sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vitaminas | As vitaminas B1, B2 e B3 são essenciais para o organismo humano e podem evitar doenças

14 Agosto 2014
Crédito: Hero Images/ Corbis

As vitaminas do complexo B são essenciais para o funcionamento do organismo e desenvolvem importantes funções no processo metabólico. As principais fontes alimentares das vitaminas do complexo B são as carnes, vísceras, leite e derivados e os cereais integrais. Por fazerem parte do grupo de hidrossolúveis (dissolvidas em água), normalmente elas não são armazenadas pelo organismo em quantidades significativas, o que implica em uma necessidade de consumo diário para manter-se saudável. O Blog da Saúde vai abordar as seis principais vitaminas do complexo B.

Vitamina B1 - Conhecida também como tiamina, ela tem entre suas funções o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas e a estimulação de nervos periféricos. O composto age de forma essencial no sistema nervoso. A vitamina B1 é encontrada numa variedade de fontes animais e vegetais como carnes, vísceras (especialmente o fígado, coração e rins), gema de ovo e grãos integrais. A deficiência deste nutriente no organismo pode levar à doença denominada beribéri, que afeta os sistemas nervoso e cardiovascular.

O que é o Beribéri?

O beribéri é uma doença que apesar de facilmente tratável, pode levar a óbito. Como a maioria das doenças nutricionais, grande parte dos surtos de beribéri associa-se a situações de insegurança alimentar e nutricional, alimentação baseada em elevado teor de carboidratos simples e também a alguns grupos de risco específicos.

Vitamina B2 - Também chamada de riboflavina, ela é importante para a formação das células vermelhas do sangue. A deficiência é causada principalmente pela baixa ingestão dessa vitamina por um longo período. As necessidades da vitamina aumentam simultaneamente com o crescimento, a gravidez e a lactação. Produtos derivados do leite, folhas verdes e vísceras são fontes do composto orgânico.

Vitamina B3 - Niacina é o nome da vitamina B3 ou PP. Sua deficiência ficou conhecida como pelagra. Essa vitamina auxilia no metabolismo dos carboidratos e proteínas, participam da síntese das gorduras e da respiração. Carnes magras, aves, peixes, amendoins, leguminosas e a levedura da cerveja são as principais fontes de niacina. Anormalidades digestivas causadas pela deficiência do composto levam à irritação e à inflamação das mucosas da boca e do trato gastrointestinal, o que pode resultar em diarreia.

Amanhã será publicada no Blog da Saúde a segunda parte da matéria com outras vitaminas do Complexo B. 

Fonte: Bia Magalhães / Blog da Saúde

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A hora e a vez de uma planta “daninha”

Fatos & matos nas calçadas de São Paulo – II


Marcos Roberto Furlan 

Augusto Matraga, no conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, do mineiro Guimarães Rosa, de vilão (e um tremendo vilão!), no começo do enredo, passa por um bocado de sufocos. Momentos em que, ao ser cuidado por pessoas do bem, passa a refletir sobre a sua forma de agir. No final, transforma-se em uma pessoa de boa índole. Contudo, contrariando o polêmico ditado “o pau que nasce morto, não tem jeito, morre torto”, devemos acreditar que sempre é possível uma conversão positiva, como também aconteceu com Paulo de Tarso, o qual de perseguidor de discípulos passou a ser um discípulo de Jesus.

Assim também pode acontecer com as plantas (se bem que raramente uma é daninha!), exceto se usada indevidamente ou em local não apropriado. Há, porém, como classificada anteriormente de daninha, porque invasora ou indesejável. Ainda que não tão valorizada, passa a ser consagrada pelos seus valores, isto é, pela descoberta de uma propriedade medicinal ou uma vantagem nutricional, dentre outras possibilidades consideradas benéficas ao homem. O contrário também acontece, como aconteceu com o confrei, que de planta medicinal famosa passou a ser considerada tóxica. Todavia, depois descobriram que, se usada externamente ou seguindo algumas recomendações, não causa problemas. No caso de plantas, ao contrário de alguns seres humanos, sempre terá algo positivo a oferecer.

Para ilustrar o que foi citado, vamos a uma das "daninhas". E usando uma que foi fotografada nas calçadas de São Paulo, pela mineira Luiza Savietto, médica que sabe muito sobre nutrologia e vegetarianismo, dentre outras áreas da saúde, e que se preocupa com os matinhos que encontra nas ruas, terrenos baldios e campos.

A guanxuma, Sida rhombifolia, que geralmente indica que o solo é compactado, é um exemplo de ser injustamente denominada por “erva daninha”. Além de ser usada para fazer vassouras, e também como fonte de fibras para roupas (é da mesma família do algodão, a Malvaceae), tem uso na medicina popular, tanto como tônica e estomáquica, como calmante e vários outros usos. Na ayurveda, onde é muito valorizada, é denominada de Mahabala, sendo usada, por exemplo, as raízes como emoliente, afrodisíacamas. Se ingerida pelos animais, pode causar intoxicações, com alterações neurológicas.

Referências sobre a planta:

Indicação do uso como apícola:
http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2012/12/lista-de-plantas-medicinais-apicolas.html

Sobre uso na Ayurveda e descrição da planta:
http://www.phytojournal.com/vol2Issue3/Issue_sep_2013/1.1.pdf

Atividade contra malária:
http://pt.slideshare.net/pharmamailbox1/antimalarial-activity-gardenia-lutea-and-sida-rhombifolia-ijrpp

Atividade antimicrobiana
http://www.apjtb.com/zz/20141/4.pdf
Guanxuma
Foto: Luiza Savietto

Link para outro Fatos & matos
http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2014/08/a-cidade-e-as-serralhas.html

Maconha + grapheno e a nova bateria para seu celular

O encontro da American Chemical Society apresentou uma pesquisa revolucionária e inusitada. Um grupo obteve baterias muito eficazes em matriz nanoestruturada composta por fibras da cannabis e folhas de grapheno.

O trabalho, que já está tendo um destaque enorme pela mídia, é um dos destaques da reunião anual da ACS.

Saiba mais em:

falaQuímica

M&M’s e o caso do mel colorido

Os apicultores de Mulhouse/FR surpresos com o mel colorido que suas abelhas estão produzindo. 


