sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Centro desvenda mecanismos das doenças inflamatórias

Publicado em 12/dezembro/2014 

Encontrar alvos para o desenvolvimento de novos tratamentos e exames, que permitam diagnósticos mais rápidos e precisos das doenças inflamatórias, é a meta de um grupo de pesquisadores da USP, da Unesp, da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos Estados Unidos. Em agosto de 2013, começaram as atividades do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Center for Research in Inflammatory Disease - CRID), coordenado pelo professor Fernando de Queiroz Cunha, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
Grupo também investiga artrite reumatoide, esclerose múltipla e psoríase

O CRID é um dos onze Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), coordenados por pesquisadores da USP e financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e reúne pesquisadores básicos e clínicos, e, ainda, químicos medicinais que sintetizam moléculas para serem testadas na produção de novos medicamentos.

A mortalidade de pessoas que desenvolvem sepse, infecção generalizada, é de cerca de 30% no mundo e de 50% no Brasil, segundo o Instituto Latino-americano da Sepse (ILAS). E, ainda, 10% da população mundial sofrem as consequências das doenças inflamatórias de origem autoimune, infeciosas e metabólicas. Essas doenças causam enormes prejuízos, tanto para o doente, com a perda da qualidade de vida, como para a sociedade, reduzindo a produtividade dessas pessoas.

Alvos

Além da sepse e da leishmaniose, que são doenças inflamatórias de origem infecciosa, a artrite reumatoide, a esclerose múltipla e a psoríase, doenças inflamatórias de origem autoimune, também são investigadas pelo grupo. E não para por ai. Eles querem saber quais são os mecanismos envolvidos na dor inflamatória e neuropática, aquela sensação dolorosa e contínua em uma ou mais parte do corpo e que está associada a doenças que afetam o sistema nervoso central. A aterosclerose, doença inflamatória de origem metabólica também é alvo das pesquisas.

Em apenas um ano, o grupo já comemora os primeiros resultados das diversas parcerias que se estabeleceram. O estudo, coordenado pelos professores (Paulo Louzada, Fernando Cunha, Thiago M. Cunha e José Carlos Alves Filho), já esclareceu os mecanismos biológicos que fazem alguns pacientes serem resistentes ao tratamento da artrite reumatoide com Metrotrexato, uma das mais importantes drogas utilizadas para o tratamento desta doença.

Segundo o professor Paulo Louzada, somente de três a seis meses após o início do uso dessa droga, era possível saber se o paciente estava respondendo adequadamente ao tratamento. “Se o paciente era resistente, as lesões nas articulações continuavam progredindo. Nossos estudos demonstram que, com um ensaio simples, podemos determinar se o paciente é ou não resistente, e sendo resistente, iniciar rapidamente um novo tratamento”, comemora.

O ensaio criado pelo grupo já foi patenteado. E está em fase de discussão, com uma empresa brasileira, a produção do reagente para a realização do exame preliminar que vai determinar se o paciente é ou não resistente.

Pós sepse, dor neuropática e leishmaniose

Outros resultados promissores são os achados em relação à sepse e a dor neuropática. Segundo os pesquisadores já é de conhecimento da ciência que a mortalidade de pacientes que desenvolvem sepse grave é muito elevada no mundo todo, inclusive no Brasil. “Mais grave é o fato de que aqueles pacientes que sobrevivem a sepse têm enorme chance de contrair uma segunda infecção, ou outras doenças e morrerem nos cinco anos subsequentes. Estes dois achados são consequência do fato que a sepse grave induz uma redução da resposta de defesa inata dos pacientes e também da resposta imune adquirida”, diz o professor Cunha.

O grupo está em vias de esclarecer os mecanismos envolvidos nestas imunodeficiências. “Estamos confiantes que em breve estaremos propondo novas drogas para prevenir deficiências pós sepse e, ainda, estamos muito próximos de esclarecer os mecanismos envolvidos na gênese da dor neuropática”, assegura o coordenador.

O sucesso das pesquisas também vai em direção ao esclarecimento dos mecanismos que explicam o porquê de algumas pessoas que vivem em áreas endêmicas não desenvolverem leishmaniose.

Foto: Divulgação

Mais informações: (16) 3315.4526 ou http://crid.fmrp.usp.br

Link:

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A demarcação das Terras Indígenas no Pará é fundamental para a proteção da Amazônia


Por Marcela Bandeira, do IPAM

Um dos temas menos comentados durante as eleições e que ficou fora do discurso da re-eleição da Presidente Dilma Rousseff, foram os direitos indígenas e também o meio ambiente. Em um momento em que as mudanças do clima estão cada vez mais frequentes, a temática ambiental e as políticas públicas para a proteção e gestão das Terras Indígenas precisavam ser tratadas com maior atenção.

Uma carta divulgada pelo IPAM no dia 22 de outubro, mostra que a Amazônia precisa ser preservada, pois desempenha um papel fundamental na estabilização das concentrações dos gases de efeito estufa e na minimização dos efeitos das mudanças climáticas globais. “Para que o Brasil alcance a extinção do desmatamento na Amazônia brasileira e usufrua dos serviços ambientais prestados por suas florestas será crucial a manutenção de grandes extensões contínuas de florestas. O elemento essencial para que isto aconteça são as áreas protegidas, em especial as Terras Indígenas e suas populações”, aponta a carta “A Amazônia Indígena e as Mudanças Climáticas: recomendações aos Presidenciáveis”, elaborada pelo IPAM.

Apesar de existir uma legislação vigente no país que trata dos direitos dos povos indígenas, existe ainda um grande abismo entre a teoria e a prática. O processo de demarcação, regulamentado pelo Decreto nº 1775/96, é o meio administrativo para identificar e sinalizar os limites do território tradicionalmente ocupado pelos povos indígenas, porém a crescente resistência dos proprietários rurais vem sendo uma das principais razões na diminuição do ritmo de regularização, determinada pelo Art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Existem hoje no Brasil quase 900 mil índios e mais de 690 Terras Indígenas. As lideranças indígenas reivindicam o reconhecimento de cerca de 1000 áreas. De acordo com um levantamento feito pela Folha de São Paulo, no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foram homologadas 145 áreas (41 milhões de hectares), o governo Lula (2003-2010) retrocedeu para 84 áreas (18 milhões de hectares). e por fim, a presidente Dilma Rousseff homologou apenas 10 áreas (966 mil hectares), sendo o governo que menos demarcou terras indígenas desde a redemocratização do país.

Outro ponto polêmico na temática é a PEC 215/00, em tramitação na Câmara dos Deputados, que diminui o poder da a Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre as demarcações e torna a homologação das Terras Indígenas dependente da aprovação do Congresso. Para o deputado Padre João (PT-MG), um dos principais defensores da causa indígena na Câmara, a PEC 215 significa um retrocesso. “A gente percebe a organização de uma bancada, formando uma maioria, indo a voto e que se torna, de fato, uma ameaça a um direito constitucional sagrado, reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Em diversos casos, a justiça precisa interferir e estipular um prazo para a finalização do processo de demarcação, que podem ultrapassar 10 anos. É o caso da Terra Indígena Sawré Muybu. No dia 29 de outubro a Justiça Federal estipulou o prazo de 15 dias para que Funai dê sequência ao processo de demarcação da TI, que fica na região de Itaituba, oeste do Pará. O processo que já ocorre há 13 anos, foi paralisado sem explicações no ano passado. A Terra Indígena está localizada em uma região onde o governo pretende construir a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós. Com a construção da usina, aldeias, florestas e cemitérios da terra indígena serão alagados.

Para demonstrar a importância dos Territórios Indígenas, tanto para os povos que nela habitam quanto para a preservação dos recursos naturais, foi lançado no dia 30 de outubro o relatório “Violações de direitos humanos dos indígenas no Estado do Mato Grosso do Sul”, resultado de uma missão realizada em agosto de 2013 pela Relatoria do Direito Humano à Terra, Território e Alimentação.

O documento destaca a complexidade das violações aos direitos dos povos indígenas Guarani e Kaiowá, como a negação do seu território, a exclusão social (da qual resulta todo o processo de confinamento) e até a negação dos direitos básicos à realização da vida com dignidade (alimentação adequada, ao acesso à educação intercultural, à saúde que considere a medicina tradicional, entre outros).

Porque demarcar?

De acordo com a carta do IPAM, as taxas de derrubada de florestas no interior das Terras Indígenas são inferiores a 2% (1999-2008), um valor bem abaixo das regiões ao redor destas terras (de 25 a 30%) e menor do que o encontrado para Unidades de Conservação sem gente dentro. Isso mostra a importância da demarcação das terras indígenas para a redução do desmatamento da Amazônia.

“Ao manter florestas intactas dentro dos territórios indígenas, nós estaremos reduzindo os prejuízos globais que a população mundial terá no futuro com a mudança do clima”, enfatiza o Diretor-executivo do IPAM, Paulo Moutinho.

A demarcação das Terras Indígenas favorece a sociedade mundial, já que preservação dessas regiões contribui para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade, bem como para o controle climático global. Esta medida é urgente para a população brasileira, uma vez que o país está sofrendo os impactos causados pelo demantamento e pelo desenvolvimento econômico insustentável. A garantia e a efetivação dos direitos territoriais dos povos indígenas, tanto no Pará como no Mato Grosso, contribuem, para a construção de uma sociedade que valoriza a identidade étnica e cultural dos seus povos.

Assista vídeo do IPAM em que lideranças dos povos da floresta amazônica brasileira expressam suas impressões e opiniões sobre mudanças climáticas e o papel das florestas nesse contexto:

Exposição pré-natal aos ftalatos, presentes em produtos químicos domésticos, pode reduzir QI

Os ftalatos são um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico, tal como o cloro ftalato, utilizado como aditivo para deixar o plástico mais maleável. Tal grupo de compostos é tido como cancerígeno, podendo causar danos ao fígado, rins e pulmão, além de anormalidade no sistema reprodutivo, também provocam alterações hormonais. Fonte: Wikipedia

Mulheres grávidas que foram expostas a altos níveis de produtos químicos domésticos comuns encontrados em plásticos, cosméticos e purificadores de ar deram à luz crianças que tiveram a inteligência afetada anos depois, revelou um estudo americano publicado nesta quarta-feira. Matéria da AFP, no Yahoo Notícias, com informações adicionais do EcoDebate

Crianças cujas mães tiveram detectados traços elevados das substâncias di-n-butil ftalato (DnBP) e diisobutil ftalato (DiBP) apresentaram uma média de QI aproximadamente seis pontos abaixo daquelas cujas mães tiveram níveis mais baixos de exposição aos compostos químicos.

Com base nos resultados, as pesquisas recomendam que as grávidas limitem a exposição a produtos aromatizados, incluindo aromatizadores de ambiente e lenços amaciantes, evitar aquecer alimentos no micro-ondas dentro de recipientes plásticos e manter distância de plásticos recicláveis classificados com os números 3, 6 ou 7 para reduzir os riscos para os filhos.

“Mulheres grávidas nos Estados Unidos estão expostas ao ftalatos – um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico – quase diariamente, muitas em níveis similares àqueles que nós achamos estar associados a reduções substanciais no QI das crianças”, alertou o principal autor do estudo, Pam Factor-Litvak, doutor e professor associado de Epidemiologia na Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, em Nova York.

“Embora exista alguma regulamentação para proibir os ftalatos em brinquedos de crianças pequenas, não há nenhuma legislação sobre a exposição durante a gravidez, que é, provavelmente, o período mais sensível do desenvolvimento cerebral”, acrescentou.

O estudo [Persistent Associations between Maternal Prenatal Exposure to Phthalates on Child IQ at Age 7 Years], publicado no periódico PLOS ONE, é o primeiro a estabelecer uma relação entre exposição pré-natal aos ftalatos e o QI de crianças em idade escolar.

A pesquisa se baseou em 328 mulheres de renda baixa da cidade de Nova York e seus filhos.

Foi medida a exposição das mulheres a quatro ftalatos – DnBP, DiBP, di(2-etilhexil)ftalato e o dietilftalato – no terceiro trimestre da gravidez, através de amostras de urina.

Seus filhos fizeram testes de QI quando completaram 7 anos de idade.

“Filhos de mães expostas durante a gravidez à concentração de 25%, a mais elevada de DnBP e DiBP, tinham QIs 6,6 e 7,6 pontos mais baixos, respectivamente, do que os filhos de mães expostas a níveis inferiores a 25% de concentração, após o controlados fatores como QI e educação da mãe e a qualidade do ambiente doméstico, conhecidos por influenciar os níveis de QI das crianças”, acrescentou o estudo.

Outras duas pesquisas sobre ftalatos também demonstraram uma relação com a diminuição do QI.

O nível de exposição encontrado nas mulheres esteve bem dentro dos limites do que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDCs) observaram em uma amostra nacional.

“O tamanho dessas diferenças de QI é preocupante”, disse o principal autor do estudo, Robin Whyatt, professor de ciências de saúde ambiental e vice-diretor do Centro de Saúde Ambiental Infantil da Escola Mailman.

“Um declínio de seis ou sete pontos no QI pode ter consequências significativas no desempenho acadêmico e no potencial ocupacional”, destacou.

O DnBP e o DiBP foram encontrados em lenços amaciantes (utilizados em secadoras de roupa), fibras de vinil, batom, spray de cabelo, esmalte e alguns sabonetes. Os produtos nos Estados Unidos raramente exibem na embalagem a presença de ftalatos.

Referência
Pam Factor-Litvak, Beverly Insel, Antonia M. Calafat, Xinhua Liu, Frederica Perera, Virginia A. Rauh, Robin M. Whyatt
Research Article | published 10 Dec 2014 | PLOS ONE
10.1371/journal.pone.0114003

Publicado no Portal EcoDebate, 11/12/2014

País ganha um novo inseticida natural, que pode controlar o avanço da lagarta-do-cartucho

Foto: Embrapa

O Brasil tem mais uma arma para enfrentar a lagarta-do-cartucho, o inimigo número um dos produtores de milho. É o óleo essencial extraído da planta Piper tuberculatum, conhecida como pimenta-de-macaco. O novo inseticida natural pode controlar o avanço da lagarta-do-cartucho, praga que todo ano compromete até 40 por cento da produção de milho no País, causando grandes prejuízos. Além de repelente, o óleo é biocida, mata a lagarta logo nas primeiras aplicações.

A conclusão é de uma pesquisa da Embrapa, realizada durante três anos, em Teresina. No estudo, concluído este ano pelo pesquisador Paulo Henrique Soares, da Embrapa Meio-Norte, ficou comprovada também a eficiência do óleo essencial no combate a outras pragas, como a vaquinha – Cerotoma arcuatus, pulgão preto – Aphis craccivora e o percevejo – Crinocerus sanctus, que atacam principalmente o feijão-caupi.

Esse óleo tem 54 substâncias químicas naturais. O desafio da pesquisa agora é identificar quais ou qual dessas substâncias têm ação direta no extermínio dos insetos. São necessárias também pesquisas para definir o melhor manejo da planta, como espaçamento, adubação e irrigação, para uma maior produção de óleo por unidade de área. A Piper tuberculatum é uma planta que predomina em regiões tropicais, como o Nordeste brasileiro, e em áreas onde há um bom volume e frequência regular de chuvas.

O potencial inseticida do óleo da pimenta-de-macaco foi aferido em laboratório e em ensaios de campo, buscando o controle de pragas na agricultura orgânica e de base familiar. Em laboratório, o primeiro passo foi extrair, através de um destilador, o óleo das folhas e frutos do material vegetal seco em estufa e com circulação de ar. Em seguida, houve todo o processo de desenvolvimento dos insetos no laboratório de entomologia, com temperatura de 25 graus celcius, fotofase – com luz e no escuro – de 12 horas e 60 por cento de umidade relativa do ar.

No experimento em campo, os pesquisadores usaram uma área de 2.500 metros quadrados com plantação do milho CMS 47. As plantas foram infestadas artificialmente com as lagartas desenvolvidas em laboratório. As aplicações com o óleo essencial e um tratamento com um inseticida químico recomendado para o controle da lagarta foram feitas simultaneamente na mesma área, 24 horas após a infestação.

As observações ao experimento aconteceram, seguidamente, 24, 48 e 72 horas após as aplicações. Em todas as observações, a eficácia do óleo essencial no combate às lagartas foi praticamente a mesma do inseticida químico, segundo o pesquisador Paulo Henrique Soares. Os ensaios em campo foram conduzidos na base física da Unidade durante um ano.

No Brasil, de Norte a Sul, os agricultores já usam inseticidas naturais no combate a pragas e doenças. Os mais conhecidos e usados são óleos essenciais da folha de canela – Cinnamomum zeylanicum, da folha de louro – Laurus nobilis, da folha de goiaba – Psidium guajava e de sementes de nim – Azadirachta indica. A eficácia deles foi comprovada em pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo e na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, há quase 10 anos.

Um novo caminho para mais pesquisas

O resultado desse estudo, no entender do analista em agronomia Francisco Kim de Oliveira, da Embrapa Meio-Norte, abre uma trilha para novas pesquisas com plantas nativas, cujas essências podem gerar produtos alternativos para o controle de pragas e doenças, “dando sustentabilidade à cadeia produtiva de alimentos, e reduzindo, assim, o uso de agrotóxicos”.

O professor Flávio Luiz Crespo, coordenador adjunto do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica da Universidade Estadual do Piauí, é outro otimista com as pesquisas em plantas nativas. Ele vê o trabalho desenvolvido pela Embrapa como “uma excelente alternativa” no controle de pragas como a lagarta-do-cartucho-do-milho.

Crespo lembra que a produção agrícola convencional “trava uma verdadeira guerra contra os insetos, que estão no mundo há 250 milhões de anos, causando prejuízos econômicos e ambientais, devido ao uso de inseticidas químicos”. E mesmo com todo o “aparato de guerra”, como o professor classifica as ações dos produtores para vencer as pragas, a produção de milho no Brasil ainda “quebra” todo ano em até 40 por cento.

Vigilância permanente

Uma das maiores produtoras de milho da região Meio-Norte, a Fazenda Santa Luzia, no município de São Raimundo das Mangabeiras, a 923 quilômetros ao sul de São Luís, trabalha em alerta permanente contra a lagarta-do-cartucho-do-milho. Todo ano, segundo o gerente operacional da fazenda, Adelmo Oliveira Gomes, 100 por cento dos 1.700 hectares plantados com milho são atacados pela praga.

Para enfrentar o inimigo e espantar o prejuízo, a fazenda gasta R$ 250 por hectare com sementes transgênicas e inseticidas químicos. “Se não houvesse essa preocupação com o controle da lagarta-do-cartucho a nossa produção teria uma quebra de safra em torno de pelo menos 30 por cento”, disse Adelmo Oliveira Gomes. Nas duas safras anuais, a Fazenda Santa Luzia produz 9,3 toneladas de milho por hectare, uma média considerada excelente em todo o País.

Em 2013, segundo o IBGE, a produção brasileira de milho alcançou quase 81 milhões de toneladas, numa área colhida de mais de 15 milhões de hectares. Com 20,1 milhões de toneladas, o estado do Mato Grosso ficou em primeiro lugar na produção. O Paraná seguiu na segunda posição com nada menos do que 17,4 milhões de toneladas. O terceiro colocado foi o estado de Goiás, com uma produção de 7,4 milhões de toneladas.

As exportações brasileiras com milho no ano passado mantiveram o País em destaque no comércio internacional. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil vendeu 26,6 milhões de toneladas de milho. O faturamento alcançou US$ 6,2 bilhões. Os países que mais importaram o produto do Brasil foram, por ordem, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. Até outubro deste ano, o Brasil já exportou 14,2 milhões de toneladas de milho, faturando quase US$ 3 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior.

O avanço dos orgânicos

As pesquisas com produtos orgânicos, principalmente hortaliças, têm avançado no Brasil. A Embrapa Agrobiologia, instalada no município de Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro, executa hoje seis projetos de pesquisa agroecológica. Cinco deles são conduzidos em parceria com pequenos agricultores orgânicos ou em transição à agroecologia. A Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro – ABIO, que trabalha em parceria com a Embrapa, tem hoje 280 associados em 36 dos 92 municípios do Estado. A maioria se concentra na região serrana.

Em 2014, o ano internacional da agricultura familiar, produtos cultivados organicamente em praticamente todo o País, como o milho, avançaram em produção e aceitação. Dados do Instituto de Defesa do Consumidor, o Idec, que é sediado em São Paulo, registram mais de 370 feiras de produtos orgânicos em pelo menos 130 cidades de 24 estados brasileiros.

A entidade já tem até um mapa das feiras na internet, para cadastrar produtores, associações e cooperativas de produtos orgânicos ou agroecológicos. Todo mês, segundo o Idec, cerca de 10 mil consumidores acessam o mapa das feiras orgânicas. Na página, pode-se encontrar o endereço de feiras especializadas, horários de funcionamento e os produtos regionais vendidos nos locais. O mapa (http://www.feirasorganicas.com.br ) mostra também quais são as frutas, verduras e legumes da estação de cada região.

Por Fernando Sinimbu, Agência Embrapa de Notícia

Publicado no Portal EcoDebate, 05/12/2014

Editora Unesp lança mais 39 títulos digitais, passando a oferecer 400 ebooks para download gratuito

A Editora Unesp está disponibilizando a partir de segunda mais 39 títulos digitais, passando a oferecer 400 ebooks para download gratuito. Dos livros, 14 foram produzidos pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), cinco pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Prope) e 20 pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) da Unesp, sempre em parceria com a editora.

“Com as publicações a universidade reconhece a importância do trabalho editado para a qualificação docente e demonstra a percepção de que a digitalização da produção acadêmica é um caminho sem volta”, diz Jézio Hernani Bomfim Gutierre, editor executivo da Editora Unesp.

A coleção Propg/Feu digital, que este ano passou a receber o selo Editora Unesp Digital, começou a ser publicada em formato impresso em 1993, a partir do Projeto de Edição de Textos, e agrega mais de 400 títulos. Concebido para democratizar o conhecimento produzido na universidade e dar visibilidade aos trabalhos acadêmicos, o projeto abrange as três grandes áreas do conhecimento – Ciências Humanas, Biológicas e Exatas. Avaliadas por pareceristas externos e avalizadas pelo Conselho Editorial da Fundação Editora da Unesp (Feu), as obras são, desde 2011, disponibilizadas em formato digital e para impressão sob demanda.

Os primeiros ebooks resultantes de parceria entre a universidade e a editora foram disponibilizados em 2010, sob o selo Cultura Acadêmica, que inclui obras em formato digital e impressas. Levam o selo os cinco ebooks da Prope, primeiro lote oriundo dessa Pró-Reitoria. Os livros abordam temas variados, refletindo sua atuação abrangente, em todas as áreas do conhecimento: “São trabalhos de ponta feitos por especialistas que demonstram as fronteiras do conhecimento”, diz Gutierre, explicando que a seleção das obras é feita por integrantes dos programas de pós-graduação da universidade e grupos de trabalho designados pela Pró-reitoria.

Também levam o selo Cultura Acadêmica as obras produzidas pela Proex, que pela primeira vez disponibiliza pesquisas em forma de ebook. Os livros tratam de questões do âmbito da extensão, como acessibilidade, trabalho, acervo historiográfico, comunicação, economia, e passam pelo crivo de pareceristas internos e externos à universidade.

O catálogo da Editora Unesp inclui mais de 1,8 mil títulos dos quais 400 são ebooks disponíveis para download gratuito (parte dos títulos também pode ser obtida impressa, sob demanda). Confira as obras nos sites Editora Unesp e Cultura Acadêmica.
Publicado no Portal EcoDebate, 05/12/2014

Emoções negativas influem no consumo de alimento energético

Publicado em 11/dezembro/2014
Sentimentos como como angústia e tristeza levam ao consumo de alimentos energéticos

Problemas comuns do cotidiano como questões financeiras, discussões com o cônjuge, traição, preocupações com os filhos e até morte na família e violência doméstica, levam a emoções negativas como angustia, tristeza, ansiedade e, mais que isso, podem levar mulheres a aumentarem significativamente a ingestão de alimentos energéticos. Esse é o principal resultado de uma pesquisa do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Nessas situações, os pesquisadores verificaram que as pessoas não escolhem alimentos doces saudáveis, como frutas, por exemplo, mas preferem os não saudáveis, que na pesquisa foram representados pelo brigadeiro.

Para as pesquisadoras, as nutricionistas Ana Carolina de Aguiar Moreira e sua orientadora Rosa Wanda Diez Garcia, esse dado serve como um alerta para a população em geral. “Como sempre temos algo para comer ao nosso alcance, quando sofremos algum tipo de pressão, estresse, preocupação ou sentimentos que nos desagradam, é fácil recorrer ao consumo de alguma coisa, principalmente doces para nos aliviar. Isso é preocupante porque como estamos expostos a muitas tensões, passamos a incorporar essa prática de nos aliviar com guloseimas o que pode levar ao excesso de peso e, com este, pode vir associado uma série de enfermidades crônicas, como diabetes e hipertensão.”

O objetivo do estudo foi verificar a influência das emoções negativas, geradas por tensões do cotidiano, no consumo energético e de doces considerados saudáveis e não saudáveis por mulheres com sobrepeso e com peso normal, chamadas eutróficas.

Emoções e reações

Para chegar a esse resultado, 43 voluntárias, 20 com sobrepeso e 23 com peso normal, passaram por duas intervenções, com sessões de vídeos, em dias diferentes, com intervalo de no mínimo dois e no máximo de sete dias. Cada mulher assistiu a dois vídeos em pequenos grupos. O video que buscava gerar emoções negativas foi montado com trechos de histórias que abordavam problemas como: discussão entre cônjuges, problemas no trânsito, dificuldades financeiras, falta de reconhecimento no trabalho, acidente no trabalho, assédio sexual, precariedade no sistema público de saúde, traição, toxicodependência (álcool e drogas), morte na família e violência doméstica. O outro video que tinha o objetivo de não gerar emoção, abordava situações corriqueiras como: acordar, escovar os dentes, caminhar, conversar com colegas, arrumar a casa, dormir, entre outras.

Após as sessões, foram oferecidos lanches às voluntárias. Elas puderam consumir à vontade. O lanche era composto por salgados, pão de queijo e bolinha frita de queijo, e bebidas, suco de laranja sem açúcar e refrigerante e, entre estes alimentos, haviam os alimentos doces: uvas representando o doce saudável, e o brigadeiro, considerado não saudável.

Ao ser comparado o consumo energético quando elas foram expostas ao vídeo com cenas como acordar e dormir, que visava não gerar emoção, o consumo energético das mulheres com sobrepeso foi 39% maior em relação àquelas com peso normal, mostrando que este grupo come mais que o grupo de mulheres com peso normal.

Quando as mulheres de ambos os grupos foram expostas às emoções geradas por problemas como questões financeiras e violência doméstica, entre outros, os dois grupos aumentaram significativamente o consumo energético, principalmente comendo doces não saudáveis. “Curiosamente, as mulheres com peso normal apresentaram aumento significativamente maior do que as participantes com sobrepeso, em relação ao vídeo que visava não gerar emoção. Tanto o consumo energético foi maior, como o de doce não saudável. Elas aumentaram em 82% a ingestão de doce não saudável e 51%, o consumo energético, enquanto o grupo com sobrepeso aumentou 48% e 39%, respectivamente.”

Para as pesquisadoras, uma possível explicação para esse resultado é que as pessoas com excesso de peso são mais vigilantes e podem estar mais alertas para situações em que podem se exceder. O grande diferencial desse estudo, segundo Ana Carolina, foi ter avaliado a influência de emoções provocadas por problemas comuns do cotidiano.

“Geralmente, os estudos experimentais abordam emoções muito especificas que não ocorrem com tanta frequência no dia a dia e que, portanto, não simulam condições de vida mais realistas.”

A pesquisa de mestrado Influência das emoções geradas por eventos de vida no consumo alimentar em mulheres foi defendida em 2014, junto ao programa de pós-graduação em Clínica Médica - Investigações Biomédica, na FMRP.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Mais informações: emails wanda@fmrp.usp.br ecarol.aguiar@usp.br
Link:

The Composition and Biological Activity of Honey: A Focus on Manuka Honey

Alvarez-Suarez, J.M.; Gasparrini, M.; Forbes-Hernández, T.Y.; Mazzoni, L.; Giampieri, F. The Composition and Biological Activity of Honey: A Focus on Manuka Honey. Foods 2014, 3, 420-432.

Abstract

Honey has been used as a food and medical product since the earliest times. It has been used in many cultures for its medicinal properties, as a remedy for burns, cataracts, ulcers and wound healing, because it exerts a soothing effect when initially applied to open wounds. Depending on its origin, honey can be classified in different categories among which, monofloral honey seems to be the most promising and interesting as a natural remedy. Manuka honey, a monofloral honey derived from the manuka tree (Leptospermum scoparium), has greatly attracted the attention of researchers for its biological properties, especially its antimicrobial and antioxidant capacities. Our manuscript reviews the chemical composition and the variety of beneficial nutritional and health effects of manuka honey. Firstly, the chemical composition of manuka honey is described, with special attention given to its polyphenolic composition and other bioactive compounds, such as glyoxal and methylglyoxal. Then, the effect of manuka honey in wound treatment is described, as well as its antioxidant activity and other important biological effects.

Conclusions

Besides its main components, manuka honey contains a large number of other constituents in small and trace amounts, able to exert numerous nutritional and biological effects, like antimicrobial and antioxidant activities. The above information shows that in microbiological and clinical tests, manuka honey offers advantages in controlling bacterial growth and in the treatment of several health problems. The easiness of administration in wound treatment and the absence of antibiotic resistance, which instead is found with conventional antibiotics, are important characteristics for the use of this honey in the treatment of clinical wounds.

See more at:

Anti-Ulcer Activity of Essential Oil Constituents


Oliveira, F.A.; Andrade, L.N.; de Sousa, É.B.V.; de Sousa, D.P. Anti-Ulcer Activity of Essential Oil Constituents. Molecules 2014, 19, 5717-5747.

Abstract

Essential oils have attracted considerable worldwide attention over the last few decades. These natural products have wide-ranging pharmacological activities and biotechnological applications. Faced with the need to find new anti-ulcer agents and the great effort on the development of drugs for the treatment of ulcers, in this review, the anti-ulcer activities of 21 bioactive compounds found in essential oils are discussed.

Conclusions

The literature shows that there is limited clinical data available to support the use of herbs as gastroprotective/antiulcer agents and thus, the studies on efficacy and safety are limited. Despite this, there are several botanical products with potential therapeutic applications because of their high efficacy and low toxicity. This review shows that terpenes and phenylpropanoids present in many essential oils have potential for use in peptic ulcer disease. Among the bioactive constituents of essential oils, there are several chemical classes, such as alcohol, phenol, aldehyde, carboxylic acid, ether, quinone and bifunctional molecules. The different experimental conditions, doses, and animals used in testing, not possible to establish a structure-activity relationship in this review. However, the same feature of these molecules is that they are low molecular weight compounds. The anti-ulcer activity of these natural products can be attributed to several mechanisms, such as free-radical scavenging, inhibition of acid secretion, activity against H. pylori, and strengthening of the gastric mucosal barrier.

These findings reinforce the importance and usefulness of constituents of essential oils as promising agents in the management of gastric ulcers, a global disease in which there is high unmet needs related to current treatments in terms of efficacy, safety and low cost.

See more at: 

Identification of Phenolic Compounds and Evaluation of Antioxidant and Antimicrobial Properties of Euphorbia Tirucalli L.

de Araújo, K.M.; de Lima, A.; Silva, J.N.; Rodrigues, L.L.; Amorim, A.G.N.; Quelemes, P.V.; dos Santos, R.C.; Rocha, J.A.; de Andrades, É.O.; Leite, J.R.S.A.; Mancini-Filho, J.; da Trindade, R.A. Identification of Phenolic Compounds and Evaluation of Antioxidant and Antimicrobial Properties of Euphorbia Tirucalli L.. Antioxidants 2014, 3, 159-175.

Abstract

Bioactive compounds extracted from natural sources can benefit human health. The aim of this work was to determine total phenolic content and antioxidant activity in extracts of Euphorbia tirucalli L. followed by identification and quantification of the phenolic compounds, as well as their antibacterial activities. Antioxidant activities were determined by DPPH and ABTS•+ assay. Identification of phenolic compounds was performed using high-performance liquid chromatography (HPLC), and antimicrobial activities were verified by agar dilution methods and MIC values. Total phenolic content ranged from 7.73 to 30.54 mg/100 g gallic acid equivalent. Extracts from dry plants showed higher antioxidant activities than those from fresh ones. The DPPH EC50 values were approximately 12.15 μg/mL and 16.59 μg/mL, respectively. Antioxidant activity measured by the ABTS method yielded values higher than 718.99 μM trolox/g for dry plants, while by the Rancimat® system yielded protection factors exceeding 1 for all extracts, comparable to synthetic BHT. Ferulic acid was the principal phenolic compound identified and quantified through HPLC-UV in all extracts. The extracts proved effective inhibitory potential for Staphylococcus epidermidis and Staphylococcus aureus. These results showed that extracts of Euphorbia tirucalli L. have excellent antioxidant capacity and moderate antimicrobial activity. These can be attributed to the high concentration of ferulic acid. 

Conclusions

Based on our results, it is possible to conclude that the dry extracts showed higher values than fresh extracts, mainly due to their higher concentration of phenolics, possibly caused by dehydration before the extraction process. The methodology used to study the different extracts from Euphorbia tirucalli L. allowed identification and quantification of the phenolic compounds, of which ferulic acid was the most prominent. This phenolic compound was the most visible peak of the samples, which were associated with the high antioxidant potential of this plant as analyzed by different and specific methods. Additional studies must be performed for isolation and further characterization of bioactive compounds present in Euphorbia tirucalli L., as well as purification and enrichment of ferulic acid. Once the concentration of ferulic acid in this plant is identified, other antimicrobial assays can be performed, such as those for antiparasitic activity. These results justify the use of this plant in traditional medicine to treat infections and injuries, as well as some diseases. Furthermore, our results indicate that “aveloz” shows a good and viable alternative for both the treatment of diseases and a possible replacement for the traditional synthetic antioxidants.

See more at:

Mixed Pro- and Anti-Oxidative Effects of Pomegranate Polyphenols in Cultured Cells

Danesi, F.; Kroon, P.A.; Saha, S.; de Biase, D.; D'Antuono, L.F.; Bordoni, A. Mixed Pro- and Anti-Oxidative Effects of Pomegranate Polyphenols in Cultured Cells. Int. J. Mol. Sci. 2014, 15, 19458-19471.

Abstract

In recent years, the number of scientific papers concerning pomegranate (Punica granatum L.) and its health properties has increased greatly, and there is great potential for the use of bioactive-rich pomegranate extracts as ingredients in functional foods and nutraceuticals. To translate this potential into effective strategies it is essential to further elucidate the mechanisms of the reported bioactivity. In this study HepG2 cells were supplemented with a pomegranate fruit extract or with the corresponding amount of pure punicalagin, and then subjected to an exogenous oxidative stress. Overall, upon the oxidative stress the gene expression and activity of the main antioxidant enzymes appeared reduced in supplemented cells, which were more prone to the detrimental effects than unsupplemented ones. No differences were detected between cells supplemented with the pomegranate juice or the pure punicalagin. Although further studies are needed due to the gaps existing between in vitro andin vivo studies, our results suggest caution in the administration of high concentrations of nutraceutical molecules, particularly when they are administered in concentrated form.

Conclusions

Polyphenols are supposed to have preventive effects for a variety of chronic pathological conditions, and they are often considered safer and more easily integrated into lifestyle changes than conventional pharmaceutical drugs. However, many studies often report biological effects of food polyphenols without elucidating the underlying molecular, cellular, and physiological mechanisms.

Oxidant properties of polyphenols may be both anti-oxidant and/or pro-oxidant based upon the structure of the particular polyphenols, their concentration, and the cellular redox context [33,34]. With moderate and low polyphenol concentrations, low level oxidative stress may be a beneficial cue to initiate induction of protective anti-oxidant systems and boost immune responses; with higher concentration, or in conditions with increased oxidative stress, polyphenol supplementation may exacerbate the detrimental effect of the stress itself. The biological effects of POM extract and PUN observed in this study could represent evidence that high-dose polyphenols can potentially cause adverse effects through pro-oxidative effects, PUN being the most critical pomegranate component.

Although results obtained in vitro cannot be uncritically extrapolated to the in vivo situation, this work suggests caution in the use of very high concentrations of nutraceutical molecules, particularly when administered in concentrated form like in fortified, enhanced, or purified foods and/or dietary supplements food.

Link:

Polyphenol-Rich Strawberry Extract Protects Human Dermal Fibroblasts against Hydrogen Peroxide Oxidative Damage and Improves Mitochondrial Functionality

Giampieri, F.; Alvarez-Suarez, J.M.; Mazzoni, L.; Forbes-Hernandez, T.Y.; Gasparrini, M.; Gonzàlez-Paramàs, A.M.; Santos-Buelga, C.; Quiles, J.L.; Bompadre, S.; Mezzetti, B.; Battino, M. Polyphenol-Rich Strawberry Extract Protects Human Dermal Fibroblasts against Hydrogen Peroxide Oxidative Damage and Improves Mitochondrial Functionality. Molecules 2014, 19, 7798-7816.

Abstract

Strawberry bioactive compounds are widely known to be powerful antioxidants. In this study, the antioxidant and anti-aging activities of a polyphenol-rich strawberry extract were evaluated using human dermal fibroblasts exposed to H2O2. Firstly, the phenol and flavonoid contents of strawberry extract were studied, as well as the antioxidant capacity. HPLC-DAD analysis was performed to determine the vitamin C and β-carotene concentration, while HPLC-DAD/ESI-MS analysis was used for anthocyanin identification. Strawberry extract presented a high antioxidant capacity, and a relevant concentration of vitamins and phenolics. Pelargonidin- and cyanidin-glycosides were the most representative anthocyanin components of the fruits. Fibroblasts incubated with strawberry extract and stressed with H2O2 showed an increase in cell viability, a smaller intracellular amount of ROS, and a reduction of membrane lipid peroxidation and DNA damage. Strawberry extract was also able to improve mitochondrial functionality, increasing the basal respiration of mitochondria and to promote a regenerative capacity of cells after exposure to pro-oxidant stimuli. These findings confirm that strawberries possess antioxidant properties and provide new insights into the beneficial role of strawberry bioactive compounds on protecting skin from oxidative stress and aging.

Conclusions

Our results report that the Sveva strawberry cultivar has a high antioxidant capacity, as well as an important anthocyanin and vitamin content, which results in a protective effect on skin cells against damage induced by oxidative stress. Indeed, strawberry extract was effective in decreasing intracellular ROS concentration and in protecting lipid, DNA and mitochondrial functionality from the damage induced by free radicals.

Overall, the present study represents an interesting starting point for future investigations. Further studies will be of particular interest, in order to confirm our findings, to explore the direct and indirect antioxidant mechanisms underlying the beneficial effects of strawberry treatment, and to further investigate the role of specific classes of compounds in explaining the reported bioactivities.

Certainly, the authors are aware of the limitations of the study. Firstly, the absence of the key genes expression analysis, involved in antioxidant responses, is an important drawback of the study, since it could have been useful to further corroborate the role of strawberry extract on the results obtained. Another limit of the study is the lack of measurement of DNA damage and cell cycle of key markers involved in cell proliferation by western blot, since it could be essential to examine the mechanisms thorough which strawberry extract contributes to attenuate cytotoxicity induced by hydrogen peroxide. Moreover, more in-depth analysis would have added important data to define the in vitro protective effects of strawberry bioactive compounds in different subcellular districts in the recovery from oxidative insults and to verify the bioavailability of these molecules in skin cells after dietary intake or topical application, in order that strawberries can be used also as a natural antioxidant for preventing skin aging and diseases.

See more at:

Polyphenolic Profile, Antioxidant and Anti-Inflammatory Activity of Eastern Teaberry (Gaultheria procumbens L.) Leaf Extracts


Michel, P.; Dobrowolska, A.; Kicel, A.; Owczarek, A.; Bazylko, A.; Granica, S.; Piwowarski, J.P.; Olszewska, M.A. Polyphenolic Profile, Antioxidant and Anti-Inflammatory Activity of Eastern Teaberry (Gaultheria procumbens L.) Leaf Extracts. Molecules 2014, 19, 20498-20520.

Abstract

Dry leaf extracts of eastern teaberry (Gaultheria procumbens L.) were evaluated as a source of bioactive phytocompounds through systematic activity testing and phytochemical profiling. The antioxidant efficiency was tested using five complementary in vitro models (DPPH; FRAP; linoleic acid (LA) peroxidation assay; O2•− and H2O2 scavenging tests) in parallel with standard antioxidants. The 75% methanol extract and its diethyl ether, ethyl acetate (EAF), n-butanol and water fractions exhibited the dose-dependent responses in all assays, with the highest capacities found for EAF (DPPH EC50 = 2.9 μg/mL; FRAP = 12.8 mmol Fe2+/g; IC50 for LA-peroxidation = 123.9 μg/mL; O2•− SC50 = 3.9 μg/mL; H2O2 SC50 = 7.2 μg/mL). The EAF had also the highest anti-inflammatory activity in the inhibition tests of lipoxygenase and hyaluronidase (60.14% and 21.83% effects, respectively, at the concentration of 100 μg/mL). Activity parameters of the extracts correlated strongly with the levels of total phenolics (72.4–270.7 mg GAE/g), procyanidins, and phenolic acids, whereas for flavonoids only moderate effects were observed. Comprehensive UHPLC-PDA-ESI-MS3 and HPLC-PDA studies led to the identification of 35 polyphenols with a procyanidin A-type trimer, quercetin 3-O-glucuronide, isomers of caffeoylquinic acids, and (‒)-epicatechin being the dominant components. Significant activity levels, high phenolic contents and high extraction yields (39.4%–42.5% DW for defatted and crude methanol extracts, respectively) indicate the value of eastern teaberry leaves as bioactive products.

Conclusions

Leaves of G. procumbens contain considerable quantities of antioxidant polyphenols, which can be effectively extracted with 75% (v/v) aqueous methanol and further concentrated by ethyl acetate.

The obtained extracts possess significant and dose-dependent SET- and HAT-type antioxidant capacities in vitro, as well as moderate anti-inflammatory activity, which correlate with their phenolic composition.

Among the phenolic constituents, low- and medium-molecular-weight proanthocyanidins and phenolic acids are primarily responsible for the tested antioxidant capacity, whereas flavonoids are the main determinants of the anti-inflammatory effects. Regarding the potent activity of Gaultheria extracts in comparison with phenolic standards, the results of the present study partly explain the ethnobotanical use of the plant and support the idea that Ericaceae leaves may be good sources of beneficial prophylactic phenolic antioxidants with anti-inflammatory potential. However, further research is needed to confirm the present results in cell-based or in vivo studies, and to investigate in detail the dominant phenolic constituents of the analyzed extracts,

Link:

Hydrolysate from Eggshell Membrane Ameliorates Intestinal Inflammation in Mice

Shi, Y.; Rupa, P.; Jiang, B.; Mine, Y. Hydrolysate from Eggshell Membrane Ameliorates Intestinal Inflammation in Mice. Int. J. Mol. Sci. 2014, 15, 22728-22742.

Abstract

Inflammatory bowel diseases (IBD) comprises of ulcerative colitis (UC) and Cohn’s disease (CD) as two main idiopathic pathologies resulting in immunologically mediated chronic inflammatory conditions. Several bioactive peptides and hydro lysates from natural sources have now been tested in animal models of human diseases for potential anti-inflammatory effects. Eggshell membrane (ESM) is a well-known natural bioactive material. In this study, we aim to study the anti-inflammatory activity of ESM hydro lysate (AL-PS) in vitro and in vivo. In vitro, AL-PS was shown to inhibit pro-inflammatory cytokine IL-8 secretion. In vivo treatment with AL-PS was shown to reduce dextran sodium sulphate (DSS)-induced weight loss, clinical signs of colitis and secretion of interleukin (IL)-6 (p < 0.05). In addition, treatment with AL-PS also attenuated the severity of intestinal inflammation via down-regulation of IL-10 an anti-inflammatory cytokine. This validates potential benefits of AL-PS as a novel preventative target molecule for treatment of IBD.

Conclusions

In conclusion, this study validates possible mechanism of anti-inflammatory activity of AL-PS derived from ESM in vivo. Administration of AL-PS ameliorated DSS-induced colitis signs and severity of inflammation in mice via down-regulation of pro-inflammatory cytokine expression and boosting T cells apoptosis to restore immune homeostasis in gut, suggesting that AL-PS may be a promising preventative target for curing intestinal inflammation, such as IBD. Though there is limitation in current study, it has important implication for providing with a solution to use eggshell membrane as high value-added material to produce preventative products with anti-inflammatory activity.

Link:

Contribution of Organically Grown Crops to Human Health

Johansson, E.; Hussain, A.; Kuktaite, R.; Andersson, S.C.; Olsson, M.E. Contribution of Organically Grown Crops to Human Health. Int. J. Environ. Res. Public Health 2014, 11, 3870-3893.

Abstract

An increasing interest in organic agriculture for food production is seen throughout the world and one key reason for this interest is the assumption that organic food consumption is beneficial to public health. The present paper focuses on the background of organic agriculture, important public health related compounds from crop food and variations in the amount of health related compounds in crops. In addition, influence of organic farming on health related compounds, on pesticide residues and heavy metals in crops, and relations between organic food and health biomarkers as well as in vitro studies are also the focus of the present paper. Nutritionally beneficial compounds of highest relevance for public health were micronutrients, especially Fe and Zn, and bioactive compounds such as carotenoids (including pro-vitamin A compounds), tocopherols (including vitamin E) and phenolic compounds. Extremely large variations in the contents of these compounds were seen, depending on genotype, climate, environment, farming conditions, harvest time, and part of the crop. Highest amounts seen were related to the choice of genotype and were also increased by genetic modification of the crop. Organic cultivation did not influence the content of most of the nutritional beneficial compounds, except the phenolic compounds that were increased with the amounts of pathogens. However, higher amounts of pesticide residues and in many cases also of heavy metals were seen in the conventionally produced crops compared to the organic ones. Animal studies as well as in vitro studies showed a clear indication of a beneficial effect of organic food/extracts as compared to conventional ones. Thus, consumption of organic food seems to be positive from a public health point of view, although the reasons are unclear, and synergistic effects between various constituents within the food are likely.

Conclusions—Do Organically Produced Crops Contribute to Human Health?

Both animal studies and in vitro studies clearly indicate the benefits of consumption of organically produced food instead of that conventionally produced. Investigations on humans are scarce and only few of those performed can confirm positive public health benefits while consuming organic food. However, animal experiments are today routinely used to assess impact on humans in various other aspects and thus, the positive effects on animal from consumption of organically produced food can be regarded as an indication of positive effects also on humans. The reasons why organically produced food contributes to public health are unclear, as specific high amounts of nutritionally high value compounds with high antioxidant capacity does not seem to be the key for improved public health from organic food consumption. Instead synergistic effects of several constituents might be the back-ground for the possible positive effects of organic food, as well as absence of pesticide residues. The present review also did not find higher contents of nutritional beneficial compounds, with the exception of phenolic compounds, as an answer to increased amounts of pathogens, in organically cultivated crops than in conventionally cultivated ones. Some previous studies have indicated a higher vitamin C content in organically produced crops as compared to conventionally ones [107], as a response to increased amounts of pathogens [107]. Vitamin C might be part of the synergistic constituents contributing to prevention against oxidation of other compounds although vitamin C in itself was not found to protect against proliferation of cancer cells [149]. Extremely large variation of nutritional beneficial compounds was found in crops due to various reasons, and parameters contributing to the variation were: genotypes, farming conditions, environment, harvest time, crop part and genetic modifications of the crop. The highest values of specific nutritional compound were seen in specific genotypes and high increases were seen for genetically modified crops. These crops with very high values of certain compounds could be of relevance for cultivation and production of food in areas with a large deficit in that specific compound in the diet. For a general improvement in public health, it however, seems more relevant to focus on combining a “right” genotype with a “right” farming system, were organic farming could be an alternative. From this “right” system, a crop based food should then be obtained with the “right” cocktail of constituents to obtain the synergistic effect that was reported from organically produced fruits and berries as related to cancer cell proliferation. The low amounts of pesticide residues and heavy metals reported in organically produced crops might be one part of the reported bases for an anticancer effect of organic food. The reasons for an eventual positive effect of consumption of organic crop-based foods on public health are summarized in Figure 1. Besides the impact on public health through possible positive effects of consumption of organic food, public health might also be influenced through organic cultivation due to its environmental effects, which are not discussed in the present review.

See more at:

Bioactive Metabolites from Spilanthes acmella Murr.


Prachayasittikul, S.; Suphapong, S.; Worachartcheewan, A.; Lawung, R.; Ruchirawat, S.; Prachayasittikul, V. Bioactive Metabolites from Spilanthes acmella Murr.. Molecules 2009, 14, 850-867.

Abstract

Spilanthes acmella Murr. (Compositae) has been used as a traditional medicine for toothache, rheumatism and fever. Its extracts had been shown to exhibit vasorelaxant and antioxidant activities. Herein, its antimicrobial, antioxidant and cytotoxic activities were evaluated. Agar dilution method assays against 27 strains of microorganisms were performed. Results showed that fractions from the chloroform and methanol extracts inhibited the growth of many tested organisms, e.g. Corynebacterium diphtheriae NCTC 10356 with minimum inhibitory concentration (MIC) of 64-256mg/mL and Bacillus subtilis ATCC 6633 with MIC of 128-256 mg/mL. The tested fractions all exhibited antioxidant properties in both DPPH and SOD assays. Potent radical scavenging activity was observed in the DPPH assay. No cytotoxic effects of the extracts against KB and HuCCA-1 cell lines were evident. Bioassay-guided isolation resulted in a diverse group of bioactive compounds such as phenolics [vanillic acid (2), trans-ferulic acid (5) and trans-isoferulic acid (6)], coumarin (scopoletin, 4) and triterpenoids like 3-acetylaleuritolic acid (1), b-sitostenone (3), stigmasterol and stigmasteryl-3-O-b-D-glucopyranosides, in addition to a mixture of stigmasteryl-and b-sitosteryl-3-O-b-D-glucopyranosides. The compounds 1–6 represent bioactive metabolites of S. acmella Murr. that were never previously reported. Our findings demonstrate for the first time the potential benefits of this medicinal plant as a rich source of high therapeutic value compounds for medicines, cosmetics, supplements and as a health food.
Link:

Amadurecimento com etileno

O Etileno é um hormônio natural nas plantas e um gatilho para o amadurecimento: sua presença ativa enzimas que quebram o amido em açúcares menores, amolecem a fruta e mudam a cor da casca. Um trabalho inédito publicado nesta semana levou isto em consideração para acelerar o amadurecimento de frutas: uma bactéria E. coli modificada produz etileno e leva frutas como maça, kiwi e tomates a um amadurecimento acelerado.

Esta prática tem grande potencial de aplicação comercial, pois muitas vezes as frutas são colhidas ainda verdes e acabam estragando antes de amadurecer. O método permite um controle no amadurecimento: pode ser feito poucas horas antes das frutas irem às prateleiras do supermercados.


Canal Fala Química

Como seu café é adulterado

Uma prática comum no Brasil, a adulteração do CAFÉ, pode agora ser rapidamente ser diagnosticada.

Químicos da Alemanha desenvolveram método que usa NMR para identificar a presença da variedade robusta – uma das formas mais usadas para adulterar o café arábica.

A presença de alguns terpenos característicos é rapidamente identificada e quantificada por ressonância magnética nuclear.


Canal Fala Química 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Fibromialgia

Dicas da 
A fibromialgia é uma doença cada vez mais presente nos dias de hoje. A retirada de alimentos alergênicos é crucial ao tratamento e os mesmos serão avaliados de acordo com cada paciente, já que os alimentos mais relacionados com a fibromialgia são: leites e derivados, alimentos refinados e glúten. Suplementação com antioxiodantes, L-carnitina, Magnésio, Vitamina D e Creatina são estudados na melhora do quadro. Consulte sempre seu Nutricionista e Médico antes de se suplementar, ok?

Informação para estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário

Atenção!

Essa novidade é muito importante para estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário. Compartilhe e passe a informação adiante!

Algumas orientações presentes na Instrução Normativa Nº11 de 2005 sofreram alterações. Uma das novidades é o acréscimo, no texto, de tabela de potências mínimas para a manipulação de produtos veterinários homeopáticos. Outras mudanças referem-se aos locais de manipulação de produtos.

Para ler a notícia na íntegra e a IN Nº 41 com as alterações, acesse http://bit.ly/1vP6jaF

Diez plantas medicinales (http://losmonostambiencuran.blogspot.com.br/)

9.12.2014

Basándome en el Manual de fitoterapia de Encarna Castillo y compañía (2011, 1ª edición revisada) y comparándolo en la medida de mis conocimientos y criterio personal con otros manuales (por ejemplo, uno de los libros más críticos con la fitoterapia desde dentro de la misma esFitoterapia de Jean Bruneton, lo malo quizá es que se editó en 2004 y no se ha vuelto a revisar), hoy os propongo las siguientes diez especies vegetales, las cuales cubren buena parte de las patologías más frecuentes:

1. Hipérico (Hypericum perforatum): depresión, ansiedad, etc.
"Existe suficiente evidencia sobre la efectividad de distintos extractos de hipérico frente a placebo en el tratamiento de la depresión leve a moderada. Sin embargo, cuando se compara el hipérico con antidepresivos de síntesis (en la mayoría de los casos, antidepresivos tricíclicos), los resultados son menos concluyentes."

2. Olivo (Olea europaea): hipertensión.
"La hoja de olivo tiene propiedades vasodilatadoras, hipoglucemiantes e hipocolesterolemiantes. Estudios farmacológicos han demostrado que la infusión de hoja de olivo produce vasodilatación coronaria y que el extracto acuoso inhibe la enzima conversora de la angiotensina in vitro. También se han descrito propiedades analgésicas y diuréticas. (...) El número de ensayos clínicos realizado con extractos de hoja de olivo es limitado. En un estudio clínico efectuado con un extracto acuoso se observó la reducción de la presión arterial en pacientes hipertensos hasta valores normales en el grupo tratado con 1,6 gr de extracto al día, durante 3 meses. También se observó la reducción de la glucemia basal."

3. Espino albar (Crataegus monogyna): insuficiencia cardíaca.
"Tanto el ESCOP (European Scientific Cooperative on Phytotherapy) como la Comisión E aceptan el uso de espino albar para el tratamiento de la insuficiencia cardíaca grado II. (...) En un metaanálisis reciente de los trabajos publicados se concluye que el espino albar es superior a placebo como tratamiento coadyuvante en la insuficiencia cardíaca, con incremento de capacidad de esfuerzo, doble producto presión-frecuencia cardíaca y mejoría sintomática." 

4. Ortiga (Urtica dioica): artritis y artrosis, esta última también conocida como osteoartritis.
"Un estudio clínico efectuado con 8.955 pacientes que padecían dolor y deterioro de la movilidad debido a ostroartritis o artritis reumatoide puso de manifiesto que después de 3 semanas de tratamiento con ortiga, el 96% de los pacientes mejoró (...) sin que se encontraran diferencias significativas entre el grupo que recibió sólo el extracto y el grupo de control que fue tratado con antiinflamatorios no esteroideos (AINE)."

5. Sauce (Salix purpurea): fiebre, dolor e inflamación, aunque al parecer la eficacia en el caso de la artritis y la artrosis no es concluyente. 
"Los preparados de corteza de sauce están indicados en el tratamiento del dolor y la inflamación, como analgésico en dolores lumbares, procesos reumáticos, cefaleas, estados gripales y febriles." 

6. Sabal (Serenoa repens): hiperplasia benigna de próstata.
"Está indicado para tratar los síntomas asociados a la HBP, ya que se dispone de una sólida evidencia científica para este uso. Otros usos del sabal, basados en la tradición o en la teoría, son: el tratamiento de la alopecia androgénica, por la posibilidad de que bloquee algunos efectos de la testosterona, aunque de momento se precisan más estudios. (...) Los resultados muestran su capacidad para disminuir la nicturia y el volumen residual posmiccional y aumentar el flujo urinario, (...) si bien no parece afectar al tamaño de la próstata. Comparada con el finasteride, un inhibidor de la 5-α-reductasa, produce mejorías similares en estos síntomas, con una menor incidencia de efectos adversos y con un coste menor."

7. Muérdago (Viscum album): cáncer, aunque "con los conocimientos actuales, no se puede recomendar el muérdago como terapia oncológica de rutina" o principal.
"De las plantas usadas en el tratamiento del cáncer, el muérdago es el que dispone de mayor soporte bibliográfico en forma de ensayos clínicos publicados. (...) El mecanismo de acción del muérdago parece implicar la inmunoestimulación por liberación de diversas citocinas, lo que traería consigo un aumento tanto en la capacidad fagocítica de linfocitos y macrófagos como en la reparación de ADN."

8. Manzanilla (Matricaria recutita): dispepsia, aerofagia, espasmos gastrointestinales, etc.
"La Comisión E aprobó el uso interno de M. recutita para el tratamiento de espasmos gastrointestinales y de enfermedades inflamatorias del tracto gastrointestinal, así como su uso externo en inflamaciones de la piel, de las mucosas y del áreas anogenital, en enfermedades de la piel de origen bacteriano (incluyendo las de la cavidad oral y encías) y en inflamaciones del tracto respiratorio. También está indicada en el tratamiento de la distensión epigástrica y de las flatulencias."

9. Regaliz (Glycyrrhiza glabra): gastritis y úlceras gástricas o duodenales.
"La Comisión E indica que, de acuerdo con los numerosos estudios clínicos realizados hasta ahora, el regaliz y sus componentes (ácido clicirricínico y la genina liberada por su hidrólisis) aceleran la cicatrización de úlceras gástricas. Efectivamente, ensayos clínicos en los que se administró raíz pulverizada o extractos obtenidos a partir de la misma han demostrado eficacia en el tratamiento de la úlcera péptica incipiente y de las úlceras duodenales crónicas, en este último caso con efectos similares a los de los antiácidos o a los de la cimetidina."

10. Caléndula (Calendula officinalis): heridas, quemaduras, etc.
"La droga son los capítulos florales, ricos en glicósidos triterpénicos, agliconas y aceites esenciales. Es una especie completa para el tratamiento de heridas, puesto que a sus propiedades cicatrizantes se suman las antisépticas y antiinflamatorias. El European Scientific Cooperative on Phytotherapy (ESCOP) la aconseja para el tratamiento tópico de inflamaciones menores de la piel y de las mucosas, así como para las pequeñas heridas."

PUBLICADO POR HUGO EN 16:08

Link: