Poli coordena desenvolvimento do Portal da Biodiversidade

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Publicado em 27/novembro/2015

Janaína Simões, da Assessoria de Comunicação da Poli
Portal reúne informações sobre a flora e fauna do Brasil

Pesquisadores da Escola Politécnica (Poli), da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), ambas da USP, e do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp (IGCE), com apoio do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação da USP (NAP – BioComp) e da Fundação FDTE, foram responsáveis pelo desenvolvimento do Portal da Biodiversidade, trabalho de pesquisa que contou com apoio da agência alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). O lançamento aconteceu na quinta-feira (26/11), em Brasília.

O portal reúne informações valiosas e inéditas sobre a flora e fauna do Brasil. O Instituto Chico Mendes (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), é responsável por todas as unidades de conservação ambientais federais e detentor de destes dados. Contudo, até o desenvolvimento da nova plataforma – que teve a coordenação da Poli – as informações estavam dispersas em órgãos e instituições do MMA. A partir de agora esses dados estarão acessíveis para cientistas e a sociedade em geral.

“São informações preciosas e inéditas que estarão disponíveis para toda a sociedade, fundamentais para uma efetiva política de conservação da nossa biodiversidade. Não podemos proteger o que não conhecemos”, destaca o professor doutor Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa, coordenador do grupo de pesquisa e que trabalhou em parceria com professor doutor Antônio Mauro Saraiva e a professora doutora Liria Matsumoto Sato, todos do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli, além de alunos do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica (área de concentração em Engenharia de Computação) da Poli.

Corrêa foi selecionado como consultor do MMA e coordenou o Grupo Técnico de Integração de Dados de Biodiversidade (GT-MMA), entre 2011 e 2012. O grupo definiu as diretrizes para o compartilhamento da informação no âmbito do Ministério e optou pelo uso de ferramentas do tipo “código aberto” (open source). Em 2013, partiu-se então para o trabalho de organizar e tornar público os dados do ICMBio, uma das cinco instituições vinculadas ao MMA – as outras são o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e a Agência Nacional de Águas (ANA).

Mais de 1,5 milhão de registros

“Desenvolvemos uma arquitetura de sistemas de informação que integra as diferentes bases de dados sobre biodiversidade existentes no ICMBio, formadas por dados gerados do monitoramento das unidades de conservação e por centros de pesquisa a ele vinculados”, explica. O Portal da Biodiversidade brasileiro do Ministério do Meio Ambiente foi desenvolvido com base num sistema existente da Austrália, considerado o estado da arte em termos de arquitetura e gestão de dados sobre o tema.

Coube aos pesquisadores projetar e desenvolver essa arquitetura, de forma que pudesse agregar os dados da fauna no âmbito do ICMBio, integrando-os e disponibilizando-os por meio de um portal de dados. Os pesquisadores desenvolveram um sistema que integra diferentes bases de dados, disponíveis em instituições e unidades de conservação dispersas em todo o Brasil, envolvendo dados de conservação de primatas, aves, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas do Projeto Tamar, dentre outros.

O Portal disponibiliza mais de 1,5 milhão de registros de observações de espécies animais, ameaçadas ou não de extinção. Pode-se pesquisar no site por espécies, usando o nome científico ou comum, por unidade de conservação, bioma, locais onde espécies foram avistadas etc.

Parte das atividades do grupo da Poli/USP incluiu a capacitação dos pesquisadores e técnicos do ICMBio, envolvendo aproximadamente 80 pessoas de centros de pesquisa e unidades de conservação, de modo que o Instituto poderá fazer a operação e atualização atualização automática dos dados do portal. Outro resultado prático é a publicação de dois livros que tratam da gestão de dados de biodiversidade e de recomendações técnicas que apoiarão tanto o MMA como outras instituições brasileiras na integração e disponibilização de dados de biodiversidade.

Para marcar o lançamento do Portal, haverá um seminário nesta quinta-feira no auditório do MMA, em Brasília, às 15h, com presença prevista da ministra do Meio Ambiente, Isabella Mônica Vieira Teixeira, e do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera. Além da apresentação do Portal, haverá uma mesa-redonda com a participação do professor Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa e de representantes do MMA, MCTI, Universidade Federal de Lavras (UFLA) sobre os desafios para potencializar o uso dos dados de biodiversidade na gestão ambiental.

Foto: Adriano Gambarini

Mais informações: (11) 5081-5237 / 5549-1863, com Érika Coradin; email erika@academica.jor.br

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Manejo da microbiota intestinal pode personalizar medicina

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Publicado em 26/novembro/2015

Da Assessoria de Comunicacao da FORC
email erika@academica.jor.br
Manipulação da microbiota intestinal: tema novo na academia

A manipulação da microbiota intestinal é um tema relativamente novo na academia, mas sua interface com a alimentação e a saúde leva a crer que esse campo de estudo pode ser uma ferramenta valiosa para a viabilização de tendências como, por exemplo, a personalização da medicina. Novas pesquisas sugerem diversas formas de manejo da microbiota, desde o uso de pré e probióticos, até a manipulação da dieta e o transplante de bactérias presentes nas fezes humanas.

“Um dos interesses da comunidade científica é essa interface entre dieta e microbiota, porque a modulação da dieta seria um ponto de acesso bem fácil e com menos efeitos colaterais do que a administração de medicamentos ou afins”, afirma Chris Hoffmann, pesquisador do Food Research Center (FoRC) e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.

Segundo ele, é sabido que existe um padrão de relação entre dieta e microbioma, a longo prazo. “Esse efeito dos hábitos alimentares da pessoa a longo prazo é muito mais forte do que o efeito daquilo que ela comeu ‘ontem’. O que ela ingeriu ontem tem um impacto momentâneo. Mas como tudo no corpo humano tende a buscar a homeostase, a tendência é uma volta ao equilíbrio”, diz ele.

Hoffmann explica que ao menos dois padrões de alimentação estão claramente conectados com microbiomas intestinais distintos: a dieta rica em carboidratos e a dieta rica em proteínas de origem animal. “Nós sabemos, por exemplo, que uma dieta com muita carne vermelha rica em gordura dá propensão a arteriosclerose, risco cardiovascular, aumenta o colesterol. Entretanto ainda existiam algumas lacunas em como tais dietas causavam estas doenças. Agora, algumas dessas lacunas estão sendo preenchidas por esse link do microbioma intestinal”, resume.

A ascensão do tema coincidiu com o surgimento de novas tecnologias de sequenciamento de DNA, mais baratas e rápidas. “O desenvolvimento de novas tecnologias de sequenciamento permitiu estudos com centenas de pessoas ao mesmo tempo, sequenciando milhares de bactérias dessas pessoas. E com esses grandes estudos alguns padrões emergiram”, esclarece Hoffmann.

Mudanças na microbiota

Segundo ele, uma pessoa normal tem uma composição definida de microorganismos. “A gente sabe, de maneira geral, quais os microorganismos que devem povoar o intestino grosso.Estudos indicam que a dieta mais industrializada está modificando a microbiota. Nos EUA e Europa, onde as dietas são muito manipuladas, percebemos que o padrão da microbiota não é o mesmo, se comparado a locais na América do Sul e África, onde a dieta não é tão processada.”

De acordo com Hoffmann, a manipulação da microbiota pode se dar por diversos acessos. Um deles é o uso de probióticos, algo que já se faz há algum tempo. “O que há de novo é que a próxima geração de probióticos que chegará ao mercado é completamente distinta do que já existe. O que temos hoje são produtos que, muitas vezes, levam em consideração grupos bacterianos que a gente não tem como adulto no nosso intestino. Fazem efeito? Em algumas pessoas sim, em outras não. Um bom exemplo são as bifidobactérias, presentes nos probióticos mais famosos que conhecemos. As crianças as têm, mas os adultos geralmente têm poucas.”