O corante detectado no mel foi o AMARANTH RED#2, o mesmo usado nos M&M's. Uma investigação mostrou que a origem era uma empresa de biomassa que usava rejeitos de fábricas do M&M's de toda a europa. As abelhas, ao se alimentarem dos restos expostos, ingeriam o corante que pintou o mel.


falaQuímica

Folders sobre aproveitamento de resíduos orgânicos (EMBRAPA)

As pesquisas sobre aproveitamento de resíduos orgânicos englobam as ações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias que utilizam processos biológicos para o aproveitamento de coprodutos e resíduos, visando, principalmente, à redução da dependência de insumos agropecuários não renováveis, com ênfase nos processos de compostagem e vermicompostagem.

Entre as atividades do grupo destaca-se a busca por alternativas às matérias-primas tradicionalmente utilizadas no processo de compostagem, como o esterco bovino e outros resíduos animais, avaliando-se diferentes materiais de origem vegetal, como palhada de diversas espécies, bagaço de cana-de-açúcar, torta de mamona, resíduo de algodão, entre outras. Há, ainda, a utilização de gongolos no processo de vermicomostagem, considerando que o animal apresenta grande capacidade para o processamento de diferentes matérias-primas, como grama, papelão, sabugo de milho e fibra de coco.

Um dos destaques dessa linha de pesquisa foi o desenvolvimento de um substrato para a produção de mudas em sistemas orgânicos constituído por vermicomposto, fino de carvão vegetal e torta de mamona, cuja principal vantagem é a de utilizar somente resíduos vegetais para sua obtenção, não oferecendo restrição aos princípios agroecológicos. Destaca-se também o xaxim agroecológico, que é uma alternativa ao tradicional, feito à base de resíduos orgânicos.

Folders relacionados: 

Family farming for a better life

13 Aug 14 - José Graziano da Silva
When the United Nations declared 2014 the International Year of Family Farming, it signaled a growing understanding of what was needed to build a sustainable world and ensure enough food for everyone on the planet. Or, more precisely, who was needed. 

Feeding the world sustainably 

A Food and Agriculture Organization (FAO) survey of 93 countries found that, on average, family farmers accounted for over 80 percent of all holdings. In both developed and developing countries, they are the main producers of locally consumed food, the primary stewards of food security and among the main custodians of their communities’ natural resources and biodiversity. 

Sadly, smallholder family farmers also make up the bulk of the world’s chronically undernourished people. Over 70 percent of the world’s 842 million food-insecure people live in rural areas in developing countries. They struggle to produce enough food or income to meet their basic needs.

In order for these vulnerable farmers to reach their full potential, they need technical assistance and policies that build on their knowledge and sustainably bolster productivity; appropriate technologies; quality inputs that respond to their needs and respect their cultures and traditions; support for women and youth farmers; stronger producer organizations and cooperatives; improved access to land, water, credit and markets; and greater participation in value chains. 

For decades, family farmers were seen as part of the problem of hunger and poverty. However, with the right support, family farmers can become part of the solution to some of the major challenges of our times – the food demands of a growing world population, wasted food supplies, degraded natural resources, biodiversity loss and climate change, and a shortage of employment. 

The preservation and sustainable use of natural resources is rooted in the productive logic of family farms. It sets them apart from large-scale specialized farming, although large-scale farming also plays an important role in ensuring the global food supply. The highly diversified nature of family agricultural activities gives them a central role in promoting environmental sustainability, safeguarding biodiversity, and contributing to healthier, more balanced diets. Family farmers also play a pivotal role in local production, marketing and consumption, creating jobs, generating income and stimulating and diversifying local economies. 

Lessons from small-scale farmers 

We still have much to learn about the sustainable practices of smallholders and medium-scale farmers, indigenous peoples, forest farmers, fisher folk, pastoralists and others. Whether they build terraces in the Philippines or adopt zero-tillage practices in Zambia, family farmers have consistently succeeded in maintaining production on often-marginal lands. The International Year of Family Farming does more than simply draw attention to the essential role of family farmers; it also sets goals to strive for. It encourages governments to provide more effective policy and institutional support for family farmers, and to make it a priority to ensure family farmer organizations are included in consensus-building and decision-making processes. 

Experience shows that family farmers can respond well to increased production if the appropriate policy environment is put in place. With this in mind, some governments are taking action. In late 2013, for example, the Andean Parliament, representing five South American countries, approved a statement on the implementation of public policies for sustainable development of agricultural systems based on the family unit. 

Our organization’s agronomists, economists, nutritionists, veterinarians and others work with governments, partners and families around the world to foster sustainable agricultural and food systems. We have seen that policy and institutional changes, combined with support at the community-level – such as Slow Food’s project to establish 10,000 food gardens in Africa - can lead to concrete results that improve the lives of millions. 

African leaders have set a target to end hunger in the region by 2025, as have those from Latin American and the Caribbean. This is an ambitious goal, but not impossible, as long as family farmers are included in the effort.

José Graziano da Silva, Director General of the FAO

This article will be published in the next edition of the Slow Food Almanac, available to all Slow Food members from October. Read the 2013 edition here. 

Link:

Making cashews safer for those with allergies


Date: August 11, 2014

Source: American Chemical Society (ACS)

Summary:
For the millions of adults and children in the U.S. who have to shun nuts to avoid an allergic reaction, help could be on the way. Scientists are now developing a way to process cashews — and potentially other nuts — that could make them safer for people who are allergic to them.

For the millions of adults and children in the U.S. who have to shun nuts to avoid an allergic reaction, help could be on the way. Scientists are now developing a method to process cashews -- and potentially other nuts -- that could make them safer to eat for people who are allergic to them.

The researchers are presenting their work at the 248th National Meeting & Exposition of the American Chemical Society (ACS) in San Fransisco.

"The only widely accepted practice for preventing an allergic reaction to nuts is strict avoidance -- stay away from the food," notes Chris Mattison, Ph.D. "Clinical trials to test immunotherapy are underway, but we're approaching it from an agricultural perspective rather than medical. Can we change the food, instead of treating the person, so we can eliminate or reduce severe reactions?"

For those with food allergies, responses to offending products can range from mild itching in the mouth or skin to life-threatening anaphylaxis, which makes it hard to breathe. Once every three minutes, someone in the U.S. ends up in the emergency room due to a food allergy reaction -- that adds up to about 200,000 visits a year.

To try to reduce those numbers, Mattison's team is looking at ways to modify proteins in tree nuts and peanuts (which are legumes) that trigger an immune response in people who are allergic. The response is launched by antibodies called immunoglobulin E (IgE), which recognize and latch onto the proteins. Mattison explains that changing the shape of the proteins makes it harder for IgE to find them.

But past research taking this approach has involved harsh chemicals. Mattison, a researcher with the Agricultural Research Service branch of the U.S. Department of Agriculture, wanted to see if his team could achieve the same results, but using compounds that are "generally regarded as safe," or GRAS. These are substances that are accepted by the Food and Drug Administration for use in food and pharmaceuticals.

"We found that the GRAS compound sodium sulfite can effectively disrupt the structure of a couple of the cashew allergens," Mattison says. "And we've done a couple of different tests to show we reduced IgE binding to the proteins when they've been treated with sodium sulfite."

Next, they plan to conduct experiments on whole nuts and test the modified proteins on cells in the lab to see how they respond. They're also looking at enzymes, which are molecules that can cut up proteins, as candidates to disrupt the allergens.

And, although this particular report focuses on cashew proteins, Mattison says the work could have broader implications. The kinds of allergenic proteins the GRAS compound and enzymes affect are not exclusive to one kind of nut.

"One of our goals is to apply our knowledge from the cashew experiments to other tree nuts and to peanuts," he says.

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Chemical Society (ACS). Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:

American Chemical Society (ACS). "Making cashews safer for those with allergies
." ScienceDaily. ScienceDaily, 11 August 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/08/140811124336.htm>.

Link:

Keeping filler ingredients out of your cup of coffee

Date: August 11, 2014

Source: American Chemical Society (ACS)

Summary:
Coffee drinkers beware: Surprise ingredients may be hiding in your coffee, and growing shortages may well increase the chance of having more fillers in the future. A new test may quickly find them before the beverage reaches stores and restaurants.
A new test could detect unwanted fillers like wheat, corn and soybeans that might be lurking in your cup of coffee.
Credit: American Chemical Society

Coffee drinkers beware: Surprise ingredients that are neither sweet nor flavorful may be hiding in your coffee, and growing coffee shortages may increase the chance of having these fillers in your cup of joe in the future. The good news is that a highly accurate test is in the works to quickly find coffee containing unwanted fillers before the beverage reaches stores and restaurants.

These extra ingredients, though not harmful, make ground coffee go farther and increase profits for producers, according to researchers. Their report will be part of the 248th National Meeting & Exposition of the American Chemical Society (ACS), the world's largest scientific society. The meeting features nearly 12,000 reports and is being held here through Thursday.

A test to detect counterfeit coffees is becoming more important in light of growing shortages in regions, such as Brazil, where droughts and plant diseases have dramatically cut back coffee supplies. "With a lower supply of coffee in the market, prices rise, and that favors fraud because of the economic gain," says research team leader Suzana Lucy Nixdorf, Ph.D.

In 2012, a study from the U.K.'s Royal Botanic Gardens and the Environment stated that 70 percent of the world's coffee supply might disappear by 2080 because of conditions caused by climate change. But shortages due to more immediate issues already are occurring. The coffee-rich country of Brazil typically produces 55 million bags of coffee each year. But according to some reports, the projected amount for 2014 will likely only reach 45 million bags after this January's extensive drought. That's about 42 billion fewer cups of coffee for this year.

Now, however, Nixdorf and her team at State University of Londrina in Brazil have developed a way to nip coffee counterfeiting in the bud.

"With our test, it is now possible to know with 95 percent accuracy if coffee is pure or has been tampered with, either with corn, barley, wheat, soybeans, rice, beans, acai seed, brown sugar or starch syrup," she says. The problem, she explains, is that "after roasting and grinding the raw material, it becomes impossible to see any difference between grains of lower cost incorporated into the coffee, especially because of the dark color and oily texture of coffee."

In new research, the team is now analyzing several fillers that are considered impurities rather than adulterants. These impurities can even be parts of the coffee plants, introduced at harvest, that are not really supposed to be in the final product. Wood, twigs, sticks, parchment, husks, whole coffee berries or even clumps of earth that are almost the same color as coffee have been found. Identifying them is essential because if there is a large amount of impurities, they were probably added purposefully -- not by accident, as some producers claim, says Nixdorf.

Currently, tests to detect these unwanted additives require scientists to check the coffee, and those tests are subjective -- not quantitative, she says. With these tests, the scientists look at the coffee under a microscope or identify various additives by simply tasting the coffee. In contrast, the new test uses liquid chromatography and statistical tools. This gives her team a much closer look at the ingredients in an unbiased way, according to Nixdorf. Chromatography is a powerful analytical technique that is very sensitive and highly selective.

Because much of the coffee is composed of carbohydrates, researchers could develop a "characteristic fingerprint" when using chromatography that separates out the real coffee compounds, says Nixdorf. The added, unwanted grain fillers generate different levels of sugars than the natural ingredients, so they are easy to identify, she explains.

Nixdorf acknowledges funding from the Government of Brazil's Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Financiadora de Estudos e Projetos and Fundação Araucária- Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná Productivity Scholarship.

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Chemical Society (ACS). Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:

American Chemical Society (ACS). "Keeping filler ingredients out of your cup of coffee." ScienceDaily. ScienceDaily, 11 August 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/08/140811124330.htm>.

Link:

Digoxin tied to increased risk of death in patients with atrial fibrillation

Date: August 11, 2014

Source: Stanford University Medical Center

Summary:
In 'An Account of the Foxglove and Some of its Medical Uses,' published in 1785, Sir William Withering cautioned readers that extracts from the plant foxglove, also called digitalis, was not a perfect drug. 'Time will fix the real value upon this discovery,' he wrote. Now, more than 200 years later, researchers have validated Withering's warning with the discovery that patients with atrial fibrillation who are treated with the digitalis-derivative digoxin are more likely to die than similar patients who received different treatments.

In An Account of the Foxglove and Some of its Medical Uses, published in 1785, Sir William Withering cautioned readers that extracts from the plant foxglove, also called digitalis, was not a perfect drug. "Time will fix the real value upon this discovery," he wrote.

Now, more than 200 years later, researchers at the Stanford University School of Medicine have validated Withering's warning with the discovery that patients with atrial fibrillation -- a rapid and irregular heart rhythm -- who are treated with the digitalis-derivative digoxin are more likely to die than similar patients who received different treatments.

"The take-home point is to question whether people should really be on this drug," said the study's lead author, Mintu Turakhia, MD, assistant professor of cardiology at Stanford and director of cardiac electrophysiology at the Veterans Affairs Palo Alto Health Care System. "These data challenge the current guidelines."

The study will be published online Aug. 11 in theJournal of the American College of Cardiology, and will appear in the Aug. 19 print issue of the journal.

