quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Flora em Santo Antônio do Pinhal, SP - Adiantum sp

Texto:


Gleiciane Gabrielli - Massoterapeuta- acadêmica de Agronomia - Universidade de Taubaté
Marcos Roberto Furlan - Eng. Agrônomo - Universidade de Taubaté, Faculdade Cantareira

O clima ameno do município e locais com boa concentração de umidades favorece o crescimento de algumas samambaias e avencas em Santo Antônio do Pinhal. Essas espécies, ainda classificadas por muitos, como pteridófitas (atualmente são subdivididas em Lycophyta e Monilophyta, sendo essa última a que inclui as avencas), possuem feixes vasculares (floema e xilema, ou vasos lenhosos e vasos liberianos), mas dependem de muita umidade para se manterem no local.

Apesar de ter sido encontrada nascendo sem a interferência do ser humano em Santo Antônio do Pinhal, as avencas, também denominadas de rendas-portuguesas, são principalmente utilizadas como ornamentais. Pertencem ao gênero Adiantum e família Pteridaceae. Sua multiplicação ocorre por meio de seus esporos ou por divisão de plantas.

Avencas são sensíveis às mudanças de temperatura ou de ambiente. É comum adquirir avenca de uma floricultura, onde estava em local com boa umidade e sem vento, e ela não sobreviver em local com condições ambientais diferente de onde estava.

No Vale do Paraíba, as avencas são usadas popularmente para fortalecer o tecido capilar ou para acalmar a tosse. Também é comum encontrar referências sobre uso de avencas para espantar mal olhado.
Foto: avenca espontânea em Santo Antônio do Pinhal, SP.
Autoria da foto: Gleiciane Gabrielli

Outro texto sobre o tema:

domingo, 29 de janeiro de 2017

Flora em Santo Antônio do Pinhal, SP - Tropaeolum majus

Texto:


Gleiciane Gabrielli - Massoterapeuta- acadêmica de Agronomia - Universidade de Taubaté
Marcos Roberto Furlan - Eng. Agrônomo - Universidade de Taubaté, Faculdade Cantareira

Santo Antônio do Pinhal, município localizado no Estado de São Paulo, está localizado a uma altitude de 1080 m, variável que proporciona clima tropical de altitude com verão temperado e inverno seco.

As suas características climáticas proporcionam uma vegetação diferenciada com relação à maioria das regiões do Estado de São Paulo.

Espécies exóticas como alfazema (Lavandula angustifolia ou L. dentata), se desenvolvem bem. Uma outra espécie exótica encontrada no município é a capuchinha (Tropaeolum majus).

A capuchinha, também denominada na região por chagas ou chagas-de-cristo, cresce quase que de forma espontânea, inclusive no verão, ao contrário do que acontece nos municípios paulistas de clima mais quente. A sua propagação pode ser feita por estaca de galhos (é de fácil enraizamento), mas se produzir por sementes pode obter plantas com flores de coloração diferentes.

Além de ornamental, é utilizada como alimento, medicamento, condimento ou cosméticos.  

Na medicina tradicional da região é utilizada na prevenção ou no tratamento de gripes e resfriados, para tratamento de doenças da pele e para fortificar o cabelo. Pesquisas já indicaram altos teores de vitamina C nas folhas e nas flores, efeito positivo de suas substâncias no tratamento da glaucoma e como tônico capilar.

Uso como alimento é amplo, sendo utilizados folhas, flores e frutos em saladas e conservas, principalmente. Seu sabor é picante, semelhante ao do agrião.
Foto: capuchinhas (Tropaeolum majus) encontradas em Santo Antônio do Pinhal.
Autora da foto: Gleiciane Gabrielli