Artigo sobre efeito do alecrim nos níveis de glicose e de perfil lipídico

Resenha:
Leticia Tiemi Saito - Nutricionista - tiemi.le@gmail.com
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo

Muitas espécies condimentares são utilizadas para o tratamento e a prevenção de doenças crônicas, como, por exemplo, diabetes, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Uma destas plantas é o alecrim, cujo nome científico é Rosmarinus officinalis. É uma espécie pertencente à família Lamiaceae e amplamente distribuída na Europa e no Sudeste asiático. No Brasil ocorre em boa parte do território, inclusive como ornamental. 

Além do uso na medicina tradicional, principalmente como antioxidante, tônico e anti-séptico, o alecrim consta em várias Farmacopeias como planta medicinal ou ingrediente de fitoterápicos.

Sua ação antioxidante tem sido consideravelmente estudada, assim como suas outras atividades farmacológicas. Labban et al. (2014) realizaram pesquisa com objetivo de investigar os efeitos do pó das folhas do alecrim nos níveis de glicose e de perfil lipídico em 44 adultos humanos, divididos em três grupos (2 g/dia, 5 g/dia e 10 g/dia de pó das folhas de alecrim, por um período de 4 semanas).

Os resultados indicaram diminuição no nível de glicose no sangue nos grupos que receberam 5g e 10g da erva/ dia. E não foi verificada diferença significativa entre esses dois grupos.

Os valores totais de colesterol e de triglicerídeos foram reduzidos no tratamento com as três doses. O grupo que recebeu 10g/dia apresentou melhor resposta na redução dos níveis de LDL e aumento de HDL.


No que diz respeito à peroxidação lipídica, 10g/ dia de alecrim diminuiu significativamente os valores de malondialdeido e de glutationa redutase, ao passo que aumentou significativamente os valores de vitamina C e de beta-caroteno.

Na pesquisa, os autores concluíram que o pó do condimento, graças aos compostos fenólicos do alecrim, melhora não somente a hiperglicemia mas também a dislipidemia em dose dependente. Também verificaram que ocorre diminuição da peroxidação lipídica por meio do aumento dos níveis de antioxidantes, proporcionando redução nos riscos de desenvolver de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares.

Referência:
LABBAN, L.; MUSTAFA, U.E.; IBRAHIM, Y.M. The Effects of Rosemary (Rosmarinus officinalis) Leaves Powder on Glucose Level, Lipid Profile and Lipid Perodoxation. International Journal of Clinical Medicine, 2014, 5, 297-304.

Link para o artigo:
Rosmarinus officinalis

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Resenha: artigo sobre ação antioxidante do alecrim e da sálvia

Resenha:
Leticia Tiemi Saito - Nutricionista - tiemi.le@gmail.com
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo

A maioria dos condimentos possui forte ação antioxidante, comprovada por meio de inúmeras pesquisas científicas. Os antioxidantes protegem o organismo do excesso dos radicais livres, os quais são moléculas instáveis eletronicamente e com capacidade de se associar rapidamente com outras moléculas de carga positiva. Quando em excesso oxidam ou reagem com moléculas que desempenham importantes funções no organismo, podendo causar envelhecimento precoce, câncer e doenças neurodegenerativas, como, por exemplo, Alzheimer.

Dentre as plantas condimentares com essa atividade farmacológica, a família Lamiaceae se destaca por fornecer variedades e cultivares de manjericões (da espécie (Ocimum basilicum), de hortelãs ou mentha (do gênero Mentha), de alecrins (da espécie Rosmarinus officinalis), de oréganos e manjeronas (do gênero Origanum) e de sálvia (Salvia officinalis), dentre outras.

Como exemplo de pesquisa relacionada ao tema, Bozin et al. (2007) realizaram análise d​​os óleos essenciais de alecrim (R. officinalis) e de sálvia (S. officinalis) por meio de espectrometria de massa e cromatografia gasosa, e na avaliação das atividades antimicrobiana e das atividades antioxidantes.

Quanto à atividade antimicrobiana, os autores verificaram para ambos os óleos, maior eficiência contra Escherichia coliSalmonella typhiS. enteritidis e Shigella sonei, microrganismos responsáveis por ocasionar doenças transmitidas pelos alimentos e pela água.

O óleo de alecrim também apresentou atividade antifúngica importante, inclusive contra Candida albicans.

A atividade antioxidante foi avaliada por meio da capacidade de eliminação de radicais livres (RSC), medida por meio da DPPH e de radicais hidroxilas, em conjunto com o efeito sobre peroxidação lipídica (LP). O método DPPH avalia a capacidade antioxidante por meio da atividade sequestradora do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH).

Os principais resultados foram: os óleos reduziram a formação de radicais DPPH (IC50) (3,82 ug / ml para o alecrim e 1,78 ug / ml para a sálvia), dependendo da dose. A inibição forte de LP em ambos os sistemas de indução foi especialmente observada para o óleo essencial de alecrim.

Referência

Bozin B,  Mimica-dukic N,  Samojlik I, Jovin  E. Antimicrobial and Antioxidant Properties of Rosemary and Sage (Rosmarinus officinalis L. and Salvia officinalis L., Lamiaceae) Essential Oils. J. Agric. Food Chem. 2007, 55: 7879–7885.

Link do artigo:

Sálvia


UFV - FITOCOSMÉTICO - Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular obtém primeira patente concedida no Brasil

07/08/2017
Marisa (esq.) e Virgínia (centro) contam com apoio de estudantes, como a doutoranda Nívea Pacheco

Já reconhecida pelas pesquisas que atestam a macaúba como fonte para a produção de biodiesel, a UFV confirma agora uma propriedade cosmética dessa palmeira, encontrada em boa parte do território brasileiro. O Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular (DBB) recebeu, em julho, a sua primeira carta patente concedida no Brasil com um sabonete que tem em sua fórmula o óleo da polpa de macaúba. A patente veio sete anos depois de o pedido ter sido depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pelas professoras Marisa Alves Nogueira Diaz e Virgínia Ramos Pizziolo, em parceria com o Departamento de Fitotecnia (DFT) devido à participação do professor Sérgio Yoshimitsu Motoike e do técnico Francisco de Assis Lopes. Todo o processo teve o suporte da Comissão Permanente de Propriedade Intelectual, que auxiliou na elaboração de documentos para o depósito e acompanhamento do pedido até a concessão.

O sabonete produzido pelas pesquisadoras do DBB traz em sua fórmula uma mistura com óleo de macaúba, rico em betacaroteno (vitamina A), o que, segundo elas, confere um efeito sinérgico na restauração da epiderme. As professoras explicam que, “além de ser emoliente, prevenir o envelhecimento precoce contra radicais livres, a vitamina A - também conhecida como retinol - age na manutenção dos tecidos epiteliais”. O sabonete apresenta ainda em sua composição substâncias com propriedades bactericida e cicatrizante, que podem combater doenças, como dermatite e micose. O resultado, portanto, é um produto cujo uso contínuo ajuda na assepsia e na melhora da textura da pele, tornando-a mais suave devido ao alto poder emoliente do óleo de macaúba. As pesquisadoras também desenvolveram, com o óleo, um sabonete com ação terapêutica para prevenção e controle da mastite bovina. Esse produto, que também já teve o pedido de patente depositado, leva em sua composição extrato da planta Salvinia auriculata e derivados.

Marisa Diaz e Virgínia Pizziolo contam que a ideia da produção dos sabonetes foi uma sugestão do professor Sergio Motoike - coordenador da pesquisa em macaúba no programa de pós-graduação em Fitotecnia da UFV - e do técnico Francisco Lopes, que integra a equipe. Foram eles que forneceram às professoras o óleo da polpa, coletado na plantação que o grupo mantém na Estação Experimental de Araponga (MG). A qualidade do óleo é assegurada com a extração no tempo certo, antes de o fruto, perecível, estragar. Motoike já conhecia o trabalho das professoras com sabonete, o que, inclusive, as destaca na área de extensão. Desde 2007, a professora Marisa oferece, ininterruptamente, na Semana do Fazendeiro o curso de Sabão Rural e, desde 2009, o de Sabonete Medicinal, juntamente com a professora Virgínia. Ela também já esteve à frente do projeto Produção de sabão com propriedades farmacológicas aliada à conscientização ambiental e sustentabilidade através da reciclagem de óleo vegetal residual, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Pesquisas

A patente obtida é a primeira das 11 já depositadas pelas professoras, que dividem a coordenação do Laboratório de Bioquímica e Química de Produtos Naturais (BioNat) da UFV. Ali, elas pesquisam e desenvolvem formulações antimicrobianas, antioxidantes e antitumorais a partir da flora e de microrganismos encontrados no entorno de Viçosa e na Mata Atlântica, e também por meio de síntese orgânica. Candeia da serra, quina da serra, losna, cravo, canela e calêndula são algumas das plantas mais estudadas devido às suas propriedades antimicrobiana e cicatrizante. É em torno da atividade cicatrizante, por sinal, que o estudante de doutorado do programa de pós-graduação em Bioquímica Aplicada Leandro Jose Gusmão vem realizando, sob orientação da professora Marisa, um estudo farmacológico e de farmacocinética da planta Remijia ferruginea. Com estudo in vivo, o objetivo é entender, por exemplo, o mecanismo de ação do produto desenvolvido a partir dessa planta, com grande capacidade cicatrizante. Outra linha de pesquisa do BioNat tem como foco o câncer de pele do tipo melanoma. A partir de compostos sintetizados no laboratório, elas desenvolvem formulações para o tratamento desse tipo de câncer.

As professoras, que são formadas em Farmácia e Bioquímica, reconhecem o longo caminho que há entre a obtenção de uma patente e a colocação do produto no mercado. Há uma série de testes a serem feitos. Muitos, inclusive, segundo explicam, não podem ser realizados na UFV, uma vez que a instituição não dispõe de um laboratório de farmacotécnica e farmacocinética, que daria mais agilidade e eficiência ao trabalho. Embora não haja ainda interação com uma empresa específica para a comercialização do sabonete - um dos muitos produtos desenvolvidos pelo BioNat - as professoras Marisa e Virgínia se dizem satisfeitas com os resultados das pesquisas, que têm sempre o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MInas Gerais (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para elas, a patente é um importante reconhecimento do trabalho que realizam na UFV, onde ingressaram há pouco mais de uma década.

Adriana Passos
Divulgação Institucional
Há dez anos, as professoras oferecem cursos na Semana do Fazendeiro

Link:

Pesquisadores catalogam 100 plantas com propriedades medicinais da Caatinga

Após catalogar mais de cem variedades de plantas com propriedades medicinais da Caatinga, pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (Insa) pretendem disponibilizar essas informações na internet.

Para coletar os dados sobre as espécies, os cientistas viajaram por mais de 30 mil quilômetros e entrevistaram mais de 200 integrantes de comunidades tradicionais e quilombolas em Pernambuco.

O catálogo em construção vai reunir plantas usadas como anti-inflamatórios, cicatrizantes e antibióticos.

Além de divulgar informações científicas, a ideia é preservar o conhecimento desenvolvido nessas comunidades. Hoje, 60% do mercado farmacêutico mundial produz medicamentos de base biológica, movimentando quase US$ 60 bilhões.

Assim, com o domínio sobre as propriedades terapêuticas dessas plantas é possível gerar renda e emprego com a constituição de uma cadeia produtiva a partir dessas espécies.

“Essas plantas do bioma Caatinga são as menos estudadas na sua biodiversidade. Ele é o menos protegido legalmente. O que a gente quer mostrar é que existe uma riqueza de compostos bioativos ainda não explorada”, disse a coordenadora do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Márcia Vanusa da Silva.

Depois de aplicados os questionários sobre as plantas, elas foram encaminhadas para laboratórios para serem analisadas características como a atividade biológica, a dosagem e a toxicidade. (Portal Brasil).

Link:

One Plant, Many Uses: A Review of the Pharmacological Applications of Morinda citrifolia


Abstract

Morinda citrifolia, also known as noni, is commonly used in popular medicine in Brazil. Many parts of the noni tree are utilized in such practices, including the roots, leaves and seeds. Through a search of online databases, the present article reviews 92 research studies on the biological actions of M. citrifolia. The paper will discuss the therapeutic effects of noni and its compounds in a variety of forms of presentation, focusing on studies that support its traditional use. A large and diverse number of properties were identified, which were divided into immunostimulatory, antitumor, antidiabetic, anti-obesity, antibacterial and anti-septic, antifungal, antiviral, leishmanicidal, antiinflammatory, antinociceptive and analgesic, antioxidant, neuroprotective, wound healing, antiallergic, antiangiogenic, antiemetic and anti-nausea, anti-gastric ulcer and oesophagitis, anthelmintic, antimutagenic, antipsychotic, anxiolytic, photoprotective, anti-wrinkle and periodontal tissue regeneration activities. While it was concluded that although M. citrifolia is widely and successfully used for the treatment or prevention of various diseases, it should be consumed carefully, and only after exhaustive studies into its chemical constituents and mechanisms of action, both in in vitro and in vivo models, as well as clinical trials. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Artigo sobre interação entre plantas medicinais e retro-virais

Resenha:
Marcos Roberto Furlan - Professor e Engenheiro Agrônomo
Michelly Caldi - Farmacêutica (michellycaldi@gmail.com, www.dramichellycaldi.com.br)

Para indivíduos infectados pelo HIV, a "Highly active antiretroviral therapy" (HAART) tem demonstrado ótimos resultados, com melhoras consideráveis de seus parâmetros de saúde, apesar de que há ainda dúvidas quanto a natureza crônica da administração.

Nesse artigo, os autores demonstraram as interações que ocorrem entre extratos de plantas medicinais e os medicamentos anti-retrovirais usados ​​contra o HIV/AIDS. Dentre eles, o Efavirenz (EFV) e o nevirapina (NVP) são os principais componentes do HAART, ambos metabolizados pela CYP2B6, uma enzima que pode ser potencialmente inibida ou induzida por compostos encontrados em extratos de plantas medicinais.

As plantas medicinais analisadas foram Hyptis suaveolens, Myrothamnus flabellifolius, Launaea taraxacifolia, Boerhavia diffusa e Newbouldia laevis.

Foi verificado o potencial desses extratos medicinais para causar interação com o fármaco, sendo que o inibidor mais potente para CYP2B6 foi extrato de Hyptis suaveolens (IC50 = 19,09 ± 1,16 μg / mL), seguido pelo extrato de Myrothamnus flabellifolius (IC50 = 23,66 ± 4,86 ​​μg / mL), extrato de Launaea taraxacifolia (IC50 = 33,87 ± 1,54 μg / mL), e extrato de Boerhavia diffusa (IC50 = 34,93 ± 1,06 μg / mL). O extrato de Newbouldia laevis, no entanto, apresentou fracos efeitos inibitórios (IC50 = 100 ± 8,71 μg / mL) no CYP2B6. Launaea taraxacifolia mostrou uma alta concentração de compostos fenólicos inibitórios da CYP450, como o ácido clorogênico e o ácido cafeico.

A principal conclusão dos autores, é que os fármacos que são metabolizados pelo CYP2B6 quando co-administrados com medicamentos à base de algumas plantas, podem ter suas concentrações afetadas, o que poderá levar à toxicidade.
Referência:

Thomford, N.E.; Awortwe, C.; Dzobo, K.; Adu, F.; Chopera, D.; Wonkam, A.; Skelton, M.; Blackhurst, D.; Dandara, C. Inhibition of CYP2B6 by Medicinal Plant Extracts: Implication for Use of Efavirenz and Nevirapine-Based Highly Active Anti-Retroviral Therapy (HAART) in Resource-Limited Settings. Molecules 2016, 21, 211.

Effects of Copaiba Oil Topical Administration on Oral Wound Healing - Wagner - 2017 - Phytotherapy Research - Wiley Online Library


Abstract

The effects of topical copaiba oil extract and topical corticosteroid were assessed on oral wound healing in an in vivo model using 96 male Wistar rats. Traumatic ulcers were caused in the dorsum of the tongue using a 3-mm punch tool. The animals were divided into: Control; Corticosteroid; Placebo and Copaiba oil Group. The animals received two daily applications of the products. The control group received only daily handling. Six rats in each group were euthanized at days 3, 5, 10 and 14. The animals were monitored daily to determine wound status. The weigh was assessed at day 0 and euthanasia day. The percentage of repair was calculated, and histopathological aspects were analyzed. The Kruskal–Wallis test was used to compare the results between groups and times of evaluation. Closing time was assessed through the log-rank test. The corticosteroid group lost more weight at days 10 and 14 than the control group (p < 0.05). Moreover, the healing time of corticosteroid group was longer than the control group (p = 0.007). No differences were observed between the copaiba oil group and the control group. We concluded that topical copaiba oil, in spite of being safe, did not accelerate the process of oral wound healing. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Effects of Curcumin on Tobacco Smoke‐induced Hepatic MAPK Pathway Activation and Epithelial–Mesenchymal Transition In Vivo


Abstract

Tobacco smoke is a major risk factor for hepatic cancer. Epithelial–mesenchymal transition (EMT) induced by tobacco smoke is crucially involved in the initiation and development of cancer. Mitogen-activated protein kinase (MAPK) pathways play important roles in tobacco smoke-associated carcinogenesis including EMT process. The chemopreventive effect of curcumin supplementation against cancers has been reported. In this study, we investigated the effects of tobacco smoke on MAPK pathway activation and EMT alterations, and then the preventive effect of curcumin was examined in the liver of BALB/c mice. Our results indicated that exposure of mice to tobacco smoke for 12 weeks led to activation of ERK1/2, JNK, p38 and ERK5 pathways as well as activator protein-1 (AP-1) proteins in liver tissue. Exposure of mice to tobacco smoke reduced the hepatic mRNA and protein expression of the epithelial markers, while the hepatic mRNA and protein levels of the mesenchymal markers were increased. Treatment of curcumin effectively attenuated tobacco smoke-induced activation of ERK1/2 and JNK MAPK pathways, AP-1 proteins and EMT alterations in the mice liver. Our data suggested the protective effect of curcumin in tobacco smoke-triggered MAPK pathway activation and EMT in the liver of BALB/c mice, thus providing new insights into the chemoprevention of tobacco smoke-associated hepatic cancer. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Review of Garcinia mangostana and its Xanthones in Metabolic Syndrome and Related Complications


Abstract

Metabolic syndrome is coexistence of abdominal obesity, hyperglycemia, hyperlipidemia and hypertension that causes cardiovascular diseases, diabetes and their complications, low quality and short lifespan. Garcinia mangostana and its xanthones such as α-mangostin have been shown desirable effects such as anti-obesity, anti-hyperglycemic, anti-dyslipidemia, anti-diabetic and antiinflammatory effects in experimental studies. Various databases such as PubMed, Scopus and Web of Science with keywords of ‘Garcinia mangostana’, ‘mangosteen’, ‘α-mangostin’, ‘metabolic syndrome’, ‘hypoglycemic’, ‘antihyperglicemic’, ‘antidiabetic’, ‘hypotensive’, ‘antihypertensive’, ‘atherosclerosis’, ‘arteriosclerosis’ and ‘hyperlipidemia’ have been investigated in this search without publication time limitation. This study reviewed all pharmacological effects and molecular pathways of G. mangostana and its xanthones in the management of metabolic syndrome and its complications in in-vitro and in-vivo studies. Based on these studies, mangosteen and its xanthones have good potential to design human studies for controlling and modification of metabolic syndrome and its related disorders such as obesity, disrupted lipid profile, diabetes and its complications. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Panax notoginseng Preparations for Unstable Angina Pectoris: A Systematic Review and Meta‐Analysis



Abstract

This paper assessed the evidence of Panax notoginseng preparations in patients suffering from UAP using meta-analysis and systematic review methods. Methods were according to the Cochrane Handbook and analysed using Revman 5.3. A search of PubMed, Cochrane Library, Embase, MEDLINE, Chinese national knowledge infrastructure (CNKI), Vip information database, Wanfang data and Chinese Biomedical Literature Database (SinoMed) was conducted to identify randomized controlled trials (RCTs) of P. notoginseng preparations on UAP regardless of blinding, sex and language. The outcomes include all-cause mortality, cardiac mortality, cardiovascular events, UAP symptoms, improvement of electrocardiogram and adverse events. Eighteen RCTs including 1828 patients were identified. The level of reporting is generally poor. Among 18 studies, 16 studies were prescribed P. notoginseng injections, and two studies were oral P. notoginseng preparations. Reduction of cardiovascular events (RR:0.35;95% CI:0.13 to 0.94), alleviation of angina pectoris symptoms (RR:1.23;95% CI 1.18 to 1.29), improvement of ECG (RR:1.22;95% CI 1.15 to 1.28) and reduced frequency of angina pectoris (MD:−1.48; 95% CI −2.49 to −0.48) were observed. Cardiac mortality and duration of angina pectoris were not statistically significant. Panax notoginseng is beneficial to UAP patients; the results of these reviews may have important implications to clinical work. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Pharmacognosy, Phytochemistry and Pharmacological Properties of Achillea millefolium L.: A Review


Abstract

Achillea millefolium L. (Yarrow) is an important species of Asteraceae family with common utilization in traditional medicine of several cultures from Europe to Asia for the treatment of spasmodic gastrointestinal disorders, hepatobiliary, gynecological disorders, against inflammation and for wound healing. An extensive review of literature was made on A. millefolium L. using ethno botanical text books, published articles in peer-reviewed journals, unpublished materials and scientific databases. The Plant List, International Plant Name Index and Kew Botanical Garden databases were used to authenticate the scientific names. Monoterpenes are the most representative metabolites constituting 90% of the essential oils in relation to the sesquiterpenes, and a wide range of chemical compounds have also been reported. Different pharmacological experiments in many in-vitro and in-vivo models have proved the potential of A. millefolium with antiinflammatory, antiulcer, anticancer activities etc. lending support to the rationale behind numerous of its traditional uses. Due to the noteworthy pharmacological activities, A. millefolium will be a better option for new drug discovery. The present review will comprehensively summarize the pharmacognosy, phytochemistry and ethnopharmacology of A. millefolium reported to date, with emphasis on more in vitro, clinical and pathological studies needed to investigate the unexploited potential of this plant. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.
Resultado de imagem para achillea millefolium

Inhibition of Th1 and Th17 Cells by Medicinal Plants and Their Derivatives: A Systematic Review

Abstract

Searching for new natural drugs that are capable of targeting Th1 and Th17 may lead to development of more effective treatments for inflammatory and autoimmune diseases. Most of the natural drugs can be derived from plants that are used in traditional medicine and folk medicine. The aim of this systematic review is to identify and introduce plants or plant derivatives that are effective on inflammatory diseases by inhibiting Th1 and Th17 responses. To achieve this purpose, the search terms herb, herbal medicine, herbal drug, medicinal plant, phytochemical, traditional Chinese medicine, Ayurvedic medicine, natural compound, inflammation, inflammatory diseases, Th1, Th17, T helper 1 or T helper 17 were used separately in Title/Keywords/Abstract in Web of Science and PubMed databases. In articles investigating the effect of the medicinal plants and their derivatives in inhibiting Th1 and Th17 cells, the effects of eight extracts of the medicinal plants, 21 plant-based compounds and some of their derivatives, and eight drugs derived from the medicinal plants' compounds in inhibiting Th1 and Th17 cells were reviewed. The results showed that medicinal plants and their derivates are able to suppress Th17 and Th1 T cell functions as well as cytokine secretion and differentiation. The results can be used to produce herbal drugs that suppress Th, especially Th17, responses. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.

Neuroprotective Natural Products for the Treatment of Parkinson's Disease by Targeting the Autophagy–Lysosome Pathway: A Systematic Review


Abstract

The autophagy–lysosome pathway (ALP) is a primary means by which damaged organelles and long-lived proteins are removed from cells and their components recycled. Impairment of the ALP has been found to be linked to the pathogenesis of Parkinson's disease (PD), a chronic neurodegenerative disorder characterized by the accumulation of protein aggregates and loss of dopaminergic neurons in the midbrain. In recent years, some active compounds derived from plants have been found to regulate the ALP and to exert neuroprotective effects in experimental models of PD, raising the possibility that autophagy enhancement may be an effective therapeutic strategy in PD treatment. In this review, we summarize recent findings of natural products that enhance ALP and thereby protect against PD. Research articles were retrieved from PubMed using relevant keywords in combination. Papers related to the topic were identified, and then the reliability of the experiments was assessed in terms of methodology. The results suggest that targeting the ALP with natural products is a promising strategy for PD treatment. However, risk of bias exists in some studies due to the defective methodology. Rigorous experimental design following the guidelines of autophagy assays, molecular target identification and in vivo efficacy evaluation is critical for the development of ALP enhancers for PD treatment in future studies. 

Copyright © 2017 John Wiley & Sons, Ltd.