Marmelo na saúde - 1

Texto:
Beatriz Garrido Boffette - Engenheira Agrônoma - Faculdade Integral Cantareira (FIC)
Maria Beatriz Pereira - Acadêmica de Agronomia - Universidade de Taubaté
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo - FIC/UNITAU

Do purê de marmelo cozido com açúcar se faz a marmelada, doce tão comum no Brasil que parece ser feito de um fruto nativo. No entanto, o marmeleiro (Cydonia oblonga), pequena árvore frutífera pertencente à família Rosaceeae, é considerado, por alguns pesquisadores, de origem de regiões de clima amena da Ásia e da Europa. Seus frutos recebem o nome de marmelo, marmeleiro-da-europa ou pereira-do-japão.

O marmeleiro produz flores em tons de rosa e amarelo, e o seu fruto possui cor amarelada ou esverdeada. Do ponto de vista nutricional, fornece poucas calorias, muitas fibras, taninos , pectinas, vitamina C, é excelente fonte de antioxidantes.

Existem muitas formas para o consumo do marmelo, como, por exemplo, cozido, geleias, compotas, xaropes, licores e a já citada marmelada.

Pesquisa sobre seus usos medicinais


As folhas do marmeleiro são usadas na medicina popular para tratar ou prevenir doenças cardiovasculares. Além de um efeito demonstrado na trombose, Abliz et al. (2014), testaram o efeito sobre a dislipidemia, em um modelo de hiperlipidemia em ratos. Os autores concluíram que os extratos foliares têm efeitos hipolipidêmicos e hepatoprotetores, provavelmente relacionados ao aumento da capacidade antioxidante e do metabolismo das lipoproteínas no fígado e à inibição da lipogênese.

Referências:

ABLIZ, Ablat et al. Effect of Cydonia oblonga Mill. leaf extract on serum lipids and liver function in a rat model of hyperlipidaemia. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 151, n. 2, p.970-974, fev. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2013.12.010.

https://rotasaude.lusiadas.pt/marmelo-um-fruto-da-epoca/

https://clinicaspersona.com/marmelos-fruta-fantastica/

https://www.greenme.com.br/usos-beneficios/6058-marmelo-10-beneficios-para-a-saude-e-como-comer

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Quitte_Cydonia_oblonga-2.jpg

Artigo sobre a promoção de hábitos alimentares saudáveis na escola

Resenha:
Amanda Casoni - acadêmica de nutrição da Universidade de Taubaté (UNITAU)

Artigo:

SILVA, Inaiara Mirelly Germano da. Promoção de hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar: fortalecimento das ações de educação alimentar e nutricional e do programa de alimentação escolar. 2018. 61 f. TCC (Graduação) - Curso de Nutrição, Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco, Vitória de Santo Antão, 2018. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23919/1/SILVA%2c%20INAIARA%20MIRELLY%20GERMANO%20DA.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018.

O processo de obtenção de hábitos alimentares começa desde criança, como, por exemplo, na fase pré-escolar de 2 a 6 anos. Portanto, se justifica a importância da promoção e do incentivo para que as crianças já se habituem com uma alimentação saudável, visando também a prevenção de doenças que poderão ocorrer devido aos hábitos não saudáveis, inclusive, na fase adulta. 

Mas como fazer as crianças se interessarem por um assunto pelo qual nem mesmo a maioria dos adultos se interessa? Bom, na pesquisa de SILVA (2018) foram usadas várias ferramentas para que a criança se motive aos hábitos alimentares saudáveis, como o teatro de fantoche. 

No teatro de fantoche, os personagens mostram os malefícios do refrigerante, das bolachas e dos salgadinhos e os benefícios das frutas e de suas vitaminas. 

Após o uso desta ferramenta, os autores observaram maior aceitação das crianças para o consumo das frutas quando eram servidas após o teatro. 

Trabalhos como este, segundo conclusão da autora, "!é de suma importância para despertar a curiosidade, o conhecimento e o empoderamento das crianças e também da comunidade escolar para uma alimentação adequada e saudável e o fortalecimento do consumo da merenda escolar". 

Algumas outras informações interessantes fornecidas pela autora:

"a alimentação inadequada e o sedentarismo contribuem para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis"

"a implementação de atividades de educação alimentar e nutricional, já em tenra idade, possibilita a agregação de conhecimentos sobre alimentação e nutrição, que oportunizam a promoção da prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares mais saudáveis"