Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sábado, 28 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Compostos extraídos da gravioleira têm potencial ação inseticida e antitumoral
SEX, 20 OUT 2017
Estudo demonstra que substâncias bioativas apresentam atividade anticancerígena
TEXTO AGÊNCIA FAPESP
EDIÇÃO DE IMAGEM LUIS PAULO SILVA
Substâncias bioativas identificadas na gravioleira vêm chamando a atenção dos cientistas há pelo menos 40 anos. São as acetogeninas anonáceas, uma classe de compostos derivados de ácidos graxos, cujo espectro de atividade biológica inclui propriedades inseticidas, anti-helmínticas e anticancerígenas.
Uma pesquisa feita na Embrapa e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avaliou um método para extrair e concentrar esses compostos, transformando-os em suplementos alimentares ou fitoterápicos, sem que se percam os princípios ativos de interesse.
De acordo com a pesquisadora Ingrid Vieira Machado de Moraes, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), as acetogeninas anonáceas já foram amplamente estudadas, mas ainda não existe um produto padronizado, cuja concentração seja determinada e segura para consumo humano.
Gravioleira: componentes bioativos estão presentes nas folhas, caule, casca e semente dos frutos | Foto: Wikimedia Commons
“Pesquisas têm confirmado o que o conhecimento tradicional aponta: componentes bioativos naturais presentes nas folhas, caule, casca e semente dos frutos da gravioleira apresentam comprovado efeito anticancerígeno”, disse Moraes à assessoria de comunicação da Embrapa Agroindústria Tropical.
Muitas empresas brasileiras e estrangeiras têm comercializado a folha da gravioleira desidratada na forma de cápsulas e sachês de chá, obtidos a partir da secagem e trituração das folhas. Por meio desse processo, os compostos bioativos presentes nas folhas, encontrados na ordem de partes por milhão, estão misturados a diversos outros compostos e suas concentrações não são determinadas.
“O conhecimento das concentrações de moléculas potencialmente citotóxicas, como as acetogeninas anonáceas, é de extrema relevância para o consumo seguro dos produtos que contêm esses compostos”, disse Moraes.
A pesquisadora extraiu os compostos bioativos utilizando um solvente reconhecido como seguro para o consumo humano, o etanol. O estudo foi realizado no Departamento de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Foram avaliados alguns parâmetros visando otimizar os processos de extração e de separação e concentração por membranas.
O professor Flávio Luís Schmidt: “A matéria-prima é renovável e pode gerar produtos relativamente baratos, ao alcance da população, com ganhos em qualidade de vida”
Para que o extrato seja transformado em produto, são necessários ainda outros estudos, incluindo análises de estabilidade das moléculas e padronização dos extratos. A intenção é melhorar o método de produção e a qualidade final do extrato, dando condição de informar a concentração dos princípios ativos presentes.
O estudo foi orientado pelo professor Flávio Luís Schmidt, do Departamento de Tecnologia de Alimentos da FEA-Unicamp. Segundo ele, qualquer viabilidade de aplicação desses componentes deverá passar por um processo de extração que possibilite uma produção em maior escala e comercialização.
Estudos como esse, ele sublinha, podem gerar empreendimentos viáveis, com geração de emprego e renda. “Neste caso, a matéria-prima é renovável e pode gerar produtos relativamente baratos, ao alcance da população, com ganhos em qualidade de vida”, disse Schmidt.
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quarta-feira, 25 de outubro de 2017
'Cadernos de Saúde Pública' - julho - destaca prevenção e controle da obesidade
Cad. Saúde Pública vol.33 no.7 Rio de Janeiro 2017
Editorial
Obesidade: urge fazer avançar políticas públicas para sua prevenção e controle
Castro, Inês Rugani Ribeiro de texto em Português | Inglês | Espanhol · Português (pdf epdf) | Inglês (pdf epdf) | Espanhol (pdf epdf)
Perspectivas
· Adoção de embalagens padronizadas de produtos de tabaco no Brasil: contribuição da ciência da decisão à proteção do direito humano à saúde
Revisão
· Abuso digital nos relacionamentos afetivo-sexuais: uma análise bibliográfica
· resumo em Português | Espanhol | Inglês · texto em Português | Inglês · Português (pdf epdf) | Inglês (pdf epdf)
Ensaio
· A flexibilização da legislação brasileira de agrotóxicos e os riscos à saúde humana: análise do Projeto de Lei nº 3.200/2015
Almeida, Mirella Dias; Cavendish, Thais Araújo; Bueno, Priscila Campos; Ervilha, Iara Campos; Gregório, Luisa De Sordi; Kanashiro, Natiela Beatriz de Oliveira; Rohlfs, Daniela Buosi; Carmo, Thenille Faria Machado do
· O legado de Cabanis: hipótese sobre raízes da educação médica no Brasil
Artigo
· Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro
· resumo em Português | Espanhol | Inglês · texto em Português | Inglês · Português (pdf epdf) | Inglês (pdf epdf)
· Silicone líquido industrial para transformar o corpo: prevalência e fatores associados ao seu uso entre travestis e mulheres transexuais em São Paulo, Brasil
Pinto, Thiago Pestana; Teixeira, Flavia do Bonsucesso; Barros, Claudia Renata dos Santos; Martins, Ricardo Barbosa; Saggese, Gustavo Santa Roza; Barros, Daniel Dutra de; Veras, Maria Amelia de Sousa Mascena
· Fatores estratégicos para a sustentabilidade de uma intervenção na saúde em nível municipal no Brasil
· Exposição ocupacional ao cianeto de hidrogênio durante a produção industrial da farinha de mandioca no Estado de Alagoas, Brasil
· Vinhetas e relatos diferenciais na saúde: os resultados do estudo japonês da Pesquisa Mundial de Saúde
· Fatores associados à percepção de melhora por usuários de Centros de Atenção Psicossocial do Sul do Brasil
Franzmann, Uiasser Thomas; Kantorski, Luciane Prado; Jardim, Vanda Maria da Rosa; Treichel, Carlos Alberto dos Santos; Oliveira, Michele Mandagará de; Pavani, Fabiane Machado
· Mortalidade infantil segundo cor ou raça com base no Censo Demográfico de 2010 e nos sistemas nacionais de informação em saúde no Brasil
Caldas, Aline Diniz Rodrigues; Santos, Ricardo Ventura; Borges, Gabriel Mendes; Valente, Joaquim Gonçalves; Portela, Margareth Crisóstomo; Marinho, Gerson Luiz
· Validade da informação sobre o peso ao nascer para estudos fundamentados na programação fetal
terça-feira, 24 de outubro de 2017
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Resenha de artigo sobre conhecimento relacionado às plantas medicinais por profissionais da estratégia de saúde da família
Autores da resenha:
Gabriella Müller Cesco Fieschi; Isabella Toledo Mendes de Oliveira; Lucas Taffarelo Jaqueira - acadêmicos de Medicina da Universidade de Taubaté
Prof. Marcos Roberto Furlan - coordenador das resenhas
Referência do artigo:
NASCIMENTO JÚNIOR, B. J.; TÍNEL, L.O.; SILVA, E.S. et al. Avaliação do conhecimento e percepção dos profissionais da estratégia de saúde da família sobre o uso de plantas medicinais e fitoterapia em Petrolina-PE, Brasil. 2015. Rev. bras. plantas med, v. 18, n. 1, p. 57-66, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v18n1/1516-0572-rbpm-18-1-0057.pdf. Acesso em: 21 de out 2017.
O artigo "Avaliação do conhecimento e percepção dos profissionais da estratégia de saúde da família sobre o uso de plantas medicinais e fitoterapia em Petrolina-PE, Brasil" tem como objetivo principal reconhecer se e como os profissionais de nível superior, ligados a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Petrolina-PE, utilizam e indicam plantas medicinais e fitoterápicos.
Por meio do método de estudo transversal e de caráter exploratório e descritivo, no qual participaram 96 profissionais - 30 médicos (31,25%), 36 enfermeiros (37,5%), 22 dentistas (22,9%), 6 farmacêuticos (6,3%) e 2 nutricionistas (2,1%), analisa-se e investiga-se, utilizando entrevistas individuais, o conhecimento e a existência de prescrições de fitoterápicos para a população local atendida.
Embora as plantas medicinais e os fitoterápicos estejam entre os principais recursos terapêuticos da Medicina Complementar e Alternativa, e vêm sendo, em uma ascensão importante, cada vez mais estudados, seja através da pesquisa básica ou aplicada, com reconhecimento na medicina baseada em evidência, os resultados apontaram em um sentido oposto à essa direção.
Quando perguntados a respeito das prescrições e indicações, apenas 5 (5,2%) médicos responderam positivamente ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos em suas receitas, sendo Guaco (R) e Maracujina (R) os mais citados. Conquanto, ao serem perguntados se os profissionais da saúde devem ter conhecimento sobre este assunto, 95% disse que sim. Apesar da baixa adesão dos profissionais a este tipo de tratamento e terapia, 47 deles (49%) disse que fazem utilização pessoal das plantas medicinais e fitoterápicos.
Levando em consideração os contextos e as realidades locais, os dados obtidos permitem uma interpretação dos resultados que explicitam a falta de conhecimento e do preparo dos profissionais de diferentes áreas da saúde para o tratamento, indicações e prescrições de plantas medicinais e fitoterápicos. Apesar da população brasileira trazer em suas tradições e culturas o cultivo e utilização destas plantas, seja como forma de infusão, tempero ou in natura, na prática de saúde, estes remédios naturais, que consigo carregam diversos benefícios, com diminuídos efeitos colaterais, maior acessibilidade, menor custo e até maior efetividade, estão às margens do cotidiano médico, mesmo tendo seus efeitos cada vez mais provados.
Isto fortalece e sustenta a hipótese de que esta classe profissional necessita de maior aprendizagem acadêmica durante e após sua formação, seja por meio de aulas e disciplinas na grade curricular, aprendizagem prática, cursos, especializações e pós-graduação. Não menos importante, os aspectos sócio-culturais também exercem função no resultado final, as diferentes realidades entre regiões, urbanas contra rurais, mostram uma diferente forma de manutenção de tradições, e os tratamentos com plantas estão inclusos nestas.
A extinção de qualquer tipo de preconceito contra tratamentos naturais é fundamental, já que a alopatia é vista, algumas vezes, como sendo a única possível forma de tratamento, devido ao seu primordial protagonismo. Médicos e profissionais da área da saúde que lidam com situações em que plantas medicinais e fitoterápicos poderiam ser utilizados, e com eles seus benefícios, e não os utilizam, estão perdendo uma potencial forma de tratamento, terapia e prevenção que poderia se tornar sua aliada no combate à doenças e transtornos e alcançar mais rapidamente o resultado final que deseja qualquer profissional da saúde: aliviar o sofrimento da população.