Quando chove muito, o excedente acaba sendo jogado fora”, argumenta Ribeiro.
Segundo Mesquita, por evitar o assoreamento, a floresta aumenta a vida útil do reservatório, além de prolongar o tempo de abastecimento durante uma seca.
Umidade e qualidade da água
Outra importante função da floresta é reter água da atmosfera. Na bacia do Rio Guandu, no estado do Rio de Janeiro, 30% da água é incorporada ao sistema por essa via, segundo estudo da Conservação Internacional. “Quando vêm a neblina e nuvens carregadas, quanto mais floresta tiver em regiões montanhosas, maior a retenção de água”, diz Mesquita.
A floresta contribui para manter a umidade do ar, através da transpiração das plantas. “Cerca de 30% da água na atmosfera vêm das florestas. Num reservatório, se o ar está seco, isso também aumenta a evaporação na represa”, alerta o presidente e pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, José Galízia Tundisi.
A vegetação também participa no ciclo hidrológico, atuando como um filtro para manter a qualidade da água. “A floresta retém metal pesado em suas raízes e matéria em suspensão. Ela também filtra a atmosfera e diminui a quantidade de partículas que podem cair na água”, afirma Tundisi.
Um levantamento deste ano da Fundação SOS Mata Atlântica em sete estados também comprova essa relação entre floresta e a qualidade da água. Dos 177 pontos avaliados, apenas 19 (11%), localizados em áreas protegidas e de matas ciliares preservadas, tiveram bons resultados.
Floresta Amazônica também influencia regime de chuvas em São Paulo
Desmatamento na AmazôniaNão é apenas a perda de floresta nos mananciais que pode ameaçar a oferta de água em São Paulo. O desmatamento na Amazônia também impacta negativamente a quantidade de chuva que chega ao sudeste.
Estudos revelam que até 70% da precipitação em São Paulo, na estação chuvosa, depende do vapor d’água amazônico. O meteorologista Pedro Silva Dias, da Universidade de São Paulo, também pesquisa o tema. “O desmatamento na Amazônia vem causando impacto, por exemplo, a produção de arroz no Brasil. Se houver um processo muito intenso de perda de floresta amazônica, as regiões sul e sudeste sofrerão um processo de desertificação”, defende Ribeiro.
Philip Fearnside diz que esse desmatamento, em torno de 20%, não explica a seca atual em São Paulo. “Ainda tem 80% da floresta amazônica, isso não é suficiente para causar uma queda dramática na chuva de São Paulo de um ano para o outro”, diz o pesquisador, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007, com outros cientistas, por alertar contra os riscos do aquecimento global.
Fearnside ressalta, entretanto, que o impacto é gradual e progressivo. “Se continuar desmatando, como é o plano do governo com os projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vai diminuir o fluxo de água para São Paulo, que já está no limite para o abastecimento. Cada árvore que cai, é menos água indo para lá.”
Mentalidade do esgotamento
Para os especialistas, há uma mentalidade voltada para o esgotamento dos mananciais, que prejudica a gestão dos recursos hídricos no Brasil.
“É a falsa cultura da abundância, a ideia de que podemos esgotar os reservatórios, porque depois vem o período de chuvas e enche de novo. Só que há uma diminuição do volume de águas ao longo das décadas em vários reservatórios do sudeste. Em São Paulo, isso ocorre na bacia do Piracicaba e na bacia do sistema Cantareira”, afirma Ribeiro.
José Galízia Tundisi chama esse pensamento de “aqueduto romano”. Consiste em usar o reservatório até esgotar e depois buscar água limpa em uma região mais distante. “É o que São Paulo está fazendo. Em breve vai ter que pegar água no Paraná”, afirma o pesquisador.
Os pesquisadores alertam que é muito difícil recuperar um manancial depois de exaurido. O solo fica pobre e seco, funcionando como uma esponja. “Quando chover, o terreno vai chupar grande volume de água, até que ele recomponha os aquíferos subterrâneos. Em alguns casos é até impossível reverter a degradação”, diz Ribeiro.