Segundo ele, hoje em dia os cientistas estão re-isolando bactérias e tentando encontrar aquelas que são realmente interessantes para um adulto. A outra ideia é utilizar os prebióticos.”Em vez de alimentar as pessoas com as bactérias, a ideia aqui é alimentar as bactérias que estão precisando ser incentivadas, com compostos criados exclusivamente para isso. É outra via de manipulação de microbiota”, aponta Hoffmann.

O transplante fecal é mais uma ferramenta utilizada para repovoar o intestino com as bactérias que deveriam estar lá e que, por algum motivo, perderam espaço para um patógeno qualquer. “Isso está sendo muito usado para tratar pessoas que pegam infecção hospitalar. São bactérias super resistentes, agressivas, imunes à última linha de antibióticos. A pessoa vai morrer de sepsis, o que é medieval. Elas destroem a mucosa intestinal, a impermeabilidade, podem passar para a corrente sanguínea… Reintroduzir as bactérias que não estavam mais ali pode fazer com que o organismo pare de reconhecer simplesmente o patógeno”.

Hoffmann explica que, geralmente, o procedimento só é usado quando nada mais funcionou. “Porque há um risco, a gente não sabe exatamente o que está lá dentro, pode haver, por exemplo, um vírus que não se conseguiu detectar…”. Segundo ele, já existem empresas trabalhando para criar uma comunidade padronizada de bactérias, isoladas e sequenciadas, e que teriam os mesmos efeitos do transplante.

“Uma grande tendência hoje é a chamada personalização da medicina. Com o acesso ao genoma humano, a gente sabe qual é a fisiologia básica. Mas existem condições e características que são bem específicas de cada pessoa, ou grupo. A personalização da medicina tem de levar em conta toda a fisiologia do organismo e o estudo da microbiota intestinal certamente poderá contribuir para isso.”

Foto: Divulgação / FoRC

Mais informações: (11) 5081-5237 / 5549-1863

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“Somos feitos de histórias, assim como somos feitos de células”, defende Mia Couto

Publicada em 24/11/2015



Diante de um público formado basicamente por pesquisadores e cientistas, o escritor moçambicano Mia Couto mostrou bom humor ao saudar o público presente à palestra de abertura do Seminário Internacional Determinantes Sociais da Saúde, Intersetorialidade e Equidade Social na América Latina. "Confesso estar completamente aterrorizado de vocês convidarem um poeta para fazer essa conferência. Foi ótimo eu ser apresentado como escritor, mas também como biólogo. Digo isso, pois também sou uma pessoa séria, não apenas escritor". Embalado pelos risos de uma plateia encantada, o autor expôs que seu intuito ali era mostrar a existência de mundos diversos que pensam a saúde e a doença e a vida e a morte de uma maneira absolutamente plural.
Mia contou que as pessoas sempre o questionam sobre como consegue compatibilizar biologia e literatura com ciência e poesia. Para ele não há essa espécie de dicotomia. Para exemplificar, disse para plateia que contaria duas histórias, que serviam para ele como respostas a essa questão. Uma delas aconteceu em 2008, em uma região no norte de Moçambique, enquanto trabalhava. Segundo ele, um dia, as duas horas da manhã uma pessoa veio bater em sua tenda inóspita dizendo que havia um homem morto do lado de fora. Sem piscar, Mia se levantou e no caminho perguntou: a pessoa morreu de que? Morreu como? E a resposta dita foi que havia sido morto por um leão. E ele perguntou: O leão ainda está por aqui? A resposta foi: sim, ele ainda está rondando por aqui.

“Naquele momento eu já não tinha mais vontade alguma de ver aquela pessoa. Voltei rapidamente para minha tenda e o ruído do zíper me mostrou que nada ali me protegia. Com minha pequena lanterna comecei a escrever. Não sabia exatamente o que estava escrevendo, mas aquele pequeno bloco de notas me conferiu abrigo, uma casa, eu estava me sentindo protegido. Assim lancei o livro Confissão da Leoa, que fala sobre a construção de uma narrativa da visão que temos de nós próprios em uma situação de defesa, onde procuramos um abrigo, uma espécie de casa, nem que seja construída apenas de maneira imaginária”, recordou.

No dia seguinte ao ocorrido, Mia foi convidado a acompanhar os caçadores que partiram para matar o leão. Ele admitiu que ao longo de seus 30 anos como biólogo viu muitos animais e esteve em muitas situações que, muitas vezes, não o impressionavam. Mas aquela era a primeira vez que ele fazia aquele percurso a pé. Naquele momento, ele andava por caminhos que eram territórios que o homem não comanda. Pois, segundo ele, o que o homem comanda tem uma espécie de assinatura – uma estrada, um trilho –, que marca aquela tomada de território, e aquele local não tinha absolutamente nada disso.
“Naquele momento, eu estava no território dos não humanos e quando enfrentei esse leão foi um momento fundador para mim, um abalo sísmico. Tirando a parte do medo, porque eu tinha medo, estava, de fato, aprendendo ali uma lição. Eu não conhecia o leão. Só se conhece o leão quando você está no território dele, onde ele reina, num território no qual nós não somos ninguém. Aquela espécie de hipnose que existe no olhar de um felino foi algo que me disse que eu fui à caça e fui caçado, mas fui caçado no sentido de ser surpreendido pela minha própria fragilidade e essa lição de humildade foi importantíssima para mim”, lembrou. Após contar as histórias, Mia falou sobre sua escolha pela biologia e admitiu que ela o deu uma espécie de renovada aptidão para estar despido de certezas. Segundo o escritor, ele não está na biologia a procura de certezas, e sim de interrogações.

“Eu quero renovar esse encontro com o enigma, com o lado do mistério e, acima de tudo, quero aprender outras linguagens. Hoje acho que percebo na fala de uma ave a fala daqueles que não falam. A ciência biológica me devolveu uma coisa fundamental para que eu tenha saúde. Afinal, estamos aqui falando de saúde. Para eu saber o meu tamanho é importante saber que eu só existo sendo outro, e sendo parte de algo bem maior. Assim, eu realcancei, eu recuperei a intimidade que havia perdido com criaturas que pareciam distantes. Esse grau de parentesco com os bichos e com as plantas foi fundamental para eu me encontrar. Eu, que construo histórias, me encontrei em um ‘eu próprio’, dentro de uma história que é a mais bela possível, a história da vida, a história do porque estamos aqui”, constatou ele.

Morreu de quem ou de que?

Mia Couto continuou brindando a plateia com a beleza de suas narrativas. Prosseguiu com mais uma história, afinal, como ele mesmo afirmou, “somos feitos de histórias assim como somos feitos de células”. O escritor falou sobre uma província no norte de Moçambique, chamada Niassa, onde também trabalhou por um tempo. Ele explicou que o povo local se reúne para uma cerimônia religiosa, organizada pelos sacerdotes – que também são líderes políticos –, e passam fome durante todo o ano para homenagear os macacos babuínos. Isso acontece porque eles acreditam que há muito tempo seus antepassados todos morreram afogados em uma lagoa e voltaram materializados nesses animais. “Para eles é um momento de retribuição, pois esses animais protegem um lugar sagrado. Então, é preciso mostrar essa gratidão”, contou.

Após contar a história dos costumes de Niassa, Mia explicou que nas regiões por onde anda, as pessoas fazem um questionamento que aqui no Brasil pode parecer estranho quando alguém morre. A pergunta é: “morreu de quem?” Ao invés de “morreu de que?”. “Morrer de alguém é uma coisa que faz muito sentido em um universo em que a fronteira da vida – o entendimento daquilo que é vida, que é morte, que é doença –, é algo completamente distinto. Nesse universo está ausente a dualidade que separa o somático, o psicológico, o corpo, a alma, o espírito e a matéria, tudo isso é ausente e não existe uma palavra para expressar a natureza. Por isso, quando se procuram as causas naturais de uma doença, surge algo estranho, pois não há sequer uma palavra para dizer isso”, definiu o escritor.
Segundo ele, a doença não se expressa por um “que” e sim por um “quem”. Enquanto nas sociedades modernas os médicos leem sinais, em Moçambique os terapeutas leem símbolos. Enquanto o Brasil, por exemplo, assume que trata doentes, em outra parte do mundo, em Moçambique, por exemplo, o que os terapeutas fazem é colocar a pessoa em diálogo com vozes ocultas que podem trazer a cura da doença. “Em Moçambique as pessoas não costumam se queixar de dor ao médico. Ela diz que “está a sentir o corpo”. O que ela quer dizer com isso é que seu corpo está falando, alertando para qualquer dissonância. O que determina o estado de saúde de uma pessoa são as agonias, as consonâncias, essa afinação que existe entre os vivos, os mortos e Deus. A doença é, ao mesmo tempo, um que e um quem. Eu realmente acredito que se pode morrer de alguém sim, e isso não é poesia”, lamentou.

A primeira vez que Mia Couto morreu de alguém, ele tinha apenas sete anos e viu seu pai chorar pela primeira vez. Este tinha recebido a notícia de que seu pai – avô de Mia –, tinha falecido. Segundo o escritor, ele nunca conheceu seus avós, que moravam do outro lado do oceano, mas a verdade é que esse desconhecido avô sempre habitou a casa e vivia de forma tão real quanto qualquer um dos presentes. Isso acontecia porque, na cabeceira da cama, o pai de Mia contava histórias de sua própria história. “O que me fascinava não era a qualidade das histórias, até mesmo porque não sou capaz de lembrar delas, mas o que não esqueço é sentimento de encantamento que essas histórias produziam em mim, uma doce embriaguez que me dissolvia em uma doçura”.

Se encaminhando para o fim da apresentação, Mia Couto questionou se suas histórias eram mesmo aquilo que a plateia esperava ouvir e explicou que o que ele quis dizer contando tudo aquilo é que a produção do encantamento que uma história pode produzir é muito maior do que qualquer tipo de entretenimento. “Vivemos de histórias desde que somos humanos. Na perspectiva dessa grande narrativa, por meio dessas histórias, atualmente se fala muito em redes. Essa rede social que é viver em uma narrativa, que é viver em história, é importantíssima pois nos confere identidade, nos dá aconchego. Então, quando alguém te contar uma história, como eu estou aqui contando, há uma mensagem que diz: “você é importante”. Essa é a confirmação de que contar histórias e receber histórias é, de fato, um ato de amor”.

Mia Couto lembrou que infelizmente as sociedades atuais são muito perseguidas por aquilo que têm de pior. O escritor fez questão de homenagear o Brasil – visto como exemplo em Moçambique –, por todas as conquistas nos últimos anos contra a injustiça e a iniquidade social. “Para terminar, eu acho que nós somos feitos de histórias, tal qual somos feitos de células, e precisamos resgatar nossa propensão genética à imaginação narrativa. Temos que assumir essa tarefa, que não é apenas dos escritores. A tarefa de reencantar o mundo por via das histórias é algo que compete a todos nós, senão mostraremos aos nossos filhos que o mundo está desertificado, mas não do ponto de vista da biodiversidade, e sim do ponto de vista do encantamento. Podemos morrer de alguém sim, e podemos ainda mais morrer de ninguém. E isso é ainda pior”, concluiu Mia, ovacionado pelo público.

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Mais alimentos quilombolas para o SUS gaúcho

Fonte: Gabriella Bontempo Ascom/MDA com informações do GHCencurta - Quinta-feira, 26 de Novembro de 2015 


Foi publicada nesta quarta-feira (25), o segundo edital do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) para a compra de alimentos de comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul. A ação, anunciada pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 19, vai beneficiar mais de 60 comunidades gaúchas na aquisição de 146 toneladas de alimentos.

De acordo com o coordenador-geral para Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Edmilton Cerqueira, a iniciativa dá visibilidade à produção quilombola do País. “As comunidades quilombolas também fazem parte do processo de produção de alimentos diversificados e saudáveis, tanto em suas organizações como nos núcleos familiares”, afirmou.

Para ele, a inclusão produtiva desses grupos também é o resultado do trabalho da assistência técnica. “O ministério realizou uma série de oficinas para a capacitação de lideranças para acessarem os programas de compras públicas como o de Aquisição de Alimentos (PAA), que está com esta chamada aberta, e o de Alimentação Escolar (Pnae)”, completou.

Ação pioneira

O GHC foi a primeira instituição pública a comprar alimentos produzidos em comunidades quilombolas, com a identificação de origem do Selo Quilombos do Brasil. “Fornecemos 270 mil refeições por mês no Grupo Hospitalar Conceição. E, no intuito de buscar uma alimentação saudável, contribuir para a cadeia produtiva dos alimentos orgânicos e na inclusão produtiva das comunidades quilombolas, conseguimos fazer esses editais”, ressaltou a diretora-superintendente do grupo, Sandra Fagundes.

Na primeira chamada, foram adquiridas quatro toneladas de alimentos produzidos em cinco comunidades. Desta vez, a expectativa é que sejam compradas 146 toneladas de alimentos – um investimento superior a R$ 500 mil.

“O GHC já vem trabalhando na questão de combate ao racismo e na afirmação de direitos. Agora, felizmente, nós conseguimos trabalhar também nessa direção da cadeia produtiva, que faz bastante diferença na geração de renda dessas populações”, comentou a diretora.

A ampliação do projeto contou com diversos parceiros, entre eles, o MDA e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Incra, a Fundação Palmares, a Federação Quilombola do Rio Grande do Sul e a Empresa de Assistência Técnica (Emater) do estado.

Saiba mais

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é formado por três hospitais do Rio Grande do Sul, além de uma Unidade de Pronto-Atendimento (Upa), 12 postos de saúde, três Centros de Atenção Psicossocial (Caps), um Consultório de Rua e o Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde – Escola GHC.

O edital também dialoga com o programa Brasil Quilombola, coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que tem um dos eixos voltados à inclusão produtiva das comunidades.

Em todo Rio Grande do Sul, existem 105 comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Cada uma delas abriga, em média, 40 famílias.

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Riscos químicos do cotidiano, artigo de Roberto Naime

[EcoDebate] Em todo cotidiano, sem que se perceba, estão presentes muitas substâncias químicas indesejáveis em produtos, objetos ou alimentos para preparo. Revista exame divulga matéria, na qual mais de 200 cientistas de 38 países, manifestam e descrevem algumas situações.

A substância mais comum são os chamados compostos perfluorados, também conhecidos como PFCs (sigla em inglês para “Perfluorinated chemicals”). Resultantes da moderna indústria química sintética, estes produtos são utilizados para fabricar artigos e produtos com características impermeabilizantes e antiaderentes.

A listagem inclui utensílios e artefatos de cozinha, embalagens de pipoca para micro-ondas, tecidos e tapetes tratados para ficarem impermeáveis a líquidos e resistentes à manchas, móveis, revestimentos de papel e de cosméticos, entre outros produtos do cotidiano de vida.

Segundo consenso científico sobre o tema, conforme relata a revista Exame em seu site, já rendeu mais de uma centena de pesquisas e deu origem à Declaração de Madrid, documento publicado na revista “Environmental Health Perspectives”.

Segundo todos os relatos, toda a natureza de produtos químicos altamente fluorados são extremamente persistentes no meio ambiente e potencialmente tóxicos. E, de acordo com todas as recomendações, devem ser substituídos por quaisquer “alternativas mais seguras”.

Existe um forte apelo aos governos de todo o mundo para restringir a produção e o uso destes produtos químicos, além de recomendar que os consumidores, tanto quanto possível, evitem sua utilização. Por sua capacidade de “imitar” as estruturas químicas dos hormônios e, até mesmo pelas possibilidades de produzir interferências nas sínteses destes mensageiros químicos do corpo, substâncias perfluoradas fazem parte de um grupo chamado de “disruptores endócrinos” no meio acadêmico ou científico.

Existe um grande e crescente conjunto de evidências que associam tais substâncias químicas a um espectro variado de problemas de saúde, que incluem certas tipologias de câncer, ocorrência de impactos no desenvolvimento dos sistemas imunológico e neurológico de indivíduos em fases de evolução, diminuição na contagem de espermatozoides de seres adultos, baixo peso de nascimento, entre outros problemas considerados de gravidade na saúde de indivíduos.

A exposição ocorre de múltiplas formas. Através da dieta alimentar, por utilização de alimentos previamente embalados ou cozidos em materiais que continham PFCs, pela presença de água contaminada e até mesmo pelo ar, pois produtos domésticos podem contaminar o ar interno de residências ou recintos fechados. Estas substâncias podem persistir por milhares de anos no meio ambiente, o que significa que muitas gerações futuras continuarão expostas aos efeitos e consequências já descritos.

A matéria da revista Exame ressalta que fabricantes do setor químico reagiram à publicação do documento. O “FluoroCouncil”, um grupo global que representa as principais empresas de “fluorotecnologia” insiste em defender, de que alguns desses produtos químicos são seguros. Consta que o grupo emitiu uma refutação ao comunicado de Madrid, dizendo e defendendo, de que a “fluorotechnology” é um processamento vital e essencial para muitos aspectos da vida moderna e implementando esforços para a eliminação progressiva de alguns dos produtos químicos fluorados que são considerados mais prejudiciais e nocivos para indivíduos e ambientes.

A revista evidencia para a chamada “epidemia silenciosa” de problemas neurológicos, causados por substâncias do cotidiano que corroem a inteligência e perturbam o comportamento. Como neurotoxinas invisíveis, que podem causar autismo, déficit de atenção, dislexia, paralisia cerebral e são ameaças ocultas do cotidiano, que podem deflagrar essas disfunções.

Outra substância do cotidiano moderno são os produtos com chumbo, cujas principais formas de contaminação se dão pela ingestão de alimentos ou água contaminados e por inalação de partículas de poeira da substância.

Outra substância considerada persistente é o tolueno ou metil benzeno que ficou popularmente conhecido no Brasil como cola-de-sapateiro, apesar de estarem presentes em outros tipos de colas, como as utilizadas na marcenaria. Esta substância também é usada como solvente, em pinturas, revestimentos, borrachas e resinas. A exposição materna ao tolueno tem sido associada a problemas de desenvolvimento cerebral e déficit de atenção na criança.

A exposição ao metilmercúrio, que afeta o desenvolvimento neurológico do feto, muitas vezes vem de ingestão materna de peixe que contém altos níveis de mercúrio. Esta é uma situação muito comum em antigas zonas de garimpo, onde o mercúrio e usado como amálgama para ouro e polui rios. Segundo o estudo, a vulnerabilidade do cérebro em desenvolvimento à toxicidade do metilmercúrio é muito maior que a do cérebro adulto. Os efeitos podem perdurar por anos.

Os bifenilos policlorados ou “PCBs”, tem sido rotineiramente associados a funcionalidades cognitivas, quando se tornam reduzidas na infância. Muitas vezes, estão presentes em alimentos, principalmente peixes, carnes e lácteos contaminados, e podem ser repassadas ao bebê pelo leite materno. Essas substâncias também são encontradas em aparelhos elétricos velhos, onde agem como isolantes térmicos.

O grupo de compostos conhecidos como polibromados éteres difenil ou “PBDEs” são amplamente utilizados como retardadores de chama, para proteger móveis, tapetes e roupas. Experimentos diversos sugerem que os PBDEs também podem ser neurotóxicos, afetando principalmente crianças.

Pesquisa com crianças que foram expostas no pré-natal ao percloroetileno em água potável mostrou tendência para deficiências na função neurológica e risco aumentado de diagnósticos psiquiátricos. Também chamado de tetracloroetileno este composto é um líquido incolor e volátil à temperatura ambiente. É usado como desengraxante de peças metálicas, em lavagens a seco, na indústria têxtil, e produtos de limpeza e de borracha laminada.

O Bisfenol ou “BPA” é uma substância usada na fabricação de policarbonato, que é utilizado na produção da maioria dos plásticos rígidos e transparentes, e também na produção da resina epóxi, e que faz parte do revestimento interno de latas que acondicionam bebidas e alimentos industrializados. Desde 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) decidiu proibir, no Brasil, a venda de mamadeiras de plástico que tenham a substância. O BPA pode enganar o corpo e fazê-lo pensar que é hormônio real. Tem sido associado a diversos tipos de câncer e problemas reprodutivos, além de obesidade, puberdade precoce e doenças cardíacas.

Os pesticidas clorpirifós e o DDT podem ser vinculados a anormalidades no desenvolvimento neurológico, particularmente em crianças. Estas substâncias são proibidas em muitas partes do mundo, mas ainda muito utilizados em países de baixa renda, ou onde as redes de proteção social não se sensibilizem com vulnerabilidades sociais de forma relevante. Estudos recentes também relacionam estes pesticidas com a doença de Alzheimer. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu, em 2004, a industrialização, produção, distribuição, comercialização e entrega de inseticidas de uso doméstico e em ambientes coletivos à base do princípio ativo clorpirifós. O DDT foi banido nos EUA na década de 70. No Brasil, o uso do DDT foi proibido em 2009.

Os fluoretos estão presentes em cremes dentais e antissépticos bucais para prevenir cáries, mas também são adicionados em inseticidas e venenos para ratos. Na década de 1960, foi disseminada a crença de que adicionar esta substância química em água potabilizada, atribuindo a funcionalidade de fortalecimento da saúde bucal, apresenta resultados.

Produtos químicos chamados ftalatos criam uma falsa sinalização de morte em células testiculares, determinando sua morte mais precoce. É usado para dar mais flexibilidade aos plásticos. Os ftalatos podem ser encontrados em várias situações d cotidiano mderno, na cortina do box do chuveiro, em cabos elétricos, na cobertura do chassi do carro e nos plásticos das portas. Outros apropriações de realidade, ligam os chamados ftalatos a alterações hormonais, defeitos congênitos no sistema reprodutor masculino, obesidade, diabetes e irregularidades da tireoide.

O elemento químico arsênico é largamente emprgado em processos de fundição de metais e na conservação de madeira. Consta que Sócrates foi envenenado com cicuta, um veneno a base de arsênico. Este metal é encontrado no meio ambiente combinado com outros elementos. Seus compostos geralmente formam um pó branco ou incolor que não tem cheiro ou sabor, o que dificulta identificação do tóxico em alimentos, na água ou na atmosfera. Exposições de crianças ao arsênico, presente em água potável contaminada, estão associados com déficits cognitivos em crianças com idade escolar e risco elevado de doença neurológica durante a vida adulta.

