sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Can coffee protect against malignant melanoma? Study looks at trends

Date: January 20, 2015

Source: Oxford University Press USA

Summary:
Both epidemiological and pre-clinical studies have suggested that coffee consumption has a protective effect against non-melanoma skin cancers. However the protective effect for cutaneous melanoma (malignant and in situ) is less clear, according to a new study.
Both epidemiological and pre-clinical studies have suggested that coffee consumption has a protective effect against non-melanoma skin cancers.
Credit: © Ivan Kruk / Fotolia

Both epidemiological and pre-clinical studies have suggested that coffee consumption has a protective effect against non-melanoma skin cancers. However the protective effect for cutaneous melanoma (malignant and in situ) is less clear, according to a study published January 20 in the JNCI: Journal of the National Cancer Institute.

To determine if there is an association between coffee consumption and risk of cutaneous melanoma, Erikka Loftfield, M.P.H., of the Division of Cancer Epidemiology and Genetics, National Cancer Institute, and colleagues used data from the NIH-AARP Diet and Health Study. Information on coffee consumption was obtained from 447,357 non-Hispanic white subjects with a self-administered food-frequency questionnaire in 1995/1996, with a median follow-up of 10 years. All subjects included in the analysis were cancer-free at baseline, and the authors adjusted for ambient residential ultraviolet radiation exposure, body mass index, age, sex, physical activity, alcohol intake, and smoking history.

Overall, the highest coffee intake was inversely associated with a risk of malignant melanoma, with a 20% lower risk for those who consumed 4 cups per day or more. There was also a trend toward more protection with higher intake, with the protective effect increasing from 1 or fewer cups to 4 or more. However, the effect was statistically significant for caffeinated but not decaffeinated coffee and only for protection against malignant melanoma but not melanoma in-situ, which may have a different etiology.

The researchers point out that the results are preliminary and may not be applicable to other populations, and therefore additional investigations of coffee intake are needed. However, they conclude that "Because of its high disease burden, lifestyle modifications with even modest protective effects may have a meaningful impact on melanoma morbidity.

Story Source:

The above story is based on materials provided by Oxford University Press USA.Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
E. Loftfield, N. D. Freedman, B. I. Graubard, A. R. Hollenbeck, F. M. Shebl, S. T. Mayne, R. Sinha. Coffee Drinking and Cutaneous Melanoma Risk in the NIH-AARP Diet and Health Study. JNCI Journal of the National Cancer Institute, 2015; 107 (2): dju421 DOI: 10.1093/jnci/dju421

Cite This Page:

Oxford University Press USA. "Can coffee protect against malignant melanoma? Study looks at trends." ScienceDaily. ScienceDaily, 20 January 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/01/150120185946.htm>.

Oranges versus orange juice: Which one might be better for your health?

Date: January 21, 2015

Source: American Chemical Society

Summary:
Many health advocates advise people to eat an orange and drink water rather than opt for a serving of sugary juice. But now scientists report that the picture is not clear-cut. Although juice is indeed high in sugar, the scientists found that certain nutrients in orange juice might be easier for the body to absorb than when a person consumes them from unprocessed fruit.

Many health advocates advise people to eat an orange and drink water rather than opt for a serving of sugary juice. But in ACS' Journal of Agricultural and Food Chemistry, scientists report that the picture is not clear-cut. Although juice is indeed high in sugar, the scientists found that certain nutrients in orange juice might be easier for the body to absorb than when a person consumes them from unprocessed fruit.

Ralf Schweiggert, Julian Aschoff and colleagues note that oranges are packed with nutrients such as carotenoids and flavonoids that, among other benefits, can potentially help lower a person's risk for certain cancers and cardiovascular disease. But many people prefer to drink a glass of orange juice rather than eat the fruit. Sugar content aside, are they getting the same nutritional benefits? Schweiggert's team set out to answer that question.

The researchers found that the production of pasteurized orange juice slightly lowered the levels of carotenoids and vitamin C. But at the same time, it significantly improved the carotenoid and vitamin C bioaccessibility -- or how much the body can absorb and use. And contrary to conventional wisdom, although juicing oranges dramatically cut flavonoid levels, the remaining ones were much more bioaccessible than those in orange segments.

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Chemical Society.Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Julian K. Aschoff, Sabrina Kaufmann, Onur Kalkan, Sybille Neidhart, Reinhold Carle, Ralf M. Schweiggert. In Vitro Bioaccessibility of Carotenoids, Flavonoids, and Vitamin C from Differently Processed Oranges and Orange Juices [Citrus sinensis(L.) Osbeck]. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2015; 63 (2): 578 DOI: 10.1021/jf505297t

Cite This Page:

American Chemical Society. "Oranges versus orange juice: Which one might be better for your health?." ScienceDaily. ScienceDaily, 21 January 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/01/150121103301.htm>.

Butão será o primeiro país do mundo que só permitirá agricultura orgânica

Reprodução

O ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, ainda advertiu para os efeitos nocivos dos componentes químicos nos valores nutricionais de frutas e legumes e na contaminação das águas subterrâneas

22/01/2014


Butão, um país com cerca de 750 mil habitantes, se tornará, antes de 2020, o primeiro do mundo que produzirá todos os seus alimentos com práticas de agricultura ecológica.

O ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, que também é agricultor, anunciou essa medida ao mundo na Cúpula Sobre o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu na capital indiana, Nova Delhi. Ele também declarou que o desejo do país é exportar alimentos naturais para China, Índia e outros vizinhos continentais.

Nesta data estará proibido o uso de pesticidas e agrotóxicos químicos e os agricultores butaneses utilizarão em seu cultivo somente adubos orgânicos naturais, obtidos de seu gado. Grande parte da agricultura do país já é orgânica por conta do alto custo dos produtos artificiais e para a manutenção da qualidade do solo

O ministro ainda advertiu para os efeitos nocivos dos componentes químicos nos valores nutricionais de frutas e legumes e na contaminação das águas subterrâneas. Para que o prazo seja cumprido, a intenção do governo é aumentar as terras irrigadas e usar variedades de alimentos imunes a pragas.

