sábado, 17 de janeiro de 2015

Vídeos mostram trajetória profissional de cientistas

08 de janeiro de 2015
Iniciativa do Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia, da Fiocruz, quer estimular a iniciação científica no ensino médio (reprodução:Fiocruz)

Agência FAPESP – O Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, lançou, em outubro, a série de vídeos “Profissão Cientista”. O objetivo é oferecer aos jovens informações sobre carreiras em ciência e tecnologia, estimulando também a iniciação científica no ensino médio.

Os vídeos mostram a trajetória profissional de seis pesquisadores da Fiocruz: Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro, da área de Imunologia; Jane Costa e Márcio Félix, da Entomologia; José Augusto Nery, de Doenças Infecciosas; Lorelai Kury, pesquisadora em História das Ciências; e Márcia Chame, especialista em Biodiversidade .

A série “Profissão Cientista”, produzida pela Jatobá Filmes, conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).

Os vídeos estão disponíveis no site do Observatório Juventude C&T, em www.juventudect.fiocruz.br, e no canal do Youtubewww.youtube.com/user/JuventudeCT, podendo ser utilizados por professores em sala de aula e em ambientes não formais de ensino.

Link:

Compendium of Food Additive Specifications (FAO)

This volume of FAO JECFA Monographs contains specifications of identity and purity prepared at the 79th meeting of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), held in Geneva on 17 - 26 June 2014. The specifications monographs are one of the outputs of JECFA’s risk assessment of food additives, and should be read in conjunction with the safety evaluation, reference to which is made in the section at the head of each specifications monograph. Further information on the meeting discussions can be found in the summary report of the meeting and in the full report which will be published in the WHO Technical Report series. Toxicological monographs of the substances considered at the meeting will be published in the WHO Food Additive Series.

Year of publication: 2014
Document Type: Book
Pages: 93 p.

Sorvete de morango com óleo de coco

Ingredientes

01 lata de óleo de coco
Frutas (opcional): morango, mirtilos, framboesa ou outra de época

Dica: Não agite a lata do óleo de coco. Abra com cuidado e retire a parte de cima, onde está concentrada a gordura.
Bata ou processe todos os ingredientes.
Se desejar adoçar, utilize outra fruta doce, tâmaras, uvas passas ou agave
Coloque a mistura em um recipiente e leve ao freezer.

Sorvete de manga com leite de coco

02 mangas tommy
1/2 litro de leite de coco caseiro
2 a 3 colheres da polpa
1/2 limão

Misture as mangas com o leite de coco e bata bem
Acrescente o sumo do limão e a polpa
Leve ao freezer por cerca de 3 horas

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Gelinho saudável

16.01.2015
Por: Vanessa Schwab – nutricionista e personal diet

O calor chegou com tudo e manter o corpo hidratado é fundamental! Além de muita água, podemos incluir outros líquidos como chás gelados, sucos e água de coco ao longo do dia.

É possível ainda incrementar estes líquidos com ingredientes que possuem propriedades nutricionais e funcionais como: couve, salsinha, hortelã, salsão, gengibre, capim cidreira.

Para facilitar o preparo, nada mais prático do que já ter estes ingredientes batidos e congelados em forma de cubinhos de gelo no freezer. Assim, quando a sede chegar é só bater um ou dois destes cubinhos em água, água de coco ou suco natural e se refrescar!

Aqui seguem 5 receitas de gelinhos:

1) 1 litro de chá verde batido com 1 xícara (chá) de hortelã fresca picada
2) 1 litro de água de coco batida com 1 xícara (chá) cidreira natural picada
3) 1 litro de água batida com 3 folhas de couve
4) 1 litro de chá de dente de leão batido com 1 xícara (chá) de salsinha picada
5) 1 litro de água batido com 2 rodelas de gengibre e 1 talo grande de salsão
Estes gelinhos são ricos em:

- fibras: estimulam a saciedade e o bom funcionamento intestinal.
- magnésio: vasodilatador, detoxificante, redutor da ansiedade e vontade de comer carboidratos simples, participa de mais de 300 reações enzimáticas do metabolismo
- potássio: diurético, participa da contração muscular, funcionamento cardíaco e transmissão dos impulsos nervosos.
- ferro: responsável principalmente pelo transporte de oxigênio e síntese de DNA
- cálcio: mantém a estrutura de ossos e dentes, é importante para vasoconstrição e vasodilatação, transmissão de impulsos nervosos, contração muscular.

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Fome: uma (re)leitura de Josué de Castro

Publisher: Editora FIOCRUZ
Language: Portuguese
Year: 1997
Pages: 92

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Synopsis

Em que medida a fome continua sendo objeto de discussão e se articula no campo da saúde? Que formas de compreensão sobre o tema vêm prevalecendo historicamente? Estas são apenas algumas das perguntas que Rosana Magalhães procura responder, analisando a obra de Josué de Castro. Assim, este livro se contextualiza nas décadas de 80 e 90, quando a fome passa a ser vista como problema político e de cidadania, demandando consenso e cooperação entre o Estado e a sociedade civil. A autora tem, ainda, o cuidado de ressalvar que sua interpretação não é a que detém a verdade absoluta, convidando os interessados ao debate sobre um "pensamento marcante no estudo da fome, tanto no cenário nacional quanto no internacional".

Table of Contents
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales Preview PDF
Prefácio Preview PDF
Apresentação Preview PDF
(Re)lendo Josué de Castro Preview PDF
Caranguejos: o biológico e o social da fome Preview PDF
Fome versus desenvolvimento: (des)cobrindo horizontes Preview PDF
Conclusão Preview PDF
Referências bibliográficas Preview PDF

Manual básico para atendimento ambulatorial em nutrição


Publisher: EDUFBA
Language: Portuguese
Edition: 2nd. ed. rev. and enl.
Year: 2008

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Synopsis

Trabalho educativo e esclarecedor acerca das mais variadas distorções alimentares que levam o indivíduo ao desequilíbrio nutricional. Foi elaborado com a finalidade de proporcionar melhoria no atendimento dos ambulatórios de nutrição, auxiliando não somente o entendimento das instruções fornecidas aos pacientes ou a seu cuidador, mas aos discentes (profissionais em formação) e outros profissionais da área da saúde. Obra de amplo interesse para a sociedade em geral.