Com a retirada do “volume morto” do Cantareira, especialistas temem pela recuperação do reservatório. A reserva, que nunca foi usada antes, será puxada por bombas, já que fica abaixo do ponto de captação da represa.”Se usar todo o volume morto do Cantareira, vai levar anos para retornar ao que era antes”, lamenta Tundisi.
Matéria de Marina Estarque, da Deutsche Welle, DW.DE, reproduzida pelo EcoDebate, 16/05/2014
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Mudança climática dificultará acesso à água disponível de grande parte do planeta
Menos água nas regiões secas, ainda mais inundações, fluxos de rios modificados, contaminação… O aquecimento global transformará radicalmente o mapa do acesso à água e acirrará as tensões em torno desse recurso vital. Matéria da AFP, no UOL Notícias.
O aquecimento previsto ao longo do século XXI e a pressão demográfica reduzirão a quantidade de água disponível tanto na superfície como nas camadas inferiores do solo na bacia do Mediterrâneo, na Península Arábica, na Ásia central e na Califórnia (EUA), ressaltam os especialistas do IPCC (Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre as Mudanças Climáticas) em seu relatório de março.
No norte de Europa, por outro lado, teme-se que haja maiores inundações em consequência de chuvas ainda mais intensas.
Seja por escassez ou por excesso de água, antecipar-se a estas mudanças é necessário, em um mundo com 800 milhões de pessoas sem acesso a fontes seguras de água potável.
Não se trata apenas de uma questão de quantidade. A variedade e a qualidade deste recurso também mudaria em um planeta mais quente, explicou à AFP Blanca Jiménez Cisneros, diretora da divisão de Ciências da Água da Unesco.
O derretimento acelerado das geleiras, por exemplo, pode provocar um aumento do volume dos rios, trazendo benefícios que durariam pouco tempo, na medida em que o manancial logo ficaria menos volumoso do que era antes do processo.
Um aumento da temperatura afetaria também a qualidade da água, pois favoreceria a multiplicação de plantas aquáticas, produtoras de toxinas difíceis de eliminar com tratamentos convencionais. E onde as chuvas se intensificarem, os centros de tratamento de água deverão eliminar uma quantidade maior de materiais contaminantes.
Outro efeito menos conhecido do aquecimento sobre a água: a salinização de áreas de água doce nos litorais e nas ilhas em razão do aumento do nível do mar. Em algumas regiões isso provocará a necessidade de uma dessalinização particularmente custosa.
- O fator demográfico -
Além das consequências apontadas pelos especialistas, a demanda por água potável pode crescer cerca de 55% até meados do século em virtude do crescimento demográfico e da atividade industrial, indicou um informe da ONU em março.
Em 2050, o planeta pode contar com 9,6 bilhões de habitantes, em comparação com os 7,2 bilhões atualmente.
O aquecimento será um fator de estímulo para a demanda. Uma central elétrica precisará de mais água para esfriar suas instalações e a população beberá mais e passará mais tempo no banho devido ao aumento da temperatura ambiente, explica Jiménez Cisneros.
- A luta por água -
Essas perspectivas colocam em primeiro plano a necessidade de adaptação.
Isso significa, antes de tudo, questionarmos nosso uso da água, promovendo tecnologias mais econômicas para os banheiros ou para lavar roupas, e pensando formas de reciclagem para determinados usos, como a irrigação, observam os especialistas.
Também será necessário em alguns casos construir diques e adaptar os códigos de construção.
“A noção de risco não deve ser menosprezada”, adverte o climatologista Hervé Le Treut.
“Quando os sismólogos dizem que há risco de tremores de terra, as pessoas geralmente aceitam e não constroem casas (no lugar); mas quando são mencionados riscos de seca ou inundações, há uma tendência de levá-los menos a sério, porque a meteorologia e a climatologia costumam estar mais associadas à ideia de previsão do que à ideia de risco”, acrescenta.
No entanto, o IPCC adverte em seu relatório que o tema da água é muito sensível e que algumas regiões correm risco de registrar uma “disputa” exacerbada entre usuários: agricultores, indústrias, setores energéticos, simples consumidores.