Turakhia and his team analyzed records from 122,465 patients who received a new diagnosis of atrial fibrillation from the U.S. Department of Veterans Affairs health-care system between 2003 and 2008. Doctors prescribed digoxin to 23 percent of the patients, and 70 percent of those patients were still on the drug one year later. Patients treated with digoxin were 1.2 times more likely to die than comparable patients prescribed other therapies. Patients receiving digoxin were more likely to die regardless of age; use of other drugs such as beta-blockers, amiodarone or warfarin; or the presence of other factors such as kidney disease, heart attack or heart failure, the study found.

"This is going to be as close to proof positive as we get because we may never have a randomized trial of this drug," Turakhia said. Pharmaceutical companies lack the incentive to finance studies on a long-accepted, generic drug.

Although recent studies showed mixed results, doctors and patients trusted digoxin because of its historic status, Turakhia said.

"There's an evidence gap," he said, adding that he launched the investigation because digoxin hasn't been rigorously tested like the many other atrial fibrillation treatment options.

The VA patient pool was predominantly male -- only 1,980, or 1.6 percent, were female -- and Turakhia has called for additional studies to establish whether the results are applicable to women as well.

Turakhia said many other drugs with better safety results are available to treat atrial fibrillation. Digoxin slows the heart rate but does not correct it to a normal rhythm. "We are not asserting this drug should never be used," he said. "However, in light of the many other drugs that can be used to slow down the heart rate in atrial fibrillation, patients and providers need to ask whether digoxin should be the treatment of choice when there are other, safer drugs. "

Story Source:

The above story is based on materials provided by Stanford University Medical Center. The original article was written by Becky Bach. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Mintu P. Turakhia, Pasquale Santangeli, Wolfgang C. Winkelmayer, Xiangyan Xu, Aditya J. Ullal, Claire T. Than, Susan Schmitt, Tyson H. Holmes, Susan M. Frayne, Ciaran S. Phibbs, Felix Yang, Donald D. Hoang, P. Michael Ho, Paul A. Heidenreich. Increased Mortality Associated With Digoxin in Contemporary Patients With Atrial Fibrillation. Journal of the American College of Cardiology, 2014; 64 (7): 660 DOI: 10.1016/j.jacc.2014.03.060

Cite This Page:

Stanford University Medical Center. "Digoxin tied to increased risk of death in patients with atrial fibrillation." ScienceDaily. ScienceDaily, 11 August 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/08/140811170102.htm>.

Link:

Rooting out skin creams that contain toxic mercury 


Date: August 13, 2014

Source: American Chemical Society (ACS)

Summary:
As most countries try to rid themselves of mercury pollution, some people are massaging creams containing the metal directly onto their skin to lighten it, putting themselves and others at risk for serious health problems. To find those most at risk, scientists are reporting that they can now identify these creams and intervene much faster than before.
Skin-lightening creams containing mercury, including the recalled product above, could come with a serious health cost to users and those living with them.
Credit: California Department of Public Health

As countries try to rid themselves of toxic mercury pollution, some people are slathering and even injecting creams containing the metal onto or under their skin to lighten it, putting themselves and others at risk for serious health problems. To find those most at risk, scientists are reporting today that they can now identify these creams and intervene much faster than before. They're speaking at the 248th National Meeting & Exposition of the American Chemical Society (ACS).

"In the U.S., the limit on mercury in products is 1 part per million," says Gordon Vrdoljak, Ph.D., of the California Department of Public Health. "In some of these creams, we've been finding levels as high as 210,000 parts per million -- really substantial amounts of mercury. If people are using the product quite regularly, their hands will exude it, it will get in their food, on their countertops, on the sheets their kids sleep on."

Identifying the toxic products has been a slow process, however. So, Vrdoljak turned to an instrument that uses a technique called total reflection x-ray fluorescence. He found that the machine can screen product samples for mercury content far more efficiently, and just as accurately, as its well-established but time-consuming counterpart. That means the team he works with and others around the country will be able to identify the sources of mercury poisoning and help those affected much faster than before.

"Testing one product using the old technique could take days," he said. "Using the new instrument, I can run through 20 or 30 samples in a day quite easily. By identifying those products that contain mercury, we can direct people to remove them and clean up their households."

Although the metal does lighten skin, dark spots and even acne, research has shown that the silvery liquid can cause a number of health problems, including lower cognitive functioning, kidney damage, headaches, fatigue, hand tremors, depression and other symptoms. As a result, the U.S. and many other countries have set low limits on or have banned mercury in consumer products.

But demand is high among certain populations for these skin-lightening products. People bring them into the U.S. in their personal luggage from other regions where the creams are popular, including Asia, Central America, the Middle East and Africa, Vrdoljak explains. Then they distribute the creams to friends and families or sell them through small ethnic stores -- off the regulatory radar.

When cream users start noticing hand shaking, headaches and other symptoms, they visit their doctors. Through a urine test, they can find out whether they have high levels of mercury. In these cases, Vrdoljak says his team can step in. They analyze dozens of bottles and containers from the patients' homes to root out the products that contain mercury. Their work has led to two product recalls earlier this year, but often, they find the cosmetics are homemade and come in unmarked containers.

"In the U.S., it's hard to gauge how much of these products are being used," Vrdoljak says. "But at least with this new technique, we can identify them much faster and help more people than before."

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Chemical Society (ACS). Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:

American Chemical Society (ACS). "Rooting out skin creams that contain toxic mercury 
." ScienceDaily. ScienceDaily, 13 August 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/08/140813103019.htm>.

Link:

Protein found to block benefits of vitamin A cancer therapy

Date: August 14, 2014

Source: VCU Massey Cancer Center

Summary:
Retinoic acid is a form of vitamin A that is used to treat and help prevent the recurrence of a variety of cancers, but for some patients the drug is not effective. The reason for this resistance was unclear until this week when researchers demonstrated that a protein known as AEG-1 blocks the effects of retinoic acid in leukemia and liver cancer. Because AEG-1 is overexpressed in nearly every cancer, these findings could impact the care of countless cancer patients.

Retinoic acid is a form of vitamin A that is used to treat and help prevent the recurrence of a variety of cancers, but for some patients the drug is not effective. The reason for this resistance was unclear until this week when researchers from Virginia Commonwealth University (VCU) Massey Cancer Center demonstrated that a protein known as AEG-1 blocks the effects of retinoic acid in leukemia and liver cancer. Because AEG-1 is overexpressed in nearly every cancer, these findings could impact the care of countless cancer patients.