Link:

A cara da juventude da luta camponesa e feminista

Sexta, 23 Janeiro 2015

O Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) realizou o I Encontro Nacional de Saúde com as Jovens Camponesas em Goiás, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP/SEGEP/MS). O evento contou com a participação de mais de 40 jovens e lideranças de todas as regiões do Brasil. O MMC também participa do projeto de formação de Lideranças para a Gestão Participativa na Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.
“Pra mudar a sociedade do jeito que a gente quer, participando sem medo de ser mulher.” Este trecho de um dos cantos do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) poderia ser uma síntese do estado de ânimo presente entre as 40 jovens e lideranças que participaram do “I Encontro Nacional de Jovens Camponesas” entre os dias 12 e 15 de dezembro de 2014 em Luziânia (Goiás). Durante o Encontro foram partilhados os ideais de transformação da sociedade defendidos pelo MMC, que podem ser sintetizados em três pilares: feminismo, defesa da cultura camponesa e disseminação da prática da agricultura agroecológica.

O Encontro destinou-se à formação de jovens lideranças do (MMC), que faz parte de um processo amplo de formação que está sendo realizado em 21 estados: “Mulher Camponesa Promovendo Saúde e Produzindo Alimentos Saudáveis”. O projeto está em andamento desde dezembro de 2013 por meio de uma parceria entre o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP), do Ministério da Saúde (MS) e a Fiocruz/Brasília; e o MMC.

Compartilhando experiências e saberes, formando jovens camponesas.

Os três dias do Encontro tiveram a coordenação geral da pedagoga e militante do MMC de Santa Catarina Sirlei Antoninha Kroth Gaspareto e abordaram temas como: a importância da formação política e educação das jovens camponesas; os distintos agentes que influenciam esta formação (como família, escola, internet e mídia em geral); a importância da discussão sobre os valores presentes na sociedade contemporânea e sua influência na vida das jovens; os impactos negativos de alguns valores e práticas para a saúde, a produção de alimentos e o meio ambiente; e os aspectos que constituem a identidade do MMC, salientando a “luta pela vida com dignidade” e sua relação com feminismo e com a defesa da agricultura camponesa agroecológica. “Vivemos em uma sociedade psicotóxica e o que o MMC quer é transformar-la em uma sociedade agroecológica”, salientou Sirlei Gaspareto. 

As jovens puderam compartilhar suas próprias expectativas e valores e foram motivadas a participar com “tarefas” como, por exemplo, a utilização de seus celulares com conexão a internet para pesquisar pessoas e referências importantes para cada uma delas. Através deste exercício foram problematizadas as noções de sucesso, beleza e de felicidade que são propagadas pelas mídias na sociedade atual.

A pedagoga Sirlei Gaspareto colocou ainda em discussão a importância da sexualidade como aspecto fundamental da vida humana e sua vinculação com o “poder de gerar vida”. Segundo ela, é preciso que todos e, principalmente, as jovens mulheres que tem este “poder”, tenham também a consciência da própria vida, da vida dos demais e da vida no planeta. “A diversidade da vida, a biodiversidade, está em nossos quintais e não nos desertos verdes. O feminismo camponês é um caminho pela dignidade, pelo movimento de transformação, por outro mundo possível”, explicou Gaspareto.

Outro momento significativo do Encontro foi o relato da trajetória das atuais dirigentes nacionais do MMC. Noeli Taborda, do MMC de Santa Catarina, contou como o MMC a ajudou a “constituir-se enquanto mulher”. “A minha participação no Movimento foi um processo de reconstruir minha relação com a família, de aprender sobre nossos direitos enquanto mulheres e alimentar meus sonhos de vida. Com a militância e continuidade dos estudos me tornei um ser humano de verdade.”

Tânia Chantel, do MMC da região Norte, ressaltou a importância do processo de inserção no movimento como um momento de descoberta e comprometimento pessoal. “É muito importante o momento que cada pessoa chega a este reconhecimento da relação com a militância, de que este é o caminho que quer seguir”. A dirigente também ressaltou a importância da continuidade das lutas: “luta espontânea não é movimento social; é fundamental manter uma articulação constante”. Ela ainda destacou em sua fala os aspectos regionais que devem ser contemplados pelo MMC. “É preciso colocar a cara de cada região, é preciso colocar a cara da região amazônica no Movimento.”

Nesta mesma direção, a fala de Catiane Cinelli, do MMC de Santa Catarina, complementou a reflexão feita por Tânia Chantel ao afirmar que existem diferentes formas de ver o feminismo dentro do MMC. “Mas o principal é o sentimento de solidariedade entre as mulheres porque na sociedade a gente escuta que temos que competir e ser inimigas. No MMC você se reconstrói, se doa ao movimento, aprende sobre esta união; e o Movimento também traz muitas coisas para você, para seu crescimento pessoal.” As quatro dirigentes que deram depoimento pontuaram como a militância foi sempre compatível com os estudos. Segunda elas, o Movimento teria incentivado a continuidade de suas formações.

A formação de três médicas em Cuba: Cintia Piovizani, Daniela Censi e Mariana Gomes, apoiadas pelo MMC, é uma demonstração deste incentivo. Estas médicas estiveram presentes no Encontro compartilhando sua experiência de vida em Cuba e a prática da medicina no país durante um momento de conversa sobre sexualidade e métodos contraceptivos. Segundo algumas jovens participantes entrevistadas este foi um dos momentos mais interessantes do Encontro. Atualmente oito jovens foram indicadas pelo Movimento e estão sendo preparadas para cursar Medicina na Venezuela. 

Tayanna Martins, do Amazonas, é uma das jovens indicadas. Em sua opinião, os momentos de conversa e formação foram muito esclarecedores. “Eu aprendi coisas novas em relação à sexualidade e achei muito interessante a discussão sobre medicalização. Na minha região tradicionalmente é assim mesmo, se usa mais a planta, mas hoje em dia muita gente reclama e acha que tem que usar remédio para estar cuidando da saúde. Para mim, o que ficou de principal sobre a formação política é que estar no movimento é praticar em todos os momentos e não fugir da luta.”

Rayssa Leaura, de Roraima, destacou o momento dos relatos da trajetória das dirigentes nacionais do Movimento. “Para mim chamou muito a atenção as história das mulheres e como existe tanto em comum, uma história de sofrimento, racismo e violência. Também gostei muito do momento com as jovens médicas falando sobre a sexualidade, possibilidades de prevenção de doenças e gravidez. Eu aprendi bastante.” Rayssa Leaura trabalha com ensino de dança para jovens da sua comunidade e tem conseguido trabalhar com auto-estima de outras jovens como ela, muitas com história de envolvimento com drogas e situações de violência.