A competição pode provocar também tensões entre países, como já ocorre por exemplo entre Egito e Etiópia pelas águas do rio Nilo.
Falar de futuras “guerras pela água” seria exagerado, considera Richard Connor, especialista em água da Unisfera, um escritório de assessoria a governos e ONGs. Mas em alguns casos, reconhece, pode haver conflitos “em que a água seria a primeira causa, ainda que a princípio oculta”.
EcoDebate, 16/05/2014
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Allium cepa L.
O extrato hidroalcoólico 50% (partes iguais de água e etanol) da droga vegetal (planta sêca e pulverizada) de bulbos de cebola (Allium cepa L. – Alliaceae) demonstrou um promissor efeito antialérgico atribuído a um potencial anti-histamínico, anti-inflamatório e antioxidante. Houve inibição na liberação de histamina e diminuição nos níveis de cálcio intracelular de mastócitos de ratos, com a diminuição de incidência de anafilaxia. Houve diminuição na atividade da peroxidase eosinofílica (indutora de processos inflamatórios agudos e crônicos) do fluído bronquioalveolar. O efeito antioxidante está relacionado à redução na indução de peroxidação lipídica de tecido pulmonar e lise de eritrócitos. (J Med Food 12 (2) 2009, 374–382).
Texto extraído da:
Salvia miltiorrhiza Bunge
Existem evidências que o extrato da sálvia-chinesa (Salvia miltiorrhiza Bunge - Lamiaceae) é seguro e promove nefroproteção em crianças com crise nefrótica primária. O ácido salvianólico B presente nessa espécie vegetal promoveu efeito anti-inflamatório sinérgico com triamcinolona (corticoide) em 42 sujeitos participantes de um ensaio clínico na China portadores de fibrose submucosa oral. Sendo assim, essa espécie vegetal possui potencial efeito sinérgico anti-inflamatório em associação com corticoides reduzindo também a nefrotoxicidade resultante do uso desses fármacos.
Extraído da:
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Vitamina D no tratamento de doenças infecciosas e VIROSES
9.05.2014
By, Dr. Júlio Caleiro – Nutricionista – MG.
“A existência de receptores de vitamina D nas células imunes explica a influencia da vitamina D em uma variedade de doenças que são consideradas resultantes de infecções específicas. A tuberculose é um exemplo. Na virada do século, foram construídos solários específicos para tratar os pacientes tuberculosos. Sempre reconhecemos que os macrófagos – células do sistema imunológico que matam os germes – ativam a vitamina D. Recentemente, as equipes do Dr. Robert Modlin, na cidade de Los Angeles, revelaram que os macrófagos ativam a vitamina D porque é ela quem estimula a produção de catelicidina – uma proteína que mata, especificamente, agentes infecciosos [vírus, bactérias e fungos] como os da turberculose.” [Essas pequenas proteínas agem como antibióticos naturais contra um amplo espectro de vírus, bactérias e fungos.]
“Só agora começamos a entender a importância da vitamina D na imunidade inata, especialmente contra os agentes infecciosos que contraímos no meio ambiente. Uma pesquisa com mulheres pós-menopausa, que ingeriram uma dose alta de vitamina D por dia, mostrou que elas apresentavam uma redução de 90% nas infecções das vias respiratórias superiores, quando comparadas àquelas que ingeriram uma pequena dose de vitamina D por dia. Essa pesquisa foi confirmada por outros estudos que também observaram redução do risco de infecções das vias respiratórias superiores em adultos com os níveis séricos mais altos de vitamina D circulante. Se aplicarmos essas observações às outras infecções relacionadas, inferimos que a vitamina D pode influenciar a infecção pelo vírus da gripe, que, no momento, circula pelo mundo por meio da nova cepa chamada H1N1, ou gripe suína.”
• Dr. Michael Holick, médico Phd, professor de medicina, fisiologia e nutrição no Centro Médico da Universidade de Boston e na Tufts University; preside o Programa de Pesquisa Humana da NASA; possui título de melhor médico dos EUA 2011/2012; melhor endocrinologista em 2011; autor de mais de 400 artigos científicos sobre fisiologia bioquímica, metabolismo, fotobiologia da vitamina D.
Referências:
1. The Vitamin D Solution: A 3-Step Strategy to Cure Our Most Common Health Problems, Dr. Michael Holick – PhD.
2. Chan TYK. “Vitamin D deficiency and susceptibility to tuberculosis”. Calcified Tissue International 2000; 66 (6): 476-78.
3. Aloia JR, Li-Ng M. “Epidemic influenza and vitamin D”. Epidemiology and Infection 2007; 12:1-4.
4. Epidemic influenza and vitamin D – Epidemiology and Infection 2006; 134(6): 1129-40.
5. Scientific American Brasil, edição 67, dezembro de 2007.
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Secretaria de Saúde incentiva uso de medicamentos naturais em Planaltina
Foto: Divulgação
Farmácia viva do Cerpis orienta, distribui mudas, plantas medicinais e fitoterápicos
BRASÍLIA (11/5/14) – O Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde de Planaltina (Cerpis) é pioneiro no tratamento com ervas medicinais no Distrito Federal. A unidade já atendeu pessoas de todo o DF e da Região Metropolitana, nas áreas de homeopatia, acupuntura, terapias comunitárias, automassagem, oficinas integrativas, e na distribuição e manipulação de produtos fitoterápicos.
Na área da fitoterapia, o Cerpis tem uma farmácia viva que orienta e manipula e distribui mudas, plantas medicinais e produtos fitoterápicos gratuitamente para a população. Além dos cinco centros de saúde, nove postos rurais e três Unidades Básicas de Saúde da região podem contar com o serviço.
O Cerpis integra a política de Atenção Primária em Saúde do GDF. Em uma área de 20 mil metros quadrados, ao lado do Hospital Regional de Planaltina, são cultivadas 50 espécies de ervas medicinais e produzidas pomadas, tinturas e xaropes para os moradores de Planaltina.
A professora aposentada Nacy Ribeiro de Castro usa a medicação distribuída no centro e aprova. "Os medicamentos naturais podem curar e prevenir várias doenças. Eu sou testemunha, a minha saúde é ótima", diz.
Segundo o coordenador da Cerpis, Marcos Freire, a intenção é promover cada vez mais o uso de medicamentos naturais e incentivar os pacientes a se livrarem do sedentarismo. "A prática de atividades físicas é um fator importante para a promoção da saúde, ajuda a pessoa a cuidar de si mesma, o que pode diminuir a necessidade de medicamentos e evita inúmeras doenças", afirmou Freire.
ATENDIMENTO DIFERENCIADO – No Centro Fitoterápico, cerca de 30 profissionais atendem a comunidade nas especialidades de homeopatia para adultos e crianças; psicologia, individual e grupo; e terapias comunitárias. Além disso são oferecidos automassagem, tai chi chuan, lian gong, produção de fitoterápicos e oficinas integrativas.
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Minas Gerais confirma pioneirismo ao debater as práticas integrativas e complementares na Assembleia Legislativa
Promover o equilíbrio do indivíduo como um todo, por meio de uma abordagem integral, dinâmica e individualizada, com foco na saúde e não na doença. Esta talvez seja, de forma reduzida, a principal característica das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que abrangem homeopatia, plantas medicinais e fitoterápicas, práticas da medicina oriental e acupuntura, entre outras.
Para debater o exercício das PICs foi realizado, no dia 9 de abril, um debate na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Mais que uma confirmação do pioneirismo e do exemplo que o Estado de Minas Gerais está dando, a reunião pode ser considerada um marco histórico para as Práticas Integrativas no país, sobretudo pelas referências de importância por parte dos parlamentares e gestores.
“Minas Gerais está à frente de outros estados no que tange à concreta aplicação das práticas integrativas, pois já temos uma política pública planejada e estruturada, cuja implementação teve início em 2009. Possuímos respaldo, divulgação e instruções normativas. Entretanto, ainda faltam recursos, sobretudo do Ministério da Saúde, apoio de gestores, incentivo a pesquisas, além de uma ampla coparticipação de Estados, municípios e usuários. As maiores dificuldades ainda são ampliar o conhecimento da sociedade sobre a efetividade dessas terapias, capacitar profissionais, além de vencer preconceitos”, avalia a coordenadora de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Heloísa Helena Monteiro Braga.
“É apenas uma questão de tempo para que se confirme a ampliação dessas alternativas de tratamento”, completa Cláudia Prass Santos, representante da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, que na reunião relatou a experiência desenvolvida em Belo Horizonte, ressaltando a sua amplitude e lembrando que, apenas com homeopatia nos centros de saúde de Belo Horizonte, foram cerca de 30 mil atendimentos em 2013. Também demonstraram otimismo os médicos João Márcio Berto e Elietes Fagundes (homeopatas); Ulisses Martins (medicina ayurvédica) e Marco Aurélio Cozzi (terapeuta naturista).
Deputados defendem práticas integrativas
O vice-presidente da comissão, deputado Carlos Pimenta (PDT), mostrou-se animado com os relatos das práticas integrativas no âmbito do Estado. “A maioria da população desconhece essas ações em Minas Gerais. É preciso mostrar melhor o que está sendo feito. Havendo conhecimento da população e interesse do Estado, o resultado será ainda mais positivo”, elogia. A autora do requerimento para a audiência, deputada Luzia Ferreira (PPS), também saudou a evolução na aplicabilidade das terapias integrativas complementares. “Fico feliz em verificar o envolvimento e a dedicação dos órgãos públicos mineiros. Mas precisamos mesmo dar mais visibilidade, levar o conhecimento dessas alternativas a toda a população”, pontua.
As práticas integrativas complementares estão oficializadas na Portaria 971/06 do Ministério da Saúde, que estabelece a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa política pública, que é monitorada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visa a promover e institucionalizar essas terapias.
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Anvisa publica duas novas normas sobre Fitoterápicos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no dia quatorze de maio de 2014 duas novas normas: registro de medicamento fitoterápico e registro/notificação de produto tradicional fitoterápico e lista de registro simplificado para as duas categorias.
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos
Publica a "Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado" e a "Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado"
Consumo excessivo de refrigerantes pode provocar doenças graves
09 Maio 2014
Foto: Ryan Smith/Somos Images/Corbis
O servidor público, Marcelo Quintiere, de 53 anos, começou a beber refrigerante na infância e não parou mais. Apesar de saber que a bebida em excesso faz mal à saúde, ele conta que não consegue abandonar o hábito. "Tenho hábito de tomar refrigerante todos os dias. Em geral eu tomo na faixa de dois litros todos os dias e substituo há muito tempo a água pelo refrigerante. Tenho consciência de que é errado, mas se tornou um vício e um vício alimentar é difícil de combater, de controlar", destaca Marcelo.
A pesquisa Vigitel 2013, (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada recentemente peloMinistério da Saúde, mostra que 23,3% da população brasileira ingere refrigerantes, no mínimo, cinco dias por semana.
Para o nutricionista do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Fabio Gomes, o consumo excessivo da bebida pode provocar doenças graves. "O fato dos refrigerantes promoverem ganho de peso e obesidade resulta também no aumento, desde potenciais possíveis casos de câncer que podem ser associados, por exemplo, a alguns corantes de refrigerantes, potencialmente cancerígenos, mas principalmente, pelo fato disso promover ganho de peso e obesidade e a obesidade está relacionada a uma série de doenças como o diabetes, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer", detalha o nutricionista.
Fabio Gomes diz ainda que o ideal é evitar o refrigerante e dar preferência para água ou suco natural de fruta. "Em primeiro lugar, é importante a gente estimular as pessoas a voltarem a tomar água. Historicamente a gente consumia mais água até nas nossas refeições e se a busca é tomar um suco, por exemplo, que ele seja natural, que ele seja de uma fruta preferencialmente da estação", recomenda.
A pesquisa Vigitel retrata os hábitos da população brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva.
Fonte: Hortência Guedes
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