Details of the study were published this week in the online edition of the journal Cancer Research, a journal of the American Association for Cancer Research. The team of scientists led by Devanand Sarkar, M.B.B.S., Ph.D., demonstrated that the protein AEG-1 binds to retinoid X receptors (RXR), which help regulate cell growth and development. RXR is typically activated by retinoic acid, but the overexpressed AEG-1 proteins found in cancer cells block these signals and help promote tumor growth. Using complex animal models, the researchers showed that blocking the production of AEG-1 allowed retinoic acid to profoundly kill liver cancer cells.

"Our findings are the first to show that AEG-1 interacts with the retinoid X receptor," says Sarkar, Harrison Scholar at VCU Massey Cancer Center, Blick Scholar and associate professor in the Department of Human and Molecular Genetics and member of the VCU Institute of Molecular Medicine (VIMM) at VCU School of Medicine. "This research has immediate clinical relevance such that physicians could begin screening cancer patients for AEG-1 expression levels in order to determine whether retinoic acid should be prescribed."

Sarkar and his colleagues have been studying AEG-1 for years. They were the first to create a mouse model demonstrating the role of AEG-1 in liver cancer, and they have been actively working to develop targeted therapies that block AEG-1 production. The present study expanded their knowledge of the molecular interactions of AEG-1.

"We are continuing to test combination therapies involving AEG-1 inhibition and retinoic acid in animal models, and the initial results are promising," says Sarkar. "If we continue to see these results in more complex experiments, we hope to eventually propose a phase 1 clinical trial in patients with liver cancer."

Sarkar collaborated on this study with Paul B. Fisher, M.Ph., Ph.D., Thelma Newmeyer Corman Endowed Chair in Cancer Research and co-leader of the Cancer Molecular Genetics research program at Massey, chairman of the Department of Human and Molecular Genetics at VCU School of Medicine and director of the VIMM; Jolene Windle, Ph.D., professor in the Department of Human and Molecular Genetics at the VCU School of Medicine and Irene Shaw Grigg Distinguished Professor in Genetics Research, co-leader of the Cancer Molecular Genetics research program and resource director of the Transgenic/Knock-out Mouse Facility at Massey; Luni Emdad, M.B.B.S., Ph.D., member of the Cancer Molecular Genetics research program at Massey and assistant professor in the Department of Human and Molecular Genetics at the VCU School of Medicine; Jyoti Srivastava, Ph.D., Chadia L. Robertson, Devaraja Rajasekaran, Ph.D., Rachel Gredler and Ayesha Siddiq, Ph.D., all from the Department of Human and Molecular Genetics at the VCU School of Medicine; Shobha Ghosh, Ph.D., associate chair for research in the Department of Internal Medicine at the VCU School of Medicine; Phillip B. Hylemon, Ph.D., member of the Cancer Cell Signaling research program at Massey and professor of microbiology and immunology at the VCU School of Medicine; Gregorio Gil, Ph.D., professor of biochemistry and molecular biology at the VCU School of Medicine; and Khalid Shah, Ph.D., and Deepak Bhere, Ph.D., from Harvard Medical School.

This study was supported by National Cancer Institute grant R01 CA 138540; National Institutes of Health grant R01 CA134721; the James S. McDonnel Foundation; and, in part, by VCU Massey Cancer Center's NIH-NCI Cancer Center Support Grant P30 CA016059.

Story Source:

The above story is based on materials provided by VCU Massey Cancer Center.Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Jyoti Srivastava, Chadia L. Robertson, Devaraja Rajasekaran, Rachel Gredler, Ayesha Siddiq, Luni Emdad, Nitai D. Mukhopadhyay, Shobha Ghosh, Phillip B. Hylemon, Gregorio Gil, Khalid Shah, Deepak Bhere, Mark A. Subler, Jolene J. Windle, Paul B. Fisher, and Devanand Sarkar. AEG-1 Regulates Retinoid X Receptor and Inhibits Retinoid Signaling. Cancer Research, 2014; DOI:10.1158/0008-5472.CAN-14-0421

Cite This Page:

VCU Massey Cancer Center. "Protein found to block benefits of vitamin A cancer therapy." ScienceDaily. ScienceDaily, 14 August 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/08/140814003825.htm>.

Link:

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Anvisa: 38% dos serviços de alimentação têm padrão sanitário considerado ideal

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem (5) que 38% dos estabelecimentos de alimentação avaliados pelo órgão foram classificados na categoria A e, portanto, mantêm um padrão sanitário considerado ideal.

Ao todo, 1.921 serviços de alimentação em 26 cidades, incluindo 11 das 12 cidades-sede (exceto Salvador), passaram voluntariamente pela inspeção – 41% deles foram classificados na categoria B, 15% na categoria C e 6% como pendentes.

Em relação aos serviços de alimentação localizados em 11 dos 12 aeroportos das cidades-sede (exceto o de Manaus), 53% foram classificados na categoria A, 39% na categoria B, e 6% na categoria C. Dois por cento foram qualificados como pendentes.

A gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, ressaltou que os números desta edição são melhores do que os índices divulgados anteriormente. Em relação ao total de serviços de alimentação avaliados nos dois ciclos, 49% melhoraram, 40% se mantiveram no mesmo patamar e 11% pioraram.

Em relação aos 241 estabelecimentos que constavam como pendentes, 9% passaram a ser classificados na categoria A, 38% na categoria B e 28% na categoria C. Outros 25% permanecem como pendentes.

“O projeto mostra para os cidadãos, para o consumidor, o resultado da inspeção da vigilância sanitária”, disse Denise. “Muitas vezes, o consumidor não sabe o resultado dessa inspeção”, completou.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, avaliou que a estratégia visa a atacar “algo que já preocupava” – o risco associado ao consumo de alimentos durante períodos como a Copa do Mundo, quando a maioria das pessoas se alimenta fora de casa e em estabelecimentos comerciais.

“Essa ação torna o olhar da vigilância sanitária muito mais frequente e dirigido e possibilita que o próprio consumidor exerça o papel de vigilância”, destacou

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o projeto de categorização dos estabelecimentos de alimentação representa uma oportunidade de fazer o processo de qualificação da vigilância sanitária de maneira diferente. “Temos hoje mais segurança, mais qualidade”, disse. Segundo ele, o governo estuda a possibilidade de universalizar o projeto.

As inspeções do projeto de categorização foram feitas pelas vigilâncias locais, com o apoio da Anvisa. As cidades participantes definiram os estabelecimentos que participaram de acordo com critérios locais, como rotas turísticas, circuitos gastronômicos e áreas de lazer.

Por Paula Laboissière, da Agência Brasil.