“Estamos mostrando a cara jovem do Movimento de Mulheres Camponesas. Aprendendo a importância de representar e ser representada. A importância da construção do pertencimento e de se reconhecer enquanto movimento.” (Thaise de Freitas Damasceno, MMC do Pará) 

Para a jovem militante do MMC, Thaise de Freitas Damasceno, do Pará, que também é uma das indicadas para cursar Medicina na Venezuela, o encontro estimulou a responder a pergunta: Onde está a cara jovem do MMC? “Aqui nós estamos mostrando esta cara. Aprendendo a importância de representar e ser representada. A importância da construção do pertencimento e de se reconhecer enquanto movimento. A forma como estas questões foram trabalhadas pela Sirlei ajudaram a gente compreender a história do movimento e seu significado de maneira muito fácil.” Segundo a jovem, que está terminando o curso de pedagogia, é importante a preocupação do MMC com a formação política e escolar das mulheres. “Quando estamos no movimento tudo que a gente aprende tem relação com este sentimento de pertencimento de retorno a base, por isto, estamos tão contentes vendo este retorno das jovens que foram a Cuba, agora como médicas.”
Josivânia Silva Aragão, do Pará, é a única integrante do MMC em sua família. Contou que entrou no Movimento “por influência de algumas amigas”, mas que mesmo sendo a única em sua casa, tem tido apoio familiar. A jovem está cursando licenciatura e formação no campo na Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA). Segundo ela, sua imagem do Movimento se transformou com a sua participação. “Estou achando tudo maravilhoso - estar aqui, conhecer mais a luta e o pensamento do Movimento. Está sendo muito importante para minha vida e crescimento pessoal. Os textos da Sirlei são usados em nosso curso e agora as falas dela aqui me ajudaram a compreender as formas de fazer educação na prática. Quero voltar para minha região e tentar formar grupos de jovens e passar o que aprendi.”

Parceria com o MMC em Oficinas de Formação de Lideranças

A parceria estabelecida entre o MMC, o DAGEP/SEGEP/MS e a Fiocruz/Brasília para realização do projeto das oficinas de formação de lideranças em saúde, conseguiu viabilizar desde 2014 a realização de oficinas em vários estados do Brasil. O projeto Mulher Camponesa Promovendo Saúde e Produzindo Alimentos Saudáveis tem como objetivo principal a realização de um amplo processo de educação permanente para o controle social como um dos instrumentos para a implementação da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo, da Floresta, e das Águas (PNSPCFA). As oficinas, que vão ao encontro do eixo 3 dessa Política, através de um processo de educação popular em saúde, envolvem 21 unidades da federação que possuem representação do MMC.

Segundo Sheila Lima, coordenadora técnica do projeto pela Fiocruz, os principais objetivos das oficinas são: promover a capacitação para participação popular nos espaços de controle social da saúde, como conselhos e conferências; incentivar a soberania alimentar e a produção agroecológica; incentivar a produção e o uso de plantas medicinais; e colher informações sobre as atividades laborais e o acesso a políticas públicas. O projeto já realizou oficinas em nove estados, totalizando 412 mulheres camponesas formadas. Até sua conclusão, prevista para julho de 2015, tem como meta realizar mais s doze oficinas para formar mais 440 mulheres.

Sheila ressaltou a importância das oficinas serem adequadas ao contexto de cada região e suas realidades estaduais e locais em termos de acesso à saúde, produção de alimentos e história de participação política. “Em alguns locais onde já foram realizadas oficinas é possível notar a diferença entre demandas e do nível de informação sobre saúde, funcionamento do SUS e direitos básicos. Em alguns não existe tanto acúmulo, em outros a discussão sobre saúde já está mais amadurecida.”

A realização dessas oficinas e do I Encontro de Jovens Camponesas apontam para objetivos e desafios comuns que mostram a importância da continuidade de ações de formação política e em temas como saúde da mulher e alimentação, principalmente, no que diz respeito a atender a demanda de movimentos sociais e de incentivar a participação de novas gerações de militantes camponesas.
Para Sirlei Gaspareto, militante de movimentos de mulheres rurais desde 1986, as ações com a juventude são fundamentais. “O MMC se diferencia pela luta incondicional em defesa da vida, através do projeto de agricultura camponesa agroecológica e feminista e a proposta de outro modo de viver no campo. Isto significa acreditar e investir na potencialidade de nossa juventude e é neste sentido que o MMC vem atuando com todo empenho e dedicação. Temos a certeza de que a libertação das mulheres se combina com a transformação da sociedade, e é isto que nós já estamos vivenciando. Eu acredito na juventude!”

Márcia Tait

Fotos Daniela Diniz (divulgação MMC)

http://retisfito.org.br/
Link:

A gordura trans que você não vê (IDEC - Revista nº191 - Setembro 2014)

Levantamento mostra que gordura trans pode ficar escondida do consumidor em rótulos. Biscoitos alegam ser "zero" trans, mas lista de ingredientes levanta suspeitas sobre o real conteúdo

Desde 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a eliminação total da gordura trans da alimentação, tamanho são os seus malefícios à saúde. Mesmo assim, as regras de rotulagem de alimentos no Brasil permitem que seja omitida até 0,2 g dessa gordura nas informações nutricionais. Ou seja, um produto pode conter até 0,2 g desse nutriente por porção e dizer, com grande destaque na embalagem, que tem "zero" gordura trans.

Levando isso em conta, o Idec avaliou os rótulos de bolachas e biscoitos doces e salgados – categorias conhecidas por empregarem gordura trans em suas fórmulas – para saber como é feita a comunicação sobre a presença desse tipo de gordura.

Foram avaliados 50 produtos: 40 biscoitos doces (entre bolachas recheadas, cookies e outros tipos) e 10 salgados, tipo cream cracker. Os casos mais emblemáticos foram os de uma bolacha doce e de um cookie com gotas de chocolate que informam conter "0 g" de gordura trans na tabela nutricional, mas, quando se confere a respectiva lista de ingredientes, entre os principais componentes usados está a "gordura vegetal hidrogenada" – o que é praticamente uma prova de que os produtos contêm, sim, gordura trans.

Tecnicamente, existem duas possibilidades: poderia se tratar de gordura vegetal hidrogenada "totalmente" ou "parcialmente". A hidrogenação "total" não gera gordura trans, no entanto, não é utilizada em alimentos. "A gordura totalmente hidrogenada é muito dura, não tem plasticidade, é uma pedra que não tem aplicação direta para alimentos", explica a engenheira de alimentos Juliana Ract, da Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP). Ou seja, por eliminação, só pode se tratar da parcialmente hidrogenada, que pode conter teores de até 50% de trans.

Outros casos relevantes foram os de biscoitos cream cracker que informam conter 0 g de gordura trans em uma porção de 30 g de biscoito, porém, computam 0,2 g desse mesmo nutriente no pacote inteiro, de 100 g. Além disso, a versão integral de um desses cream cracker, com lista de ingredientes praticamente idêntica à tradicional, traz somente a informação baseada na porção de 30 g – os dados relativos ao pacote inteiro, da qual provavelmente constaria a gordura trans, não são informados na embalagem.

Para Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec responsável pela pesquisa, o problema de a informação nutricional se referir apenas à porção é que, muitas vezes, o consumidor não limita o seu consumo a essa quantidade. "No caso de biscoitos, a porção indicada pelo fabricante, em geral, é de 30 g, o que corresponde a de três a cinco biscoitos. É comum que as pessoas comam mais do que isso, seja de uma vez só ou ao longo do dia", comenta. "Dessa forma, pode-se ingerir uma dose significativa de gordura trans sem nem saber", complementa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelas regras de rotulagem, defende-se dizendo que a porção indicada fornece uma orientação ao consumidor sobre "a quantidade do alimento que seria compatível com uma alimentação saudável" e que uma quantidade diária de 100 g de biscoito "claramente não seria recomendável".

O que é a gordura trans?

Apesar de presente em quantidades mínimas em alimentos naturais como carne e leite, a gordura trans é consumida em sua ampla maioria nos produtos processados – como bolachas recheadas, sorvete, confeitarias. Ela é gerada a partir de um óleo vegetal líquido, que, após passar pelo processo tecnológico chamado hidrogenação, ganha consistência, tornando-se uma gordura sólida. Um "efeito colateral" desse processo é a geração de ácidos graxos trans, a gordura trans. "Sua presença nos alimentos tem o objetivo de melhorar a textura, como em recheios de bolos, bolachas e bombons, a 'espalhabilidade' de maioneses e margarinas e a crocância de biscoitos e frituras. Além disso, esses alimentos têm maior prazo de validade", explica a engenheira de alimentos Juliana Ract.

Por que ela é tão ruim para a saúde?

Diversos trabalhos científicos já confirmaram a relação entre gordura trans e doenças cardiovasculares, como o infarto. O professor de Nutrição Clínica da USP Marcelo Rogero explica que seu consumo aumenta a concentração total de colesterol no sangue e eleva também os níveis do chamado "mau" colesterol. Ao mesmo tempo, a gordura trans reduz o chamado "bom" colesterol, que faz uma limpeza das artérias. Além disso, a ciência já detectou maiores chances de desenvolver diabetes tipo 2 entre as pessoas que consomem mais essa gordura.
Link:

Agricultoras atendidas pelo CTA participam de estudo elaborado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Quintais produtivos manejados por mulheres rurais, beneficiárias do Centro de Tecnologias Alternativas (CTA), foram visitados pelo engenheiro florestal e consultor do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Thomás Lopes Ferreira, na última semana. As visitas aconteceram nos municípios de Viçosa, Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Espera Feliz e Divino e fazem parte de um estudo elaborado pela Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR), com o objetivo de ampliar as políticas públicas voltadas para este tipo de atividade.
Thomás Ferreira explica que, apesar de as atividades nos quintais produtivos estarem bastante presentes no contexto da agricultura familiar e serem indispensáveis para o sustento das unidades de produção, ainda há muito o que avançar na criação e acesso de mulheres às políticas. “A gente sabe que as mulheres têm sido historicamente negligenciadas no acesso a diversos direitos e que a maior parte dos empreendimentos econômicos tem sido gestada e decidida pelos homens. Por mais que as mulheres participem, trabalhem, manejem, ainda não estão dentro de um contexto de visibilidade”. 
Segundo o consultor, há o interesse por parte do MDA de fortalecer ações específicas que contribuam para maior autonomia econômica de mulheres rurais. Thomás cita a importância de programas como o “Minha casa minha vida” considerarem a moradia não só como a casa fixa, mas também o seu entorno. “Nos quintais também há uma ampliação do espaço da moradia e na nossa avaliação é um ponto que está dentro do debate da habitação. Então a expectativa é grande que o estudo se torne realidade, se fortaleça como política pública para mulheres, aumentando a qualidade de vida dessas agricultoras e de suas famílias”.

As mulheres rurais que estão no dia-a-dia do quintal sabem a importância de estudos que resultem em valorização do cuidado com a terra e da produção de alimentos saudáveis, possibilitando a superação dos desafios enfrentados no manejo e na comercialização dos produtos. É o caso da agricultora Terezinha Maria de Jesus Pereira, que fornece alimentos para o mercado local de Viçosa. “Para a gente que não mexe com gado e nem café, a assistência técnica não dá muita atenção não”, relata.
A participação de mulheres da Zona da Mata mineira na pesquisa se deve ao acompanhamento e sistematização que o CTA vem promovendo por meio daCaderneta Agroecológica. A pesquisa do MDA contará com a presença de aproximadamente outras 30 experiências de agricultoras em quintais produtivos das cinco regiões do país, com previsão de término para abril deste ano.


Link:

As ‘riquezas intangíveis’ dos Mẽbêngôkre

Campinas, 09 de junho de 2013 a 15 de junho de 2013 – ANO 2013 – Nº 564

Livro traça panorama da cultura e dos hábitos de índios que são afetados pela construção de Belo Monte

Texto: LUIZ SUGIMOTO
Vanessa Rosemary Lea Divulgação 
Edição de Imagens: Diana Melo

Ao mesmo tempo poético e literal, Riquezas intangíveis de pessoas partíveis é o título escolhido pela professora Vanessa Rosemary Lea para seu livro contendo uma extensa pesquisa sobre os índios Mẽbêngôkre (Kayapó) do Brasil central. É a primeira etnografia publicada sobre a subdivisão Mẽtyktire, abordando a propriedade intangível (e tangível) e os primórdios da sua transformação diante da disseminação de bens industrializados. Além disso, a obra lançada pela Editora da USP, com o apoio da Fapesp, traça um panorama de propriedade entre um povo ameríndio anterior ao envolvimento do Estado nos processos de patrimonialização de bens culturais indígenas materiais e imateriais.

“Por causa de uma pintura corporal geométrica e deslumbrante, os Mẽbêngôkre provavelmente estão entre os povos indígenas mais fotografados do planeta”, observa Vanessa Lea, docente do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. “Mas se encantar com seu belo visual é uma coisa; outra coisa é entender seus princípios filosóficos, a cosmologia, a mitologia, a terminologia de parentesco e a língua. No momento em que esse povo é atingido pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, a sociedade deve se conscientizar de que índio não é apenas alguém com cocar de penas e arco e flecha. Por trás dele existe todo um pensamento sofisticado.”

Mestre em estudos latino-americanos pela Universidade de Oxford com uma dissertação bibliográfica sobre os índios Mapuche do Chile, Vanessa Lea ainda vivia na Inglaterra, em 1971, quando leu sobre a resistência dos Mẽbêngôkre à construção da BR-080, que amputou a porção setentrional do Parque Indígena do Xingu, onde moravam. Ela pôde visitar a reserva depois de conseguir bolsa do governo brasileiro para vir ao país onde acabou fazendo seu doutorado, no Museu Nacional (UFRJ). “Estava atraída pelas atitudes orgulhosas e pelas descrições do agito da vida cotidiana em uma aldeia Mẽbêngôkre.”

A autora do livro iniciou a pesquisa de campo em 1978 e, até defender a tese de doutorado em 1986, quando já era professora da Unicamp, calcula ter convivido por um ano com os Mẽbêngôkre, entre idas e vindas às aldeias. Ela fez viagens posteriores, sendo que as últimas para este livro foram em 2005 e 2009 – outra mais recente, em 2011, será tratada em publicações futuras. “A maior parte do trabalho se deu quando ainda estava na casa dos 20 anos, antes de ter minha filha, que agora está com 24. Somando a estada mais longa durante o doutorado e as viagens mais curtas, foram dois anos de convívio com os Mẽbêngôkre, observando a enorme complexidade do seu modo de vida.”

Vanessa Lea recorre ao termo “riquezas intangíveis” para fazer frente ao senso comum de que os índios da Amazônia, de uma maneira geral, não possuem riquezas, ao passo que na África vários povos ostentam seus territórios e rebanhos. “Os Mẽbêngôkre, de língua Jê, eram vistos como seminômades, que na seca saíam à procura de mel e produtos da floresta, retornando à aldeia no período de chuva. Na década de 1940, pensou-se que eles tinham sido expulsos da floresta por outros povos indígenas, mas viu-se depois que se tratava de um movimento planejado, visando aproveitar tanto os recursos da floresta como do cerrado. Eles transitam entre esses dois ambientes.”
Segundo a antropóloga, riquezas intangíveis são as prerrogativas inerentes ao que chama de “matricasa” ou “Casa” com maiúscula. “As matricasas lembram um pouco os clãs. Elas são localizadas de acordo com o eixo leste-oeste, seguindo a trajetória do sol, e transmitidas da mãe para as filhas e destas para as filhas, numa sucessão que se estica até o tempo mítico. As prerrogativas, como nomes pessoais e adornos usados em cerimônias, são todas transmitidas de geração para geração, no interior da matricasa. E são os homens que devem mudar para a casa da esposa e da sogra, ao contrário do que vemos em outros grupos indígenas.”

As pessoas são “partíveis”, acrescenta a pesquisadora, porque seus nomes e prerrogativas são transmitidos a seus descendentes. “Consequentemente, enquanto a carne dos defuntos se desfaz no túmulo, seus nomes e demais riquezas circulam novamente entre seus herdeiros. Inexiste um culto dos ancestrais porque todos os seus componentes são desmanchados para serem reaproveitados. Iniciei a pesquisa fazendo um censo da aldeia e, como um mẽbêngôkre nunca deve dizer seu próprio nome, é preciso perguntar como ele se chama a um terceiro. Havia quem tivesse quase trinta nomes – os bonitos, os comuns e os apelidos. É enormemente complexo, pois todos possuem significado. É um significado em metamorfose, devido à polissemia.”

Transmissão matrilinear

Os Mẽbêngôkre também são conhecidos como Kayapó. Na abertura do livro, Vanessa Lea explica a relação deste povo com outros da mesma família linguística. “Há quem pense que todos os índios falam a mesma língua, um grau de ignorância que me choca, visto que existem centenas de línguas indígenas. Também procuro explicar a noção lévi-straussiana de ‘sociedade de casas’, embora Lévi-Strauss tenha pensado este conceito para sociedades cognáticas, como a nossa, onde a família do pai e a família da mãe têm o mesmo peso. No caso dos Mẽbêngôkre, tudo é transmitido de forma matrilinear, uterina.”
A docente do IFCH considera a questão de gênero interessante, devido à visão que temos das mulheres indígenas submissas e tímidas, que se recusam a conversar com os brancos que vão à aldeia. “Uma coisa é a divisão sexual do trabalho e outra é a importância simbólica do feminino e do masculino. Na literatura clássica, as aldeias eram descritas com as mulheres ocupando a periferia, quando na verdade tudo que acontece no centro da aldeia é determinada pelas matricasas; eles segmentam a propriedade, como se a aldeia fosse uma pizza: cada fatia com seu legado de nomes, prerrogativas, adornos e o direito de criar exclusivamente determinados animais de estimação, que representam uma espécie de totens vivos.”

Entretanto, observando por fora a aldeia circular, as casas parecem todas iguais e não se percebe tais nuances, afirma a autora do livro. “Mas um índio que mora na casa da esposa e que tenha como vizinho um irmão usando o mesmo cocar, vai dizer que os dois são da mesma matricasa. Daí, a Casa com maiúscula, já que a noção não é de habitação. Ela envolve uma ou diversas habitações, que podem ser replicadas em outras aldeias, conforme sua genealogia. A Casa é a instituição mais importante dessa sociedade, o que mostra não ser possível equacionar as mulheres com o feminino; é preciso separar os dois aspectos, como se faz nos estudos de gênero.”

500 páginas de minúcias

Riquezas intangíveis de pessoas partíveis possui quase 500 páginas, sendo que Vanessa Lea utiliza as 100 primeiras para justificar a escolha do grupo e contar como foi feita a pesquisa de campo, a história dos Mẽbêngôkre, sua situação territorial, suas subdivisões e os dados censitários. A maior parte do livro, entretanto, é dedicada à descrição das aldeias e da organização social; ao cotidiano envolvendo questões de gênero, artesanato, pintura corporal, distribuição de alimentos, sexualidade, relações familiares, mortos e mitos; à terminologia de parentesco e ao uso e transmissão dos nomes pessoais, com suas implicações sociais; e ao legado material e imaterial das matricasas, entre tantas outras minúcias.

“É um sistema fascinante, digno de Borges. Existe, por exemplo, a ‘dona do ímpar’: se o caçador voltar com três passarinhos, vai ficar com dois e entregar o terceiro para ela”, diz a autora. “Os animais classificados como bonitos são aqueles cuja carne pode ser consumida por todos (homens, mulheres e crianças), como da anta – cada casa é dona de uma porção dessa carne bonita. Todos os enfeites, como um colar de caramujos, têm pingentes de algodão de cores diferenciadas, identificando a casa dos donos. As categorias de parentesco são atribuídas como categorias de sociabilidade. Eu sou ‘filha’ de Raoni, um líder indígena icônico, conhecido internacionalmente por sua oposição à hidrelétrica de Belo Monte. O visual de Raoni é exótico, por causa do grande batoque no lábio inferior, mas para quem se interessa em ver por trás disso, o livro vai ser interessante.”

Vanessa Lea espera que sua obra contribua para que a sociedade reconheça a complexidade da sociedade dos índios, desfazendo a ideia de que eles estão se tornando dependentes dos benefícios do governo, como se fossem pobres coitados. Quanto ao risco que os bens industrializados trazem para essa sociedade, a pesquisadora responde de pronto: “Eu não usava computador até acabar a minha tese, mas continuo a mesma pessoa. Existe esse preconceito de que índio com calça jeans ou celular não é mais índio. Obviamente que é. Simplesmente, eles não estão numa redoma, querem compartilhar os benefícios da nossa sociedade e são fascinados por tecnologia: adoram andar com filmadoras para registrar as suas cerimônias. Isso não interfere na sua identidade indígena”.
Serviço

Título: Riquezas intangíveis de pessoas partíveis
Autora: Vanessa Rosemary Lea
Editora: Edusp (apoio Fapesp)
Páginas: 495
Preço: R$ 80,00

Link:

Néctares de frutas: mudança na legislação.

Pela nova regra, fabricantes de bebidas devem aumentar a quantidade mínima de suco de fruta nos néctares de uva e laranja a partir deste mês, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida, que entra em vigor no próximo dia 31, determina que o percentual passa de 30% para 40%, chegando a 50% a partir de 31 de janeiro de 2016. Além disso, as empresas terão que informar nos rótulos os percentuais de ingredientes de bebidas não alcoólicas.

Contra crise hídrica, ato fará plantio de mudas na área da Guarapiranga

 
Postado por IDEC - Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2015 

Fonte: http://goo.gl/J13Njt 

Mutirão busca chamar a atenção da sociedade e gestores públicos para soluções sustentáveis de combate à crise de abastecimento de água
No próximo sábado (24), o MUDA SP (Movimento Urbano De Agroecologia), do qual o Idec faz parte, e o Instituto Kairós realizam o mutirão de plantio “#boraplantar”, que acontecerá na região da Bacia do Guarapiranga. O mutirão tem como objetivo a recuperação das matas ciliares às margens de rios, represas e nascentes, essencial para a manutenção dos serviços hídricos.

A edição do evento - que dessa vez leva o nome de “#boraplantar ZE MINEIRO” - será realizada em uma propriedade que produz cana de açúcar orgânica. Além de fazer um apelo sobre a relação da água com a produção de alimentos e geração de energia, o ato lembra a recente aprovação do PL 219/2014, também conhecido como “PL do Desmatamento”, que autorizou - salvo alguns vetos - a regularização do uso do solo e de atividades em áreas de preservação ambiental. O PL 219/2014 também diminui a recuperação de APPs (Áreas de Preservação Permanente), deixando desprotegidas as matas ciliares de rios, represas e nascentes em São Paulo, com influência direta na oferta de água no Estado.

Participe AQUI

SERVIÇO:
#boraplantar ZE MINEIRO
Sábado, 24/01/14
Horário: 9hrs
Local de saída: Largo da Batata
Endereço do plantio: Rua Santa Rosa, 3000, Sítio das Palmeiras

Link:

Publicidade Infantil é obstáculo para alimentação saudável

Postado por Criança e consumo - Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015 

Fonte: 
http://criancaeconsumo.org.br/noticias/publicidade-infantil-e-obstaculo-para-alimentacao-saudavel/ 
Novo Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, traz informações e dados sobre as consequências da comunicação mercadológica dirigida às crianças.

Uma pessoa que escolhe consumir um alimento saudável teve que passar por uma série de barreiras, como custo – muitas vezes alto – e a oferta de produtos nas gôndolas – muitas vezes baixa. Há também outras questões, como informação sobre os benefícios deste tipo de alimento, as habilidades culinárias do consumidor e a publicidade que torna os produtos não saudáveis bastante atraentes.

Por conta de tudo isso, o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, traz algumas recomendações que podem ajudar no processo de escolha por alimentos saudáveis.

Um dos principais pontos está relacionado à publicidade de alimentos ultraprocessados. Segundo o Guia, mais de dois terços dos comerciais de alimentos veiculados na televisão são de redes de fast food, salgadinhos, biscoitos, bolos, cereais matinais, balas, refrigerantes, sucos e refrescos. Boa parte das publicidades, salienta o Guia, é direcionada para crianças (que cada vez mais são o público alvo da publicidade de alimentos) e adolescentes.

Mesmo indo contra a Resolução 163 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), a publicidade dirigida a crianças ainda usa elementos que elas mais gostam, como heróis, celebridades do mundo infantil, músicas, brinquedos, jogos. O Guia aconselha que pais e educadores devam jogar aberto com as crianças: é preciso dizer claramente para elas que o objetivo da publicidade é aumentar as vendas dos produtos. O documento propõe ainda que os adultos exijam que as escolas sejam ambientes livres de publicidade de quaisquer produtos e que o currículo escolar discuta o papel da publicidade.

Além disso, os adultos devem saber que eles podem contar com órgãos do Poder Público, como Procons, Ministério Público, Defensoria Pública, Ministério da Justiça e Ministério da Educação. Eles podem ser acionados para que tomem providências legais sempre que forem identificados casos de descumprimento das leis.

Ekaterine Karageorgiadis, advogada do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, enaltece a forma clara com a qual o Guia aborda a questão da publicidade em relação à alimentação. “Hábitos alimentares se formam na infância e são muito influenciados pela publicidade de produtos ultraprocessados direcionada às crianças. Esse cenário precisa mudar para reverter a epidemia de obesidade e de doenças crônicas que afetam o Brasil. Já gastamos 2,4% do nosso PIB com os custos da obesidade para a saúde pública. A responsabilidade pelas mudanças não deve ser atribuída apenas às pessoas ou às famílias, mas sim a todos os atores sociais envolvidos, o que inclui Estado, instituições de ensino, mercado publicitário e anunciantes.

O Guia Alimentar para a População Brasileira passou por uma etapa de consulta pública, de fevereiro a maio de 2014, e pode ser acessado gratuitamente pela internet.


Link:

Mangueiras podem ajudar na recuperação do solo degradado

Pesquisa da UFRA descobriu que as mangueiras podem ajudar a reabilitar o solo em áreas degradadas e que antes não tinham uso algum
Mangueira. Foto de FAUSTO APARECIDO PEREIRA

Quem conhece Belém sabe que aquela capital é totalmente arborizada por lindas mangueiras, um símbolo da capital paraense. Agora, essas belíssimas árvores frutíferas estão sendo utilizadas na recuperação de áreas degradadas. Pelo menos esse é o objetivo de uma pesquisa realizada na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), coordenada pelos professores Adriano Sousa e Paulo Jorge, do Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos, e pertencente ao grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Para falar sobre o assunto, o programa Nossa Terra entrevistou o pesquisador da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Adriano Sousa, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia de que forma as mangueiras podem ajudar na recuperação do solo.

Adriano Sousa explicou que as mangueiras se adaptam muito bem ao clima de Belém. Segundo ele, a manga que está sendo trabalhada pela UFRA, desde 2010, foi cultivada em uma área de 26 hectares, que estava degradada, sem vegetação.

O pesquisador contou que essa área utilizada pela universidade para cultivar as mangueiras havia sido plantada pela última vez em 1993 e estava abandonada. O grupo de pesquisadores começou os trabalhos apenas em 2010, após a aprovação do projeto do CNPq.

Adriano ressaltou que foram feitas análises e balanço de água presente no solo para que fosse iniciado o cultivo das mangueiras. Segundo ele, desde então, está sendo observada uma melhora na qualidade das mangas e o solo não tem ficado exaurido em relação à qualidade nutricional e à quantidade de água.

O pesquisador da UFRA destacou que, apesar de a pesquisa ainda estar começando, os resultados já se mostram positivos. As mangas cultivadas pela universidade não precisam de muita água para sobreviver, ao contrário das encontradas na região de Iguaí, na Bahia, maior produtor de mangas do país, que precisam de muita irrigação.

Link:

MDS investe na construção de 600 bancos comunitários de sementes crioulas

Objetivo é promover inclusão produtiva de pelo menos 12 mil famílias de agricultores da região
Até fevereiro de 2016, serão construídos 600 bancos comunitários de sementes crioulas no Semiárido com o objetivo de beneficiar pelo menos 12 mil famílias de agricultores que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 

Na ação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai investir quase R$ 21 milhões. 

Com os bancos comunitários, os agricultores familiares terão acesso a sementes de qualidade (crioulas, adaptadas e varietais). 

A expectativa é ampliar a produção de alimentos que garantam a segurança alimentar e nutricional das famílias que já têm acesso à água por meio do Programa Cisternas. 

De acordo com o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, a medida faz parte de um conjunto de ações para incluir produtivamente as famílias pobres da área rural. 

“Este projeto vai ajudar a enfrentar um grande desafio no Semiárido que é a implantação de sistemas produtivos que convivam melhor com a realidade da região. A produção e a disponibilização de sementes e mudas adaptadas vão contribuir muito para isso”, disse. 

Para a implantação dos bancos, o MDS firmou parceria com a Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC). 

O termo foi publicado nessa terça-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU). 

O projeto também vai identificar os beneficiários e os locais para a implantação dos bancos, mobilizar os agricultores familiares e parceiros, além de garantir capacitação e assistência técnica às famílias. 

Fonte: Portal Brasil 

Publicado no Portal EcoDebate, 22/01/2015

No Dia de Combate à Intolerância Religiosa, líderes alertam sobre discriminação

As principais vítimas da intolerância são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Em outubro de 1999, o jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto da iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em publicação com o título “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente e seu terreiro, depredado por integrantes de outro segmento religioso. Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, vítima de um infarto. Para combater atitudes discriminatórias e prestar homenagem a Mãe Gilda, foi instituído, em 27 de dezembro de 2007, pela Lei 11.635, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado ontem (21).

Casos como o de Mãe Gilda não são isolados. Em 2014, o Disque 100 registrou 149 denúncias de discriminação religiosa no país. Mais de um quarto (26,17%) ocorreu no estado do Rio de Janeiro e 19,46%, em São Paulo. O número total caiu em relação a 2013, quando foram registradas 228 denúncias, mas, mesmo assim, mostra que a questão não foi superada no país. As principais vítimas são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.

“No ano passado, tivemos diferentes ações contra a intolerância religiosa, como manifestações, publicação de vídeos. Não acho que diminuiu imediatamente, mas os grupos têm reagido. Não quer dizer que tivemos menos invasões de casas e agressão pela não permissão do uso de indumentárias em espaços públicos”, analisa a coordenadora da organização não governamental (ONG) Criola, Lúcia Xavier.

Para ela, a discriminação das religiões de matriz africana está ligada ao racismo. De acordo com os dados do Disque 100, no ano passado, 35,39% das vítimas eram negros. Os brancos corresponderam a 21,35% e os indígenas, a 0,56%. Os demais não informaram. “Tem a ver também com a ideia de que as religiões de matriz africana são primitivas, usam sacrifícios de animais, têm ritos diferenciados”, diz Lúcia.

“Acho que, embora tenham ocorrido alguns avanços nos últimos anos, um desafio muito grande é o de esclarecimento. A religião é demonizada, acham que cometemos barbáries. Não é nada disso. As pessoas precisam de mais informação, de saber mais a respeito”, diz a iyalorixá Dora Barreto, do terreiro Ilê Axé T’Ojú Labá, no Distrito Federal.

Segundo o professor de filosofia da religião da Universidade de Brasília Agnaldo Cuoco Portugal, muitas vezes, a intolerância extrapola a religião e relaciona-se com questões socioeconômicas e políticas. “O Brasil é um país relativamente pacífico em termos de violência religiosa”, compara. Entre casos extremos de intolerância, ele cita o recente ataque à redação do semanário francês Charlie Hebdo e os ataques consequentes a mesquitas.

No Brasil, ele defende que para combater a intolerância é necessária uma imprensa ativa, canais de participação e acesso a denúncias pela sociedade e a própria educação religiosa. “A ideia de educação religiosa na escola pública no Brasil é interessante. Só acho uma pena que ela seja entregue às igrejas. A minha visão é de que seja assunto de estudo científico, como qualquer outro, deveria ser o estudo das religiões para saber o que pensam os grupos, de forma científica e não catequética”, defende Portugal.

Veja o que dizem algumas lideranças religiosas sobre a tolerância:

Judaísmo

O judaísmo nasce como uma tradição em direção ao diálogo. Isso não significa, no entanto, que ao longo de tantos anos a postura sempre tenha sido tolerante. Mas, de maneira geral, temos vários exemplos de tolerância e de diálogo. A tolerância gera mais riqueza, riqueza cultural. É um tema do nosso cotidiano. A promoção do diálogo é saudável, interessante e desejável.

Sergio Napchan, diretor de Relações Institucionais da Confederação Israelita do Brasil

Catolicismo

Desde 1965, com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica iniciou uma forma mais clara de busca de comunhão e diálogo com as igrejas cristãs e grandes tradições religiosas. Para os católicos, vivenciar o Evangelho é reconhecer que todas as religiões procuram responder a questões humanas, que são comuns. Cada um responde de acordo com suas doutrinas, ritos e caminhos, mas todos procuram responder às mesmas questões. Reconhecendo isso, vamos nos encontrar com o propósito de paz, harmonia e felicidade.

Padre Marcus Barbosa, integrante da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso, da Comissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Religiões islâmicas e muçulmanas

Nossa religião é clara: Quem mata uma alma, mata a humanidade inteira. Nossa educação é que vivamos em paz com outras religiões. Quem vai julgar as pessoas é Deus. É preciso tratar o próximo com amor e carinho. No Brasil, estamos abrindo diálogo com outras religiões, visitando outras igrejas. Estamos convivendo em paz, é um excelente exemplo. A religião islâmica não é esse fantasma e o terrorismo não representa os muçulmanos.

Sheikh Khaled Taky El Din, presidente do Conselho de Teólogos Islâmicos no Brasil

Candomblé

O candomblé tem por princípio o acolhimento, receber bem, dar um rumo para as pessoas, esclarecer. Tenho grandes amigos de outras religiões. Com a tolerância, ganhamos a união. Todos ficam mais fortes. O ideal seria que se tivesse um problema na minha casa, fosse conversar com um pastor ou um padre para saber a opinião deles. Ouvindo a opinião de outras religiões, consegue-se fazer melhor juízo.

Iyalorixá Dora Barreto, do terreiro Ilê Axé T’Ojú Labá

Espiritismo

Entendemos que todas as religiões devem ser tratadas com respeito e reconhecimento às condições e à liberdade de culto e pensamento. Nossa posição é a de estímulo ao diálogo e à somatória de esforços, quando houver necessidade de colaboração com a sociedade. O mundo em que vivemos não admite o isolamento em grupos ou clãs. A única forma de pensar a convivência e o respeito é estabelecer o diálogo.

Antonio Cesar Perri, presidente da Federação Espírita Brasileira

Protestantismo

O protestantismo não pratica intolerância religiosa. Você não vê um cristão protestante matar, bater ou discriminar alguém por causa de sua fé em Cristo Jesus. Se fizer isso, ele não é um cristão verdadeiro ou nunca foi. O protestantismo tem sua fé pautada na Bíblia Sagrada e entende que algumas coisas são boas e outras coisas são ruins: algumas coisas devemos ou podemos fazer e outras não nos convêm; o que é bom para uma pessoa pode ter significado ruim para outra pessoa. O que não podemos aceitar é que o princípio da liberdade de expressão seja ferido, pois nunca terá uma concordância entre as religiões sempre vai existir a diversidade em todos os segmentos.

Pastor Carlos Oliveira, presidente do Conselho Federal de Pastor

Por Mariana Tokarnia, da Agência Brasil.

Publicado no Portal EcoDebate, 22/01/2015

11 livros gratuitos sobre Educação Inclusiva

Dica do:
Postado por: Carolina Pignatari 

Olá pessoal!

Todo mundo sabe a importância da educação em nossas vidas. O que é uma pessoa sem educação! O que é uma sociedade em educação! Difícil imaginar. Mas existe um outro conceito que vem ganhando força e dedicação de uns tempos para cá: a Educação Inclusiva. Nada mais justo, afinal todos tem direito a terem acesso ao conhecimento. Pensando nisso, trazemos aqui dicas de 11 livros sobre o tema, para download gratuito.

Mas antes de tudo, você sabe responder o que é Educação Inclusiva!

A Educação Inclusiva

É um processo que amplia a participação de todos os estudantes – sem distinguir condições físicas, mentais, sociais, de raça, cor ou credo – nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade dos alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.

De acordo com o Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento (International Disability and Development Consortium – IDDC) sobre a Educação Inclusiva, um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:

- Reconhece que todas as crianças podem aprender;

- Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (i.e. HIV, TB, hemofilia, Hidrocefalia ou qualquer outra condição);

- Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de todas as crianças;

- Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;

- É um processo dinâmico que está em evolução constante;

- Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos materiais.

Você que é professor, estudante, pesquisador ou quer apenas conhecer mais sobre esse assunto tão importante para uma boa convivência acadêmica, pode fazê-lo baixando os livros gratuitamente para ler quando e onde quiser. São 11 opções, veja só:

“O PROFESSOR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FORMAÇÃO, PRÁTICAS E LUGARES” – MIRANDA, T. G.; GALVÃO FILHO, T. A. (Org.).
“PESQUISA NACIONAL DE TECNOLOGIA ASSISTIVA” – GALVÃO FILHO, T. A., GARCIA, J. C. D.
“AS TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS” – GIROTO, C. R. M.; POKER, R. B.; OMOTE, S.. (Org.).
“EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DEFICIÊNCIA E CONTEXTO SOCIAL: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS”– GALVÃO, N. C. S. S.; MIRANDA, T. G.; BORDAS, M. A.; DIAZ, F (Org.).
“TECNOLOGIA ASSISTIVA” – COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS/SDH/PR.
“INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA” – GALVÃO FILHO, T. A.; HAZARD, D.; REZENDE, A. L. A.

Todos os livros são gratuitos e podem te ajudar a ver o mundo de um jeito diferente.

Boa leitura!

Link: