Pais, vocês têm direito à informação!



A conclusão de uma pesquisa recente, realizada nos Estados Unidos, indica que crianças expostas à violência familiar e instabilidade emocional profunda podem apresentar mudanças no DNA, acelerando o aparecimento de doenças mentais e físicas.

Leia mais:
http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/pesquisa-indica-violencia-pode-mudar-dna-da-crianca/

O chá-verde no processo de perda de peso

Texto: Julino Soares 


Possui mestrado em Medicina Preventiva pela Universidade Federal de São Paulo. Doutorando pelo pela mesma Universidade. Atua principalmente nos seguintes temas: plantas medicinais, etnofarmacologia e interações medicamentosas. 

Texto de divulgação científica, não deve ser utilizado como evidência clínica. Consulte sempre um profissional da saúde antes de iniciar um tratamento. 

O chá-verde no processo de perda de peso 

Associado ao problema da fome, temos milhões de pessoas adoecendo e morrendo por consequência da obesidade. O chá-verde é um produto constantemente divulgado para a perda de peso, mas quais as suas propriedades e suas limitações para o tratamento da obesidade? 

Entendendo o problema 

De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura uma a cada oito pessoas no mundo ainda passa fome, ou seja, foi estimado que entre 2011 e 2013 existia um total de 842 milhões de pessoas no mundo que ainda sofriam de desnutrição crônica, não recebendo regularmente comida suficiente para conduzir uma vida ativa (FAO, 2013). 

Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde afirma em relatório que, a cada ano, morrem cerca de 2,8 milhões de pessoas devido ao sobrepeso e a obesidade. A prevalência mundial de obesidade vem aumentando rapidamente; na região das Américas, o sobrepeso atingiu 62% para ambos os sexos e a obesidade 26% (WHO, 2012). 

A obesidade é caracterizada por acúmulo excessivo de gordura e aparece como a causa principal de doenças crônicas, como o diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão arterial e o colesterol alto (WHO, 2008; Carvalho et al., 2006; Douglas, 2002). 

Vivemos em um período onde muitas pessoas estão mudando seus hábitos de alimentação, o que inclui a procura por alimentos funcionais, na expectativa de uma vida mais saudável e no enfrentamento de diversos problemas de saúde, como a obesidade. Assim, é relevante a verificação da alegação de que certas substâncias encontradas nos alimentos podem estar relacionadas à perda de peso. Dentre essas substâncias, o chá-verde é massivamente apresentado como um produto para a este propósito. 

Conheça o chá-verde 

Os “chás” são a segunda bebida mais consumida no mundo, sendo que o chá-verde perfaz 20% do consumo mundial dessa bebida (Wolf et al., 2008). O nome científico (botânico) do chá-verde é Camellia sinensis (L.) Kuntze (Figura 1). Foi batizada genericamente pelo botânico Linneé como Thea, termo derivado do mandarim “tsay”; com a pronúncia “tcha” (Ruiz, 2013). Assim, apenas a C. sinensis pode ser chamada de chá. 

Figura 1. Camellia sinensis (L.) Kuntze. 

Referência:Tropicos

C. sinensis é um arbusto de origem asiática, a partir do qual são produzidos os chás branco, oolong, preto e verde. Logo após a colheita, o beneficiamento do chá-verde consiste em realizar uma infusão com as folhas, o que inibe um processo de destruição de importantes substâncias da planta, denominado oxidação enzimática. O que possibilita a retenção de grande parte das catequinas, uma classe de polifenóis presente em grande quantidade nesse chá. Assim, após colheita, o grau de oxidação das folhas que são usadas no preparo dos tipos de chás determina a quantidade de catequinas presente. O chá-branco é o que possui essas substâncias em maior quantidade, seguido do verde, do oolong e do preto (Duarte; Menarim, 2006; Matsubara; Rodriguez-Amaya, 2006). No Brasil, seu cultivo é restrito ao Vale do Ribeira (SP), especialmente para a produção do chá-preto (Nishiyama et al., 2010). 

As quatro catequinas presentes no chá-verde são (nomes complicados mesmo) epicatequina (EC), epigalocatequina (EGC), epicatequina galato (ECG) e epigalocatequina galato (EGCG), sendo esta última, presente em maior quantidade e com maior atividade para perda de peso. O chá também é fonte de cafeína, podendo conter metade da quantidade de cafeína presente na mesma medida de café. Isso depende do tempo de infusão, da quantidade e do tamanho das folhas usadas (Schmitz et al., 2005; Maughan; Griffin, 2003). 

Evidências científicas da participação do chá-verde no processo de perda de peso 

Estudos científicos indicam que o consumo de C. sinensis (chá-verde) e do seu composto bioativo EGCG contribui na redução do peso e do acúmulo de gordura corporal em humanos e em estudos com animais (Dulloo et al., 2000; Koo e Noh, 2007; Auvichayapat et al., 2008). 

Os efeitos da C. sinensis podem ser atribuídos principalmente à interação entre a EGCG e a cafeína contidas no chá ou em seu extrato, associadas a estímulos no sistema nervoso, resultando no aumento da produção de calor da e queima de gordura. 

Estudos indicam efeitos da C. sinensis na diminuição da digestão e da absorção de gorduras, o que pode diminuir a quantidade de calorias que chegam ao nosso organismo. 

É Importante ressaltar que também houve melhora no perfil lipídico de ratos, com diminuição no nível circulante de colesterol e triacilglicerol. 

Acredita-se que para observar esses efeitos, seria necessário o consumo da C. sinensis juntamente com as refeições, pois há necessidade de interação entre os lipídios da dieta e os compostos bioativos do chá. Entretanto, esta prática não é recomendada, pois as catequinas apresentam a propriedade de se ligar a minerais, diminuindo a sua absorção. 

Além disso, é relevante a realização de mais estudos relacionando o consumo do chá e a diminuição na biodisponibilidade de vitaminas solúveis em gordura, tendo em vista também que a diminuição da absorção de vitaminas poderia causar deficiências nutricionais. 

A realização de mais estudos em humanos se faz necessária, bem como a determinação da melhor forma de preparo da bebida, uma vez que os estudos apresentados usaram o extrato do chá ou a EGCG isolada como parâmetros para verificar as propriedades da C. sinensis no processo de perda de peso. É relevante também estabelecer uma dosagem de consumo que seja ao mesmo tempo segura e eficaz. 

Nishiyama et al. (2010), em um estudo com o chá-verde brasileiro (Camellia sinensis var assamica), concluíram que para um melhor aproveitamento das propriedades funcionais seria indicado utilizar o chá-verde a granel pelo método de infusão por um tempo de até 5 minutos e sob agitação leve. O uso do chá-verde a granel obteve melhores resultados que o uso do chá em sachê na extração dos seus compostos bioativos. Os autores também sugerem a preparação de maiores volumes do chá para uma melhor extração dos seus compostos, mas utilizando a mesma proporção de água/chá. Os resultados desse estudo também sugerem que a bebida pode ser armazenada em temperatura ambiente e em geladeira por até 24 horas, sem aparentes alterações dos seus compostos bioativos e de suas propriedades antioxidantes, o que possibilita o consumo ao longo do dia. 

Quanto à quantidade de água e chá utilizada no preparo, Nishiyama et al. (2010) sugerem: 

“Uma bebida típica preparada como infusão em água quente por 3 minutos de 1 g de erva para 100 ml de água, contém geralmente entre 250-350 mg de sólidos solúveis do chá, sendo 30-42% do peso em catequinas e 3-6% em cafeína”. 

Portanto, o chá-verde pode ser eficiente no processo de perda de peso, caracterizando-se como possível estratégia terapêutica no controle do sobrepeso e da obesidade, se associado a bons hábitos de vida. 

Para Saber Mais: 



Revisão 

Eng. Agr. Marcos Furlan 

Eng. Agr. Daniel Garcia 

Referências

AUVICHAYAPAT, P. et al. Effectiveness of green tea on weight reduction in obese Thais: A randomized, controlled trial. Physiology and Behavior, v. 93, n. 3, p. 486-491, 2008.

DULLOO, AG et al. Green tea and thermogenesis: interactions between catechin-polyphenols, caffeine and sympathetic activity. International Journal of Obesity, v. 24, n. 2, p. 252-258, 2000.

FAO, IFAD and WFP. 2013. The State of Food Insecurity in the World 2013. The multiple dimensions of food security. Rome, FAO. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/018/i3434e/i3434e.pdf.

KOO, SI; NOH, SK. Green tea as an inhibitor of the intestinal absorption of lipids: potential mechanisms for its lipid-lowering effect. The Journal of Nutritional Biochemistry, v. 18, n. 3, p. 179-183, 2007.

NISHIYAMA, MF., et al. Chá verde brasileiro (Camellia sinensis var assamica): efeitos do tempo de infusão, acondicionamento da erva e forma de preparo sobre a eficiência de extração dos bioativos e sobre a estabilidade da bebida. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 30(Supl.1): 191-196, maio 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cta/v30s1/29.pdf.

RUIZ, C. O Chá. Souza Cruz, São Paulo, 2013.

TROPICOS. Missouri Botanical Garden. Disponível em: http://www.tropicos.org/Name/31600230.

WHO. World Health Organization. World Health Statistics 2012. Geneva, Switzerland. Disponível em: http://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/2012/en/

Um “não” ao atual sistema econômico e muitos “sins” à diversidade de alternativas

Publicado em 22/04/2014
*por Anita Martins e Edu Cavalcanti

Poucos momentos na vida são capazes de mudar nossa visão de mundo. Mas eles são valiosos. Foi o que me aconteceu na conferência Economia da Felicidade, em Bangalore, na Índia, mês passado. Por cinco dias, cerca de 1000 especialistas e pessoas interessadas em economia, agricultura, psicologia, educação e tantas outras áreas, vindos de Brasil, Estados Unidos, Japão, Nigéria e tantos outros países, discutiram alternativas para o atual sistema econômico mundial, com foco na localização da economia.

Mas porque são necessárias alternativas? Porque esse sistema impõe uma única cultura consumista aos mais diversos cantos do planeta, incentiva o desenvolvimento a todo custo, destrói comunidades em favor de grandes empreendimentos, dá subsídio a empresas, cria dependência em torno de empregos escassos e, acima de tudo, torna as pessoas infelizes, pois as desconecta umas das outras e do ambiente que as rodeia.

E porque localizar atividades econômicas pode ser a solução? Porque, assim, a diversidade é respeitada, o poder de decisão é devolvido ao povo, o meio ambiente é protegido e a interdependência entre todos os seres vivos é reafirmada, fazendo com que todos se importem com todos. Isso sem voltar no tempo, sem precisar abrir mão de tudo que a vida moderna nos trouxe. Mas transformando a escala multinacional, na qual somente uma empresa gigante ganha, em escala regional, na qual os moradores de cada lugar retêm os benefícios. Talvez eu já soubesse algumas dessas coisas, mas aprendi muito, claro.

A grande virada de pensamento, no entanto, veio por meio do entendimento de que, dentre os componentes do sistema, a economia, que normalmente parece tão distante do nosso dia a dia, está na raiz de boa parte dos problemas que enfrentamos atualmente. Antes, via a destruição da natureza como obra de governos, empresas e pessoas sem informação suficiente para compreender a importância da preservação para o futuro da humanidade, e não estava errada. Mas agora também vejo que isso só acontece por causa da noção de crescimento econômico que todos seguimos, seja querendo ter um Produto Interno Bruto maior, um lucro maior ou um carro maior. O mesmo raciocínio se aplica a praticamente qualquer outra questão que possa ser levantada. Conversando com a representante da Aliança Indiana para Agricultura Sustentável e Holística Kavitha Kuruganti vê-se como a agricultura é uma das principais reféns da economia globalizada, com agricultores tendo de comprar até sementes patenteadas para poder plantar. “Cada vez mais, tudo está sendo colocado nas mãos das grandes corporações. Na Índia, em determinadas culturas, o mercado inteiro está sob o controle de empresas como a Monsanto”, afirmou. O resgate e o cultivo de sementes selvagens, a redescoberta de alimentos antigos, a adoção da agricultura orgânica para regenerar o ecossistema e não precisar de químicos, e a realização de feiras de agricultores locais, tudo em pequena escala, estão entre as alternativas adotadas por diferentes grupos para não depender do sistema hegemônico. “O que a gente precisa não é aumentar o tamanho dessas iniciativas, mas replica-las, em milhões”, incentivou, em tom inspirador.

A educação é outra área considerada chave. O formato atual das escolas foi criticado por condicionar indivíduos do mundo inteiro a pensarem igual e por formá-los exclusivamente para atender às necessidades do mercado, ao invés de prepara-los para a vida de maneira integral. Um dos projetos mais interessantes abordados no evento foi a Universidade Swaraj, no estado indiano do Rajastão. Coordenada por Manish Jain. Com foco em sustentabilidade e justiça social, a instituição oferece a jovens um programa de dois anos sem qualquer atividade estruturada. Cada estudante é ligado a um mentor, que o ajuda a descobrir o que deseja fazer e a desenvolver as habilidades e os contatos necessários para tal.
Há ainda o impacto psicológico da globalização, vindo, por exemplo, da necessidade da moda criar um novo padrão de beleza a cada seis meses para poder vender. A diretora da Sociedade Internacional para Ecologia e Cultura, Helena Norberg-Hodge, chamou a atenção para a epidemia de depressão no Ocidente, com crianças de seis anos de idade pedindo para fazer cirurgia plástica porque não estão felizes com a sua aparência. O psicólogo nigeriano Bayo Akomolafe defende a aceitação das nossas sombras como forma de nos livrarmos das imposições da sociedade. “Então uma característica sua que você não gosta é a preguiça? Pois pare de pensar que isso é um defeito. E comece a ver que, na verdade, é uma qualidade, pois você respeita os seus limites, aprecia a contemplação”, exemplificou em seu workshop.

A brasileira Camila Moreno, que trabalha com movimentos sociais na América Latina há 15 anos, atentou para as falsas alternativas, como a economia verde. “Não tem nada a ver com produção local de alimentos ou qualquer iniciativa local, mas sim com bancos de investimento. É simplesmente mais um componente do atual discurso hegemônico. Não podemos confundir isso com uma real transformação ecológica do sistema.”

Também foi convidado outro brasileiro, Adalberto Martins, mais conhecido como Pardal no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e na Via Campesina, ambas entidades claramente admiradas pelos participantes do evento. Pardal se animou em ver pessoas da cidade com o mesmo tipo de visão que o povo do campo e em vislumbrar os frutos que um esforço conjunto pode dar. Pois foi essa mesmo a ideia colocada ao final do evento: a formação de uma aliança internacional para a localização, o que ainda está em discussão. “A gente precisa de um coletivo ‘não’ à continuação desse sistema. E de muitos ‘sins’ à diversidade de ecossistemas, culturas e identidades”, clamou Helena. Por ora, o movimento está recebendo apoios através do site The Economic of Happiness ou pelo Facebook.
Articulistas Convidados:
Anita Martins é jornalista, natural de Florianópolis. Morou anos no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde trabalhou em grandes empresas como TV Globo e Editora Abril. Depois de uma viagem pela Austrália e pelo Sudeste Asiático que mudou sua forma de ver o mundo, passou a trabalhar por um mundo mais sustentável e simples.

Nascido em Brasília, Edu Cavalcanti tornou-se fotojornalista em Florianópolis. Trabalhou nos principais veículos de comunicação da cidade, como Diário Catarinense e Notícias do Dia. Há alguns anos, passou também a estudar narrativas multimídia. Atualmente, viaja pelo mundo, continuando sua busca por autoconhecimento e descobrindo novos significados para a fotografia em sua vida.

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Mulheres da Reserva Botânica e os frutos da sustentabilidade

Publicado em 19/06/2014

*por Fernanda Schneider

Em constante construção, já é fato que o mundo é outro. Novo, integrado e equilibrado. Por toda parte podemos ver iniciativas que congregam e amarram elementos dessa sociedade que herdamos e que a cada dia nos desafia a transformação. Nossa, do outro, dos contextos, do mundo. A nova economia é colaborativa e por seu poder inclusivo atua como o grande catalizador das revoluções dos princípios da sustentabilidade.

A Rede Asta é um negócio social de tem alcançado belíssimos resultados trabalhando e promovendo regiões de baixa renda pelo Brasil. (Leia matéria publicada pela Eco em comemoração ao Dia Mundial do Artesão) Um bom exemplo é o das Mulheres da Reserva Botânica, da região Norte Fluminense. Além de manter o negócio com foco no baixo impacto ambiental também optou por crescer alinhado dando grande importância ao desenvolvimento pessoal e à igualdade de gênero.

A história felizmente tende a se repetir: de um sonho nasce o valor de um grupo que caminha junto inspirado por valores elevados. No caso das Mulheres da Reserva Botânica, a cooperação e a força regeneradora da família e do trabalho quando andam lado a lado. Cumprindo um papel tão necessário quanto urgente, a Rede Asta completa o ciclo como uma ponte que aproxima pessoas, gerando espaço para essa nova economia. Mais do que isso, a parceria da Rede Asta, com cada grupo produtivo, projeta e dá corpo a essas fantásticas transformações do mundo novo. Dá cara, forma, cor. Estampa na vitrine a beleza do respeito, do trabalho justo, digno, das relações honestas e o crescimento conjunto.

Através de imagens inspiradoras, compartilhamos os maravilhosos frutos de tanta dedicação e empenho. Aproveitando para parabenizar o trabalho de Cecília Freitas, de sua família, especialmente de seu pai Gilberto e das Mulheres da Reserva Botânica.

Conheça a história na íntegra. Fonte Rede Asta.

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Creme de mandioquinha ajuda a manter a forma e a saúde no inverno (dica do http://ecoredesocial.com.br)


Para ajudar a aquecer as noites frias, a eco chef Marta Tatini apresenta essa deliciosa receita de creme de mandioquinha. “Essa raiz é excelente para o frio, por ter um gosto reconfortante e ser rica em carboidratos, vitaminas do complexo B, potássio e ferro”, diz.

Além de alimentos orgânicos, a chef utiliza ingredientes nutritivos e temperos variados que incrementam o paladar e dão a sensação de saciedade, ideal para quem quer manter a forma em qualquer estação.

Apesar de ser menos consumida que a mandioca, a mandioquinha é ideal para dietas de recuperação da saúde, por ser facilmente digerida. “Além disso, é excelente para o aparelho digestivo, por causa da niacina, que preserva o bom funcionamento do organismo.”

A chef completa a receita com pitadas de cardamomo, que, além de aromatizar o creme, ajuda a regular a quantidade de ácido no estômago, parar a tosse e previne a formação de muco, que é mais comum nas estações frias, devido à combinação das temperaturas baixas e o consumo de laticínios. Confira:

Creme de Mandioquinha com Cardamomo e Alecrim

(sem glúten e sem lactose)

Ingredientes

1 kg de mandioquinha

2 litros de água

3 colheres de sopa de azeite

4 dentes de alho

½ talo de alho-poró

½ talo de salsão ou erva doce

3 galhos de alecrim

1 colher de café de cardamomo em pó ou um inteiro

Sal marinho

Modo de preparo:

Coloque o azeite e doure o alho e o alho-poró em fogo brando. Acrescente as mandioquinhas orgânicas com casca e a água e deixe ferver em fogo médio. Bata a mistura e retorne ao fogo. Coloque o salsão picado em rodelas finas e deixar ferver mais um pouco. Acerte o sal. Sirva com os galhos de alecrim e uma pitada de cardamomo por prato.

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A alface dá o troco

Publicado em 15/11/2013
A cozinha vegetariana mudou. Se antes era sem graça, insossa e coisa de bicho-grilo, hoje ela é tão rica e sofisticada quanto qualquer outro estilo de cozinha. E essa história de que vegetal só serve como acompanhamento está definitivamente enterrada.

A cena gastronômica atual não lembra nem de longe aquela de 1971, quando a pioneira Alice Waters abriu o Chez Panisse, na Califórnia, para mostrar que os vegetais eram excitantes. E nem se parece com a do fim dos anos 1990, quando o americano Charlie Trotter teve a ousadia de lançar um livro de alta cozinha vegetariana com as receitas que servia no seu restaurante em Chicago (hoje extinto) e Thomas Keller fez um menu de vegetais para seu premiado The French Laundry, no Napa Valley. E nem com a da França de 2001 sob choque do anúncio de que Alain Passard estava tirando a carne vermelha do cardápio do L’Arpege, em Paris, classificado com a cotação máxima de três estrelas Michelin.

No Brasil, a primeira carta de alta cozinha vegetariana foi o Menu do Reino Vegetal, criado por Alex Atala, em 2009. A princípio, a ideia era experimental e tinha data para acabar, mas o sucesso foi tão grande que o menu permaneceu. Quem vai ao D.O.M. para comer comida vegetariana? Em geral, pessoas curiosas que comem, sim, carne. Para Alex Atala, os melhores ingredientes existentes no Brasil são os vegetais. “Flores, ervas, raízes, folhas, algas, estão todos muito presentes no cardápio do D.O.M.”, diz. Mas o chef acha que ainda é preciso mudar a maneira de pensar no País: “Grande parte dos brasileiros ainda acha que vegetariano é natureba. Que se não tiver proteína animal, não tem comida”.

A cozinha vegetal estimula especialmente o casal de chefs do Maní, Helena Rizzo e Daniel Redondo. “Com carne, quase tudo já foi feito e experimentado. No mundo vegetal, há muito a ser trabalhado e muita coisa que a gente não conhece”, diz Helena. Ela ressalta que a diversidade brasileira permitiria que o país tivesse uma culinária vegetariana significativa. E diz que falta explorá-la melhor.

O desafio é também o que anima José Barattino a reforçar a ala verde de sua cozinha. Ex-chef do Emiliano, adepto dos orgânicos, defensor do elo produtor/consumidor explica a razão de seu interesse: “A carne tem gordura, e gordura é o caminho fácil, dá sabor e textura. O vegetal é um desafio, tem de ser trabalhado de outras maneiras, com outras técnicas”.

Raphael Despirite, do Marcel, utiliza variadas técnicas para preparar vegetais – do churrasco aosous-vide. Picles? Ele faz de maxixe. Para evitar que a alcachofra escureça, ele utiliza sous-vide, o cozimento a vácuo. “No caso do pimentão, descobri que é mais fácil confitar em um saco de vácuo do que com um montão de azeite”, conta.

Muitos são os adeptos do vegetarianismo na atualidade. De bicho-grilo a super sofisticado o que interessa é a criatividade, a dedicação e o cuidado com os alimentos e com que vai degustá-lo.

Aqui vão algumas dicas para preparar legumes e verduras de forma saborosa, sustentável e colorida:

- Direto do vaso: só use vegetais frescos, jovens, vigorosos. Dê preferência aos vegetais da estação. Melhor ainda se eles tiverem sido cultivados por você mesmo e tirados da terra direto para panela.

- Um de cada vez: respeite o ponto de cocção para manter a textura crocante e a cor viva. Cada legume ou verdura tem o seu ponto. O ideal é prepará-los separadamente ou adicioná-los em diferentes momentos do preparo – não ponha tudo na panela ao mesmo tempo.

- Capriche na técnica: vegetais se prestam a diferentes técnicas de preparo, do forno a lenha ao thermomix – e tudo o que existe entre os dois. Ah, sem técnica nenhuma também vale: apenas servidos crus, com um fio de azeite, flor de sal e pimenta.

- Realce: use ervas aromáticas frescas, recém-colhidas, e especiarias variadas para realçar o sabor de legumes e verduras. E capriche na montagem do prato, cuidando para valorizar as texturas, cores e os temperos.

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Informações sobre abóbora


A abóbora é uma cultura muito difundida no Brasil. Originária da América era parte da base da alimentação das civilizações Asteca, Inca e Maia.

Pertence à família Cucurbitácea, a mesma da melancia, do melão, do chuchu e do pepino. A abóbora é um fruto rico em vitamina A. Também fornece vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo. Tem poucas calorias e é de fácil digestão.

Como comprar, conservar ou consumir no

Medicamentos Fitoterápicos - Informações Gerais - ANVISA

Qual a diferença entre planta medicinal e fitoterápico?


As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colher e como prepará-la.

Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. O processo de industrialização evita contaminações por micro-organismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso.

Os fitoterápicos industrializados devem ser registrados no Anvisa/Ministério da Saúde antes de serem comercializados.

O que não é considerado fitoterápico?

Chá. No Brasil, os chás são enquadrados como alimentos.

Homeopatia. Os medicamentos homeopáticos são produzidos de forma diferente dos fitoterápicos, através de dinamização. Neste tipo de terapia, são também utilizados, além de princípios ativos de origem vegetal, outros de origem animal, mineral e sintética.

Partes de plantas medicinais. As plantas medicinais são consideradas matérias primas a partir do qual é produzido o fitoterápico. As plantas medicinais podem ser comercializadas no Brasil em farmácias e ervanarias, desde que não apresentem indicações terapêuticas definidas, seja feito um acondicionamento adequado e declarada sua classificação botânica.

As farmácias de manipulação podem produzir fitoterápicos?

Sim. As farmácias de manipulação têm permissão para manipular medicamentos e entre eles, os fitoterápicos, lembrando que os produtos dessas farmácias não são registrados na Anvisa. Um fitoterápico pode ser manipulado se for prescrito em uma receita ou se sua fórmula constar na Farmacopeia Brasileira, no Formulário Nacional ou em obras equivalentes.

Há problemas em usar outros medicamentos junto com fitoterápicos?

Os fitoterápicos são medicamentos alopáticos, possuindo compostos químicos que podem interagir com outros medicamentos. As plantas medicinais também possuem compostos químicos ativos que podem promover este tipo de interação.

Deve-se ter cuidado ao associar medicamentos, ou medicamentos com plantas medicinais, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações indesejadas.

Um exemplo é o uso de Hipérico (Hypericum perforatum) junto a anticoncepcionais podendo levar à gravidez, outro é o uso de Ginco (Ginkgo biloba) junto a anticoagulantes, como warfarina ou ácido acetilsalisílico, podendo promover hemorragias.

Deve-se sempre observar as informações contidas nas bulas disponibilizadas nos medicamentos e questionar o seu médico ou profissional de saúde sobre possíveis interações.

Como saber se um fitoterápico é registrado na Anvisa/ Ministério da Saúde?

Verifique na embalagem o número de inscrição do medicamento no Ministério da Saúde. Deve haver a sigla MS, seguida de um número contendo de 9 a 13 dígitos, iniciado sempre por 1.

Há a possibilidade de consultar o registro do produto no site da Anvisa.

Ao encontrar um produto sendo vendido como fitoterápico que não tenha registro na Anvisa, você deve comunicar a Vigilância Sanitária de seu Estado ou Município, ou denunciar à Anvisa, mediante mensagem para o e-mail:gmefh@anvisa.gov.br.

Um produto na apresentação de óleo pode ser registrado como medicamento fitoterápico?

A RDC 48/04 informa em seu item 'abrangência' que os medicamentos cujos princípios ativos sejam exclusivamente derivados de drogas vegetais serão objetos de registro como fitoterápicos. No item 'definições' descreve os derivados de droga vegetal como 'produtos de extração da matéria-prima vegetal: extrato, tintura, ÓLEO, exsudato'...

Portanto, quando o óleo de copaíba, óleo de rícino, óleo de alho, etc. apresentam alegações terapêuticas, são registrados como medicamentos fitoterápicos, desde que comprovem sua qualidade, segurança de uso e indicações terapêuticas.

Link:

Medicamentos Fitoterápicos - Isoflavonas - ANVISA

O que são isoflavonas?


As isoflavonas são substâncias, presentes principalmente na soja e em seus derivados, denominadas de fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. 

As isoflavonas podem ocorrer em diversas formas moleculares: Malonil derivados e Beta-Glicosídeos, que ocorrem naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja, e os Acetil derivados e as Agliconas, que são formados durante o processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado proteico de soja possui maiores teores das formas agliconas.

Os conteúdos ou os teores de isoflavonas presentes nos produtos comerciais variam?

Sim, existe variabilidade nos níveis das isoflavonas, tendo em vista que a quantidade das isoflavonas nos vegetais varia em função do local de plantio, clima, disponibilidade de água e variedade da espécie vegetal. A forma de obtenção e processamento industrial do produto também influenciam nos teores finais de isoflavonas.

Existe controle sobre a variabilidade dos conteúdos ou teores de isoflavonas nos produtos industrializados?

Relatos de pesquisas têm indicado que grande parte dos produtos derivados da soja desenvolvidos pelas indústrias apresenta isoflavonas em formas e quantidades variáveis, indicando a falta de controle efetivo da matéria-prima o que dificulta a padronização de concentração de isoflavona contida nestes produtos.

As isoflavonas têm a mesma biodisponibilidade (capacidade de absorção e utilização pelo organismo)?

Não. A sua absorção varia com a dieta, sensibilidade individual, perfil genético e fase da vida. A estrutura das isoflavonas, o processamento industrial e a composição do produto também influenciam em sua absorção no organismo.

Quais as fontes de isoflavona? Em que parte do vegetal pode ser encontrada?

As isoflavonas são encontradas no grão de soja, brotos de alfafa, sementes de linhaça, trevo vermelho, entre outros vegetais. Na soja, as isoflavonas estão distribuídas em todo o grão, tendo maior concentração no gérmen do grão da soja.

Quais são os efeitos das isoflavonas no nosso organismo?

As evidências científicas existentes, até o momento, sobre os efeitos das isoflavonas permitem reconhecer como viável apenas o seu uso para o alívio das ondas de calor associadas à menopausa ("fogachos") e como auxiliar na redução dos níveis de colesterol, desde que prescrito por profissional habilitado, tendo em vista que a quantidade e o período de utilização está diretamente relacionado com a condição de saúde do indivíduo e as restrições aos grupos populacionais específicos. Demais alegações das isoflavonas, relacionadas a câncer, osteoporose, reposição hormonal, redução do risco de doenças cardiovasculares, não têm comprovação científica suficiente para justificar o seu uso. 

Quanto à substituição de tratamentos convencionais por isoflavonas ou mesmo sua introdução complementar em esquemas terapêuticos, só deve ser feita após avaliação do médico responsável pelo tratamento. 

Maiores informações pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br

As isoflavonas, do ponto de vista da Anvisa, são alimentos ou medicamentos?

Dado o perfil de uso e indicações terapêuticas, as isoflavonas são consideradas como medicamentos, com obrigatoriedade de registro, não se enquadrando na legislação brasileira de alimentos. 

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br

Como ficam os produtos à base de soja que naturalmente contêm isoflavonas? As empresas poderão alegar alguma propriedade em relação a este conteúdo, que é intrínseco?

Os produtos alimentícios à base de soja, que naturalmente contêm isoflavonas, podem ser analisados como alimentos. Ressalta-se que para ser considerado alimento o produto não deve apresentar alegações medicamentosas e/ou terapêuticas que façam alusão à prevenção, tratamento e cura de doenças. 

Para os alimentos à base de soja, as alegações de propriedade funcional e/ou de saúde em função da proteína de soja são permitidas, somente após avaliação e aprovação da Anvisa. Neste caso deve ser respeitado o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e/ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos - Resolução ANVS/MS 18/99.

Para as alegações de propriedade de saúde, que façam alusão à redução do risco de doenças, estas devem estar associadas a outra frase, informando que o desenvolvimento de uma doença está relacionado a vários fatores e que o alimento não tem a propriedade de prevenir, tratar ou curar uma doença. 

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail alimentos@anvisa.gov.br

Quais os cuidados em relação à utilização de isoflavonas?

As isoflavonas isoladas comercializadas devem ter indicação e acompanhamento médico não devendo ser consumidas de forma indiscriminada. Os consumidores devem sempre escolher os produtos que estejam registrados na Anvisa. 

Maiores informações pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br

Existem atualmente produtos com isoflavonas aprovados no Brasil como medicamento fitoterápico?

Sim. Existem vários produtos registrados na Anvisa como medicamento fitoterápico contendo isoflavonas. As indicações reconhecidas para os produtos são de auxiliar na redução de colesterol, e alívio nos sintomas da menopausa (fogachos).

Mais informações pelo e-mail gmefh@anvisa.gov.br

O suplemento alimentar à base de isoflavona é regulamentado no Brasil?

Não. A legislação brasileira de alimentos não permite as designações: "suplemento alimentar", "suplemento nutricional", "complemento alimentar" ou "complemento nutricional".

Os diversos produtos de isoflavonas comercializados como alimentos, principalmente os produtos derivados da soja, existentes hoje no mercado, estão irregulares?

Sim. Nenhum desses produtos possui registro na área de alimentos e nenhuma alegação de conteúdo ("contém isoflavonas", "fonte de isoflavonas", "rico em isoflavonas", dentre outras), de função ou de saúde foi aprovada para as isoflavonas. 
Portanto os produtos derivados da soja não podem fazer menção aos benefícios das isoflavonas nos seus dizeres de rotulagem e materiais publicitários, mesmo quando estes produtos possuam registro junto à Anvisa. 

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail alimentos@anvisa.gov.br

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Seguridad de las isoflavonas

Con el objetivo de evaluar el efecto de las isoflavonas de soja sobre el tejido mamario en mujeres postmenopáusicas, se ha realizado un ensayo clínico aleatorizado, doble ciego y controlado con placebo. Se reclutaron 80 mujeres, mayores de 45 años, con al menos 12 meses de amenorrea y sintomatología vasomotora (cinco o más episodios diarios). El grupo de tratamiento recibió 250 mg diarios de un extracto de soja (100 mg/día de isoflavonas, administradas en dos cápsulas diarias). La evaluación de los resultados se realizó mediante mamografía para el estudio de la densidad mamaria, y el estudio del parénquima (observación de tejido fibroglandular) por ultrasonidos. Tras 10 meses de estudio, no se observaron diferencias significativas entre los dos grupos, demostrando que el tratamiento con isoflavonas de soja no afecta ni a la densidad mamaria ni al parénquima mamario.

Delmanto A, Nahas-Neto J, Traiman P, Uemura G, Carvalho Pessoa E, Aguiar Petri Nahas E. Effects of soy isoflavones on mammographic density and breast parenchyma in postmenopausal women: a randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial. Menopause 2013: 20 (10): 1049-1054.

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Tratamiento del sobrepeso con yiaogulan

Un estudio aleatorizado, doble ciego y controlado con placebo, ha evaluado la eficacia del extracto seco etanólico (50%) de hojas de yiaogulan (Gynostemma pentaphyllum (Thunb) Mak.), con un contenido en damulina A del 1,1%, en pacientes con sobrepeso (IMC > 25 Kg/m2). Fueron incluidos 80 sujetos con una edad media de 40 años y peso corporal medio de 75 Kg. Los individuos tratados recibieron 450 mg/día de extracto. Tras 12 semanas de estudio, la disminución de la grasa abdominal fue considerablemente superior en el grupo tratado con el extracto (20,9 cm2) siendo la disminución de grasa visceral de 11,7 cm2 y la subcutánea de 8,7 cm2), frente a una disminución de sólo 3 cm2 en el grupo placebo, correspondiente prácticamente en su totalidad a grasa visceral. Además, se observa un descenso significativo del peso corporal y del IMC en el grupo tratado respecto al grupo placebo. No se observaron efectos adversos asociados al tratamiento.


Park SH, Huh TL, Kim SY, Oh MR, Pichiah T, Chae SW, et al. Antiobesity effect of Gynostemma pentaphyllum extract (actiponin): a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Obesity 2013. Doi: 10.1002/oby.20539.

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Tratamiento del sobrepeso con alcaravea

Setenta mujeres con sobrepeso u obesidad, de edades comprendidas entre 20 y 55 años y un IMC entre 25 y 40 Kg/m2, han sido incluidas en este ensayo clínico, aleatorizado, triple ciego y controlado con placebo. Todas las participantes eran físicamente activas, practicantes de entrenamiento aeróbico moderado (180 minutos semanales, con un gasto energético estimado de 1.000-1.200 Kcal/semana). El tratamiento consistió en 30 mL diarios de un extracto de semilla de alcaravea (Carum carvi L.) obtenido por destilación (equivalente a un 10% m/v de alcaravea en el extracto). No se realizó ningún cambio dietético ni de la actividad física. Tras 90 días de estudio, las mujeres tratadas con el extracto mostraron una reducción significativa del peso, del IMC y del porcentaje de grasa, y un incremento de la masa muscular, respecto al grupo placebo. No se observaron cambios en el perfil lipídico ni en la presión sanguínea, ni efectos adversos.

Kazemipoor M, wan Mohamed Radzi CWJ, Hajifaraji M, Sadat Haerian B, Hossein Mosaddegh M, Cordell GA. Antiobesity effect of caraway extract on overweight and obese women: a randomized, tripe-blind, placebo-controlled clinical trial. Evid Based Complement Altern Med 2013; 2013: 928582.

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Regulación de las áreas gustativas del cerebro por alimentos aromatizados con aceite de oliva

Según estudios previos, las grasas de los alimentos regulan las regiones cerebrales gustativa (ínsula anterior y opérculo frontal, produciendo una mayor actividad) y homeostática (hipotálamo, causando una disminución del flujo sanguíneo cerebral). De este modo, se observa una diferente estimulación del cerebro frente a alimentos ricos o pobres en grasas, hecho que dificulta en ocasiones la eficacia de dietas bajas en grasas. El objetivo de este estudio es comprobar que la introducción de un ingrediente, como el aceite de oliva, en alimentos bajos en grasas puede conseguir una estimulación cerebral similar al mismo alimento rico en grasa. Para ello, 11 individuos sanos (edad media de 29 años e IMC medio de 24,6 Kg/m2) consumieron 500 mL de un yogur bajo en grasas (< 0,1%) con o sin extracto de aceite de oliva. El yogur fue fabricado por el propio equipo investigador de la Universidad de Hohenheim. A los 30 y 120 minutos de la ingesta se realizó un escáner cerebral y las imágenes fueron procesadas mediante software específico. Además se recogieron muestras de sangre al inicio y a los 30, 60, 90, 120 y 150 minutos. El yogur aromatizado con el extracto de aceite de oliva produjo, a los 30 y 120 minutos posteriores a su consumo un aumento del flujo sanguíneo en el opérculo frontal. No se observó efecto sobre el hipotálamo. Estos resultados parecen indicar la posible interacción del extracto de aceite de oliva con el sistema gustativo cerebral, para conseguir una mayor aceptación de alimentos bajos en grasas, aunque el mecanismo no sería el mismo que el causado por las grasas de los alimentos. 

Frank S, Linder K, Fritsche L, Hege MA, Kullmann S, Krzeminski A, et al. Olive oil aroma extract modulates cerebral blood flow in gustatory brain areas in humans. Am J Clin Nutr 2013; 98 (5): 1360-1366.

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Té verde en el tratamiento de fibromas uterinos

Los fibromas uterinos o leiomiomas son un problema de salud pública ya que afectan al 70% de las mujeres en edad reproductiva (hasta un 50% de las mujeres entre 35-49 años) e influyen negativamente en la calidad de vida de las mujeres premenopáusicas (suele acompañarse de dolores pélvicos agudos o crónicos, sangrado vaginal excesivo, dispareunia, anemia ferropénica, infertilidad y abortos espontáneos). En la actualidad no existe ningún tratamiento médico eficaz para los fibromas uterinos. En un estudio doble ciego, aleatorizado y controlado con placebo, se ha estudiado la eficacia y seguridad de un extracto de té verde (95% de polifenoles, 45% galato de epigalocatequina) en el tratamiento de fibromas uterinos, durante un periodo de cuatro meses. Participaron 33 mujeres en edad reproductiva (entre 18 y 50 años), con sintomatología y niveles de FSH < 10 mIU/mL, con fibromas de al menos 2 cm3 y un volumen uterino igual o superior a 160 mL. El tratamiento fue administrado por vía oral, a dosis de 800 mg/día. A los 4 meses de tratamiento, el grupo tratado con el extracto de té verde experimentó una disminución del tamaño de los fibromas del 33%, mientras que en el grupo placebo se observó un aumento de tamaño del 24%. Adicionalmente, el grupo tratado experimentó un descenso significativo de las hemorragias uterinas de 71 mL/mes a 45 mL/mes, y un incremento en los niveles de hemoglobina de 11,7 a 12,4 g/dL. En ningún caso fueron reportados efectos adversos.

Roshdy E, Rajaratnam V, Maitra S, Sabry M, Ait Allah AS, Al-Hendy A. Treatment of symptomatic uterine fibroids with green tea extract: a pilot randomized controlled clinical study. Int J Womens Health 2013; 5: 477-486.

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Efecto de la witania en afecciones cognitivas

Un estudio de 8 semanas de duración, aleatorizado, doble ciego y controlado con placebo ha evidenciado el efecto sobre la disfunción cognitiva en desórdenes bipolares de la raíz de Withania somnifera (L.) Dunal (witania, ashvagandha o ginseng indio). Se utilizó un extracto acuoso, con una concentración mínima de witanólidos y de oligosacáridos del 8% y 32%, respectivamente, y con un contenido máximo de witaferina A del 2%, administrado en forma de cápsulas, con un contenido de extracto de 250 mg/cápsula, conjuntamente con el tratamiento habitual. Participaron hombres y mujeres, de edades comprendidas entre 18 y 65 años, diagnosticados de trastorno bipolar de tipo I o II o no especificado (NOS). La pauta de tratamiento establecida fue de 250 mg/día de extracto durante la primera semana y de 500 mg/día a partir de la segunda semana. Los pacientes que recibieron el extracto mostraron mejoras significativas, y en mayor medida que el grupo placebo, en la realización de tareas cognitivas, valoradas por tres test diferentes: test auditivo de retención de dígitos (p = 0,035), test de Flanker (p = 0,033) y prueba de agudeza emocional de Penn (p = 0.045). Estos resultados preliminares muestran la relación del tratamiento a base de extracto de witania con una mejora de la memoria de trabajo verbal-auditiva.


Ambiye VR, Langade D, Dongre S, Aptikar P, Kulkarni M, Dongre A. Clinical evaluation of the spermatogenic activity of the root extract of Ashwaganda (Withania somnifera) in oligospermic males: a pilot study. Evid Based Complement Altern Med 2013; 2013: 571420.

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Relatório apoiado pela ONU traça as origens e as causas do desperdício global de alimentos

Nesta quarta-feira (02), um painel de especialistas apoiados pelas Nações Unidas apresentou o relatório Desperdício e perda de alimentos no contexto de sistemas alimentares sustentáveis que traça as origens e as causas do desperdício de alimentos e que recomenda algumas ações possíveis para reduzir as 1,3 bilhão de toneladas de comida que são perdidas anualmente em todo o mundo.

“A perda e desperdício de comida são consequência do modo com que os sistemas de alimentos funcionam atualmente, em nível técnico, cultural e econômico”, explicou o Painel de Alto Nível de Especialistas do Comitê sobre Segurança Alimentar Mundial, a mais importante plataforma internacional e intergovernamental para discussões e definição de agenda sobre questões relacionadas com a segurança alimentar global.

Segundo a Organização para Alimentação e Agricultura (FAO), o desperdício adquiriu alta visibilidade: “cerca de um terço de toda a comida produzida para consumo humano acaba perdido”, prejudicando a segurança nutricional das populações e a sustentabilidade do sistema alimentar – que garante a disponibilidade de comida para as atuais e futuras gerações.

Valendo-se de uma perspectiva sistêmica, o relatório analisou os impactos da perda de alimentos com base em uma ampla lista de causas. “Reduzir as perdas e o desperdício é essencial para melhorar a segurança alimentar e diminuir a pegada ecológica dos sistemas de produção de alimentos”, afirma o documento.

Fonte: ONU Brasil

EcoDebate, 04/07/2014
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ONU e UICN alertam que corais do Caribe podem desaparecer em 20 anos

A maioria dos arrecifes de coral do Caribe pode desaparecer em 20 anos, devido à sobrepesca do peixe-papagaio, que come as algas invasoras dos corais, e ao desaparecimento dos ouriços-do-mar, advertiram nesta quarta-feira (3) a ONU e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Matéria da AFP, no UOL Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.

Atualmente, resta apenas um sexto dos arrecifes de coral nessa região do mundo, segundo estudo [Status and Trends of Caribbean Coral Reefs: 1970-2012] publicado pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e a UICN.

“A maioria dos arrecifes coralinos do Caribe poderia desaparecer nos próximos 20 anos”, advertem os especialistas.

De acordo com o estudo, desde a década de 1980 desapareceram mais de 50% da superfície ocupada pelos corais no Caribe.

“Os arrecifes coralinos do Caribe registraram perdas maciças desde o início dos anos 1980, devido à atividade humana”, escreveram os especialistas, que citam a explosão demográfica, a sobrepesca e a contaminação costeira.

Durante muito tempo, as mudanças climáticas foram responsabilizadas pela deterioração dos corais. Mas embora continue sendo uma “séria ameaça” porque favorece a acidificação dos oceanos e o branqueamento dos corais, o que detém ou retarda seu crescimento, o aquecimento global deixou de estar na alça de mira dos especialistas.

Segundo o informe, o desaparecimento dos peixes-papagaio, devido à sobrepesca humana, e dos ouriços-do-mar, mortos maciçamente em 1983 por uma doença ainda não identificada, são as principais causas da deterioração dos corais do Caribe, pois as duas espécies se alimentam das algas que invadem os corais.

O diretor do Programa para o Entorno Marinho e Polar da UICN, Carl Gustaf Lundin, explica que “se há algas demais, é muito difícil restabelecer os corais, daí a necessidade de mudar a forma de gerenciar a pesca nestes países, lutando contra a sobrepesca, proibindo a pesca muito perto da costa e a pesca com rede”.

Também é necessário, assegurou, que os países regularizem e reduzam a construção costeira. As autoridades devem, ainda, gerenciar melhor o tratamento de águas residuais, evitando lançá-las perto dos arrecifes.

Segundo o informe, os corais que melhor sobrevivem são os que abrigam grandes colônias de peixes-papagaio. É o caso do Setor Marinho Nacional americano, no norte do Golfo do México, nas Bermudas e em Bonaire (Antilhas Holandesas), onde as autoridades limitaram, ou proibiram a pesca que afeta esses peixes.

Outros países vão seguir esses passos. Barbuda se prepara para proibir a pesca de ouriços e peixes-papagaio e prevê transformar um terço de suas águas costeiras em reservas marinhas.

Outros arrecifes não protegidos correm grande risco, como na Jamaica, mas também na Flórida, entre Miami e Key West, nas ilhas Virgens americanas.

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EcoDebate, 04/07/2014

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