O manganês apresenta uma relação forte com hiperatividade. Crianças em idade escolar, que viviam próximo a áreas de mineração e processamento do minério demonstraram diminuição da função intelectual, deficiência em habilidades motoras e redução da função olfativa. Este produto químico, usado para fabricação de aço, tem sido associado ao baixo desempenho em matemática, função intelectual diminuída e déficit de atenção.

Esta não é uma reflexão alarmista. Todas as informações aqui compiladas se encontram em site de revista de grande circulação nacional e elevada credibilidade e indicadas nas referências bibliográficas consultadas, logo ao final da monografia. Ninguém é contra atividade empresarial alguma, todos dependem de algum emprego, isto são leis para sobreviver, e esta é uma situação muito clara. Mas todas as pessoas, sem exceção sonham com um mundo mais saudável para viverem com suas famílias e criarem seus filhos. Da mesma forma se sabe que todas as empresas e organizações sempre buscam evoluir e buscar materiais que na sejam percebidos como tóxicos e nocivos.

O mundo e a civilização humana, como se apresentam, estão pouco amigáveis e longe daquela coloração rosácea que a publicidade tenta em vão colorir a televisão todas as noites, com seu envoltório esfumaçado de projeções oníricas e sonhadoras.

Existe consciência de que não são leis proibindo, que vão resolver tudo na sociedade de tanto risco tão bem descrita por Ulrich Beck. Nem atitudes individualistas ou espontaneístas que vão resolver qualquer coisa. Mas a está na hora de fazer uma profunda reflexão social e alterar de forma planejada e contínua, a autopoiese social sistêmica que determina a operação da sociedade, em busca de harmonia e equilíbrio de vida, em contexto de viabilidade ecossistêmica e busca de homeostase universal.


Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 26/11/2015
"Riscos químicos do cotidiano, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, 26/11/2015,http://www.ecodebate.com.br/2015/11/26/riscos-quimicos-do-cotidiano-artigo-de-roberto-naime/.

Bioactive Compounds Found in Brazilian Cerrado Fruits

Bailão, E.F.L.C.; Devilla, I.A.; da Conceição, E.C.; Borges, L.L. Bioactive Compounds Found in Brazilian Cerrado Fruits. Int. J. Mol. Sci. 2015, 16, 23760-23783.

1 Henrique Santillo, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás CEP 75132-903, Brasil2 Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás CEP 74605-170, Brasil3 Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás CEP 74605-010, Brasil
* Author to whom correspondence should be addressed.
Received: 3 August 2015 / Revised: 21 September 2015 / Accepted: 21 September 2015 / Published: 9 October 2015
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Abstract

Functional foods include any natural product that presents health-promoting effects, thereby reducing the risk of chronic diseases. Cerrado fruits are considered a source of bioactive substances, mainly phenolic compounds, making them important functional foods. Despite this, the losses of natural vegetation in the Cerrado are progressive. Hence, the knowledge propagation about the importance of the species found in Cerrado could contribute to the preservation of this biome. This review provides information about Cerrado fruits and highlights the structures and pharmacologic potential of functional compounds found in these fruits. Compounds detected in Caryocar brasiliense Camb. (pequi), Dipteryx alata Vog. (baru), Eugenia dysenterica DC. (cagaita), Eugenia uniflora L. (pitanga), Genipa americana L. (jenipapo), Hancornia speciosa Gomes (mangaba), Mauritia flexuosa L.f. (buriti), Myrciaria cauliflora (DC) Berg (jabuticaba), Psidium guajava L. (goiaba), Psidium spp. (araçá), Solanum lycocarpum St. Hill (lobeira), Spondias mombin L. (cajá), Annona crassiflora Mart. (araticum), among others are reported here.


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Evaluation of Antioxidant, Antidiabetic and Anticholinesterase Activities of Smallanthus sonchifolius Landraces and Correlation with Their Phytochemical Profiles

Russo, D.; Valentão, P.; Andrade, P.B.; Fernandez, E.C.; Milella, L. Evaluation of Antioxidant, Antidiabetic and Anticholinesterase Activities of Smallanthus sonchifolius Landraces and Correlation with Their Phytochemical Profiles. Int. J. Mol. Sci. 2015, 16, 17696-17718.

1 Department of Science, Basilicata University, 85100 Potenza, Italy2 Rede de Química e Tecnologia/Laboratório Associado para a Química Verde (REQUIMTE/LAQV), Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Química, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, 4050-313 Porto, Portugal3 Department of Crop Sciences and Agroforestry, Faculty of Tropical AgriSciences, Czech University of Life Sciences, 165 21 Prague, Czech Republic
* Authors to whom correspondence should be addressed.
Received: 19 May 2015 / Revised: 24 July 2015 / Accepted: 28 July 2015 / Published: 31 July 2015

(This article belongs to the Special Issue Phenolics and Polyphenolics 2015)
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Abstract

The present study aimed to investigate the phytochemical profile of leaf methanol extracts of fourteen Smallanthus sonchifolius (yacon) landraces and their antioxidant, anticholinesterase and antidiabetic activities that could lead to the finding of more effective agents for the treatment and management of Alzheimer’s disease and diabetes. For this purpose, antioxidant activity was assessed using different tests: ferric reducing ability power (FRAP), 2,2-diphenyl-1-picryl hydrazyl (DPPH), nitric oxide (˙NO) and superoxide (O2˙−) scavenging and lipid peroxidation inhibition assays. Anticholinesterase activity was investigated by quantifying the acetylcholinesterase (AChE) and butyrylcholinesterase (BChE) inhibitory activities, whereas antidiabetic activity was investigated by α-amylase and α-glucosidase inhibition tests. To understand the contribution of metabolites, phytochemical screening was also performed by high performance liquid chromatography-diode array detector (HPLC-DAD) system. Among all, methanol extract of PER09, PER04 and ECU44 landraces exhibited the highest relative antioxidant capacity index (RACI). ECU44 was found to be rich in 4,5-di-O-caffeoylquinic acid (CQA) and 3,5-di-O-CQA and displayed a good α-amylase and α-glucosidase inhibition, showing the lowest IC50 values. Flavonoids, instead, seem to be involved in the AChE and BChE inhibition. The results of this study revealed that the bioactive compound content differences could be determinant for the medicinal properties of this plant especially for antioxidant and antidiabetic activities.


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Constituents and Pharmacological Activities of Myrcia (Myrtaceae): A Review of an Aromatic and Medicinal Group of Plants

Cascaes, M.M.; Guilhon, G.M.S.P.; Andrade, E.H.A.; Zoghbi, M.G.B.; Santos, L.S. Constituents and Pharmacological Activities of Myrcia (Myrtaceae): A Review of an Aromatic and Medicinal Group of Plants. Int. J. Mol. Sci. 2015, 16, 23881-23904.
Review

1 Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal do Pará, Belém 66075-110, PA, Brazil2 Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém 66040-170, PA, Brazil
* Author to whom correspondence should be addressed.
Received: 13 August 2015 / Revised: 24 September 2015 / Accepted: 25 September 2015 / Published: 9 October 2015
(This article belongs to the Special Issue Molecular Research in Plant Secondary Metabolism 2015)
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Abstract

Myrcia is one of the largest genera of the economically important family Myrtaceae. Some of the species are used in folk medicine, such as a group known as “pedra-hume-caá” or “pedra-ume-caá” or “insulina vegetal” (insulin plant) that it is used for the treatment of diabetes. The species are an important source of essential oils, and most of the chemical studies on Myrcia describe the chemical composition of the essential oils, in which mono- and sesquiterpenes are predominant. The non-volatile compounds isolated from Myrcia are usually flavonoids, tannins, acetophenone derivatives and triterpenes. Anti-inflammatory, antinociceptive, antioxidant, antimicrobial activities have been described to Myrcia essential oils, while hypoglycemic, anti-hemorrhagic and antioxidant activities were attributed to the extracts. Flavonoid glucosides and acetophenone derivatives showed aldose reductase and α-glucosidase inhibition, and could explain the traditional use of Myrcia species to treat diabetes. Antimicrobial and anti-inflammatory are some of the activities observed for other isolated compounds from Myrcia.


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Estudo mostra que chá verde e cacau protegem contra complicações causadas por diabete

25 de novembro de 2015

Em testes realizados com modelos experimentais e culturas de células, o chá verde e o cacau mostraram-se positivos na prevenção ou reversão da nefropatia e retinopatia diabéticas (fotos: Wikimedia Commons)

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Os efeitos benéficos do chá verde e do cacau, como antioxidantes e anti-inflamatórios, têm sido bastante difundidos. O Projeto Temático Efeitos do chá verde (Camellia sinensis), do cacau e de um doador de óxido nítrico na nefropatia e retinopatia diabética: papel da redução do estresse oxidativo e da inflamação e do aumento do óxido nítrico, apoiado pela FAPESP, demonstrou que esses dois produtos podem atuar também como coadjuvantes na prevenção ou no tratamento de complicações renais ou da retina decorrentes do diabetes: 

“Partimos da hipótese de que esses produtos poderiam ser benéficos por reduzir o estresse oxidativo e a inflamação e aumentar a taxa de óxido nítrico (NO), que é um vasodilatador cuja presença se encontra diminuída no quadro diabético. Então, estudamos separadamente os efeitos do chá verde, do cacau e de um doador de óxido nítrico. E constatamos benefícios reais tanto do chá verde quanto do cacau.

A pesquisa gerou 10 artigos científicos em revistas especializadas”, disse Jose Butori Lopes de Faria, professor titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do projeto à Agência FAPESP.

Os estudos relativos à retina foram coordenados pela oftalmologista e pesquisadora da Unicamp Jacqueline Mendonça Lopes de Faria.

A pesquisa utilizou modelos experimentais (camundongos e ratos) com diabetes induzido. E também culturas de células (de camundongos e humanas) expostas a alta concentração de glicose para mimetizar o diabetes. Foram descritos diversos mecanismos de lesão dos rins ou das retinas e a reversão do quadro por meio do chá verde ou do cacau.

“Além de seu conhecido efeito antioxidante e anti-inflamatório, demonstramos, de forma rigorosa, que o chá verde faz diminuir a morte programada (apoptose) dos podócitos, as células que formam a barreira que restringe a passagem de proteínas do sangue para a urina. A passagem de albumina para a urina é a principal alteração renal do indivíduo diabético”, informou o pesquisador.

Os efeitos benéficos tanto do chá verde quanto do cacau são atribuídos à presença de polifenóis: no caso do chá verde, à epigalocatequina-galato, e, no caso do cacau, à epicatequina. Em colaboração com o químico Marcelo Ganzarolli de Oliveira, professor titular do Departamento de Físico-Química do Instituto de Química da Unicamp, os pesquisadores fizeram a caracterização química dos produtos, confirmando a presença das referidas substâncias por meio de cromatografia de alta pressão e espectrometria de massa.

Mas o surpreendente foi que o cacau atuou de forma positiva mesmo quando eliminado o polifenol. “Para investigar o efeito da epicatequina, utilizamos dois tipos de cacau. Um, rico na substância; outro, do qual a substância tinha sido retirada. E, a despeito do que supúnhamos, também este último apresentou efeito protetor contra as complicações associadas ao diabetes. Isso jamais havia sido descrito pela literatura especializada. Então, escrevemos um trabalho afirmando que a teobromina, que é uma metil-xantina, talvez fosse responsável pelo efeito. Posteriormente, foram publicados outros estudos corroborando nossa opinião”, afirmou Lopes de Faria.

Já existe uma expressiva literatura científica sobre os efeitos benéficos do chá verde e do cacau. Segundo o pesquisador, dois estudos recentes precisam ser citados. O primeiro é uma meta-análise, publicada no British Journal of Nutrition, cobrindo uma amostragem com centenas de milhares de indivíduos e mostrando que o consumo de chá verde apresenta proteção em relação a múltiplas causas de mortalidade e doença cardiovascular.

O outro é um artigo, publicado no The Journal of the American Medical Association (JAMA), demonstrando que mesmo o consumo diário de apenas um quadradinho de chocolate com alta concentração de cacau já produz uma redução significativa na pressão arterial sistólica.

Publicações resultantes do projeto

Peixoto EB,et al. Reduced LRP6 expression and increase in the interaction of GSK3β with p53 contribute to podocyte apoptosis in diabetes mellitus and are prevented by green tea. J Nutr Biochem.2015 Apr;26(4):416-30. doi:10.1016/j.jnutbio.2014.11.012.

Duarte DA, et al. Polyphenol-enriched cocoa protects the diabetic retina from glial reaction through the sirtuin pathway. J Nutr Biochem. 2015 Jan;26(1):64-74. doi:10.1016/j.jnutbio.2014.09.003.

Papadimitriou A, et al. Theobromine increases NAD+/Sirt-1 activity and protects the kidney under diabetic conditions. Am J Physiol Renal Physiol. 2015 Feb 1;308(3):F209-25. doi:10.1152/ajprenal.00252.2014.

Rosales MA, et al. Endocytosis of tight junctions caveolin nitrosylation dependent is improved by cocoa via opioid receptor on RPE cells in diabetic conditions.Invest Ophthalmol Vis Sci. 2014 Sep 4;55(9):6090-100. doi:10.1167/iovs.1414234.

Papadimitriou A, et al. Increase in AMPK brought about by cocoa is renoprotective in experimental diabetes mellitus by reducing NOX4/TGFβ-1 signaling. J Nutr Biochem.2014 Jul;25(7):773-84. doi:10.1016/j.jnutbio.2014.03.010.

Rosales MA, et al. S-nitrosoglutathione inhibits inducible nitric oxide synthase upregulation by redox posttranslational modification in experimental diabetic retinopathy. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2014 May 2;55(5):2921-32. doi:10.1167/iovs.13-13762.

Silva KC, et al. Green tea is neuroprotective in diabetic retinopathy.Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013 Feb 15;54 (2):1325-36. doi:10.1167/iovs.12-10647.

Faria AM, et al. Uncoupling endothelial nitric oxide synthase is ameliorated by green tea in experimental diabetes by re-establishing tetrahydrobiopterin levels. Diabetes. 2012 Jul;61(7):1838-47. doi:10.2337/db11-1241.

Ribaldo PD, et al. Green tea (Camellia sinensis) attenuates nephropathy by downregulating Nox4 NADPH oxidase in diabetic spontaneously hypertensive rats. J Nutr. 2009 Jan;139(1):96-100. doi:10.3945/jn.108.095018.

Tata A, et al. Spatial distribution of theobromine--a low MW drug--in tissues via matrix-free NALDI-MS imaging. Drug Test Anal. 2014 Sep;6(9):949-52. doi:10.1002/dta.1691.

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Can natural remedies jeopardize cardiovascular health?

Physicians report on a case of potentially lethal cardiovascular symptoms induced by a traditional Chinese medicine component (aconitine)

Date: November 19, 2015

Source: Elsevier Health Sciences

Summary:
Physicians report on the case of a woman who presented with aconitine-induced cardiovascular symptoms. Their report warns that the use of this natural ingredient may lead to severe poisoning.

Chinese physicians report on the case of a woman who presented with aconitine-induced cardiovascular symptoms. Their report, published in the Canadian Journal of Cardiology, warns that the use of this natural ingredient may lead to severe poisoning.

A 45-year-old Chinese woman was diagnosed with a severe heart-rhythm disorder, bidirectional ventricular tachycardia (BVT), associated with aconitine poisoning. BVT is a rare form of tachycardia (characterized by a resting heart rate over 100 beats per minute) and a distinct pattern of ECG waves on presentation.

The patient's husband reported that she had drunk about 50 milliliters of a medicinal liquid about 30 minutes before she developed a sudden drop in blood pressure and then lost consciousness. The woman had no history of previous heart-rhythm problems and there was no family history of unexpected sudden death or fatal accidents. On examination she had a heart rate of 150 beats per minute and her blood pressure was 50/30. Her skin was cool, moist, and cyanotic. Treatment with the antiarrhythmic agents amiodarone, metoprolol, lidocaine, and potassium chloride was ineffective. An abdominal ultrasound showed marked gastric retention. A gastric tube was used to suction out the contents of her stomach. After two hours, the patient's BVT ceased and her circulation improved.

Investigation revealed that the patient's blood was positive for aconitine, a substance produced by the Aconitum plant, also known as devil's helmet or monkshood. Although well-known for its highly toxic properties, aconitine is the primary ingredient of the traditional Chinese medicine known as Fuzi, a remedy made from the processed lateral roots of Aconitum carmichaeli Debx. It is widely distributed in the southwest provinces of China and is used in small doses for its anti-inflammatory and pain-relieving effects.

"Management of potentially lethal ventricular tachyarrhythmia associated with aconitine poisoning presents a therapeutic challenge. In a previously published case, amiodarone was effective in suppressing the BVT. However, in our patient, both lidocaine and amiodarone were ineffective," explained lead author Zhong Yi, MD, PhD, of the Aerospace Center Hospital, Beijing, People's Republic of China.

"The public should be warned of the risk of severe poisoning that can accompany traditional Chinese medicinal usage of Fuzi," Dr. Yi concluded.

Commenting on the report, P. Timothy Pollak, MD, PhD, FRCPC, of the Department of Medicine at the University of Calgary, Alberta, cautioned that "not all products of Mother Nature are free of harm. This case report reminds us that aconitine is not the only naturally derived substance that can cause potentially lethal ventricular tachyarrhythmias, including BVT. The report also demonstrates the human tendency to think that if a little is good, more must be better."

Dr. Pollak advises clinicians to be aware of what their patients are taking and be prepared to discuss alternative remedies, at least at a basic level. "Dodging the discussion can only lend credibility to any patient suspicions that as a practitioner of Western medicine, you have been denied the secrets of alternative remedies or are hiding them for ulterior motives. This report serves as a timely illustration that alternative remedies do have implications for the practice of cardiology that cannot be ignored."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Elsevier Health Sciences. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Yun-Tao Zhao, Lei Wang, Zhong Yi. An Unusual Etiology for Bidirectional Ventricular Tachycardia. Canadian Journal of Cardiology, 2015; DOI: 10.1016/j.cjca.2015.06.024

Cite This Page:
Elsevier Health Sciences. "Can natural remedies jeopardize cardiovascular health? Physicians report on a case of potentially lethal cardiovascular symptoms induced by a traditional Chinese medicine component (aconitine)." ScienceDaily. ScienceDaily, 19 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151119095746.htm>.

'Healthy' foods differ by individual

Date: November 19, 2015

Source: Cell Press

Summary:
Ever wonder why that diet didn't work? A new study tracking the blood sugar levels of 800 people over a week suggests that even if we all ate the same meal, how it's metabolized would differ from one person to another. The findings demonstrate the power of personalized nutrition in helping people identify which foods can help or hinder their health goals.
This graphic depicts the inputs used to develop a personalized nutrition predictor algorithm.
Credit: Zeevi and Korem et al./Cell 2015

Ever wonder why that diet didn't work? An Israeli study tracking the blood sugar levels of 800 people over a week suggests that even if we all ate the same meal, how it's metabolized would differ from one person to another. The findings, published November 19 in Cell, demonstrate the power of personalized nutrition in helping people identify which foods can help or hinder their health goals.

Blood sugar has a close association with health problems such as diabetes and obesity, and it's easy to measure using a continuous glucose monitor. A standard developed decades ago, called the glycemic index (GI), is used to rank foods based on how they affect blood sugar level and is a factor used by doctors and nutritionists to develop healthy diets. However, this system was based on studies that average how small groups of people responded to various foods.

The new study, led by Eran Segal and Eran Elinav of the Weizmann Institute of Science in Israel, found that the GI of any given food is not a set value, but depends on the individual. For all participants, they collected data through health questionnaires, body measurements, blood tests, glucose monitoring, stool samples, and a mobile-app used to report lifestyle and food intake (a total of 46,898 meals were measured). In addition, the volunteers received a few standardized/identical meals for their breakfasts.

As expected, age and body mass index (BMI) were found to be associated with blood glucose levels after meals. However, the data also revealed that different people show vastly different responses to the same food, even though their individual responses did not change from one day to another.

"Most dietary recommendations that one can think of are based on one of these grading systems; however, what people didn't highlight, or maybe they didn't fully appreciate, is that there are profound differences between individuals--in some cases, individuals have opposite response to one another, and this is really a big hole in the literature," says Segal, of Weizmann's Department of Computer Science and Applied Math.

"Measuring such a large cohort without any prejudice really enlightened us on how inaccurate we all were about one of the most basic concepts of our existence, which is what we eat and how we integrate nutrition into our daily life," says Elinav, of Weizmann's Department of Immunology. "In contrast to our current practices, tailoring diets to the individual may allow us to utilize nutrition as means of controlling elevated blood sugar levels and its associated medical conditions."

Moving Toward Personalized Nutrition

Compliance can be the bane of nutrition studies. Their outcomes rely on participants, away from the laboratory, rigidly following a diet and honestly recording their food intake. In the Weizmann study, the participants (representing a cross-section of Israel's population and all unpaid) were asked to disrupt their weekly routine in two ways: They were to eat a standardized breakfast such as bread or glucose each morning and also enter all of their meals into a mobile app food diary. In return, the researchers would provide an analysis of the participants' personalized responses to food, which relied on strict adherence to the protocol. Elinav and Segal say this proved to be a strong motivator, and participant meal reporting closely matched the biometric data obtained from their glucose monitors.

The individualized feedback yielded many surprises. In one case, a middle-aged woman with obesity and pre-diabetes, who had tried and failed to see results with a range of diets over her life, learned that her "healthy" eating habits may have actually been contributing to the problem. Her blood sugar levels spiked after eating tomatoes, which she ate multiple times over the course of the week of the study.

"For this person, an individualized tailored diet would not have included tomatoes but may have included other ingredients that many of us would not consider healthy, but are in fact healthy for her," Elinav says. "Before this study was conducted, there is no way that anyone could have provided her with such personalized recommendations, which may substantially impact the progression of her pre-diabetes."

To understand why such vast differences exist between people, the researchers conducted microbiome analyses on stool samples collected from each study participant. Growing evidence suggests gut bacteria are linked to obesity, glucose intolerance, and diabetes, and the study demonstrates that specific microbes indeed correlate with how much blood sugar rises post-meal. By conducting personalized dietary interventions among 26 additional study participants, the researchers were able to reduce post-meal blood sugar levels and alter gut microbiota. Interestingly, although the diets were personalized and thus greatly different across participants, several of the gut microbiota alterations were consistent across participants.

"After seeing this data, I think about the possibility that maybe we're really conceptually wrong in our thinking about the obesity and diabetes epidemic," says Segal. "The intuition of people is that we know how to treat these conditions, and it's just that people are not listening and are eating out of control--but maybe people are actually compliant but in many cases we were giving them wrong advice."

"It's common knowledge among dieticians and doctors that their patients respond very differently to assigned diets," he adds. "We can see in the data that the same general recommendations are not always helping people, and my biggest hope is that we can move this boat and steer it in a different direction."

The researchers hope to translate what was learned in this basic research project so that it can be applied to a broader audience through further algorithmic developments that would reduce the number of inputs that are needed in order to provide people with personalized nutritional reports.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Cell Press. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
David Zeevi, Tal Korem, Niv Zmora, David Israeli, Daphna Rothschild, Adina Weinberger, Orly Ben-Yacov, Dar Lador, Tali Avnit-Sagi, Maya Lotan-Pompan, Jotham Suez, Jemal Ali Mahdi, Elad Matot, Gal Malka, Noa Kosower, Michal Rein, Gili Zilberman-Schapira, Lenka Dohnalová, Meirav Pevsner-Fischer, Rony Bikovsky, Zamir Halpern, Eran Elinav, Eran Segal. Personalized Nutrition by Prediction of Glycemic Responses. Cell, 2015; 163 (5): 1079 DOI: 10.1016/j.cell.2015.11.001

Cite This Page:
Cell Press. "'Healthy' foods differ by individual." ScienceDaily. ScienceDaily, 19 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151119133230.htm>.

Food odors activate impulse area of the brain in obese children

Date: November 24, 2015

Source: Radiological Society of North America

Summary:
The area of the brain associated with impulsivity and the development of obsessive-compulsive disorder is activated in obese children when introduced to food smells, according to new research.
This figure presents the different connections found for the normal weight vs. obese children depending on smell: onion (1A), acetone (1B) and chocolate (1C). The red lines correspond to connections which were larger for normal weight vs. obese children. The blue lines correspond to stronger connections between the normal weight vs. obese children.
Credit: Radiological Society of North America

The area of the brain associated with impulsivity and the development of obsessive-compulsive disorder is activated in obese children when introduced to food smells, according to a study being presented next week at the annual meeting of the Radiological Society of North America (RSNA).

"In order to fight obesity, it is crucial to understand the brain mechanisms of odor stimulus," said Pilar Dies-Suarez, M.D., chief radiologist at the Hospital Infantil de México Federico Gómez. "This study has given us a better understanding that obesity has a neurological disorder component, and the findings have the potential to affect treatment of obese patients."

In the United States, nearly 12.7 million children are obese, according to the Centers for Disease Control and Prevention (CDC). These children are at a higher risk to develop high blood pressure, type 2 diabetes, and breathing and joint problems, among many other health issues. They are also more likely to become obese adults.

The researchers studied 30 children between the ages of 6 and 10 years old. Half of the children had a normal body mass index (BMI) between 19 and 24, and the other half exhibited a BMI over 30, which is classified as obese. Each child was presented with three odor samples: chocolate, onion and a neutral odor of diluted acetone. As the participants smelled the samples, two MRI techniques--functional MRI (fMRI) and functional connectivity MRI (fcMRI)--were used to measure brain activity.

An evaluation of the fMRI results showed that in the obese children, the food odors triggered activation in the areas of the brain associated with impulse and the development of obsessive-compulsive disorder, while the areas of the brain associated with impulse control exhibited no activity. However, in the children with a normal BMI, the areas of the brain associated with pleasure regulation, organization and planning, as well as regions governing emotional processing or memory function, became more active.

In addition, the fcMRI results showed that when the normal-weight children smelled the onion, there was a connection between the gustatory cortex, which processes taste, and the area of the brain linked to reward anticipation. This connection did not occur in the obese children.

The chocolate smell elicited significant brain connections in obese children, compared to the normal-weight children.

"If we are able to identify the mechanisms that cause obesity, we will be able to change the way we treat these patients, and in turn, reduce obesity prevalence and save lives," Dr. Dies-Suarez said.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Radiological Society of North America. Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:
Radiological Society of North America. "Food odors activate impulse area of the brain in obese children." ScienceDaily. ScienceDaily, 24 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151124081505.htm>.

Vitamin D does not reduce colds in asthma patients

Date: November 23, 2015

Source: American Thoracic Society (ATS)

Summary:
Vitamin D supplements do not reduce the number or severity of colds in asthma patients, according to a new study. The findings surprised the researchers who had previously published research showing a 40 percent reduction in asthma exacerbations in patients with a vitamin D deficiency who achieved normal levels of the vitamin with supplements. Because colds often trigger exacerbations, they hypothesized that vitamin D supplementation would reduce colds and cold severity.

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Safety last?

Consumers' response to food safety risks are altered due to prior commitment and preference

Date: November 24, 2015

Source: Cornell Food & Brand Lab

Summary:
With the globalization of our food supply, food safety issues are a major concern for both public health and for the food industry. Media and industry warn consumers of major recalls and problems with food items, but do consumers listen? In this new article researchers demonstrated that consumers are reluctant to respond to food safety risks if the recommendations interfere with their existing habits.

With the globalization of our food supply, food safety issues are a major concern for both public health and for the food industry. Media and industry warn consumers of major recalls and problems with food items, but do consumers listen? In a new article published in the Canadian Journal of Agricultural Economics, researcher Jessica Cao, together with David Just, Calum Turvey, and Brian Wansink of Cornell University, demonstrated that consumers are reluctant to respond to food safety risks if the recommendations interfere with their existing habits. The study tested whether individuals respond to food risks in their favorite products the same way they do with less preferred products.

116 participants were asked to bid on three different flavors of chocolate bars: plain, almond, or peanut. One group was allowed to choose their favorite initially, while another was randomly assigned one of the bars. After bidding, food safety risks regarding two of the flavors were given to the participants who were then allowed to adjust their bids. They were given information about a food-borne toxin that is heavily associated with peanuts, and only slightly associated with almonds

Participants who had freely picked a flavor tended not to reduce their willingness to pay after being told of the food safety risks relative to those who were randomly assigned a bar. Before risk information was given, participants were willing to pay up to 24 cents for the peanut flavor. After the risk information was given, they were willing to pay close to 38 cents more--a 58% increase. "Consumers are selective in their understanding. If a warning doesn't agree with their beliefs, it will probably be ignored," says Jessica Cao, Assistant Professor at the University of Guelph, one of the primary researchers for the study.

Participants who chose their favorite bar were also less likely to change their perception of risk when given relevant information. After learning the risks, those who were assigned the bars increased their risk perception by more than 60%, whereas those that selected their favorite bar increased risk perception by just over 30%.

This study shows that risk information alone is not enough to get consumers to change their behavior. Turvey concluded that, "It is important to realize that anyone can get sick from a food borne illness. When information about risks to your health from eating a particular food comes out comes out, check any items you have bought and respond accordingly."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Cornell Food & Brand Lab. Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:
Cornell Food & Brand Lab. "Safety last? Consumers' response to food safety risks are altered due to prior commitment and preference." ScienceDaily. ScienceDaily, 24 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151124143347.htm>.