Cissus sicyoides

Você conhece esta planta?

Trata-se da Cissus sicyoides L. – Vitaceae, popularmente conhecida como “ insulina vegetal “. É antioxidante de amplo espectro. Promove a diminuição na glicose plasmática, glicose e uréia na urina. Ação semelhante às biguanidas com inibição da gliconeogênese hepática. Aumenta a captação de glicose e a sua utilização na musculatura esquelética (reduzindo assim a resistência à insulina). Ações ansiolítica e anticonvulsivante relacionadas a presença de linalol, α-tocoferol e flavonoides. Diminuição do triglicerídeo plasmático. Inibição do apetite. Não utilizar em grávidas e lactentes. Utilizar para problemas de baixa gravidade por períodos não superiores a 30 dias. Cautela ao associar com hipoglicemiantes, anti-hipertensivos e psicotrópicos. Para o controle da hiperglicemia no diabetes tipo 2 sugere-se de 2 a 4 xícaras/dia da infusão contendo 1 colher de sobremesa da droga vegetal numa xícara d´água fervente 30 minutos antes das principais refeições. Ao associar com insulina e hipoglicemiantes ingerir " logo após as refeições " a infusão contendo de 1 colher de chá a 1 colher de sobremesa por xícara. O acompanhamento de profissionais de saúde é imprescindível.
Associação Paulista de Fitoterapia

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Turismo ecológico pode contribuir para conservação de espécies em SC

Apesar dos avanços com o turismo ecológico, passeio para visualização das baleias-franca no Sul pode ser melhor aproveitado

O turismo tem crescido anualmente no Brasil e, em tempos de dólar alto inibindo viagens internacionais, deve crescer ainda mais. Segundo o Anuário Estatístico do Ministério do Turismo, em 2014 o país recebeu mais de 6,4 milhões de turistas, 600 mil a mais que no ano anterior. Aproveitar esses visitantes e torná-los aliados da conservação da natureza, especialmente nas unidades de conservação brasileiras, é o objetivo do trabalho desenvolvido em diversas cidades do país, como Bonito (MS), Fernando de Noronha (PE), Imbituba (SC) e Salvador (BA).

Com roteiros de turismo ecológico bem estabelecidos, nessas cidades são desenvolvidas ações de conservação de espécies características das regiões, aproximando-as da comunidade e dos visitantes por meio do turismo. Em Bonito, o trabalho com a arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) chega a receber cerca de seis mil visitantes por ano. As ações do projeto Tamar com várias espécies de tartarugas na Praia do Forte, em Salvador, são nacionalmente conhecidas e procuradas pelos turistas. Da mesma forma, cerca de 60 mil viajantes do mundo todo vão a Fernando de Noronha anualmente e conhecem o trabalho com o golfinho-rotador (Stenella longirostris).

Turismo de observação no Sul

Ainda pouco aproveitado, mas com grande potencial, está o ‘balé’ das baleias-franca (Eubalaena australis) em Imbituba (SC) e municípios vizinhos, a poucos km ao sul da capital Florianópolis. Na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca é possível avistar mães com seus filhotes nadando próximos à costa, interagindo entre si e até mesmo dando saltos fora d’água. Não há nenhuma interferência do homem e os indivíduos brincam livremente perto da praia.

As baleias podem ser visualizadas no período reprodutivo da espécie no Brasil, que acontece entre julho e novembro, porém a melhor época para encontrá-las é entre a segunda quinzena de agosto até a primeira quinzena de outubro, quando um número maior de indivíduos se concentra na região. Após esse período, elas retornam para as Ilhas Geórgias do Sul (Inglaterra) onde ficam de dezembro a junho.

“Valorizar as características próprias de cada região incentivando o turismo ecológico é uma excelente estratégia para gerar conhecimento sobre espécies da biodiversidade brasileira, aproximando-as da sociedade e contribuindo para sua conservação”, explica Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Ela destaca que, quando as pessoas passam a conhecer a biodiversidade e a entender a sua importância, podem ser estimuladas a vir a trabalhar em prol da conservação no futuro ou mesmo acompanhar de modo mais próximo as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente.

A instituição já apoiou sete projetos de conservação da espécie nas regiões Sul (PR, SC e RS) e Sudeste (RJ). Dentre eles, destaca-se um que monitorou o comportamento das baleias-franca durante as atividades de observação turística da espécie. O estudo concluiu que não há mudança significativa nas atividades das baleias, o que comprova que o turismo de observação não prejudica a espécie.

Características da espécie

A baleia-franca mede entre 15 e 18 metros e pode chegar a pesar cerca de 60 toneladas. Seu corpo é negro e arredondado, sendo que a cabeça ocupa quase um quarto do seu comprimento total. Na barriga, ela possui manchas brancas irregulares, além de uma camada de gordura que reveste todo o corpo e que pode chegar a 40 cm de largura em alguns pontos. O formato do ‘esguicho’ dessa espécie é bem característico, lembrando a letra ‘V’ e podendo atingir oito metros de altura. A particularidade mais marcante são as calosidades (endurecimento natural da pele) que as baleias-franca possuem no alto e nas laterais da cabeça.

Sobre a Fundação Grupo Boticário: a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. www.fundacaogrupoboticario.org.br

in EcoDebate, 20/10/2015

Brasileiro desconhece importância da polinização na produtividade em lavouras, pomares e matas

Pesquisas do projeto Polinizadores do Brasil constataram, nos últimos cinco anos, que abelhas, insetos e aves são fundamentais para o aumento da produtividade em lavouras, pomares e matas. Em alguns casos de polinização com abelhas, principalmente, a produtividade pode aumentar em até 70%, de acordo com o projeto coordenado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Ministério do Meio Ambiente.

Apesar dessa contribuição, técnicos do Funbio revelaram que 78% da população brasileira desconhece a importância da polinização para produção de alimentos. Citaram, inclusive, números da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), segundo os quais 70% das culturas agrícolas dependem dos polinizadores. As abelhas são essenciais para garantir a alta produtividade e qualidade dos frutos e de diversas culturas.

Levantamento da Universidade de São Paulo (USP) vai além e informa que cerca de 75% da alimentação humana dependem de plantas polinizadas. Esse serviço, feito gratuitamente por abelhas, aves e insetos, é estimado em US$ 12 bilhões anuais nas principais culturas brasileiras. Conforme a Funbio, a maioria dos brasileiros desconhece até o que seja polinização.

Planos de manejo

Para divulgar a importância do papel dos polinizadores na produção de alimentos e a necessidade de promover a conservação e o uso sustentável dos animais, o projeto estudou a polinização de culturas agrícolas brasileiras entre 2011 e 2015.

Também produziu uma série de planos de manejo com recomendações para agricultores e observou o comportamento de diferentes espécies de polinizadores, identificando, inclusive, nove novas espécies de abelhas.

De acordo com a secretária-geral da Funbio, Rosa Lemos de Sá, o projeto Polinizadores do Brasil é a maior iniciativa já realizada no país sobre o assunto. É um grande trabalho de pesquisa e análise de dados, envolvendo 60 bolsistas de 18 instituições de pesquisa em 15 estados para entender, conhecer e reconhecer o papel dos agentes polinizadores na produção agrícola.

Segundo Rosa Lemos, das quase 310 espécies de plantas conhecidas, 87% dependem de polinização animal. Rosa acrescentou que as abelhas são responsáveis por mais de 70% das polinizações.

Em parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), USP, entre outras universidades, as pesquisas coletaram informações sobre o comportamento de agentes polinizadores nas culturas de algodão, caju, canola, castanha-do-brasil, melão, maçã e tomate.

Recomendações

O trabalho rendeu mais de 40 publicações, incluindo plano de manejo para cada cultura estudada, com sugestões de práticas amigáveis aos polinizadores. Entre as recomendações de boas práticas agrícolas para manutenção dos agentes polinizadores, algumas são comuns a todas as culturas: manter a vegetação natural próxima às roças, fazer plantios consorciados, preservar fontes de água e evitar desmatamentos.

“São ações simples que favorecem a visitação dos agentes”, afirmou Vanina Antunes, coordenadora do projeto do Funbio. Ela lembrou que também é importante o cuidado com o uso de agrotóxicos que, em alguns casos, podem reduzir em mais de 80% o número de visitas dos agentes polinizadores às flores.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos, Carmen Pires, que coordenou pesquisas de polinização em algodoeiros de Mato Grosso e da Paraíba, o cultivo de algodão próximo a matas nativas costuma receber visitas” mais frequentes de abelhas, com aumento da produtividade em até 18%.

“Interessante observar também que o benefício das abelhas na plantação é maior à medida que há mais variedades de espécies de abelhas na época da floração”, concluiu.

Por Stênio Ribeiro, da Agência Brasil, in EcoDebate, 20/10/2015

Taioba


👉🏻Já ouviu falar em Taioba?!?! Não?!?! 😱A Taioba é uma verdura quase esquecida no sudeste, porém seu plantio se dá entre setembro e novembro, sendo mais consumida em outras regioes do Brasil como Goiás por exemplo, porém presente em grande parte do território nacional 🇧🇷. Seu sabor se assemelha ao espinafre e pode ser consumida refogada. É uma ótima fonte de vitaminas do complexo B, vitaminas A e C, minerais como ferro,cálcio ,boro, cobre além de ação antioxidante e compostos bioativos. Diante de tantos benefícios, vale a pena experimentar não 😉?!?!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Inventário online de plantas reunirá informações de mais de 1 milhão de espécies

19/10/2015 Rio de Janeiro 

Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil 
Objetivo do inventário é evitar desaparecimento de espécies e preservar biodiversidade Leonardo MIlano/ICMBio 

Pau-rosa, pau-brasil e palmito-juçara são algumas das plantas brasileiras que correm risco de extinção. Elas fazem parte de um inventário online com mais de 1 milhão de espécies conhecidas no mundo todo, que vem sendo construído desde 2010. O objetivo é traçar estratégias para impedir que desapareçam e preservar a biodiversidade no planeta.

Chamado Flora do Mundo Online, o projeto chega agora à fase de descrição de cada uma das plantas. “Uma lista é uma lista apenas com nomes das espécies. Queremos agora agregar informações para, por exemplo, distinguir um pau-brasil de um pau-rosa”, explicou Eduardo Dalcin, do Núcleo de Computação Científica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Para alinhar a metodologia e padronizar o preenchimento da plataforma, que deve estar pronta até 2020, especialistas do mundo todo estão reunidos no Rio de Janeiro, onde ficam até sexta-feira (23).

Coordenados pelos jardins botânicos de Londres e de Edimburgo, no Reino Unido, e os de Nova Iorque e de St. Louis (Missouri), nos Estados Unidos, botânicos e taxonomistas discutem quais informações devem constar do inventário e qual a melhor forma de apresentar os dados online. Por isso, especialistas de tecnologia da informação participam do evento.

Outro desafio que os especialistas terão de driblar é a ausência de informações digitalizadas sobre as plantas. Eles discutem trabalhar com voluntários e programas de computador. "A dificuldade é conseguir os dados em formato digital. Nem todos os países têm a flora digitalizada. Existe uma lacuna de informações que precisa ser preenchida até 2020. E o que está digitalizado precisa ser convertido para entrar no portal [na internet]”, disse Dalcin.

Durante o encontro, pela primeira vez será feita uma reunião entre as equipes que montaram a lista da flora brasileira, com cerca de 45 mil plantas, e os responsáveis pelo projeto mundial. Os especialistas querem alinhavar interações entre os projetos. O evento será aberto ao público às 9 h de quarta-feira (21), na Escola Nacional de Botânica Tropical.

Edição: Nádia Franco

Link:

Pimentas brasileiras ganham série de selos dos Correios

Para celebrar a biodiversidade brasileira, com uma espécie vegetal nativa do continente americano, os Correios lançaram, em 16 de outubro de 2015, uma nova série de selos que retrata os diferentes tipos de pimenta do nosso país.


O Brasil é um importante centro de diversidade genética, uma vez que possui espécies em diferentes níveis, de silvestres a domesticadas.

A proposta dos selos “Variedades de Pimentas Brasileiras” foi eleita pela Comissão Filatélica e homologada pelo Ministério das Comunicações para compor a Programação Filatélica 2015 no “Tema” Flora. O lançamento da emissão aconteceu simultaneamente em oito cidades: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Porto Velho (RO), Salvador (BA), Santa Leopoldina (ES), São José da Tapera (AL). A coleção será acompanhada de um folder com informações técnicas e de um carimbo específico para cada cidade onde serão feitas as primeiras emissões dos selos.

Fonte: Embrapa Hortaliças.

doc ENGENHOS DA CULTURA • Teias Agroecológicas



O vídeo documentário Engenhos da Cultura • Teias Agroecológicas tem como mote a história dos Engenhos Artesanais de Farinha de Mandioca de Santa Catarina e apresenta realidades em cultura e educação através da agroecologia. O doc dá voz à agricultores, profissionais e ativistas envolvidos pelo Ponto de Cultura Engenhos de Farinha para retratar a articulação entre três inspiradores movimentos sociais da atualidade: o Cultura Viva, a Rede Ecovida de Agroecologia e o Slow Food.

direção: Gabriella Pieroni e Sandra Alves
realização: Ponto de Cultura Engenhos de Farinha/CEPAGRO
pesquisa e roteiro: Gabriella Pieroni
fotografia, edição e finalização: Sandra Alves
imagens de arquivo: Ponto de Cultura Engenhos de Farinha/CEPAGRO
assistente de produção e organização de acervo: Carolina Dionisio 
produção: Gabriella Pieroni

apoio cultura: VAGALUZES FILMES

Água é fonte de alimento e vida no Semiárido

Fonte: Ascom/MDS - Segunda-feira, 19 de Outubro de 2015 


Com tecnologias sociais de acesso à água, sertanejos conquistaram autonomia para produzir mais e melhor

Sob o sol forte e com muito trabalho, o casal de agricultores familiares Maria Aparecida dos Santos, 44 anos, e José Nivaldo dos Santos, 49, criou os quatros filhos no município de Areial, a 170 quilômetros da capital paraibana. Utilizando a sabedoria popular, eles construíram, em 1998, por conta própria, uma cisterna para armazenar a água da chuva que caía pelo telhado da casa. Em 2013, receberam uma cisterna calçadão para apoiar a produção.

Nesta sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, histórias como a do casal evidenciam a importância das políticas públicas na vida da população mais pobre. Dona Cida, como é conhecida a agricultora, comemora o acesso à água para produção de alimentos. Ela conta que a fome “é coisa do passado”. “Hoje, eu sou feliz porque meus filhos não passaram fome como eu passei.”

A mudança de vida ocorreu graças a políticas sociais, como o Programa Cisternas. A cisterna calçadão recebida pela família - com capacidade para armazenar 52 mil litros - é uma das 133 mil tecnologias sociais para produção construídas no Semiárido.

“Antes das cisternas, o pobre só plantava o coentro para temperar o feijão. Agora, a gente come salada, coisa que a gente não comia antes como berinjela, repolho...”, relata Nivaldo. Além das tecnologias para produção, o programa garantiu o acesso à água para beber e higiene pessoal para mais de 1,2 milhão de famílias.

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos, explica que a entrega dos reservatórios na região é uma das portas para a inclusão produtiva dos agricultores familiares.

“As tecnologias de água para produção são prioridade. Temos que avançar mais na construção desses reservatórios e integrar essa ação a outras políticas de apoio à agricultura familiar, como assistência técnica rural, fomento, crédito e acesso aos mercados, tornando mais efetiva e sustentável a inclusão das famílias”, destaca.

Rota de Inclusão Produtiva - Em 2014, Nivaldo e dona Cida receberam R$ 10 mil com as vendas que fizeram para oPrograma de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Em 2015, já conseguiram receber R$ 2 mil, no período entre janeiro e junho. “O que recebemos neste ano é o mesmo valor que antigamente conseguíamos ganhar em um ano todo. Os atravessadores diminuíam muito o preço das nossas coisas”, compara a agricultora.

Coordenado pelo MDS, o PAA, além de ensinar a planejar a produção, regularizar o fornecimento e garantir a qualidade dos alimentos produzidos, destina a aquisição para entidades socioassistenciais, instituições de ensino público e equipamentos de segurança alimentar e nutricional, como restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos. Em 10 anos, o programa investiu R$ 5,8 bilhões na compra de 4,4 milhões de toneladas de alimentos de mais de 380 mil famílias agricultoras em todo o país.

A venda dos produtos para os programas governamentais ajuda também a apagar as marcas que a fome deixou. “Hoje como carne todos os dias. Antes, o pobre só comia carne no domingo”, lembra Nivaldo. Na propriedade, eles têm 24 tipos de produtos agrícolas, além de criar gansos, perus, galinhas e porcos. A família também tem um banco de sementes crioulas – sem modificação genética – que garante autonomia na hora de produzir.

Nivaldo conta que a felicidade da família é morar ali na zona rural de Areial. “Se me tirarem daqui, eu sou capaz de morrer logo. A minha vida é aqui”, conta. O filho Adevam Firmino dos Santos, 20 anos, pretende seguir os passos dos pais e, atualmente, faz curso técnico em Agropecuária para ajudar na plantação.

Data - Em 2015, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) definiu para o Dia Mundial da Alimentação o tema “Proteção Social e Agricultura: quebrando o ciclo da pobreza rural”. O objetivo é chamar a atenção do mundo sobre o papel essencial desempenhado pela proteção social na erradicação da fome e da pobreza.

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Livro para download ‘Serviços Ambientais em sistemas agrícolas e florestais do Bioma Mata Atlântica’

A Embrapa acaba de publicar o livro “Serviços Ambientais em sistemas agrícolas e florestais do Bioma Mata Atlântica”. São 32 capítulos redigidos por 104 autores que discorrem sobre questões importantes sobre serviços ambientais, tema bastante presente atualmente nas discussões sobre a sustentabilidade do mundo rural, em especial na formulação de políticas públicas.

Dividido em três partes, o livro primeiramente discute aspectos conceituais sobre serviços ambientais. Segundo a pesquisadora Lucilia Maria Parron Vargas, pesquisadora da Embrapa Florestas e uma das organizadoras do livro, “a bibliografia existente se reporta principalmente à discussão da política e da apresentação de experiências de pagamento por serviços ambientais, mas a conceituação e as métricas relacionadas ao tema foram pouco exploradas até hoje na literatura brasileira”.

A premissa do livro é a noção de que produção e bem-estar humano dependem dos serviços ambientais, tais como sequestro de carbono no solo e na biomassa vegetal, ciclagem de nutrientes, fertilidade do solo, conservação de água e solo, conservação de biodiversidade, produção de alimentos e madeira, e como estabelecer indicadores econômicos dos sistemas produtivos em áreas naturais e manejadas. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio identificou que 15 dos 24 serviços ecossistêmicos em nível global estão em declínio, o que pode causar um grande impacto negativo para o bem-estar humano no futuro. É senso comum entre os autores do livro que as mudanças no uso e cobertura da terra podem alterar o fluxo desses serviços e, por conseguinte, o bem-estar humano, além de resultar em impactos econômicos geralmente não previstos, como os custos com o controle de enchentes, fornecimento de água potável e controle da erosão do solo. Por isso, entender melhor os serviços ambientais, saber quantificar, mapear e avaliar estes múltiplos serviços é de grande interesse para as políticas com foco conservacionista e de ordenamento territorial. E, um item bastante importante: o processo de valoração dos recursos naturais. Qual o valor monetário dos serviços ambientais? Como recompensar (ou compensar) quem adota sistemas de produção mais sustentáveis e utilizam uma ótica mais conservacionista? O livro, então, discute conceitos, condicionantes e indicadores associados a estas questões. “Nosso planeta vive uma fase de avanços tecnológicos cotidianamente, mas agora precisa haver um equilíbrio, pois as fontes naturais se esgotam. O capital natural está cada vez mais escasso”, pondera Junior Ruiz Garcia, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná e também editor do livro. Para isso, indicadores de avaliação de serviços ambientais devem ser robustos, transparentes, baratos e com grande acurácia. A conceituação de avaliação ecossistêmica e ambiental foi, então, o ponto de partida para os 14 capítulos desta primeira parte.

A segunda parte do livro traz cases e experiências com serviços ambientais no Bioma Mata Atlântica, como por exemplo conservação de rios e florestas, morcegos na recuperação de áreas degradadas, variáveis climáticas em araucárias, importância da fauna na dispersão de sementes, ILPF como estratégia de uso da terra, recuperação de Reserva Legal, políticas de áreas verdes urbanas, metodologia para valoração de SAFs, entre outros. “Partimos de experiências já existentes, embora às vezes isoladas, para mostrar a importância e viabilidade econômica-ecológica e social dos serviços ambientais”, explica Lucília. Sistemas produtivos agrícolas e florestais com foco conservacionista, tais como cultivo mínimo, rotação de culturas, adubação verde e de cobertura, manejo de restos culturais e reaproveitamento de resíduos, podem prestar serviços ambientais de suporte e regulação, como aumento da ciclagem de nutrientes e de infiltração de água no solo e controle da erosão, com consequente prestação de serviços ambientais.

A terceira parte traz subsídios para formulação de políticas públicas em pagamentos por serviços ambientais com a intenção de induzir mudança de paradigmas no manejo de recursos naturais e contribuir para a tomada de decisão de gestores de recursos naturais e formuladores de políticas para o bem-estar da sociedade. Segundo Junior Ruiz Garcia, “a decisão a se adotar sobre o uso, ocupação e manejo da terra é uma combinação entre políticas governamentais e escolhas do proprietário da terra. Informações sobre como e em que magnitude os serviços ambientais de provisão, regulação, suporte ou culturais são produzidos devem servir como base para tornar essas decisões mais consistentes”. Este é um trabalho a ser entendido por toda sociedade, pois impacta diretamente na qualidade de vida desta e de futuras gerações.

O livro tem como editores técnicos os pesquisadores Lucilia Maria Parron, Edilson Batista de Oliveira e George Gardner Brown, da Embrapa Florestas; a pesquisadora Rachel Bardy Prado, da Embrapa Solos, e o professor Junior Ruiz Garcia, da Universidade Federal do Paraná; e contou com texto de apresentação do Professor Ademar Romeiro, do Departamento de Economia da Unicamp. A publicação é fruto do projeto ServiAmbi – Avaliação de indicadores e valoração de serviços ambientais em diferentes sistemas de manejo, coordenado pela Embrapa Florestas, em parceria com a UFPR e apoio da Embrapa Produtos e Mercados, escritório de Ponta Grossa, Embrapa Soja e IAPAR-Ponta Grossa. O projeto tem como objetivo avaliar o estado e as tendências dos serviços ambientais em sistemas agrícolas e florestais nos Campos Gerais e no noroeste no Paraná. A edição do livro teve apoio da Embrapa e do CNPq para sua produção.

Para baixar o livro, clique aqui.

Por Katia Pichelli (MTb 3594/PR), Embrapa Florestas

in EcoDebate, 19/10/2015

Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade



CONSUMISMO INFANTIL 

Garantir um futuro abundante às crianças não depende apenas da mudança de comportamento da atual geração, mas também de educar os pequenos para o consumo sustentável.

Ninguém nasce consumista. Trata-se de um hábito que se forma a partir de valores preocupantes para a sustentabilidade. Esse processo se inicia já na infância e é possível mudar este quadro.

As crianças são a porta de entrada para um futuro mais sustentável! Cartilha do MMA traz dicas legais de atividades divertidas e simples para fugir de programas caros para o bolso e para o meio ambiente.

Confira aqui => http://goo.gl/dtmhEC

Abelhas Solitárias produzem Acerolas


A polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes e a reprodução de diversas plantas, sendo um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade na Terra. 

Conheça a publicação “Abelhas Solitárias produzem Acerolas” http://goo.gl/EeAKBt

Insetos produzem Mangabas


A polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes e a reprodução de diversas plantas, sendo um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade na Terra. 

Conheça a publicação “Insetos produzem Mangabas” http://goo.gl/PjjGCb

Abelhas em Áreas de Cultivo de Algodoeiro no Brasil


A polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes e a reprodução de diversas plantas, sendo um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade na Terra. 

Conheça a publicação “Abelhas em Áreas de Cultivo de Algodoeiro no Brasil”http://goo.gl/rhFaUw
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O tema é tão importante que dias 30 e 31 de março serão divulgados os resultados do Projeto Polinizadores do Brasil, que há cinco anos promove pesquisas e atividades de capacitação sobre a importância dos polinizadores para a biodiversidade e o desenvolvimento da agricultura. Saiba mais: http://goo.gl/uw7hYJ