Table of Contents
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales Preview PDF
Recomendações nutricionais Preview PDF
Terapêutica nutricional Preview PDF
Anexos Preview PDF
Referências Preview PDF

Erário Mineral - Vol. 1 e 2



Organizer: Furtado, Júnia Ferreira
Author: Ferreira, Luís Gomes
Publisher: Editora FIOCRUZ
Language: Portuguese
Year: 2002
Pages: 821
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Synopsis

Erário Mineral, de Luís Gomes Ferreira, foi editado pela primeira vez em Lisboa, em 1735, sendo um dos primeiros tratados de medicina brasileira escrito em língua portuguesa. O livro reúne as experiências de práticas médicas realizadas pelo cirurgião-barbeiro Luís Gomes Ferreira na capitania de Minas Gerais. Além de uma descrição pormenorizada dos principais males ali freqüentes, o autor também descreve os meios mais eficazes de cura que experimentou e faz um importante inventário dos medicamentos utilizados na época com suas respectivas funções. Nessa leitura, descobrimos que entre os remédios empregados encontravam-se vários utilizados pelos índios e incorporados pelos paulistas à medicina colonial. Parte preciosa do relato é constituída pelas minuciosas informações sobre as duras condições de vida e de trabalho a que os escravos estavam submetidos, o que facilitava a propagação das doenças. Dois glossários completam e enriquecem ainda mais esta edição, procedendo a um levantamento dos médicos e cirurgiões citados pelo autor.

Table of Contents
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales Preview PDF
Arte e segredo: o licenciado Luís Gomes Ferreira e seu caleidoscópio de imagens Preview PDF
Ouro, poesia e medicina: os poemas introdutórios ao erário mineral Preview PDF
Sertões do Rio das Velhas e das Gerais: vida social numa frente de povoamento - 1710-1733 Preview PDF
Gomes Ferreira e os símplices da terra: experiências sociais dos cirurgiões no Brasil – colônia Preview PDF
O erário mineral divertido e curioso Preview PDF
II - Dos critérios de normalização editorial e modernização da linguagem Preview PDF
Erário mineral: dividido em doze tratados Preview PDF
Prólogo: ao leitor Preview PDF
Licenças: do Santo Ofício Preview PDF
Poemas laudatórios Preview PDF
Índex dos tratados e capítulos que contêm este livro Preview PDF
Índice das observações que se contêm neste livro Preview PDF
Divisão da obra Preview PDF
Proêmio Preview PDF
Tratado I: da cura das pontadas pleuríticas e suas observações Preview PDF
Tratado II: das obstruções Preview PDF
Tratado III: da miscelânea de vários remédios, assim experimentados e inventados pelo autor, como escolhidos de vários para diversas enfermidades Preview PDF
Tratado IV: das deslocações, fraturas e suas observações Preview PDF
Tratado V: da rara virtude do óleo de ouro, das muitas enfermidades para que serve e observações de curas excelentíssimas que com ele se têm feito Preview PDF
Tratado VI: dos segredos ou remédios particulares que o autor faz manifestos para utilidade de bem comum Preview PDF
Tratado VII: dos formigueiros e outras doenças comuns nestas Minas Preview PDF
Tratado VIII: da enfermidade a que chamam corrupção-do-bicho, suas causas, seus sinais, seus prognósticos, sua cura e suas observações Preview PDF
Tratado IX: dos resfriamentos Preview PDF
Tratado Χ: dos dano s que faz o leite, melado, aguardente de cana e advertências par a conservação da saúde Preview PDF
Tratado XI: dos venenos e mordeduras venenosas Preview PDF
Tratado XII: do escorbuto ou Mal de Luanda Preview PDF
Índex das coisas mais notáveis que se contêm neste livro Preview PDF
Observações sobre o universo vocabular médico-cirúrgico do erário mineral , de Luís Gomes Ferreira Preview PDF
V - Glossário de médicos Preview PDF
VI - Sumário das ilustrações Preview PDF

À sombra do Plátano: crônicas de história da medicina


Synopsis

Este livro traz aos leitores uma coletânea de cinquenta textos que revelam episódios e personagens que fizeram parte da história da medicina. Em sua amplitude, são abordados diferentes temas, alguns sob a forma de narrativas destinadas à difusão de assuntos culturais da área médica; outros, por sua vez, expõem o posicionamento do autor a partir de uma análise cuidadosa, como em “O Símbolo da Medicina”, “O Juramento de Hipócrates”, “Curar Algumas Vezes, Aliviar Quase Sempre, Consolar Sempre”, e “Que Relação Tem Júlio César com a Operação Cesariana?”. O poder de crendices é mostrado em textos como “Úlcera Péptica e a Ilusão do Conhecimento”, “O Ato Médico através da História” e “Modismos na História da Medicina”. O título escolhido para obra tem forte relação com o tema proposto, pois, segundo a tradição, foi embaixo de um plátano, na ilha grega de Cós, que Hipócrates ensinou a seus discípulos os preceitos da medicina.

Table of Contents
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales Preview PDF
Prefácio Preview PDF
1 - A árvore de Hipócrates Preview PDF
2 - O símbolo da medicina Preview PDF
3 - O juramento de Hipócrates Preview PDF
4 - Dos quatro humores às quatro bases Preview PDF
5 - Curar algumas vezes, aliviar quase sempre, consolar sempre Preview PDF
6 - A neurologia na antiguidade Preview PDF
7 - As grandes epidemias da história Preview PDF
8 - A crença na autointoxicação por estase intestinal e sua história Preview PDF
9 - O enigma da respiração: como foi decifrado Preview PDF
10 - Breve história da anestesia geral Preview PDF
11 - O ato médico através da história Preview PDF
12 - A institucionalização do ensino médico Preview PDF
13 - O machismo na história do ensino médico Preview PDF
14 - Modismos na história da medicina Preview PDF
15 - O que Montaigne pensava dos médicos e da medicina de sua época Preview PDF
16 - Episódio macabro no ensino de anatomia Preview PDF
17 - Que relação tem Júlio César com a operação cesariana? Preview PDF
18 - A primeira operação cesariana em parturiente viva Preview PDF
19 - O falso caminho das Tiflites e Peritiflites Preview PDF
20 - Os construtores da moderna medicina Preview PDF
21 - Úlcera péptica e a ilusão do conhecimento: um exemplo de falácia das evidências em medicina Preview PDF
22 - O desafio da febre amarela Preview PDF
23 – Varíola: uma doença extinta Preview PDF
24 – Maculo: a estranha doença dos escravos africanos Preview PDF
25 - Eijkman, o detetive do Beribéri Preview PDF
26 - Fleming, o acaso e a observação Preview PDF
27 - Ambroise Paré, o cirurgião que não sabia latim Preview PDF
28 - O trágico destino de Miguel Servet Preview PDF
29 - A obsessão de John Hunter Preview PDF
30 - As flores de Miss Cooke e a descoberta da digital Preview PDF
31 - A alergia de Miss Hampton e as luvas cirúrgicas Preview PDF
32 - A descoberta dos raios-X e o seu lado pitoresco Preview PDF
33 - Como um tratador de cães contribuiu para o progresso da radiologia Preview PDF
34 - A vida breve de alguns personagens famosos da história da medicina Preview PDF
35 - A medicina na passagem do milênio Preview PDF
36 - Providencial coincidência na história do ofidismo Preview PDF
37 - Mal de engasgo e doença de Chagas: a solução de um quebra-cabeças Preview PDF
38 - Fritz Koeberle e seus estudos sobre a doença de Chagas Preview PDF
39 - Carlos Chagas, a centelha do gênio Preview PDF
40 - Adolpho Lutz, uma vida dedicada à ciência Preview PDF
41 - Arthur Neiva, inteligência e cultura a serviço da nação Preview PDF
42 - Gaspar Vianna, mártir da ciência e benfeitor da humanidade Preview PDF
43 - Rocha Lima, embaixador da medicina científica brasileira Preview PDF
44 - Henrique Aragão, um nome festejado na austrália Preview PDF
45 - Pirajá da Silva, árbitro de uma contenda científica Preview PDF
46 - Eduardo Etzel, uma vida de ricas vertentes Preview PDF
47 - Evaristo de Paula, um nome esquecido na história da descoberta da doença de Chagas Preview PDF
48 - O primeiro periódico médico do Brasil Preview PDF
49 - História de uma controvérsia: Tiroide ou Tireoide? Preview PDF
50 - Por que 18 de outubro é o “dia dos médicos”? Preview PDF
Créditos das imagens Preview PDF

Cientista comemora decisão da Anvisa e espera ampliação de pesquisas com maconha

15/01/2015

Helena Martins - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de reclassificar o canabidiol, passando a considerá-lo medicamento de uso controlado, e não mais como substância proibida, poderá facilitar o debate sobre os usos medicinais da maconha no Brasil. O canabidiol é uma substância presente na folha da maconha (Cannabis sativa), que é usada para tratamento de doenças neurológicas, de câncer e mal de Parkinson, entre outras enfermidades.

Com a reclassificação, a expectativa é que os estudos científicos sejam ampliados, viabilizando a produção de novos medicamentos. É o que diz o neurocientista da Universidade de Brasília (UnB) Renato Malcher, que considerou a decisão uma vitória política diante de visões conservadoras.

Malcher ressaltou que, antes, os estudiosos gastavam tempo e dinheiro à espera de autorização para estudar a substância. Com a decisão da Anvisa, “qualquer cientista pode simplesmente olhar um catálogo na internet e fazer a compra dele [do canabidiol] tendo que lidar apenas com a questão de taxa alfandegária e mais nada. Não precisa mais de uma autorização da Anvisa para poder lidar com uma substância proscrita”.

Estudos com maconha são feitos no Brasil pelo menos desde a década de 1930. Os primeiros destacavam os chamados males da maconha, quais perigos sociais gerados por ela e também os sintomas apresentados pelos usuários. A partir de 1960, a psicofarmacologia e a psicobiologia estudaram a planta com outros vieses, reconhecendo propriedades ansiolíticas e antipsicóticas, dentre outras.

No entanto, a proibição da maconha no Brasil e em diversos países dificultou o avanço das pesquisas. “Não é uma novidade que a maconha tenha poderes medicinais, mas todo embargo que foi feito sobre a ciência gerou uma represa, em escala mundial, que está vazando por todos os lados”, disse Malcher.

Com a reclassificação do canabidiol, outros temas devem vir à tona, segundo o pesquisador, que aponta a necessidade de liberar os demais derivados. “A pesquisa hoje é muito prejudicada pelo próprio estigma e pela dificuldade de explorar essa área mais ampla, que é poder plantar, desenvolver plantas diferentes, extrair os óleos e testar as combinações”, explicou.

Dada a versatilidade da cannabis, a ciência tem vários caminhos de pesquisa que podem ser trilhados. Por exemplo, poderá isolar cada componente da erva que tem potencial terapêutico e testar a atividade dele, bem como produzir diferentes plantas com proporções particulares de canabinoides.

De acordo com Malcher, o extrato de cada uma dessas plantas pode ser usado para tratar doenças específicas, como psicose, esquizofrenia, ansiedade, inflamações crônicas, esclerose, epilepsia e até mesmo câncer, dado que algumas substâncias têm o poder de evitar a proliferação de células doentes.

“O que o canabidiol representa nesse momento é um ponto de inflexão. Passamos de um momento de visão muito estigmatizada sobre a planta para um momento em que a gente vai ter um respaldo social e político inevitável para explorar a metodologia que nós temos hoje para tirar o maior benefício possível dessa dádiva”, disse o neurocientista.

Segundo Malcher, os defensores da ampliação dos estudos e do uso fitoterápico da planta também terão que enfrentar os interesses da indústria farmacêutica, isso porque ela confere a cada variação genética das plantas, no caso da possibilidade da cannabis ser plantada no Brasil legalmente, uma patente, o que poderá dificultar o acesso para fins científicos e aumentar os custos do produto final. Estudos que analisaram o uso medicinal do canabidiol mostraram que, em 80% dos casos relatados, apenas essa substância foi mais efetiva no tratamento de determinadas doenças do que cerca de 12 remédios que eram usados diariamente pelos participantes da pesquisa, destacou o cientista.

As substâncias derivadas da maconha atuam sobre o que o pesquisador chamou de sistema de sinalização do organismo, responsável tanto pela percepção da saúde, como dor, tristeza e psicose, quanto por efeitos fisiológicos, a exemplo da inflamação.

Diante da situação, o cientista acredita que a indústria terá que se adaptar ao novo cenário e que os profissionais, hoje formados para receitar remédios tradicionais, poderão vivenciar “um novo paradigma”.

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Liberação do canabidiol dá qualidade de vida a pacientes, dizem pais de usuários

14/01/2015

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Parentes de pacientes que usam o canabidiol no tratamento de doenças graves, como a epilepsia, comemoraram hoje (14) a reclassificação do produto, que passou de substância proibida para medicamento de uso controlado. A decisão foi tomada há pouco, por unanimidade, pelos membros da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Katiele Bortoli, mãe de Anny Fisher, disse que a reclassificação representa esperança de qualidade de vida. A filha de Katiele sofre de um tipo grave de epilepsia e tem diversas crises convulsivas quando não usa o canabidiol. "Vocês não têm ideia do que se passa no coração de alguém desesperançoso. Essa reclassificação dá esperança, dá alívio, dá a sensação de que existe uma luz", afirmou Katiele. Ela ressaltou que não se trata de cura para nenhuma síndrome, mas de esperança de qualidade de vida.

Norberto Fisher, pai de Anny, destacou que não há mais espaço para dúvidas relacionadas à eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia e de outras enfermidades graves. Para ele, a reclassificação da substância foi consequência do apelo social e não representa nenhum tipo de decisão política. "[A decisão da Anvisa] demonstra que o Brasil atingiu maturidade para debater e discutir a reclassificação do uso medicinal da cannabis".

Júlio Américo Neto, pai de outro paciente, Lorenzo, lembrou que, por causa da vinculação com a maconha, a liberação do canabidiol enfrentou problemas. O filho de Júlio sofre de epilepsia refratária e também usa a substância para conter as crises convulsivas. "A reclassificação é um passo importante. A Anvisa está dando uma contribuição histórica para aliviar o sofrimento de milhares de pacientes com enfermidades tratáveis com a cannabis", disse Júlio.

Para Júlio Américo, a reclassificação abre caminho para o avanço das pesquisas.

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Anvisa aprova uso de canabidiol como medicamento

Substância ativa da maconha passa a ser considerada medicamento controlado para tratamento de doenças como epilepsia grave; não há relatos de dependência relacionada a seu uso

por Agência Brasil — publicado 14/01/2015 

Elza Fiuza/Agência Brasil
Parentes de usuários do canabidiol comemoram reclassificação do medicamento, que não é mais uma substância proibidaLeia também

Por Marcos Chagas*

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira 14, por unanimidade, a reclassificação do canabidiol, uma das substâncias ativas da maconha, como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida. A decisão foi tomada durante reunião da diretoria colegiada na sede da agência, em Brasília.

A maior parte dos diretores da agência ressaltou que não há relatos de dependência relacionada ao uso de canabidiol e que há diversos indícios registrados na literatura científica de que a substância auxilia no tratamento de enfermidades como a epilepsia grave.

Os diretores também ressaltaram que a reclassificação permite que as famílias ajam na legalidade, além de incentivar pesquisas sobre o tema. A Anvisa iniciou a discussão sobre a possibilidade da reclassificação da substância em maio de 2014. Na época, não houve decisão terminativa sobre a questão. Desde então, a agência vem autorizando a liberação de importação do canabidiol em caráter excepcional.

Até o momento, o governo federal recebeu 374 pedidos de importação para uso pessoal. Desses, 336 foram autorizados, 20 aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 11 estão em análise pela área técnica. Há ainda sete arquivamentos, sendo três mandados judiciais cumpridos, duas desistências e três mortes de pacientes após a entrada do pedido.

*Publicado originalmente na Agência Brasil.

Folic acid saves 1,300 babies each year from serious birth defects of brain, spine

Date: January 15, 2015

Source: March of Dimes Foundation

Summary:
Fortifying grain foods with the B vitamin folic acid has saved about 1,300 babies every year from serious birth defects of the brain and spine known as neural tube defects. All women capable of having a baby should take a multivitamin containing folic acid every day, experts say. Women who had a previous pregnancy affected by an NTD should take high-dose folic acid beginning at least four weeks before becoming pregnant and through the first trimester.

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Agricultores familiares podem aproveitar a agrobiodiversidade para enfrentar a mudança climática

Postado por FAO - Quinta-feira, 15 de Janeiro de 2015 
Fonte: https://www.fao.org.br/afptALCpaaemc.asp 

Os governos da América Latina e do Caribe devem aprofundar as políticas públicas para que a agricultura familiar e os povos tradicionais possam se beneficiar da agrobiodiversidade regional e fazer frente aos desafios da mudança climática, assinalou hoje a FAO.

Os participantes do V Seminário Regional Agricultura e Mudança Climática, organizado pela CEPAL e pela FAO, com apoio da Cooperação Francesa e com patrocínio do IICA e Oxfam Grã-Bretanha, assinalaram que é necessário reconhecer os potenciais dos conhecimentos tradicionais acumulados pelos agricultores familiares e os povos originais para adaptar a agricultura regional à mudança climática.

“Fortalecer a agricultura familiar, permitindo aproveitar de forma cabal a riqueza dos recursos da nossa região e aproveitar as expressões de conservação da agrobiodiversidade vinda dos povos tradicionais, vai possibilitar, não somente, fortalecer a esses setores, mas também é uma forma de potenciar a segurança alimentar de toda região”, ressaltou o representante regional da FAO, Raúl Benítez.

Agricultores familiares e povos indígenas: não só produtores, mas também guardiãs da biodiversidade

A agrobiodiversidade é um recurso indispensável para garantir que as gerações atuais e futuras contem com uma base produtiva que sustente a segurança alimentar.

“Faz falta aproveitar o capital da biodiversidade que temos para encontrar espécies mais resistentes a mudança climática. Toda essa riqueza que temos na região podemos analisar e aproveitar”, assinalou durante o Seminário, Graciela Magrín, integrante do Painel Intergovernamental de Mudança Climática.

A FAO apontou ainda que os países devem fazer esforços para conservar e aproveitar os recursos de maneira racional, melhorando e democratizando o acesso e eles, especialmente para os agricultores familiares, que são os que produzem a maior parte dos alimentos do consumo local nos países da região e para os povos tradicionais que vem desenvolvendo práticas agrícolas e de conservação durante milhares de anos.

“Precisamos desenvolver sistemas agrícolas mais diversificados e resilientes, desenvolver alternativas produtivas em condições climáticas variáveis”, enfatizou Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), que ressaltou a importância de refletir sobre “o papel da agricultura familiar não somente como produtora de alimentos, mas também como protetora da agrobiodiversidade”.

Alicia Bárcena lembrou que a região tem sido o centro de origem de diversas espécies agrícolas, como o milho e a batata, destacando “o tremendo papel que tem exercido os povos tradicionais e os agricultores familiares selecionando e usando essas variedades de geração em geração. Essa acumulação de conhecimento não foi suficientemente reconhecida”, acrescentou.

O representante regional da FAO chamou a atenção sobre o fato de que tanto os agricultores familiares, como os povos indígenas muitas vezes vivem na pobreza e na insegurança alimentar, apesar do papel chave na produção de alimentos e na preservação de tradições e espécies milenárias na região.

“Se os governos adotam as políticas públicas adequadas para dotar de recursos os agricultores familiares e os povos tradicionais, vamos dar um passo importante para assegurar que a atual geração de latino-americanos e caribenhos seja a última em conviver com a fome”, explicou Benítez.

Pascal Delisle, conselheiro regional da Cooperação da França, disse que “nesse Ano Internacional da Agricultura Familiar nos parece muito importante analisar, não somente a contribuição para o setor agrícola, mas também a reconhecida capacidade e resiliência à mudança climática”.

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Em Palmas, alunos reaproveitam água para irrigar horta suspensa

Postado por Ministério da educação - Fátima Schenini - Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2015 
Fonte: http://goo.gl/XlXdVH 

A preocupação em reutilizar a água que pinga dos aparelhos de ar condicionado levou a professora de biologia Juliana Girardello Kern a criar o projeto Reúso da Água de Condicionadores de Ar para Irrigar Hortas Suspensas. Incluído entre os 39 vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Ensino Médio, o projeto foi desenvolvido este ano com 40 alunos de segundo ano do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas, Tocantins.

A ideia surgiu em 2013, quando Juliana criou um protótipo do projeto. Este ano, ela resolveu retomar a ideia. Mostrou aos alunos o desperdício de água dos aparelhos de ar condicionado e explicou que aquela água poderia ser reutilizada. “Pensamos em uma horta, mas a horta comum seria apropriada para pessoas que moram em casas, não em apartamentos”, observa. “Chegamos então à conclusão de que deveríamos fazer uma horta suspensa.”

Com a turma dividida em grupos, cada aluno escolheu uma residência para realizar o projeto. Essa medida, além do acompanhamento do desenvolvimento das plantas, possibilitou o envolvimento das famílias. “Os alunos e seus familiares tiveram a oportunidade de cuidar de uma planta e vê-la crescer e também desenvolveram técnicas e sensibilização em questões ambientais”, analisa Juliana.

Outros benefícios trazidos pelo projeto, segundo a professora, foram o estreitamento dos laços familiares e a conscientização sobre o uso da água como o direito de todo cidadão, sem desperdício. Nas mini-hortas foi usado material reciclável, como caixotes de madeira, garrafas plásticas e garrafões de água de 20 litros.

O projeto foi executado de abril a outubro, com a participação da professora de língua portuguesa Patrícia Pinheiro. “Com ela, vieram as orientações para a produção de um resumo do projeto de cada grupo e para o desenvolvimento do ‘diário de bordo’, para que todas as etapas pudessem ser descritas e analisadas”, diz Juliana. “O projeto me fez acreditar que posso fazer diferença, sim, em alguns lares”, afirma. “E este é meu maior prêmio: saber que a família do aluno participou do processo e se envolveu de fato.”

Com licenciatura plena em biologia e especialização em ecoturismo, Juliana atua no magistério estadual há 12 anos. “Gosto de fazer coisas diferentes, inventar e recriar maneiras para estimular os alunos a estudar.”

De acordo com a professora a distinção no 8º Prêmio Professores do Brasil resultou em satisfação profissional, paz interior, sentimento de dever cumprido. “Os alunos sentiram que é possível fazer diferença com muito pouco”, avalia.

Saiba mais no Jornal do Professor

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Projeto ‘Reduzir & Repensar’ da USP, campus de São Carlos, ganha destaque na ONU

O projeto de ação “Reduzir & Repensar”, desenvolvido nos restaurantes universitários do campus de São Carlos da USP com o objetivo de diminuir o desperdício de alimentos pelos usuários do serviço, ganhou destaque no concurso “PensarComerConservar“, promovido por meio da iniciativa “Save Food”, uma parceria entre o Programa para o Meio Ambiente e a Organização para Alimentação e Agricultura, ambos vinculados à Organização das Nações Unidas (ONU).
Estimativa é que se deixou de desperdiçar 12 toneladas de alimentos não consumidos

O concurso teve como finalidade investir esforços com o objetivo de difundir projetos e catalisar mais setores da sociedade para se tornarem conscientes e partirem para a ação, com base na troca de ideias inspiradoras e estudos de caso entre partes já envolvidas e potenciais parceiros. O trabalho figurou entre os dez finalistas e foi premiado com a primeira menção honrosa, ficando em quarto lugar dentre os 470 projetos de estudantes de escolas dos três níveis de ensino – fundamental, médio e universitário – de aproximadamente 80 países. O resultado foi divulgado no último mês de dezembro.

Intitulado como Projeto Educativo para Minimização de Resíduos Sólidos para os Restaurantes Universitários dos Campi de São Carlos da Universidade de São Paulo, o trabalho é coordenado pelo professor Fernando César Almada Santos, do Departamento de Engenharia de Produção (SEP) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, e pela coordenadora executiva do Programa EESC Sustentável, Patrícia Cristina Silva Leme. A pesquisa também conta com apoio do programa USP Recicla, da Prefeitura do Campus e da nutricionista do Restaurante Universitário, Claudia Paschoalino, e sua equipe.

Dentre as ações do projeto, o levantamento de informações sobre o consumo e desperdício foi a base de todo o trabalho, mas o objetivo principal foi alterar os valores culturais dos usuários, focando em questões éticas, afetivas, emocionais e de cultura que extrapolam qualquer cartilha. Parao professor Fernando César Almada Santos, o reconhecimento da ONU comprova a excelência e a importância do trabalho. “É uma evidência de que estamos atendendo a sociedade e, do ponto de vista de extensão, é um atendimento à população, talvez da forma mais nobre possível”, afirma o docente.

Patrícia ainda destaca a importância de o campus servir como laboratório para as boas práticas socioambientais. “Desta forma a universidade cumpre todo o papel de extensão, aprendizado e pesquisa”, ressalta.

Para o estudo, os alunos de graduação Maicom Brandão, Bruna Viana, Francis Fanali e Marcela Marzochi foram a campo para realizar o levantamento de dados e as intervenções no restaurante. Com mais tempo de participação na equipe, Brandão, que é estudante do curso de Engenharia de Produção, destacou como o trabalho alcançou resultados significativos focando nas atividades educativas e de conscientização, sem a necessidade de envolver tecnologias.

Apesar do objetivo do projeto ser o desperdício zero, a equipe compreende que o patamar de 25 gramas por pessoa é um resíduo aceitável para esse tipo de restaurante. Em 2006, quando se passou a focar especificamente no desperdício de alimentos pelos usuários, foi constatado que iam para o lixo 83 gramas por pessoa, enquanto que em outubro de 2014 essa quantidade caiu para 38 gramas. A estimativa é que se deixou de desperdiçar 12 toneladas de alimentos não consumidos.
Da esquerda para a direita: Patrícia Leme, Maicom Brandão e o professor Fernando César Almada Santos

A interação dos estudantes com os usuários e as ações educativas são experiências novas para os futuros engenheiros envolvidos no projeto. “Expandir a visão e conhecer outras áreas além da engenharia faz parte dos desafios que encontramos hoje. Nada mais é independente: tudo demanda um conjunto de conhecimentos, e ter noção de que eles estão inter-relacionados é fundamental para qualquer profissional do futuro”, afirma Brandão.

Segundo Patrícia, o projeto no restaurante começou em 2003, através do programa USP Recicla, pelos alunos de graduação – que atualmente recebem recursos da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP –, e compreendia o estudo do desperdício geral de materiais, do perfil dos frequentadores da estrutura do restaurante e da equipe que nele trabalhava. Naquela época, uma ação que antecedeu a atividade do projeto “Reduzir & Repensar” foi a substituição de copos descartáveis por canecas duráveis, a qual obteve um impacto e aceitação positiva, servindo de referências a outras universidades e instituições da cidade.

De acordo com a equipe, o projeto continuará em desenvolvimento na intenção de cada vez mais se aproximar da meta do desperdício zero, mantendo o diagnóstico de retirada e pesagem dos resíduos. Para tanto, está em planejamento a ampliação das atividades socioambientais – com cartazes, palestras, ações educativas e de conscientização, entre outras – voltadas aos usuários dos restaurantes localizados nas duas áreas do campus da USP em São Carlos.

O projeto possibilita também que interessados no trabalho candidatem-se como voluntários para contribuir nas atividades e diagnóstico. Aqueles que desejarem participar devem encaminhar uma mensagem ao email de um dos coordenadores – almada@sc.usp.br epazu@sc.usp.br – para obterem mais informações.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Foto: Divulgação 

Publicado no Portal EcoDebate, 15/01/2015

Projeto da Embrapa quer valorizar cadeia produtiva do dendê

O projeto tem as vertentes de estudar a genética da planta e desenvolver soluções para os produtos do fruto
Projeto valoriza o dendê. Foto: Daniela Collares

A planta do dendê, chamada de palma-de-óleo, é considerada a com maior potencial entre as fontes de óleo para a produção de biodiesel, além de abastecer a indústria de alimentos. No entanto, a disponibilidade de sementes de qualidade, o aumento do número de variedades disponíveis e a valorização econômica de todos os coprodutos do processamento ainda são desafios para estimular investimentos.

Por este motivo, a Embrapa Agroenergia de Brasília (DF), com uma rede de parceiros em várias regiões do país, está liderando um projeto de pesquisa em rede com duas vertentes: estudar a genética da planta do dendê e desenvolver soluções para os coprodutos do processamento industrial dos frutos.

O dendezeiro, como é conhecida a palma-de-óleo, gera cachos grandes e pesados repletos de pequenos frutos vermelhos, dos quais são extraídos dois óleos. Da polpa, vem o óleo de dendê propriamente dito, de cor alaranjada; da castanha, sai o chamado óleo de palmiste.

O primeiro é utilizado na produção alimentícia (margarinas, pães e sorvetes) e em outras aplicações industriais (sabões, detergentes, corantes naturais). O segundo também é empregado na fabricação de alimentos, especialmente os especiais, como biscoitos e chocolates, além de atender ao mercado de cosméticos.

Para falar sobre o assunto, o programa Nossa Terra entrevistou a pesquisadora da Embrapa Agroenergia Simone Mendonça, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia sobre o principal objetivo do projeto e quais os benefícios que a planta do dendê pode trazer à saúde humana, se utilizada em correta fabricação dos produtos derivados.

Simone Mendonça explicou que o governo brasileiro já tem feito ações para estimular a agricultura familiar no plantio da palma, já que o país é insuficiente na produção do dendê, essencial para a indústria de alimentos. Segundo ela, o Brasil importa mais de 50% do óleo de países do Sudeste Asiático, como Indonésia e Malásia.

A pesquisadora da Embrapa Agroenergia contou que está prevista no Brasil uma grande expansão da área plantada do fruto do dendê, principalmente na região Norte do país. Podem ser produzidos 200 quilos de óleo utilizando-se uma tonelada dos cachos do fruto. Os cachos vazios (depois de retirados os frutos) também têm podem ter utilidade na indústria, como a fabricação de móveis, por exemplo.

*Com informações da Embrapa Agroenergia de Brasília (DF).

Publicado no Portal EcoDebate, 15/01/2015

Lixo da indústria de alimentos pode virar energia limpa

Pesquisadores do Cempeqc/Unesp desenvolvem metodologia para produzir hidrogênio a partir de águas residuárias do beneficiamento da laranja (fotos: divulgação e Wikimedia)

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara (SP) estudam a viabilidade de usar a água residuária da indústria de suco de laranja para produzir hidrogênio – uma fonte de energia renovável, inesgotável e não poluente.

A pesquisa, apoiada pela FAPESP, está em andamento no Centro de Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados (Cempeqc) do Instituto de Química da Unesp.

“A vantagem de produzir hidrogênio a partir de águas residuárias é aproveitar, de maneira sustentável, uma fonte de carbono que hoje está sendo descartada”, argumentou Sandra Imaculada Maintinguer, pesquisadora do Cempeqc.

De acordo com a pesquisadora, a proposta é reaproveitar a energia gerada localmente, na própria indústria, para abastecer as bombas dos sistemas de tratamento biológico, por exemplo.

“O método poderia beneficiar não apenas o setor citrícola, como o sucroalcoleiro, indústrias de refrigerantes, cervejas e de outros alimentos”, afirmou Maintinguer.

O hidrogênio, explicou a pesquisadora, é quase três vezes mais energético que os hidrocarbonetos e que o metano e quatro vezes mais que o etanol. No entanto, em razão do custo ainda elevado de armazenamento e transporte, seria inviável usar o gás, por exemplo, para substituir a energia hidrelétrica – ainda muito barata no Brasil.

O grupo de pesquisadores do Cempeqc está estudando três diferentes resíduos do beneficiamento da laranja cedidos por uma empresa situada em Matão (SP): o melaço, a vinhaça e a água residuária.

Embora o melaço e a vinhaça apresentem concentrações mais elevadas de açúcares (40 a 150 g glicose/L), testes preliminares sugerem que a água residuária (12g glicose/L) é a mais indicada para a produção biológica de hidrogênio.

“Quando a concentração de substrato é muito elevada, pode ocorrer a inibição do crescimento dos microrganismos que quebram os açúcares em moléculas menores, como ácidos orgânicos e hidrogênio. Existe uma faixa ideal, que parece ser a da água residuária”, disse Maintinguer.

Além da glicose, os pesquisadores também encontraram outras fontes de carbono na água residuária, como frutose e ácidos orgânicos, além de impurezas como óleos e detergentes usados no processo industrial.

“Fizemos os testes usando a água residuária com todas as impurezas e, mesmo assim, os resultados foram muito promissores. Conseguimos transformar cerca de 65% desse resíduo em hidrogênio. Como os microrganismos usam os nutrientes para crescer e se multiplicar em primeiro lugar, a produção nunca chega a 100%”, explicou a pesquisadora.

Arqueas metanogênicas

Os ensaios, em escala de bancada, foram feitos em reatores anaeróbios (frascos de vidro hermeticamente fechados), para evitar que o contato com o oxigênio inibisse a produção da enzima hidrogenase, extremamente importante na produção biológica de hidrogênio.

Na água residuária foi inoculado um conjunto de microrganismos de diferentes classes coletado em sistemas de tratamento biológico de esgotos sanitários. De acordo com a pesquisadora, o inóculo também pode ser obtido a partir do próprio lodo formado nos sistemas biológicos de tratamento industrial.

Porém, é necessário um pré-tratamento para eliminar as chamadas arqueas metanogênicas, um tipo de microrganismo capaz de consumir o hidrogênio produzido para formar metano, algo indesejável nesse caso.

“O processo biológico anaeróbio tem várias etapas e, em cada uma delas, atua uma classe diferente de microrganismo. Os carboidratos são quebrados em açúcares, ácidos orgânicos, acetato, hidrogênio e, se o processo não for interrompido, em metano”, disse a pesquisadora.

Para evitar que isso aconteça, o inóculo é submetido a um choque térmico e o pH do meio é reduzido para 5,5. O pré-tratamento causa a eliminação das arquéias metanogênicas, enquanto as bactérias úteis para o processo apenas entram em estado vegetativo, voltando a se multiplicar quando as condições se tornam favoráveis.

“É um método fácil e barato e só é necessário fazê-lo uma vez. Depois posso reaplicar o inóculo em outra amostra quando acabar o substrato no reator. Por enquanto, estamos usando apenas a configuração de reator em batelada (frascos com quantidades limitadas onde a reação ocorre até o substrato acabar e depois é preciso reabastecer). O próximo passo é testar em um reator de fluxo contínuo”, disse Maintinguer.

Além do hidrogênio, resultam do processo alguns ácidos graxos voláteis – como o ácido butírico e o ácido acético – também passíveis de serem transformados em hidrogênio por bactérias fotoheterotróficas.

“Elas consomem esses ácidos na presença da luz e liberam mais hidrogênio, elevando assim o rendimento”, explicou a pesquisadora.

Na avaliação de Maintinguer, o Brasil tem um grande potencial para ser referência em tecnologia do hidrogênio e é beneficiado pelo fato de ser um país tropical, com temperaturas médias anuais em torno de 25ºC – favorável ao desenvolvimento de bactérias.

“Em países como Holanda e Alemanha é preciso aquecer os reatores para que o processo seja bem sucedido”, comentou.

O Ministério de Minas e Energia tem planos para introduzir o hidrogênio na matriz energética do país até 2025, inclusive como combustível automotivo. Uma das metas do governo brasileiro é que, após 2020, toda a produção do gás seja obtida a partir de fontes renováveis.

Publicado no Portal EcoDebate, 15/01/2015

Analizan la diversidad de carotenoides en los chiles


Analizan la diversidad de carotenoides en los chiles 
Por Alejandra Monsiváis Molina en la Academia Mexicana de Ciencias
La capsaicina es el compuesto más famoso del chile, porque es el responsable de producir el típico ardor en la boca cuando lo comemos. Más recientemente, su popularidad aumentó porque a partir de investigaciones científicas se sabe que puede servir para mitigar el dolor crónico que producen algunos padecimientos, tiene efectos benéficos en el sistema circulatorio y es posible que ayude a combatir ciertos tipos de cáncer.

Sin embargo, los chiles tienen otras sustancias menos conocidas que también impactan positivamente en la salud, tales como los carotenoides, los cuales dan las tonalidades a las plantas que van del amarillo al rojo y cuya función es captar la energía luminosa para transferirla a otras moléculas llamadas clorofilas, que la transformarán en biomasa a través de la fotosíntesis. Hasta ahora se conoce la existencia de más de 700 carotenoides.

En años recientes, los carotenoides son el foco de investigación porque se ha visto que tienen un alto poder antioxidante que podría contribuir a prevenir ciertos tipos de cáncer, enfermedades del corazón y de los ojos, así como mejorar el sistema inmune contra las infecciones.

Por otro lado, la gran cantidad de componentes de Capsicum annuum (el nombre científico del chile) incluyendo los pigmentos, tienen una amplia aplicación en la industria de los alimentos, cosméticos, medicamentos, entre otros. En México aún no son tan explotados, de ahí la importancia de este tipo de trabajos.

Desde hace algunos años, un grupo de científicos del Instituto de Química de la Universidad Nacional Autónoma de México, entre los que se encuentra, Federico García Jiménez, miembro de la Academia Mexicana de Ciencias, se ha dedicado a identificar y cuantificar los carotenoides de plantas como en el cempasúchitl y algunas variedades de chiles secos y frescos que se consumen en nuestro país.

De hecho, su grupo fue el primero en reportar en un estudio la composición de tres chiles secos: guajillo, ancho y mulato. Éstos tienen alrededor de una veintena de diferentes tipos de carotenoides: en el chile ancho y el guajillo el betacaroteno es el principal componente seguido por la violaxantina. En el mulato en cambio, el principal componente es la violaxantina seguido del beta caroteno.

Entre los compuestos encontrados, tres de ellos tienen actividad provitamina A (beta- caroteno, alfa caroteno y beta criptoxantina) siendo el chile ancho el principal con esta característica, seguido del guajillo y el mulato. Este tipo de compuestos son relevantes porque pueden servir como precursores naturales de la vitamina A, nutriente esencial en nuestra dieta que interviene en la formación y mantenimiento de dientes, tejidos blandos y óseos, mucosas y piel, además de que genera los pigmentos necesarios para la visión.

Federico García explicó que para obtener los carotenoides emplearon métodos cromatográficos, mediante los cuales se pueden separar los compuestos de un extracto -en este caso de los chiles- basándose en su capacidad de interacción con otra sustancia, generalmente un disolvente. De forma general, estos métodos consisten en pasar el extracto tratado con el disolvente a través de una placa para que los compuestos de interés se separen a lo largo de ésta.

Más recientemente, Federico García asesoró un trabajo para determinar estos compuestos en el pimiento morrón verde, amarillo, naranja y rojo mediante espectroscopía Raman, una técnica que se realiza al proyectar un rayo de luz láser sobre una muestra de la mezcla a analizar, en este caso el extracto de los chiles, y registrar el cambio en la frecuencia de luz dispersada, es decir, si hubo un cambio de “color”. Debido a que cada tipo de compuesto dispersa la luz de diferente manera, con esta técnica se pueden identificar los tipos de carotenoides que hay en una muestra y cuantificarlos.

Sus resultados indican que el pimiento rojo tiene la mayor cantidad de carotenoides. En el pimiento amarillo, los carotenoides que se encuentran en mayor concentración son la luteína, el betacaroteno, la zeaxantina y el licopeno. En el pimiento naranja se encontró que el carotenoide más abundante es una variedad del betacaroteno, mientras que para el pimiento rojo fueron dicha variedad y la violaxantina. Este color fue el que presentó mayores niveles de provitamina A. Y finalmente, en el pimiento verde predominantemente la variante del betacaroteno, luteína y caroteno.

A la fecha, el equipo de investigación de Federico García estudia estas sustancias en el chile poblano, pasilla y habanero.

De acuerdo con el investigador, estos trabajos son importantes, por un lado, para saber la composición de los chiles que consumimos, tanto de frescos como secos, “pero además porque desarrollamos técnicas para aislar compuestos de interés comercial (los pigmentos) pues dependiendo de la concentración de estos es el precio del producto. De hecho, trabajamos con algunas industrias agroalimentarias para evaluar la concentración de los compuestos de interés de las plantas que comercializan; por ejemplo, cuantifican la cantidad de luteína (un pigmento que se utiliza ampliamente como colorante natural) en el cempasúchitl”.

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México: IPN desarrolla un fitofármaco cicatrizante


En la gaceta del Instituto Politécnico Nacional Año LI, Vol. 17, Núm. 1128
Científicos del Instituto Politécnico Nacional (IPN) trabajan en la elaboración de un fitofármaco cicatrizante de nueva generación que proviene del extracto derivado de una planta perteneciente a la familia Escrafulariaceae, que tiene su fundamento en la etnobotánica.

La planta es originaria del municipio de Huasca de Ocampo en el estado de Hidalgo y se emplea para la curación de heridas. Al respecto, el titular del proyecto y director del Centro de Investigación en Biotecnología Aplicada (CIBA), Unidad Tlaxcala, David Guillermo Pérez Ishiwara, mencionó que los pobladores de esa región utilizan la planta como cataplasma.

En la investigación se documenta si la planta posee el efecto que la comunidad refiere, además pretende demostrar los mecanismos bioquímico, celular y molecular que inducen el proceso de cicatrización, así como determinar los metabolitos del fitofármaco responsables del efecto biológico.

El especialista dijo que el proyecto demuestra de manera precisa y clara los fundamentos químicos y biológicos de acción que tiene este fitofármaco, para después ponerlo a la venta y no quedarse en una fitoquímica tradicional.

Hacia la comercialización

Una innovación del trabajo, explicó Guillermo Pérez Ishiwara es modificar el fitofármaco mediante la nanomedicina para funcionalizarlo en una nanoestructura y potencializar lo que ofrece la medicina tradicional; es decir, acelerar el proceso de cicatrización con dosis menores del fitofármaco y otorgar un plus a un producto que no existe actualmente en el mercado.

Este proyecto se encuentra en fase experimental preclínica. El siguiente paso es realizar pruebas clínicas con pacientes, conocer su comportamiento, analizar la genotoxicidad y evaluar la bioseguridad de este producto.

El efecto cicatrizante del extracto acuoso de la planta, en la etapa in vitro, tuvo un resultado positivo al incrementar la proliferación, adhesión, migración y diferenciación celular de los fibroblastos (célula más común del tejido conjuntivo); en un modelo de lesión in vivo en piel de ratas, se demostró que aumenta tanto la contracción de la herida, la reepitelización de la piel como la formación y la orientación de los fibroblastos, e incrementa el contenido total y orientación de las fibras de colágena.

Los resultados morfométricos demostraron que el extracto acuoso de la planta acelera el cierre de la herida al menos en 72 horas en comparación con el proceso natural, reduce las heridas e incrementa la calidad de la cicatriz.

Se pudo observar histológicamente que el extracto acuoso a las dos concentraciones evaluadas disminuye el proceso de inflamación y estimula la presencia y ordenamiento de los fibroblastos; aunque es importante resaltar que a 400 mg/ml estimula la neoformación, la maduración, el ordenamiento y la alineación horizontal de las fibras de colágena.

Regula positivamente la cicatrización

El estudio realizado en el Laboratorio de Biomedicina Molecular I, de la Sección de Estudios de Posgrado e Investigación de la Escuela Nacional de Medicina y Homeopatía (ENMH), arroja que este fitofármaco logra regular positivamente el proceso de cicatrización sin que la cicatriz se vuelva fibrótica o que por el contrario sea una cicatriz frágil que no permita cumplir con sus funciones mecánicas y fisiológicas.

En este proyecto multidisciplinario, dirigido por Pérez Ishiwara y Consuelo Gómez García, participan la alumna de doctorado en Biotecnología, Adriana Martínez Cuazitl, y el alumno de la ENMH, Jesús Ariel Martínez Solís.

También colaboran Virginia Sánchez Monroy, Olivia Medel Flores y Nury Pérez Hernández de la ENMH; Eduardo San Martín Martínez del Centro de Investigación en Ciencia Aplicada y Tecnología Avanzada (CICATA), Unidad Legaria; Luis Miguel Salgado del CICATA Querétaro, así como Marlon Rojas López, Raúl Delgado y Erick Ocaranza Sánchez, del CIBA Tlaxcala.

Asimismo, se cuenta con la colaboración y apoyo del área de patología del Hospital General de Tláhuac, dirigido por Mario García Solís, y de Elizabeth Pérez, del Hospital “Dr. Victorio de la Fuente Narváez” del Instituto Mexicano del Seguro Social.

Cabe destacar que este estudio ha generado varias tesis de licenciatura, maestría y doctorado.

Los recursos económicos para desarrollar esta investigación fueron proporcionados por el entonces Instituto de Ciencia y Tecnología del Distrito Federal, ahora Secretaría de Ciencia, Tecnología e Innovación (SECITI); el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT), y la Secretaría de Investigación y Posgrado del IPN.

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