EcoDebate, 06/06/2014

Link:
http://www.ecodebate.com.br/2014/06/06/anvisa-38-dos-servicos-de-alimentacao-tem-padrao-sanitario-considerado-ideal/

Estudo americano aponta relação entre autismo e pesticidas

Uma mulher grávida que vive perto de uma fazenda onde são utilizados pesticidas tem 66% mais chances de ter uma criança autista, revelam pesquisadores da Universidade da Califórnia Davis em um estudo [Neurodevelopmental Disorders and Prenatal Residential Proximity to Agricultural Pesticides: The CHARGE Study] publicado nesta segunda-feira. Matéria da AFP, no Yahoo Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.

Esta pesquisa publicada na revista Environmental Health Perspectives analisa a associação entre viver perto de um lugar onde são usados pesticidas e os nascimentos de crianças autistas, apesar de não deduzir uma relação de causa e efeito.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que atinge uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos. Um número crescente em relação a 2000, quando a desordem afetava uma em cada 150 crianças americanas.

Os pesquisadores compararam dados sobre a utilização de pesticidas na Califórnia na residência de 1.000 pessoas que participaram de um estudo de famílias com crianças autistas.

“Observamos onde viviam os participantes do estudo durante a gravidez e no momento do nascimento”, explicou um dos autores do estudo, Irva Hertz-Picciotto, vice-presidente do departamento de Ciências e Saúde Pública da Universidade Davis da Califórnia.

“Constatamos que foram utilizados vários tipos de pesticidas, em sua maioria perto das casas onde as crianças desenvolveram autismo ou distúrbios cognitivos.”

Cerca de um terço dos participantes do estudo vivia a entre 1,25 e 1,75 quilômetros de onde foram usados pesticidas.

Os pesquisadores também descobriram que os riscos foram maiores quando o contato com o pesticida se deu entre o segundo e o terceiro mês de gravidez.

O desenvolvimento do cérebro do feto poderia ser particularmente sensível a pesticidas, de acordo com os autores do estudo.

“Este estudo confirma os resultados de pesquisas anteriores que constataram ligações na Califórnia entre o fato de uma criança ter autismo e estar exposto a produtos químicos agrícolas durante a gravidez”, indicou Janie Shelton, co-autora do estudo.

“Apesar de ainda termos que ver se alguns subgrupos são mais sensíveis do que outros a exposição a pesticidas, a mensagem é clara: as mulheres grávidas devem prestar atenção e evitar qualquer contato com produtos químicos agrícolas.”

Neurodevelopmental Disorders and Prenatal Residential Proximity to Agricultural Pesticides: The CHARGE Study
Environ Health Perspect; DOI:10.1289/ehp.1307044

PDF Version (424 KB) | Supplemental Material (563 KB)
Abstract

Background: Gestational exposure to several common agricultural pesticides can induce developmental neurotoxicity in humans, and has been associated with developmental delay and autism.

Objectives: To evaluate whether residential proximity to agricultural pesticides during pregnancy is associated with autism spectrum disorders (ASD) or developmental delay (DD) in the Childhood Autism Risks from Genetics and Environment (CHARGE) Study.

Methods: The CHARGE study is a population-based case-control study of ASD, developmental delay (DD), and typical development. For 970 participants, commercial pesticide application data from the California Pesticide Use Report (1997-2008) were linked to the addresses during pregnancy. Pounds of active ingredient applied for organophophates, organochlorines, pyrethroids, and carbamates were aggregated within 1.25km, 1.5km, and 1.75km buffer distances from the home. Multinomial logistic regression was used to estimate the odds ratio (OR) of exposure comparing confirmed cases of ASD (n = 486) or DD (n = 168) with typically developing referents (n = 316).

Results: Approximately one-third of CHARGE Study mothers lived, during pregnancy, within 1.5 km (just under one mile) of an agricultural pesticide application. Proximity to organophosphates at some point during gestation was associated with a 60% increased risk for ASD, higher for 3rd trimester exposures [OR = 2.0, 95% confidence interval (CI) = (1.1, 3.6)], and 2nd trimester chlorpyrifos applications: OR = 3.3 [95% CI = (1.5, 7.4)]. Children of mothers residing near pyrethroid insecticide applications just prior to conception or during 3rd trimester were at greater risk for both ASD and DD, with OR’s ranging from 1.7 to 2.3. Risk for DD was increased in those near carbamate applications, but no specific vulnerable period was identified.

Conclusions: This study of ASD strengthens the evidence linking neurodevelopmental disorders with gestational pesticide exposures, and particularly, organophosphates and provides novel results of ASD and DD associations with, respectively, pyrethroids and carbamates.

EcoDebate, 24/06/2014

Link:

Patativa-tropeira (Sporophila beltoni): Nova espécie de ave é descoberta no Brasil e já está ameaçada

Ornitólogos descreveram a patativa-tropeira (Sporophila beltoni), ave que ocorre no Cerrado e nos campos de altitude associados à Floresta com Araucárias, ecossistema brasileiro quase extinto
A patativa-tropeira (Sporophila beltoni) é a mais nova espécie descoberta por meio do apoio da Fundação Grupo Boticário. Crédito: Márcio Repenning

Uma nova espécie de ave que só ocorre no Brasil foi descoberta por ornitólogos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O estudo, conduzido por Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana, foi publicado no periódico norte-americano The Auk – American Ornithologists’ Union após mais de oito anos de pesquisas.

Até então se acreditava que a patativa-tropeira (Sporophila beltoni) era da mesma espécie que a já conhecida patativa-verdadeira (Sporophila plumbea). Porém, após uma pesquisa financiada também pela Fundação Grupo Boticário, percebeu-se que ela possuía características que a diferenciavam das outras, tratando-se de uma nova espécie. “A ave recém-descoberta possui plumagem e canto diferentes, além de usar seu habitat de forma própria”, explica Repenning. O nome popular da nova espécie é alusivo aos limites da área de reprodução e regiões por onde a ave migra. Essas áreas coincidem com as regiões da rota que os tropeiros utilizavam no Sul do país, desde o século XVIII, para conduzir rebanhos e carne seca que seriam comercializados no Sudeste brasileiro.

A patativa-tropeira ocorre desde o nordeste do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, nos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Porém, apesar de ter como distribuição uma extensão razoavelmente grande, incluindo diversos estados brasileiros, essa espécie já ‘nasce’ ameaçada. Um dos motivos dessa realidade é porque a reprodução da espécie acontece nos campos naturais em bom estado de conservação das regiões altas e montanhosas do Sul, como os Campos Gerais do Paraná, o Planalto Catarinense e os Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, sempre em áreas junto da Floresta com Araucárias, ecossistema bastante ameaçado.

Após o período de reprodução (de novembro a março), a chegada do frio mais rigoroso no Sul faz com que o capim utilizado pela patativa-tropeira não frutifique mais. Com a redução na disponibilidade do alimento, a ave migra temporariamente para o Bioma Cerrado, em áreas de Minas Gerais principalmente, permanecendo na região de abril a outubro.

Ecossistema onde a espécie se reproduz está quase extinto

Os campos de altitude associados à Floresta com Araucárias, onde a espécie se reproduz, vem sofrendo drasticamente em decorrência da contínua e rápida degradação e fragmentação dos ambientes naturais, bem como da substituição de espécies nativas por exóticas como o pinus (Pinus elliottii) e o barramento de rios para geração de energia. A própria Floresta com Araucárias tem apenas 3% de sua cobertura original, sendo alvo contínuo do avanço agrícola desordenado que destrói cada vez mais os ambientes naturais. Repenning explica que a patativa-tropeira depende desse ecossistema misto (em mosaico na paisagem), considerado praticamente extinto. “Ela necessita de áreas específicas para se reproduzir e que invariavelmente estão próximas a matas ciliares ou entremeadas com manchas de capões de florestas típicos dos campos com araucárias, por isso a necessidade de se conservar esse ecossistema tão ameaçado”, comenta.

Além disso, com base nas pesquisas, estima-se que haja cerca de 4.500 casais na natureza, número considerado baixo para aves. Outra dificuldade que a patativa-tropeira enfrenta e que a deixa vulnerável é a captura de indivíduos silvestres para abastecer o mercado clandestino de pássaros. “Por conta da somatória dessas situações, essa nova espécie já é considerada globalmente em perigo de extinção, conforme atualização da lista nacional de espécies ameaçadas de extinção que está em preparação”, destaca o pesquisador.

Habitats da espécie favoreciam sua descoberta

Por viver e se reproduzir exclusivamente em campos abertos com ausência de formação florestal, seja no Cerrado ou na Mata Atlântica, a ave já poderia ter sido descrita há muito tempo. “Isso não aconteceu por falta de pesquisa básica. Reconhecer e nomear espécies são alicerces para explorar questões mais complexas sobre a biodiversidade e os ecossistemas”, ressaltam os pesquisadores responsáveis pelo estudo.

De acordo com Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, instituição apoiadora do projeto que descobriu a ave, fomentar o desenvolvimento científico é indispensável para ampliar o conhecimento da biodiversidade brasileira. “Só é possível conservar aquilo que conhecemos. Por isso, a pesquisa científica é um importante subsídio para o avanço na proteção dos ambientes naturais brasileiros, bem como da fauna que neles ocorrem”, destaca. Para Nunes, quando um projeto descobre uma espécie, viabiliza a proposição de estratégias adequadas de conservação, tanto dela como de seu habitat, facilitando a implementação de políticas públicas mais assertivas e eficientes para protegê-los. Em 24 anos, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.398 projetos, contribuindo para a descrição de 70 novas espécies.

Edital busca novos projetos de conservação da natureza no Sul

Para ampliar o conhecimento dos ecossistemas ameaçados do Sul do país e proteger espécies como a própria patativa-tropeira, a Fundação Grupo Boticário abriu o Edital de Apoio a Projetos com foco nos ecossistemas sulinos. Podem se inscrever autores de pesquisas que busquem a conservação da biodiversidade no Bioma Pampa, exclusivo do Rio Grande do Sul, além daquelas com foco nos ecossistemas Floresta com Araucárias e Campos Sulinos Associados, ambos integrantes do Bioma Mata Atlântica e que ocorrem principalmente no três estados do Sul.

Sobre a Fundação Grupo Boticário – A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.398 projetos de 480 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.

EcoDebate, 04/08/2014

Link:

Ceará: Cultivo de plantas serve como tratamento terapêutico para ex-dependentes de álcool

Por Roberta Tavares 
30 de julho de 2014

A hortoterapia ocorre duas vezes por semana, com o preparo dos canteiros para as mudas e com a colheita para produção de medicamentos fitoterápicas
Usuários ficam responsáveis desde a produção até a colheita (FOTO: Roberta Tavares/Tribuna do Ceará)

Difícil encontrar quem não goste de cuidar de um jardim, de uma pequena horta ou mesmo de um vasinho de planta. Além do prazer e do cuidado, a interação com a natureza está ajudando também na recuperação de ex-usuários de drogas e bebidas alcoólicas em Fortaleza. “Eu cuido das plantas, adubo, varro o jardim. É melhor estar aqui, porque não penso em beber”, admite José Almir da Cunha, um dos beneficiados do projeto “Farmácia Viva e Saúde Mental”.

A oficina ajuda usuários da Rede de Atenção Psicossocial da Regional IV e acontece desde 2008, no Bairro Itaperi. O início foi possível graças a parceria com a Universidade Estadual do Ceará (UFC), que foi a doadora das mudas para a unidade. O trabalho ocorre duas vezes por semana, com o preparo dos canteiros para as mudas e o cultivo de plantas medicinais e leguminosas: tem capim-santo, erva cidreira, alecrim-pimenta, babosa, coentro e cebola. Tudo é plantado e cuidado por cerca de 10 homens em recuperação. “Estou há quatro anos aqui. Venho cinco dias por semana, participo de palestras, onde me perguntam como está a minha vida, o meu tratamento”, comenta José Almir.

O interessante é que os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) também participam da colheita do que foi plantado, para a produção de medicamentos fitoterápicos, como sabonetes líquidos antissépticos e tinturas dermatológicas. A produção é comercializada na própria comunidade e em feiras artesanais realizadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O dinheiro arrecadado é convertido para compra de ferramentas e adubos para o projeto.

Preocupado com o funcionamento do horto, Paulo César Martins rega as plantas praticamente todos os dias da semana, mesmo que não seja dia de oficina no horto. “Quando eu venho falar com a médica, para a consulta, aproveito e depois venho aguar, porque não tem outra pessoa para fazer isso. Aqui tem cebola, coentro, gengibre. Olha aqui [apontado para os coentros], tá vendo? Eles já estão nascendo”, comemora o usuário, que está no projeto há pouco mais de seis meses. “Eu bebia muito. Pra mim aqui é bom demais, porque não tem aquele sufoco do dia a dia, sabe?”

Link do texto e para ver galeria de fotos:

11º Workshop de Plantas Medicinais: A Academia e os Estudos com Plantas Medicinais

13/08/2014

Agência FAPESP – O Instituto de Biociências (IB) e a Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, promovem entre 4 e 6 de setembro a 11ª edição do Workshop de Plantas Medicinais, com o tema central “A Academia e os estudos em plantas medicinais”.

Haverá palestras e a mesa-redonda “Experiências com plantas medicinais nas áreas de Agronomia, Saúde e Biológicas”. A programação ainda conta com minicursos sobre homeopatia em plantas medicinais, óleos essenciais, etnobotânica, herborização, entre outros.

A inscrição de resumos de painéis pode ser feita até o dia 18 de agosto. O evento será realizado no Instituto de Biociências de Botucatu, no distrito de Rubião Júnior, s/n.

A programação completa pode ser conferida em http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/ibb/.

Link:

Cisternas de enxurrada garantem produção agrícola com água de chuva em comunidades Fundo de Pasto de Uauá, BA

Região conhecida nacionalmente como terra do bode e referência em todo Semiárido brasileiro pelo trabalho de beneficiamento de frutas da Caatinga, especialmente o umbu, Uauá, no sertão da Bahia, é um dos municípios contemplados pelo Projeto Mais Água, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza da Bahia – Sedes, que nesta região é executado pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa.

Ao longo do Projeto, cerca de 180 comunidades do município serão contempladas com um total de 173 implementações, em sua maioria em comunidades de Fundo de Pasto. D. Marlene, D. Adriana e S. João Bosco estão entre as/os beneficiários/as do projeto que já estão usando a água armazenada na cisterna de enxurrada com as últimas chuvas para cultivar alimentos.

Trabalho em família

Marlene Silva de Aquino Almeida, de 30 anos, vive com a filha e o esposo na comunidade de Volta do Rabelo, a 12 km da sede de Uauá. Beneficiária do Mais Água, ela mostra com satisfação os primeiros resultados do projeto, destacando que a chegada da cisterna animou algumas pessoas da sua família a se unirem para cultivar a horta e o pomar ao lado da tecnologia de captação e armazenamento de água da chuva. As chuvas que caíram no mês de dezembro encheu a cisterna e a água vem sendo usada para manter o cultivo de coentro, cebolinha, alface, pimentão, quiabo, mandioca, além de plantas medicinais e fruteiras como mamão, pinha, acerola, maracujá e goiaba.

O cunhado de Marlene, S. Rogério de Almeida, relata que “quando um não pode molhar, o outro molha, a gente tem união pra plantar né, cuidar e cada um ter seu canteiro”. Marlene completa dizendo que não basta apenas a vontade de plantar, mas “tem que saber também cuidar”, diz tomando como base o esforço coletivo que membros das famílias estão tendo para confirmar a eficácia da tecnologia implantada na propriedade. Para Marlene, só o fato de não comprar mais os produtos que agora tem ao lado de casa e todos sem agrotóxicos, já é uma grande contribuição do projeto. À espera da segunda filha, os planos da agricultora são de “futuramente poder vender, poder ajudar a comunidade também, não pensar só na gente”.

Segurança Alimentar e complemento à renda

Na Fazenda São Bento, a cisterna também já está contribuindo para algumas mudanças na família de D. Adriana Cardoso Varjão. Além do consumo de hortaliças como couve e coentro na alimentação cotidiana, tudo produzido de forma orgânica nos canteiros construídos também pelo projeto, a venda do excedente desses produtos na Feira da cidade já é uma realidade.

D. Adriana, que também é criadora de abelhas e preside a Associação de Apicultores da Fazenda São Bento, conta que a família sempre fez plantios de chuva, mas agora experimenta cultivos permanentes a serem irrigados com a água armazenada na cisterna de enxurrada. Junto com o esposo, S. José Carlos Santana, ela vem cuidando da produção e está sempre em busca de mudas, principalmente de fruteiras.

Na área de Fundo de Pasto onde o casal mora com os filhos, além da criação de caprinos e ovinos e da apicultura, a família agora passará também a ter para o sustento, podendo até vender, alimentos como abobrinha, pinha, manga, seriguela, acerola, umbuzeiro, além de ervas bastante usadas na medicina alternativa como capim santo e hortelã.

O adubo utilizado vem dos animais da propriedade e a cisterna possibilita cultivar também alimento para o rebanho, conta D. Adriana, que está apostando também no plantio de forragem como capim e sorgo.

Complementação de tecnologias

Na comunidade de Ouriciu, região de vasta Caatinga, as famílias estão apostando na preservação. A caprinovinocultura, no modo de criação em área coletiva (Fundo de Pasto), ainda é uma das principais fontes de renda. Para complementar esta prática e garantir o armazenamento da água da chuva, S. José Bosco Pedro Mariano conta que está ansioso para cultivar a partir da cisterna de enxurrada que recebeu do governo, através do Irpaa, no Projeto Mais Água.

Os 52 mil litros de água hoje guardados na cisterna serão utilizados para manter cultivos deraízes como mandioca, beterraba, cenoura, planeja S. João Bosco. Uma grande vantagem é que sua propriedade fica ao lado de outra cisterna de enxurrada, a do seu vizinho Antônio Ferreira Matos, também contemplado com o projeto, e ambos compartilham uma área de captação de uma barragem subterrânea, construída pela Articulação do Semiárido (Asa). A barragem, que fica situada entre as duas cisternas, está na terra de S. Antônio, mas o cultivo pode ser feito nas duas propriedades.

Assim, o uso da água da cisterna certamente será menor, permitindo uma economia na irrigação e aumentando a possibilidade de cultivos. Atualmente, nas áreas já estão sendo colhidos legumes como feijão de corda, maxixe, frutas a exemplo de melancia, além de hortaliças. Os agricultores estão vendo se desenvolver também sorgo, banana, limão, acerola, tomate, mamão e até abacaxi.

Saiba mais sobre o Projeto Mais Água

O Projeto Mais água executado pelo Irpaa vai instalar um total de 651 tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva e realizar atividades voltadas para a Convivência com o Semiárido em cinco municípios dos Territórios do Sertão do São Francisco, Norte de Itapicuru e Itaparica, na Bahia. Trata-se de um total de 885 famílias dos municípios de Abaré, Curaçá, Uauá, Jaguarari e Andorinhas que além de receber as tecnologias, estão participando de cursos, visitas e intercâmbios.

Em Uauá estão sendo implementados: 77 cisternas de produção; 01 barragem subterrânea; 60 barreiros trincheiras familiares; 05 barreiros trincheiras comunitários; 10 limpezas de aguadas; 20 quintais produtivos.

Texto e Foto: Eixo Comunicação

Fonte: Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA

EcoDebate, 13/08/2014

Link: