Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sábado, 24 de maio de 2014
Semana dos alimentos orgânicos
Amanhã começa a Semana dos Orgânicos. Até o dia 1° de junho, vários eventos serão realizados para oferecer informações aos consumidores sobre onde encontrar esse tipo de produto e como funcionam os sistemas de produção de alimenos orgânicos. Confira a programação para o seu estado, clique aqui:http://bit.ly/17Axavl
Aplicativo gratuito para otimizar tempo do professor
Dica do:
Classroom é um aplicativo gratuito que permite organizar a distribuição de atividades e ainda facilita a comunicação entre professores e estudantes. Só quem é professor sabe o como é trabalhoso preparar tarefas escolares para os alunos. Além de gastar muito tempo criando e recolhendo as atividades, o educador ainda precisa carregar uma pilha pesada de trabalhos para serem corrigidos.
O objetivo dessa ferramenta é tornar o dia a dia do professor mais simples, permitindo que ele ganhe mais tempo para explicar a matéria dentro da sala de aula, já que não precisam mais perder horas tirando cópias de tarefas e distribuindo atividades.
Utilizando os recursos do Gmail, Drive e Google Docs, a ferramenta gerencia as tarefas escolares, oferecendo ao professor a possibilidade de acompanhar a execução dos trabalhos, tirar dúvidas em tempo real e manter as turmas organizadas.
Dentro do aplicativo é possível criar uma classe e matricular os alunos. Uma vez que a lista foi definida, os educadores podem começar a partilhar suas atividades. Todo o conteúdo fica armazenado em pastas, que podem ser divididas e visualizadas por tarefas ou estudantes. No caso dos alunos, o material aparece catalogado por matérias, como física, matemática, biologia e assim por diante.
O Classroom terá versão disponível em 40 idiomas. O aplicativo fará parte do pacote Google Apps for Education, um conjunto de ferramentas oferecidas às escolas que permitem armazenar dados, hospedar e-mails, agendas e bate-papos. Entre os recursos disponíveis nesse pacote, estão o YouTube para escolas, Google Docs, Chrome, Goggle Acadêmico e Google Calendar para educação.
Atualmente, a ferramenta está em fase de testes. Segundo informações do EdSurge, algumas dezenas de escolas já têm utilizado uma versão piloto em aproximadamente 90 salas de aula. Para os professores que desejarem fazer parte desse período de experimentação da ferramenta, é possível preencher uma ficha de inscrição em https://classroom.google.com/signup.
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sexta-feira, 23 de maio de 2014
São Paulo abriga os quatro sorotipos do vírus da dengue
Publicado em 23/maio/2014
Para diminuir casos da doença, o vetor Aedes aegypt tem de ser controlado
Atualmente, na região macropolitana de São Paulo, circulam os quatro sorotipos do vírus da dengue. Isto indica que há hiperendemicidade da doença no Estado de São Paulo. Além disso, já há casos de infecção por dois destes sorotipos ao mesmo tempo, o que pode estar envolvido em manifestações graves da doença. Com esta situação, semelhante ao que acontece na Ásia, o risco de infecção em crianças aumenta. As constatações são de uma pesquisa feita no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí, Prefeitura Municipal de Jundiaí, Prefeitura Municipal do Guarujá e um laboratório particular da região.
“É a primeira vez que uma cidade do tamanho de São Paulo enfrenta este tipo de situação. A maior cidade do hemisfério sul agora tem os quatro sorotipos da dengue. Isso não é uma boa notícia”, explica Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia do ICB e um dos coordenadores da pesquisa. O estado de hiperendemicidade ocorre quando existe a cocirculação de todos os sorotipos do vírus em alta prevalência infectando pessoas em uma área. No caso da dengue, hoje cocirculam na região paulista todos os tipos encontrados no País: o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esta situação é mais grave quando se dá em áreas populosas, como é o caso de São Paulo.
A constatação levou os pesquisadores a anteverem uma possível mudança de perfil epidemiológico dos afetados pela dengue. Devido ao acúmulo de imunidade contra vários sorotipos do vírus em pessoas mais velhas, os jovens podem se tornar a faixa etária que mais manifesta a doença. Segundo Zanotto, a situação é semelhante à da Ásia, onde o perfil epidemiológico também mudou em 1950. Agora, o professor avalia que o único modo de controlar o surto nas próximas semanas seria a queda da temperatura ambiental, que reduziria a taxa de reprodução do mosquito Aedes aegypti, o vetor do vírus. Mesmo com a estiagem que São Paulo enfrentou neste primeiro semestre, “[o mosquito] consegue infestar locais de menor precipitação”, comenta ele.
O estudo iniciou em 2011 e está em fase de preparo de manuscritos e de reformulação de objetivos para uma nova etapa. Ele foi desenvolvido durante o doutorado de Julian Villabona Arenas, no ICB, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que vem publicando trabalhos sobre surtos urbanos. Recentemente, por meio de sequenciamento massivo de última geração, o grupo identificou os sorotipos DENV-1 e DENV-4, ao mesmo tempo, no sangue de um mesmo paciente, o que já foi também observado na Ásia. “Não sabemos quais as implicações da superinfecção para a patogenia e a epidemiologia da dengue ”, explica Villabona-Arenas. Além disso, em um recente trabalho da equipe, foram detectados recombinantes de vírus da dengue de um mesmo sorotipo causados por superinfecção.
A pesquisa busca entender como funciona o tráfego do vírus da dengue na região macropolitana de São Paulo. Assim, os estudos foram feitos na cidade de Jundiaí, no limite a noroeste da área, e em Guarujá, no litoral Sul. O professor explica que foram detectados vírus isolados em ambas as cidades que são relacionados, e conclui que “linhagens virais estavam sendo trocadas entre Jundiaí e Guarujá, ou seja, era plausível haver vírus passando pela Grande São Paulo, o que ficou evidenciado pelo aumento recente de prevalência na região, percebida pela população geral”.
As análises
Em pronto-socorros destas cidades, pessoas com suspeita de dengue tiveram amostras de sangue coletadas. Com elas, os pesquisadores fizeram um exame chamado imunocromatografia, para detectar a presença de três moléculas: os anticorpos IGg, IGm e a proteína viral NS1, no sangue dos pacientes infectados com algum vírus da dengue. Caso haja IGm detectável no sangue, a conclusão é que há uma infecção recente. Se houver NS1, é sinal de que a pessoa ainda está com o vírus replicando nela no momento da coleta. Já no caso de haver IGg, conclui-se que a pessoa já foi infectada por algum outro sorotipo do vírus anteriormente.
Depois destas constatações, as amostras eram enviadas para uma segunda análise. Nesta etapa, foi feito o sequenciamento do material genético do vírus. Assim, pôde-se constatar a presença de todos os quatro sorotipos do vírus da dengue nos pacientes.
Nas próximas fases da pesquisa, os pesquisadores tentarão entender melhor as mutações que o vírus sofre, por meio de seu cultivo em células, bem como em compreender como a dengue se espalha, levando em conta fatores ambientais, socioeconômicos e clínicos dos pacientes.
Imagem: Wikimedia Commons
Mais informações: email pzanotto@usp.br
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Alcachofra na Medicina Tradicional Chinesa
Alcachofra – Cynara scolymus
Família: Asteraceae
Parte utilizada na fitoterapia: folhas, brácteas e caule
Na MTC, a alcachofra é considerada de sabor amargo/picante e levemente doce. Sua natureza é fresca. Atua no Meridiano do F/VB e se considerarmos o ciclo de geração e dominância, atua também no C/ID, BP/E. Por isso, é utilizada nos padrões de umidade-calor do Fígado e plenitude de Estômago.
Graças aos seus princípios ativos: lactonas amargas, compostos fenólicos, flavonoides, aminoácidos (tirosina, ácido fólico, tiamina...), vitamina C, sais minerais (cálcio, fósforo, potássio,) alcoóis ácidos (málico, glicólico, cítrico, lático), é considerada hepatoprotetora, hipoglicemiante no tratamento coadjuvante da alopatia, hipotensora, diurética, antioxidante e auxilia na diminuição do colesterol LDL.
A alcachofra deve ser contra-indicada quando há obstrução dos ductos biliares por também ter ação colagoga e colerética.
É uma planta presente nas farmacopéias do Brasil, da França e da Romênia.
Nas formas farmacêuticas, pode ser utilizada tanto nos extratos seco ou fluido, ou rasura para chá, fazendo boa sinergia com outras plantas.
Em relação a dose usual/dia, o profissional prescritor deverá avaliar caso a caso.
Texto:Acupunturista Fabia Cilene Dellapiazza
fabia.vida@uol.com.br Consultório : (19) 3406-7890
Referências
Fitoterapia com Ervas ocidentais e acordo com os princípios da MTC
Thomas Avery Garran
Ed. Pensamento 2013
Manual do Herói
Sonia Hirsch
Ed. CorreCotia
Mega Evento Nutrição, São Paulo, SP
Sobre o evento: O Mega Evento Nutrição 2014 será realizado durante os dias 09, 10 e 11 de outubro, no Centro de Convenções e Eventos Frei Caneca, em São Paulo – SP. Neste ano, o tema central será “Nutrição, Saúde e Bem Estar”
Eventos Simultâneos: O Mega Evento Nutrição 2014 engloba vários congressos e simpósios internacionais, incluindo todas as áreas da Nutrição: Clínica, Esportiva, Saúde Pública, Food Service e Gastronomia
15º Congresso Internacional de Nutrição, Longevidade e Qualidade de Vida;
15º Congresso Internacional de Gastronomia e Nutrição;
10º Fórum Nacional de Nutrição;
9º Simpósio Internacional da American Academy of Nutrition and Dietetics (EUA);
7º Simpósio Internacional da Nutrition Society (Reino Unido);
7º Simpósio Internacional de Gastronomia Francesa (Le Cordon Bleu);
1º Fórum de Alimentação Orgânica (novidade);
1º Rodada de Negócios entre Produtores Orgânicos e Empresas de Alimentação (novidade);
15º Exposição de Produtos e Serviços em Nutrição e Alimentação;
2º Feira de Alimentação, Saúde e Bem-estar;
1º Festival de Gastronomia Saudável
Inscrições: As inscrições devem ser realizadas através do website oficial do Mega Evento Nutrição 2014
Contato: Mais informações sobre o Mega Evento Nutrição podem ser obtidas através do e-mail: eventos@nutricaoempauta.com.br
Bom dia começa com A… bacate. Margarina vegetal natural e viva!
Todos os dias, temos a missão do ritual sagrado de se alimentar e nutrir. Como já mencionado em outros posts, o abacate é um alimento muito versátil, e uma fruta de polpa característica, cremosa, e com diversas propriedades nutracêuticas e funcionais. Além disso, a experiência mostra que ele pode se conservar por muito tempo quando armazenado na geladeira sem ser cortado, quando maduro e pronto para uso. Assim, para não perder ou mofar, acomode o abacate em local protegido na geladeira, pois mesmo mole ele se conserva bem.
Quando esta com a casca maleável, denotando a polpa madura, guarde em geladeira em local protegido (gaveta).
Ganhei uns seis abacates de um amigo, que possui abacateiro em seu sítio. Guardei todos e nenhum foi perdido! Um desses eu trouxe para o trabalho, e deixei armazenado na geladeira. Quando cortei um pedaço (fui cortando “fatias” dele e coloquei em uma vasilha hermética), mantive a casca do que sobrou inteiro, e procurei consumir em até 5 dias, o que coincidiu com segunda a sexta.
Bom, feito isso, inventei um recheio rápido e prático, além de (claro!) terapêutico para o café da manhã 2 (no trabalho). Batizei de manteiga verde (Green Butter) por simples analogia e comparação prática e nutricional (o alimento natural ganha infinito do industrial chamado margarina). Então porque não, escolher o melhor??? Fica delicioso e lindo, pois é VERDE!!!!
Opção saudável, vegetal, nutritiva de café da manhã. Rápido e fácil preparo.
Misture, para uso imediato, 2 a 3 colheres de sopa do abacate, o equivalente a um corte de dois dedos de uma rodela do abacate de tamanho médio. Amasse com 1 col. sopa de óleo de côco (pode ser usado outro, como linhaça, azeite extra virgem) que deixa um sabor e textura ainda melhores, além de contribuir com óleos vegetais saturados saudáveis e perfeitos para o período da manhã. Este alimento também potencializa os efeitos da atividade física regular. Adicione 1/2 col. café de missô de soja, alimento fermentado rico em probióticos que como já mencionado tembém, garantem muita vida e saúde para o organismo. Pode ser substiruido por sal rosa, uma pitada, ou meia col. café de shoyu. O primeiro é o de preferência no quesito nutriente.
Use a especiaria açafrão da terra, com 1 col. sopa rasa (fica meio amareladinho) e ervas desidratadas ou frescas a gosto (gosto muito do manjeiricão fresco, orégano, ervas finas…). Misture tudo e recheie tapioca, passe no pão integral ou em biscoitinhos de arroz integral. Rápido, prático, nutritivo, sem derivados de leite ou elementos cárneos. Muita vida!!!
Podem ser utilizados outros ingredientes como tahine ou cenoura ralada, tomates (tipo guacamole), pimentas brandas, temperos como zatar, etc.
Creme para alimentar bem e livre de toxinas, industrializados e laticínios.
Misture tudo e recheie tapioca, passe no pão integral ou em biscoitinhos de arroz integral. Rápido, prático, nutritivo, sem derivados de leite ou elementos cárneos. Muita vida!!!
Podem ser utilizados outros ingredientes como tahine ou cenoura ralada, tomates (tipo guacamole), pimentas brandas, temperos como zatar, etc.
Rico em antioxidantes, fitoquímicos, protetores cerebrais, probióticos, vitamina e gordura vegetal saturada benéfica.
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Saiba quais são os riscos do consumo de gordura saturada
Foto: Creativ Studio Heinemann/Westend61/Corbis
A pesquisa Vigitel 2013, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde, mostra que o consumo excessivo de gordura saturada, presente principalmente em alimentos de origem animal, ainda é um hábito frequente da população brasileira. Segundo o levantamento, 31% da população não deixam de consumir carne gordurosa. É o caso do segurança Anderson Magalhães. Ele conta que não dispensa um churrasco.
"Adoro! Tem que ter pelo menos todo final de semana um churrasco. Se eu não comer carne fico fraco. Estou evitando carne com mais gordura por causa do colesterol. Medi meu colesterol e vi que estava muito alto. Por isso vou maneirar na gordura, vou comer a carnezinha mais passada", afirma Anderson.
A nutricionista do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, Lena Azeredo, explica que a gordura saturada está presente principalmente em alimentos de origem animal como carnes e leite integral. "Por exemplo, a carne vermelha, às vezes a gordura é aparente quando a carne está crua, a gente assa, a gordura diminui, mas ela entra na carne, então aquela carne também tem aquela gordura, nos óleos também existe uma proporção de gordura saturada, quando o óleo é cru não tem tanta gordura saturada, mas a medida que eu uso ele como fritura, que eu esquento o óleo, eu aumento a saturação da gordura que existe nele, também em alguns alimentos de origem vegetal, o coco tem gordura saturada, o leite, alimentos de origem animal", destaca.
A nutricionista lembra também que o consumo em excesso de gordura saturada pode causar doenças como infarto, acidente vascular cerebral e câncer. Segundo a especialista, o ideal é diminuir o consumo de carne vermelha e frituras e aumentar a ingestão de alimentos comfibras.
"O consumo de fibras é bem importante junto com o alimento que contenha a gordura e vai ser inevitável que a gente consuma alimentos que contem gordura animal. A fibra ajuda lá no processo de absorção dessa gordura, então o consumo de vegetais, de salada, de frutas, de farelos como aveia, como as leguminosas, feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, vão ajudar no processo tanto de digestão como de absorção dessas gorduras", explica Lena Azeredo.
Ainda de acordo com a nutricionista do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, alimentos como queijos, iogurte e leite desnatado, óleos vegetais como azeite de oliva, além de castanhas, nozes, abacate, peixes como salmão e sardinha contêm gorduras saudáveis para o organismo funcionar plenamente.
Fonte: Hortência Guedes / Web Rádio Saúde / Agência Saúde
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Ambientalistas apontam falhas na regulamentação do Código Florestal
A três dias de completar dois anos, a Lei 12.651/12 que criou o Código Florestal Brasileiro foi alvo de críticas feitas por ambientalistas, em um balanço sobre a legislação feito na Câmara dos Deputados. Coordenador do Instituto Socioambiental, Raul Telles Silva do Valle disse que a regulamentação não trouxe medidas práticas para assegurar uma agricultura sustentável no país.
“O projeto Mais Ambiente Brasil, por exemplo, é só uma formalidade, porque não existe esforço e incentivo de fato para recuperação florestal”, afirmou. O programa do governo foi instituído há duas semanas, no mesmo decreto (8.235/14) que estabeleceu as normas complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos estados e do Distrito Federal.
Valle acredita que o decreto prejudica a recuperação de florestas quando prevê o uso antrópico de áreas de vegetação nativa alteradas – aquelas que podem se recuperar naturalmente sem intervenção – e áreas degradadas que precisam de intervenção como de uso antrópico.
“Com isso no termo de compromisso para recuperação, o proprietário não teria como prever que tipo de intervenção será feita para recuperar. Fora o fato de prever o uso antrópico. Ou seja, se puder desmatar, o decreto revoga o tempo de pouso definido no código que seria de no máximo cinco anos”, lamentou.
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi o principal alvo das críticas feitas pelas organizações ambientais que avaliaram resultados no Pará e em Mato Grosso, onde o registro estava sendo feito antes da obrigatoriedade da lei.
Durante o debate sobre a Lei Florestal, representantes do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia apresentaram um estudo sobre o impacto no cadastro na dinâmica de desmatamento nos dois estados, no período entre 2008 e 2012. Segundo Andréa Azevedo, autora do estudo que envolveu quase 50 mil imóveis inscritos no CAR, houve queda significativa e constante do desmatamento na região.
Segundo ela, o levantamento mostrou que nas pequenas propriedades, com até quatro módulos fiscais, o desmatamento diminuiu, mas que ao final de 2012 a diferença entre o registro antes do CAR e depois do cadastro ficou “tênue”. “Nas propriedades com mais de 15 módulos fiscais a gente não nota um impacto grande do CAR”, afirmou.
Andrea acrescentou que, nas entrevistas e questionários, ficou claro que “a falta de monitoramento e responsabilização faz com que o desmatamento cresça pouco a pouco. A maior parte do desmatamento não acontece dentro do CAR, e as maiores propriedades que entraram no CAR têm desmatamento”. A pesquisadora acrescentou que a implementação do cadastro terá mais eficiência na redução do desmatamento se forem adotadas políticas públicas adequadas e uma mudança de postura dos mercados.
“O dia que o mercado pagar diferenciadamente [aos proprietários legalizados ambientalmente] fará diferença. Hoje, se tem propriedade com 50% de floresta, o mercado paga o mesmo valor de quem tem menos [vegetação florestal]”, afirmou.
Mas, para Patrícia Baião, diretora de Relações Institucionais da Conservação Internacional, o maior problema está na validação dos dados inseridos pelos produtores. “Mato Grosso tem 43 mil propriedades e o Pará 107 mil, mas pouco mais de 24 mil propriedades de Mato Grosso estão validadas e no Pará apenas 2,7 mil”, afirmou. Segundo ela, o governo atrasou a regulamentação enquanto os estados “ficaram esperando e a validação está sendo discutida”.
Jean François Timmers, superintendente de Políticas Públicas do WWF, reconheceu que a integração dos estados ao Sistema de Cadastro Ambiental Rural, que reúne todos os cadastros, é quase total. “Mas a maioria dos estados não tem convênio [com os municípios] para cadastrar. São Paulo e Goiás fizeram os convênios com as prefeituras mas, em geral, são poucos técnicos disponíveis para fazer o CAR. Em Goiás, são 300 técnicos e, em São Paulo, é um técnico por prefeitura”, disse.
Timmers lamentou a falta de estratégias diante do pequeno de apoio. “O estado precisa pensar onde vai priorizar o cadastro. A maioria dos estados não tem critérios ou estratégias como no Ceará, por exemplo, que priorizou as pequenas propriedades”, completou.
O resultado, segundo ele, é que a maioria não tem o cadastramento. “Dois anos depois do Código, em São Paulo, por exemplo, há 7.189 cadastros ocupando uma área de 1,1 milhões de hectares. Isso, comparado com a escala de São Paulo, é quase nada”, disse.
A assessoria do Ministério do Meio Ambiente informou que não recebeu convite para participar da audiência pública. Procurados pela Agência Brasil, integrantes do ministério avaliaram que o que restringe o desmatamento é o Código Florestal e que o CAR é um instrumento de efetivação da lei. Segundo eles, o cadastro adotado em Mato Grosso e no Pará terá que passar por ajustes para migrar para o sistema nacional.
Uma das alterações deve ser a inclusão das áreas de reserva legal que não está prevista no registro das propriedades matogrossenses. No caso do Pará, o cadastro não é feito com georreferenciamento por imagens disponibilizadas pelo ministério a todos os estados.
Sobre a criação de incentivos para recuperação florestal nas propriedades, assessores do ministério explicaram que não há possibilidade de definições antes que os cadastros estejam concluídos. De acordo com o órgão, os incentivos “precedem e não antecedem o CAR”, porque a sociedade não aceitaria pagar por algo que ainda não pode ser mensurado e o cadastro terá a função de medir a quantidade e relevância dos recursos e áreas preservados para que se possa estabelecer critérios.
Assessores disseram que antes de começar o cadastramento, foram formados mais de 15 mil técnicos e os proprietários terão o apoio de secretarias estaduais de agricultura, sindicatos, cooperativas e escritórios do Incra que se comprometeram a ajudar no cadastramento.
Por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
EcoDebate, 23/05/2014
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Mais de mil espécies da fauna brasileira correm risco de extinção
O inventário analisou mais de 7,6 mil espécies, entre 2010 e 2014. Foto:Wilson Dias/Agência Brasil
Em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, ontem (22), o Ministério do Meio Ambiente apresentou o inventário da fauna brasileira, onde foram analisadas mais de 7,6 mil espécies, entre 2010 e 2014. Na Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, realizada por 929 especialistas do Brasil e do mundo, 14% das espécies, 1.051 do total, ainda estão em risco de extinção, sendo 121 com risco agravado.
Entre as espécies ameaçadas, 73% estão sob regime de proteção, em unidades de Conservação ou dentro de um Plano de Ação Nacional. Para o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, não há dúvida que a criação de unidades de conservação é uma medida necessária para proteger as espécies “em uma realidade como a brasileira, em que a dinâmica de ocupação dos habitats naturais é muito intensa”.
Para reforçar o trabalho dentro dessas unidades, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinou portaria que permite a aplicação de recursos de compensação ambiental, em até 10%, em atividades para a conservação de espécies ameaçadas. “Saímos de 1.022 para mais de 7 mil espécies inventariadas e nós queremos 14 ou 15 mil nesse catálogo, para isso precismos ter estratégia de médio e longo prazo, de redes de pesquisa de áreas prioritárias, como também recursos para serem dirigidas. Então estamos vinculando às unidades de conservação recursos com vistas à pesquisa e proteção dessas espécies”, afirmou.
A ministra anunciou a retirada de 77 espécies da lista de espécies ameaçadas de extinção, que será publicada pelo ICMBio, no segundo semestre deste ano. Uma dessas espécies, a baleia jubarte.
Segundo Izabella Teixeira, um conjunto de ações permitiram a saída da jubarte da lista, como “a visão de longo prazo com a estratégia de aumentar a proteção dos animais, de proibir a captura, somados ao grande programa de conservação feito pelo Instituto Baleia Jubarte, de estudar o comportamento da espécie, mapear as rotas migratórias e estabelecer, nestas áreas, medidas de manejo e conservação.”
O governo brasileiro também anunciou uma campanha mundial pela criação do Santuário Internacional do Atlântico Sul para as Baleias. A proposta será avaliada em setembro pela Comissão Baleeira Internacional e tem o objetivo de impedir a caça comercial nessa área do oceano, onde ainda vigora a moratória internacional sobre a captura desses animais.
Além disso, o ministério apresentou um conjunto de medidas destinadas a proteger toda a fauna brasileira, como a criação de uma força tarefa especial dedicada ao combate ao tráfico ilegal das espécies ameaçadas de extinção. Segundo Izabella Teixeira, o Ibama, ICMBio, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal já estão realizando ações, de caráter permanente, em torno de espécies como o peixe-boi da Amazônia, boto-cor-de-rosa, arara-azul-de-lear, onça-pintada e o tatu-bola.
Também foi foram anunciadas a criação do Prêmio Nacional da Biodiversidade, editado anualmente, a Bolsa Verde para comunidades que vivem em regiões relevantes para conservação de espécies ameaçadas, a reintrodução do peixe-boi-marinho no Caribe e acordos com os ministérios da Pesca e Aquicultura e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil
EcoDebate, 23/05/2014
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quinta-feira, 22 de maio de 2014
Fungi clean oil-polluted soil, study shows
Date: May 21, 2014
Source: Aalto University
Summary:
Fungi can be harnessed to clean polluted soil which cannot be cleaned using traditional composting, researchers have found, demonstrating that soil that has been polluted by organic pollutants such as oil can be treated by composting. However, it is not effective against many other organic pollutants such as polyaromatic hydrocarbons and dioxins. Soil polluted with other organic pollutants than oil accounts for as much as 45% of excavated contaminated soil.
The pictures show how the fungus grows in the soil and on the surface as well as how the fungus growing on the bark is placed into the soil in layers.
Credit: Image courtesy of Aalto University
Fungi can be harnessed to clean polluted soil which cannot be cleaned using traditional composting. This has been found by a researcher at Aalto University in Finland.
"Soil that has been polluted by organic pollutants such as oil can be treated by composting. However it is not effective against many other organic pollutants such as polyaromatic hydrocarbons and dioxins. Soil polluted with other organic pollutants than oil accounts for as much as 45 % of excavated contaminated soil. The compounds are found in areas where sawing is carried out and in areas where there is distribution of fuels, waste treatment and various kinds of industry," explains Aalto University researcher Erika Winquist.
In Finland during 2005 and 2006, almost 3 million tonnes of excavated, contaminated soil was transported into landfill sites and other treatment plants. Most of the soil ends up in landfills because at the moment, landfill sites accept it for the use of construction of field structures for new landfill sites.
A more sustainable practice would be to clean the polluted soil, rather than just take it to a landfill. At the moment putting it into a landfill is far too easy and cheap. In addition, there is limited use of other methods. For example, burning the soil at a high temperature (over 1,000 degrees) in an incinerator destroys the organic pollutants, but the process is expensive and there is insufficient incineration capacity in Finland to treat all the soil that requires burning. Fungi could be used to expand bioremediation for the destruction of the more enduring organic pollutants too, states Winquist.
Mycelia break down soil-polluting compounds
The fungi are grown on pine bark, which contains compounds that prevent the growth of other microbes which makes it a good growing medium for fungi. The growth period lasts 4 to 6 weeks. The actual cleaning by using fungi takes place in a treatment plant where the mycelia of white rot fungi are allowed to grow in the polluted soil.
White rot fungi grow naturally on wood. As they grow in the soil they break down the compounds with lignin-like structures that pollute it. The soils examined were from old sawmill sites that were ontaminated with polyaromatic hydrocarbons (PAH compounds) and dioxins. In laboratory scale tests, the best results showed 96 % of PAH compounds and 64 % of the dioxins were broken down in three months.
Story Source:
The above story is based on materials provided by Aalto University. Note: Materials may be edited for content and length.
Cite This Page:
Aalto University. "Fungi clean oil-polluted soil, study shows." ScienceDaily. ScienceDaily, 21 May 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140521094743.htm>.
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Coffee bean roasting acoustics
Date: May 21, 2014
Source: American Institute of Physics (AIP)
Summary:
People around the world are drawn to coffee's powerful allure -- for its beloved smell, and taste, and for the caffeine boost it provides. As you enjoy your coffee beverage, however, odds are good you're probably not thinking about the coffee bean roasting process behind it. But for some the love of coffee runs so deep that they go so far as to roast their own coffee beans.
Coffee beans roasted into second crack.
Credit: Preston S. Wilson
People around the world are drawn to coffee's powerful allure -- for its beloved smell, and taste, and for the caffeine boost it provides. As you enjoy your coffee beverage, however, odds are good you're probably not thinking about the coffee bean roasting process behind it.
But for some the love of coffee runs so deep that they go so far as to roast their own coffee beans. Controlling the roast time and temperature profile allows them to dial in the range of roast levels from light to dark, which greatly affects the style, flavor, and aroma of the resulting beverage.
This drove Preston S. Wilson, a coffee aficionado and acoustician who normally focuses on studying underwater acoustics in his role as an associate professor in The University of Texas at Austin's Cockrell School of Engineering, to explore the potential of using the "cracking" sounds emitted by coffee beans during the roasting process -- as the basis for an automated acoustical roast monitoring technique.
These coffee roasting sounds are well known within the coffee roasting realm, but this is believed to be the first quantitative assessment of these sounds and the first suggestion to use them in an automated control process.
As Wilson reports in the Journal of the Acoustical Society of America -- Express Letters, he found three parameters of the crack sound that could be exploited. Near the end of the roasting process, sounds known as "first crack" exhibit higher acoustic amplitudes than the "second crack" sounds that are emitted later. Finally, the rate of cracks in the second crack chorus is higher than the rate in the first crack chorus.
"The sound of the first crack is similar to popcorn popping, while the second crack is more akin to the sound of the breakfast cereal Rice Krispies," explains Wilson.
Initially, Wilson's unfunded project was just to "satisfy his own interest as a person who roasts coffee," but a commercial application may emerge for the coffee roasting industry.
An automated acoustical roast monitoring technique "could lead to optimized coffee roasting, which would increase quality, decrease errors in roasting, and potentially save energy used to power the roasting process," he says.
Taking it to the next level and commercializing the process will "require quite a bit of effort -- engineering the design of the sensor system, the data acquisition and processing," Wilson adds. "It will require writing software to automatically process the sounds, and then integrating it into the control system."
Story Source:
The above story is based on materials provided by American Institute of Physics (AIP). Note: Materials may be edited for content and length.
Journal Reference:
Preston S. Wilson. Coffee roasting acoustics. The Journal of the Acoustical Society of America, 2014; 135 (6): EL265 DOI: 10.1121/1.4874355
Cite This Page:
American Institute of Physics (AIP). "Coffee bean roasting acoustics." ScienceDaily. ScienceDaily, 21 May 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140521162931.htm>.
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Could cannabis active substance curb seizures? Experts weed through evidence
Date: May 22, 2014
Source: Wiley
Summary:
The therapeutic potential of medical marijuana and pure cannabidiol (CBD), an active substance in the cannabis plant, for neurologic conditions is highly debated. A series of articles examine the potential use of medical marijuana and CBD in treating severe forms of epilepsy such as Dravet syndrome.
The therapeutic potential of medical marijuana and pure cannabidiol (CBD), an active substance in the cannabis plant, for neurologic conditions is highly debated. A series of articles published in Epilepsia, a journal of the International League Against Epilepsy (ILAE), examine the potential use of medical marijuana and CBD in treating severe forms of epilepsy such as Dravet syndrome.
In a case study, Dr. Edward Maa, Chief of the Comprehensive Epilepsy Program at Denver Health in Denver, Colo., details one mother's experience of providing medical marijuana to her child with Dravet syndrome. The adjunct therapy, a strain of cannabis high in CBD and tetrahydrocannabinol (THC) known as Charlotte's Web, was given in conjunction with the patient's antiepileptic drug regimen. The child's seizure frequency was reduced from 50 convulsions per day to 2 to 3 nighttime convulsions per month.
"Colorado is "ground zero" of the medical marijuana debate," says Dr. Maa. "As medical professionals it is important that we further the evidence of whether CBD in cannabis is an effective antiepileptic therapy." Currently, 21 states and the District of Columbia (DC) have legalized marijuana for medical purposes according to GOVERNING magazine.
A counter-point article summarizes current scientific evidence of CBD use in epilepsy and other neurological or psychiatric disorders including anxiety, schizophrenia and addiction. Previous studies found that THC, the primary psychoactive substance and CBD the main non-psychoactive ingredient in cannabis, display anticonvulsive properties in animals. However, this research was conducted in acute animal models and data is limited for chronic recurrent seizures. Recent studies claim medical marijuana with high ratios of CBD to THC are more effective in seizure control, but the data was anecdotal and not well controlled.
"While cannabis has been used to treat epilepsy for centuries, data from double-blind randomized, controlled trials of CBD or THC in epilepsy is lacking," explains Dr. Orrin Devinsky, Director of the Comprehensive Epilepsy Center at NYU Langone Medical Center in New York and Saint Barnabas Institute of Neurology and Neurosurgery in New Jersey. "Randomized controlled studies of CBD in targeted epilepsy groups, such as patients with Dravet or Lennox-Gastaut syndromes, are in the planning stages."
Dr. Maria Roberta Cilio, Director of Research in Pediatric Epilepsy of the Comprehensive Epilepsy Center at UCSF Benioff Children's Hospital in San Francisco, agrees, "There is a critical need for new therapies, especially for childhood-onset treatment-resistant epilepsies that impair quality of life and contribute to learning and behavioral disorders. Rigorous investigation of the safety and efficacy of medical marijuana or individual components such as CBD are necessary for patients with epilepsy before any conclusion is made. "
"There is much interest in the therapeutic potential of medical marijuana and CBD in treating epilepsy," say Drs. Gary Mathern and Astrid Nehlig, Editors-in-Chief ofEpilepsia. "We would like your perspective on this important issue and ask that patients, clinicians, and medical professionals visithttp://surveys.verticalresponse.com/a/show/1539433/ea840f4206/0 to provide feedback on the use of medical marijuana in epilepsy."
Story Source:
The above story is based on materials provided by Wiley. Note: Materials may be edited for content and length.
Journal References:
Edward Maa, Paige Figi. The case for medical marijuana in epilepsy.Epilepsia, 2014; DOI: 10.1111/epi.12610
Orrin Devinsky, Maria Roberta Cilio, Helen Cross, Javier Fernandez-Ruiz, Jacqueline French, Charlotte Hill, Russell Katz, Vincenzo Di Marzo, Didier Jutras-Aswad, William George Notcutt, Jose Martinez-Orgado, Philip J. Robson, Brian G. Rohrback, Elizabeth Thiele, Benjamin Whalley, Daniel Friedman. Cannabidiol: Pharmacology and potential therapeutic role in epilepsy and other neuropsychiatric disorders. Epilepsia, 2014; DOI: 10.1111/epi.12631
Maria Roberta Cilio, Elizabeth A. Thiele, Orrin Devinsky. The case for assessing cannabidiol in epilepsy. Epilepsia, 2014; DOI: 10.1111/epi.12635
Gary Mathern, Astrid Nehlig, Michael Sperling. From the Editors: Cannabidiol and medical marijuana for the treatment of epilepsy. Epilepsia, 2014; DOI:10.1111/epi.12647
Cite This Page:
Wiley. "Could cannabis active substance curb seizures? Experts weed through evidence." ScienceDaily. ScienceDaily, 22 May 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140522074747.htm>.
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Marriage of convenience with a fungus: Equal for all plants, or just some?
Date: May 22, 2014
Source: Universitaet Bielefeld
Summary:
Thanks to a fungus, the medicinal plant ribwort plantain gains a higher concentration of the defensive compound catalpol. The increase in catalpol gives the plant better protection against pests. In the study, the research team worked with arbuscular mycorrhizal fungi. These are known to colonize the roots of land plants. The plants benefit from this because the fungus provides them with nutrients and minerals. However, are the impacts of this marriage of convenience with the fungus on plant chemistry equal for all plants? That is what the researchers wanted to find out.
A Bielefeld research team confirms that a fungus is responsible for increasing the concentration of the defensive metabolite catalpol in the medicinal plant ribwort plantain.
Credit: Bielefeld University
Thanks to a fungus, the medicinal plant ribwort plantain gains a higher concentration of the defensive compound catalpol. Biologists at Bielefeld University report this discovery in a study to be published in the scientific journal Nature Communications. The increase in catalpol gives the plant better protection against pests. In the study, the research team worked with arbuscular mycorrhizal fungi. These are known to colonize the roots of land plants. The plants benefit from this, because the fungus provides them with nutrients and minerals. However, are the impacts of this marriage of convenience with the fungus on plant chemistry equal for all plants? That is what the researchers wanted to find out.
The fungus is associated with more than four-fifths of all land plants. Up to now, it was not clear whether this symbiosis has the same effect on all of them. 'Previously, findings obtained with certain plant species were incorrectly generalized to other plant species. But it's not as simple as that,' says Professor Dr. Caroline Müller, who heads the Chemical Ecology work group at Bielefeld University's Faculty of Biology. Her team has discovered that not all plants react to the fungus in the same way. 'That's even the case when the plant species are closely related,' says Müller.
The scientists analyzed five plant species and tested which substances to be found in the leaves increased or decreased when their roots were infected with the fungus. This allowed them to study the metabolism in the plants.
That the fungus increased the amount of catalpol in ribwort plantain was only one of the findings in the study. In bird's-eye speedwell, the fungus led to hardly any changes in the concentration of catalpol. This defensive compound is not to be found at all in the other plant species, and the symbiosis with the fungus does not change this.
The researchers also found a conspicuous difference in the concentration of citric acid and chemically related compounds. When the plants were infected with the fungus, the concentrations dropped notably in ribwort plantain, broadleaf plantain, bird's-eye speedwell, and barrel medic. However, they tended to rise in annual meadow grass.
To carry out their study, the researchers dried and pulverized leaves from all five plant species. They then treated the powdered leaves of each plant with solvents, and analyzed the resulting liquid samples with instruments that measure the concentrations of the individual substances. Finally, they analysed and compared the plant data with powerful computers. 'This gave us what you could call a metabolic fingerprint for each plant,' says Müller.
During their analyses, the scientists found that all the plants they tested had one thing in common: 'They all had more phosphorus in their leaves when they were in symbiosis with the fungus,' says the biologist Rabea Schweiger, who compared thousands of measured data for the study. However, here as well, each plant species functioned according to its own rules: 'It was exciting to see that the metabolism of each plant species reacted completely differently to the fungus and the dose of phosphorus it gave them,' says Schweiger.
Story Source:
The above story is based on materials provided by Universitaet Bielefeld. Note: Materials may be edited for content and length.
Journal Reference:
Rabea Schweiger, Markus C. Baier, Marcus Persicke, Caroline Müller. High specificity in plant leaf metabolic responses to arbuscular mycorrhiza.Nature Communications, 2014; 5 DOI: 10.1038/ncomms4886
Cite This Page:
Universitaet Bielefeld. "Marriage of convenience with a fungus: Equal for all plants, or just some?." ScienceDaily. ScienceDaily, 22 May 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140522104846.htm>.
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Anvisa veta insumos de origem animal na medicina chine
JC e-mail 4938, de 23 de abril de 2014
Atualmente, esses produtos não têm registro no Brasil porque não se encaixam nas categorias de medicamentos, fitoterápicos ou alimentos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (22) novas regras para comercialização de remédios da medicina tradicional chinesa no país. Entre as medidas estão a proibição do uso de componentes de origem animal nos produtos, como pelos, chifres e ossos de animais.
A proibição foi proposta em consulta pública lançada pelo órgão há pouco menos de um ano - cerca de 200 pessoas participaram do debate. Atualmente, esses produtos não têm registro no Brasil porque não se encaixam nas categorias de medicamentos, fitoterápicos ou alimentos.
De acordo com a resolução aprovada pela agência, haverá um monitoramento da medicina tradicional chinesa por um prazo de três anos. A partir dessa análise, a Anvisa poderá optar por registrar oficialmente esses produtos, impor condições sobre seu uso ou até mesmo bani-los.
As novas regras devem ser publicadas até a próxima semana no Diário Oficial da União.
(Folha de S.Paulo)
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11 ferramentas online que podem facilitar a vida dos estudantes
Dica do
Olá estudantes!
Hoje em dia o mundo online já chegou a todas as idades e numa era em que cada vez mais a internet é utilizada por todos os grupos sociais, sem exceção, os estudantes são quem a utiliza de uma forma mais intensa. Desde os computadores na escola, aos smartphones, aos computadores e mais recentemente aos tablets.
Usar as ferramentas online como aliadas para os estudos é uma ótima ideia. Hoje trazemos a 11ferramentas online para estudantes.
1 – Questia
O site Questia diz ser o maior acervo online de revistas, livros, trabalhos, pesquisas e artigos. Nele, você só precisa procurar pelo termo da pesquisa e todos os resultados aparecerão na tela, de diferentes fontes.
2 – Evernote
Se você precisa fazer várias coisas importantes o dia inteiro, o Evernote pode ajudá-lo com isso. Ele salva anotações, fotos e textos que você precisa consultar rapidamente. É uma ótima ferramenta principalmente para smartphones e tablets.
3 – Notely
Disponível para computadores, Android e iOS, o Notely é outra ferramenta ótima para quem precisa anotar pequenos lembretes, como listas de compras, tarefas a serem feitas, etc.
4 – NoodleTools
O NoodleTools oferece diferentes tipos de ferramentas online para ajudar alunos e professores a realizarem trabalhos acadêmicos. Ele facilita a organização, marcação, anotação e classificação de textos.
5 – Google Docs
Por meio do Google Docs, o universitário pode criar e armazenar documentos na nuvem. Além disso, ele permite que mais de uma pessoa faça edições e atualizações nos arquivos, o que é ótimo para trabalhos em grupo.
6 – Skype
O Skype é um ótimo software de chat online para conversar e realizar conferências com várias pessoas. Com ele, é possível conversar por áudio, pela webcam, ou somente por mensagens.
7 – Remember the Milk
O Remember de Milk é um aplicativo feito para que você não se esqueça das coisas importantes. Ele facilita a organização de tarefas, além de ter lembretes pelo celular e utilizar o sistema Google para avisá-lo.
8 – Google Calendar
Se você tem dificuldades para lembrar-se dos compromissos e datas de entregas de trabalhos, o Google Calendar será o seu melhor amigo. Ele é um calendário online e, por isso, o acesso pode ser feito por qualquer dispositivo. O Google Calendar também envia lembretes por pop-up, SMS ou e-mail.
9 – Nowdothis
Para aqueles universitários que possuem dificuldade para parar de procrastinar, o Nowdothis possui uma premissa bem simples: você escreve quais são as suas tarefas, ele escolhe uma aleatoriamente e você a finaliza. Quando clicar em “done”, ele pula para a próxima tarefa.
10 – Writer
Com o Writer, você nunca mais terá que passar pela situação de perder um arquivo antes de salvar. Com ele, é possível digitar um trabalho inteiro sem correr o risco de perder uma palavra, isso porque o Writer salva o seu trabalho a cada poucos segundos. Além disso, o background limpo do site pode ajudá-lo a manter a concentração.
11 – Instacalc
Para alunos da área de exatas, o Instacalc pode ser de muita ajuda. Ele possui diversos critérios de medição e rapidamente faz as conversões que você precisarLink:
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Estudo reforça os prejuízos do ‘efeito sanfona’
Os adipócitos aumentam 60% de tamanho, como se criassem mecanismos para acumular gordura e para resistir à perda de peso. Imagem: Divulgação/Uerj
Frente a reconhecida epidemia global de obesidade, as dietas que prometem emagrecimento rápido ganham terreno e preocupam. Especialistas têm observado que uma alimentação restritiva, muitas vezes, é acompanhada por episódios repetidos de perda e recuperação do peso, um fenômeno conhecido como “efeito iôiô ou sanfona”. Um novo estudo, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), relata que algumas alterações orgânicas provocadas durante os períodos de flutuação do peso corporal podem não ser revertidas, mesmo após a diminuição do percentual de gordura. A responsável pela pesquisa, a nutricionista Sandra Barbosa, à época bolsista nota 10 de doutorado, da FAPERJ, mimetizou o efeito sanfona em modelo animal a fim de entender melhor os prejuízos sofridos por quem vive brigando com a balança. “Observamos que o ciclo entre obesidade e peso normal gera uma espécie de ambiente inflamatório no organismo dos roedores, o que favorece o acúmulo de gordura no fígado, a intolerância à glicose, entre outros. Estes problemas permanecem mesmo quando os animais emagrecem, diferentemente de outras alterações clínicas, como aumento do colesterol e triglicerídeos, que voltam ao normal com a perda de peso”, disse Sandra.
Ela explica que a pesquisa foi realizada com camundongos específicos, que são conhecidos por desenvolver alterações clínicas e patológicas de forma semelhante ao homem. Dessa forma, se apresentam como um bom modelo experimental, que, muitas vezes, permite a correlação com o que acontece no organismo humano. Sob a orientação da professora Márcia Barbosa Águila, o estudo foi realizado no Laboratório de Morfometria, Metabolismo e Doença Carviovascular (LMMC), do Programa de Pós-graduação em Biologia Humana e Experimental (BHEx), da Uerj. Sandra, que atualmente dá continuidade à pesquisa em regime de pós-doutorado, ressalta que o projeto foi aprovado pelo comitê de ética da universidade e segue todas as normas para utilização de modelo animal.
De acordo com Sandra, para realizar a pesquisa, os animais foram submetidos à alternância de peso: os roedores engordaram e emagreceram três vezes. “Para engordar, os animais receberam uma dieta hiperlipídica até alcançarem 20% acima do peso normal, o que caracteriza obesidade. Já para emagrecer, receberam dieta padrão”, explica a nutricionista. Ela acrescenta que, com essa metodologia, foi possível observar que, após cada ciclo com a dieta hiperlipídica, os animais engordavam ainda mais e, após cada período de dieta restritiva, perdiam menos peso. “Isso pode ser explicado porque as células que armazenam gordura, chamadas de adipócitos, aumentam em média 60% de tamanho. É como se o organismo desenvolvesse mecanismos mais eficientes para acumular gordura e, ainda, criasse uma resistência à perda de peso”, resume.
Mais do que alternar a aparência física, os animais apresentaram graves alterações clínicas e hormonais, quando comparados ao “grupo controle”, que recebeu dieta padrão e se manteve com o peso sem alteração durante todo o tempo da pesquisa. Sandra conta que os animais que sofreram o “efeito sanfona” mantiveram, mesmo após a perda de peso, níveis elevados tanto de adipocinas – hormônios que provocam o aumento da resistência à insulina – quanto de citocinas pró-inflamatórias – moléculas que estimulam a resposta inflamatória. “Essas substâncias são fundamentais para manter a homeostase orgânica. Contudo, em níveis elevados podem ser precursoras de doenças, como diabetes e hipertensão”, esclarece. “Observamos também que, mesmo após a perda de peso dos animais, o fígado continuou com acúmulo de gordura, provocando uma condição clínica chamada de esteatose hepática que pode evoluir para uma cirrose e até um câncer.”
Não é novidade que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças. Por essa razão, uma parte significativa da população acredita que basta perder peso para tudo voltar ao normal. Mas a julgar pelos resultados obtidos em novos estudos, como este realizado na Uerj, é preciso ter cautela na hora de estabelecer metas e programas destinados ao emagrecimento. Para a nutricionista, os resultados desse trabalho são importantes porque alertam para a possibilidade de certas alterações clínicas permanecerem, caso o individuo se mantenha no chamado “efeito sanfona”. “É claro que o ideal seria conseguir perder peso e se manter magro, pois a gordura eliminada não deve ser recuperada, sob o risco de prejudicar a saúde. É uma pena, contudo, que o ‘efeito ioiô’ seja mais a regra do que a exceção”, conclui Sandra. Os resultados da pesquisa foram publicados em duas revistas internacionais de renome, a PLoS ONE e a Hepatology Research. Ambas estão disponíveis para leitura on-line nos links http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0039837 e http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/hepr.12138/abstract;jsessionid=AD4F08528FBCF0BC76549A5B0BE6074C.f01t03
Por Elena Mandarim, da FAPERJ.
EcoDebate, 22/05/2014
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As mudanças climáticas e o novo xadrez mundial. Entrevista com Oswaldo Lucon
“Há uma agenda de competividades econômicas e, nesse sentido, existem vários discursos, alguns bonitos, de que precisamos salvar o Planeta, mas, no fundo, o debate econômico permeia a discussão e fica essa queda de braço nas negociações”, avalia o engenheiro.
Oswaldo Lucon é um dos pesquisadores brasileiros que participa da elaboração do relatório de mitigações do IPCC, o qual trata de como deve ser feito o abatimento das emissões, e é categórico na sua avaliação: a redução das emissões depende da “redução no consumo de combustíveis fósseis”. Entretanto, destaca, como “está havendo uma mudança no xadrez mundial”, há vários interesses econômicos por trás das discussões climáticas.
Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone, Lucon informa que o Brasil é um dos países que ainda investe 80% dos recursos financeiros em energia fóssil. “Esse perfil de investimento mostra o caminho que estamos seguindo.” O pesquisador esclarece que, apesar de o Brasil ter reduzido o desmatamento para contribuir com os efeitos das emissões de gás carbônico, as políticas brasileiras em relação às mudanças climáticas ainda são ineficientes.
Segundo ele, “elas são fortemente baseadas na seguinte narrativa: o Brasil é um país limpo, tem a matriz energética limpa, a maioria das nossas emissões vem do desmatamento, mas nós conseguimos controlá-lo, fizemos mais do que todos os países, estamos muito bem na foto, portanto, os outros países não venham nos cobrar”.
Esse discurso, contudo, “precisa ser visto com cuidado, porque a emissão mitigada pela queda do desmatamento só acontece uma vez. Depois que você mantém a árvore em pé, ela tem de ficar em pé para sempre, ao passo que, quando se constrói uma nova termelétrica, ela vai continuar emitindo gás carbônico durante 50 anos”. E acrescenta: “Então, a fotografia das políticas brasileiras acaba em 2020 e ninguém conta como vai ser o filme depois. (…) As metas brasileiras são muito lenientes e, de fato, o Brasil não tem nenhuma meta de emissão que implique algum esforço adicional”.
Oswaldo Lucon é graduado em Engenharia Civil e em Direito pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP, mestre In Clean Technology pela University of Newcastle Upon Tyne, Reino Unido, e doutor em Energia pelo Programa Interunidades em Energia, Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo. Atualmente é Assessor Técnico de Gabinete da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – O que é possível evidenciar no quinto relatório do IPCC em relação aos anteriores e quais são as principais conclusões do relatório de mitigações do IPCC, lançado este ano?
Oswaldo Lucon - Os três últimos relatórios são muito mais robustos tecnicamente do que os anteriores: houve mais dados, a informação melhorou muito e isso aconteceu por conta da pressão da evidência do aquecimento global. O nível de dúvida sobre o aquecimento global ser ou não ser causado pelo homem é inferior a 5%. Então, a chance de não ser causado pelo homem é baixíssima. Lembrando que não temos outro planeta para fugir, esses relatórios devem ser levados muito a sério.
O primeiro relatório diz que existe um espaço na atmosfera que ainda pode ser ocupado por emissões, mas esse espaço é muito pequeno, cerca de 1.000 a 1.200 gigatoneladas de gás carbônico equivalente, ou seja, um trilhão de toneladas de gás carbônico equivalente até o fim do século por todos os países. Se considerarmos as emissões de todos os países do jeito que estão emitindo hoje, estamos indo numa rota provável de quatro graus a mais na temperatura da Terra, apesar de os países terem acordado, na conferência de Durban, naÁfrica do Sul, que o aumento máximo e tolerável na temperatura seria de dois graus. As janelas de oportunidades para a mitigação, segundo o relatório, estão se fechando, quer dizer, as possibilidades de se atingir essa meta dos dois graus são cada vez mais difíceis; estamos diante de um desafio. O IPCC não usa a palavra urgência, mas a situação vai ficando muito mais difícil, porque há uma urgência de fato.
Relatório de Mitigações
“A curva de emissões é crescente, é mais acelerada nos últimos dez anos do que nos anteriores”
O relatório do qual eu participei trata das mitigações, de como deve ser feito esse abatimento das emissões, o qual passa, principalmente, pela redução no consumo de combustíveis fósseis, pela redução do desmatamento, mas, principalmente, pela redução do consumo de carvão, petróleo e gás no mundo, que continua muito acelerado, apesar dos ganhos de eficiência que foram obtidos até agora.
Esses ganhos de eficiência não conseguiram contrabalançar o aumento no consumo, porque, em parte, mais pessoas têm acesso aos bens de consumo, o que gera um aspecto de justiça, mas existe muito desperdício também, o que gera um aspecto de injustiça. Então, esse aumento das emissões mais do que anulou os ganhos de eficiência obtidos até agora.
O perfil de emissões mudou muito: quando a convenção do clima foi assinada, em 1992, havia uma divisão no mundo entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. A China era irrelevante para a economia mundial, mas isso mudou. Hoje a China é o maior emissor de gás de efeito estufa e segue em direção de ser a maior economia do mundo. Dentro de algumas décadas, a China deve ultrapassar os Estados Unidos em relação ao PIB. Ao se falar em PIBper capita, realmente o chinês emite muito menos, mas ele está aumentando rapidamente. Agora, esse nivelamento entre as condições dos países não consegue ocorrer em um tempo compatível com a estabilização da temperatura; fisicamente não dá. Ou seja, não dá para esperar que todos os chineses, indianos e brasileiros tenham o seu carro para depois começar a reverter a situação.
Algo muito importante desse relatório do IPCC é o efeito de travamento da infraestrutura, de comprometimento da infraestrutura com o projeto carbono intensivo: exploração de petróleo, termelétricas a carvão, rodovias, automóveis que duram dez anos, automóveis pesados, de carga, que duram 20 anos ou mais. Esse comprometimento tem reflexos no longo prazo; então, se licenciar uma indústria poluente hoje, ela vai durar 50 anos, ao fazer uma edificação ineficiente, ela vai durar 100 anos, e depois é muito difícil reverter esse curso.
IHU On-Line – Houve uma crítica forte aos países desenvolvidos, nos anos 1990, por conta de se negarem a assinar Kyoto, mas nos anos 2000 percebe-se que países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil assumem posturas semelhantes ao vetarem informações das suas implicações na emissão de gás carbônico, a exemplo do que foi feito no SPM. Em relação às mudanças climáticas, ainda é válida a crítica de que os países desenvolvidos são os grandes culpados das mudanças climáticas e que os em desenvolvimento devem assumir acordos mais brandos? Quais são, nesse sentido, as ações que vêm sendo desenvolvidas pelos países desenvolvidos e pelos em desenvolvimento, no sentido de reduzir as emissões?
Oswaldo Lucon – Hoje, o mundo não tem essa divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento; existem várias nações emergentes de grande porte, como China, Índia,Brasil, Indonésia, México. A Rússia tinha diminuído as emissões por causa da crise, mas agora aumentou novamente. Há os países menos desenvolvidos que também estão crescendo, como a África, que está se desenvolvendo bastante. Então, está havendo uma mudança no xadrez mundial, e há vários interesses, muitos deles são econômicos, de competitividade da economia.
Os Estados Unidos, por exemplo, não querem nenhuma limitação em relação às emissões e querem vender tecnologia para os demais países. Os países emergentes também não querem nenhuma limitação; alguns, como a China, querem vender tecnologia, e outros, como o Brasil, querem vender commodities básicas. O Brasil vende commodities básicas — petróleo, minério de ferro, produtos agrícolas —, mas também está vulnerável ao aquecimento global. Quando há uma quebra de safra ou quando falta água, o custo é imenso. O Brasil, que já foi o maior produtor mundial de etanol, hoje está importando etanol de milho dos Estados Unidos — olha como isso é grave! Então, há uma agenda de competividades econômicas e, nesse sentido, existem vários discursos, alguns bonitos, de que precisamos salvar o Planeta, mas, no fundo, o debate econômico permeia a discussão e fica essa queda de braço nas negociações.
“Os ganhos tecnológicos evitaram emissões maiores, mas não evitaram o aumento perigoso das emissões”
Então, existem os grandes grupos, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, de que participam os países desenvolvidos, os quais já envelheceram, já maturaram o seu perfil de desenvolvimento, já construíram toda a sua infraestrutura; os emergentes, que estão ficando velhos antes de se desenvolverem; e os países mais pobres, que precisam de ajuda financeira, e aí existe toda uma retórica importante em relação a eles.
A convenção do clima tem um pecado original, que se chama “princípios das responsabilidades comuns, porém diferenciadas e respectivas capacidades”. Trata-se de um nome comprido que, se cortarmos em pedacinhos, diz o seguinte: quando se trata das responsabilidades comuns, o americano, o europeu e o japonês dizem que todos têm de contribuir para reduzir as emissões; no que se refere ao termo “diferenciadas”, China, Índia e o Grupo dos 77 dizem que não têm culpa das mudanças climáticas, e que se fizerem algo para reduzi-las devem ser pagos por isso — o problema é que ninguém vai pagar; no que se refere às “respectivas capacidades”, os países mais pobres dizem que eles só podem fazer algo se forem mais capacitados, se tiverem acesso à tecnologia, porque, do contrário, nem que eles queiram poderão fazer algo.
Uma alimentação viciada em petróleo, artigo de Esther Vivas
[EcoDebate] Comemos petróleo, ainda que não pareça. O atual modelo de produção, distribuição e consumo de alimentos é viciado em “ouro negro”. Sem petróleo, não poderíamos comer como o fazemos. Num cenário onde vai ser cada vez mais difícil extrair petróleo e este ficará mais caro, como nos vamos alimentar?
A agricultura industrial tornou-nos dependentes do petróleo. Precisamos dele, desde o cultivo, à colheita, passando pela comercialização e até o consumo. A revolução verde, as políticas que nos disseram que modernizariam a agricultura e acabariam com a fome, e que foram implementadas entre os anos 40 e 70, converteram-nos em “yonquis/1” deste combustível fóssil, em parte graças ao seu preço relativamente barato. A mecanização dos sistemas agrícolas e o uso intensivo de fertilizantes e pesticidas químicos são o melhor exemplo. Estas políticas significaram a privatização da agricultura, deixando-nos, camponeses e consumidores, nas mãos de um punhado de empresas do agronegócio.
Apesar da revolução verde ter prometido que aumentaria a produção de comida e, em consequência, acabaria com a fome, a realidade não foi assim. Por um lado, é verdade que a produção por hectare cresceu. Segundo dados da FAO, entre os anos 70 e 90, o total de alimentos per capita a nível mundial subiu cerca de 11%. No entanto, isto não se repercutiu, como assinala Jorge Riechmann na sua obra ‘Cuidar a (T)terra’, numa diminuição real da fome, já que o número de pessoas famintas no planeta, nesse mesmo período e sem contar com a China ,cuja política agrícola se regia por outros parâmetros, ascendeu, também, em 11%, passando de 536 milhões para 597.
Por outro lado, a revolução verde teve consequências muito negativas para pequenos e médios camponeses e para a segurança alimentar a longo prazo. Em concreto, aumentou o poder das empresas agroindustriais em toda a cadeia produtiva, provocou a perda de 90% da agro e da biodiversidade, reduziu massivamente o nível freático, aumentou a salinidade e a erosão do solo, deslocou milhões de agricultores do campo para os bairros de lata urbanos, desmantelando os sistemas agrícolas tradicionais, e converteu-nos em dependentes do petróleo.
Uma agricultura ‘yonqui’
A introdução de maquinaria agrícola em grande escala foi um dos primeiros passos. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1850, como indica o relatório Food, Energy and Society, a tração animal era a principal fonte de energia no campo, representava cerca de 53% do total, seguida da força humana, com cerca de 13%. Cem anos mais tarde, em 1950, ambas somavam apenas 1%, devido à introdução de máquinas de combustível fóssil. A dependência da maquinaria agrícola (tratores, ceifeiras-debulhadoras, caminhões…) é enorme, e ainda é mais necessária tratando-se de grandes plantações e monoculturas. Desde a produção, a agricultura está “dependente” do petróleo.
O sistema agrícola atual com o cultivo de alimentos em grandes estufas, independentemente da sazonalidade e do clima, aumenta também a necessidade de derivados do petróleo e o elevado consumo energético. Desde mangueiras passando por contentores, acolchoados, redes até tetos e coberturas, tudo é plástico. O Estado espanhol, segundo dados do Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente, está à cabeça do cultivo sob plástico na Europa mediterrânica com 66 mil hectares cultivados, a maior parte na Andaluzia, e em particular em Almeria, seguida, a distância, de Múrcia e Canárias. E, que fazer com tanto plástico uma vez acabada a sua vida útil?
O uso intensivo de adubos e pesticidas químicos são mais um exemplo de como o modelo alimentar é viciado em petróleo. A comercialização de adubos e pesticidas aumentou 18% e 160%, respectivamente, entre os anos 1980 e 1998, segundo o relatório Eating oil: food suply in a changing climate. O sistema agrícola dominante precisa de elevadas doses de adubos fabricados a partir do petróleo e do gás natural, como amoníaco, ureia, etc., que substituem os nutrientes do solo. Multinacionais petrolíferas, como Repsol, Exxon Mobile, Shell, Petrobras contam na sua carteira com investimentos na produção e comercialização de fertilizantes agrícolas.
Os pesticidas químicos sintéticos são outra fonte importante da dependência deste combustível fóssil. A revolução verde, como analisávamos, generalizou o uso de pesticidas e, em consequência, a necessidade de petróleo para os fabricar. E tudo isto, sem mencionar o impacto ambiental do uso desses agrotóxicos, a contaminação e esgotamento de solo e águas, e o impacto na saúde de camponeses e consumidores.
Alimentos viajantes
A necessidade de petróleo notamo-la, também, nas longas viagens que os alimentos percorrem desde onde são cultivados até ao lugar em que são consumidos. Calcula-se que a comida viaje em média cerca de 5 mil quilômetros do campo até ao prato, segundo um relatório de Amigos da Terra, com a consequente necessidade de hidrocarbonetos e com o impacto ambiental. Estes “alimentos viajantes”, segundo esse relatório, geram quase 5 milhões de toneladas de CO2 por ano, contribuindo para o agravamento das alterações climáticas.
A globalização alimentar na corrida ao máximo lucro, deslocaliza a produção de alimentos, como fez com tantos outros ramos da economia produtiva. Produz-se em grande escala nos países do Sul, aproveitando as condições laborais precárias e uma legislação ambiental inexistente, e vende-se a mercadoria, posteriormente aqui a um preço competitivo. Ou produz-se no Norte, graças a subvenções à agricultura nas mãos de grandes empresas, para depois se comercializar essa mercadoria subvencionada na outra ponta do planeta, vendendo abaixo do preço de custo e fazendo concorrência desleal à produção autóctone. Aqui reside o porquê dos alimentos quilométricos: máximo lucro para uns poucos; máxima precariedade, pobreza e contaminação ambiental para a maioria.
No ano de 2007, importaram-se mais de 29 milhões de toneladas de alimentos no Estado espanhol, 50% mais do que em 1995. Três quartos foram cereais, preparados de cereais e rações para a criação industrial de gado, a maior parte provindos de Europa e América Central e do Sul, como indica o relatório Alimentos quilométricos. Inclusive alimentos típicos, como o grão de bico ou o vinho, acabamos por consumi-los a milhares de quilômetros de distância. 87% do grão de bico que comemos aqui vem do México, no Estado espanhol o seu cultivo caiu abruptamente. Que sentido tem esta viagem internacional de alimentos de um ponto de vista social e ambiental? Nenhum.
Uma comida típica dominical da Grã-Bretanha com batatas de Itália, cenouras da África do Sul, feijões da Tailândia, carne de vaca da Austrália, brócolis da Guatemala e sobremesa com morangos da Califórnia e mirtilos da Nova Zelândia gera, segundo o relatório Eating oil: food suply in a changing climate, 650 vezes mais gases de efeito de estufa, devido ao transporte, que se esta comida tivesse sido cultivada e comprada localmente. O número total de quilômetros que o conjunto destes “alimentos viajantes” somam do campo até à mesa é de 81 mil, o equivalente a duas voltas inteiras ao planeta terra. Algo irracional, se tivermos em conta que muitos destes produtos são cultivados no território. A Grã-Bretanha importa grandes quantidades de leite, porco, borrego e outros alimentos básicos, apesar de exportar quantidades semelhantes dos mesmos. Aqui, em Espanha, passa-se o mesmo.
Comendo plástico
E quando os alimentos chegam ao supermercado, que sucede? Plástico e mais plástico, com derivados do petróleo. Assim, encontramos uma embalagem primária que contém o alimento, um pacote secundário que permite uma atraente exibição no estabelecimento e, finalmente, sacos para o levar do “super” a casa. Na Catalunha, por exemplo, dos 4 milhões de toneladas de resíduos anuais, 25% correspondem a embalagens de plástico. Os supermercados empacotam tudo, a venda a granel passou à história. Um estudo encomendado pela Agência Catalã do Consumo concluiu que comprar no comércio de proximidade gera menos 69% de resíduos, do que fazendo-o num supermercado ou numa grande superfície.
Uma estória pessoal ilustra bem esta tendência. Em pequena, em minha casa comprava-se água engarrafada em grandes garrafas de vidro de oito litros, hoje quase toda a água que se comercializa é engarrafada em embalagens de plástico. E tornou-se moda, inclusive, comprá-la em embalagens de seis unidades de litro e meio. Não é de estranhar, pois, que dos 260 milhões de toneladas de resíduos de plástico do mundo, a maior parte sejam embalagens de garrafas de água ou leite, como indica a Fundação Terra. O Estado espanhol, segundo essa fonte, é o principal produtor na Europa de sacos de plástico de um só uso e o terceiro consumidor. Calcula-se que a vida útil de um saco de plástico é de 12 minutos em media, mas a sua decomposição pode demorar 400 anos. Tirem conclusões.
Vivemos num planeta de plástico, como retratava brilhantemente o austríaco Werner Boote no seu filme ‘Plastic Planet‘ (2009), onde afirmava: “A quantidade de plástico que produzimos desde o princípio da idade do plástico é suficiente para envolver até seis vezes o planeta com sacos”. E não só isso, que impacto tem na saúde a sua omnipresença na nossa vida quotidiana? Um depoimento nesse filme dizia: “Comemos e bebemos plástico”. E, como denuncia o documentário, tarde ou cedo, pagaremos a fatura.
A grande distribuição não só generalizou o consumo de enormes quantidades de plástico, mas também o uso do carro para ir às compras. A proliferação de hipermercados, grandes armazéns e centros comerciais fora das cidades obrigou ao uso do carro privado para a deslocação até estes estabelecimentos. Se tomarmos como exemplo a Grã-Bretanha, como indica o relatório Eating oil: food suply in a changing climate, entre os anos 1985/86 e 1996/98 o número de viagens de carro por semana e por pessoa para fazer compras passou de 1,7 para 2,4. O total da distância percorrida, também, aumentou, dos 14 km por pessoa por semana para 22 km, uma subida de 57%. Mais quilômetros, mais petróleo e mais CO2, em detrimento, além disso, do comércio local. Se no ano de 1998, existiam no Estado espanhol 95 mil lojas, em 2004 este número tinha-se reduzido para 25 mil.
Que fazer?
Segundo a Agência Internacional da Energia, a produção de petróleo convencional atingiu o seu pico em 2006. Num mundo, onde o petróleo escasseia, o que vamos comer e como? Em primeiro lugar, é necessário ter em conta que quanto mais agricultura industrial, intensiva, quilométrica, globalizada, maior dependência do petróleo. Ao contrário, um sistema camponês, agroecológico, local, sazonal, menos “dependência” dos combustíveis fósseis. A conclusão, creio, é clara.
É urgente apostar num modelo de agricultura e alimentação antagônico ao dominante, que ponha no centro as necessidades da maioria e o ecossistema. Não se trata de uma volta romântica ao passado, mas sim da imperiosa necessidade de cuidar da terra e garantir comida para todos. Ou apostamos na mudança ou quando não houver mais remédio senão mudar, outros, como tantas vezes, vão fazer negócio com a nossa miséria. Não deixemos que se repita a história.
*Artigo publicado em Publico.es em 5 de maio de 2014. Tradução: Esquerda.net.
1/ Viciados e dependentes.
**Esther Vivas, Colaboradora Internacional do Portal EcoDebate, é ativista e pesquisadora em movimentos sociais e políticas agrícolas e alimentares, autora de vários livros, entre os quais “Planeta Indignado”. Esther Vivas é licenciada em jornalismo e mestre em Sociologia. Seus principais campos de pesquisa passam por analisar as alternativas apresentadas por movimentos sociais (globalização, fóruns sociais, revolta), os impactos da agricultura industrial e as alternativas que surgem a partir da soberania alimentar e do consumo crítico.
EcoDebate, 22/05/2014
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