Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sábado, 7 de dezembro de 2019
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Etnoveterinária - 1
Texto:
Isadora da Silveira Silva - acadêmica de Biologia do Departamento de Ciências Biológicas - UNITAU
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro agrônomo, professor UNITAU/FIC
Introdução
A comprovação da eficácia da maioria dos medicamentos à base de plantas foi feita a partir de pesquisas feitas em animais, e a descoberta do uso terapêutico de muitas plantas foi feito após a observação do consumo por animais quando ficavam doentes. No entanto, o uso de vegetais para tratar animais ainda não está no mesmo ritmo do uso em seres humanos.
Nesta série de textos, vamos destacar artigos científicos relacionados ao uso de plantas medicinais em animais. Tendo em vista que a origem do conhecimento relacionado ao tema, é por meio das informações obtidas por meio das comunidades tradicionais, iniciamos apresentando a etnoveterinária.
Etnoveterinária
A etnoveterinária está relacionada, segundo Andrade et al. (2012), com a combinação de conhecimentos, de práticas, de crenças e de métodos oriundos do conhecimento da população aplicados na cura ou na prevenção de doenças em animais. São usados itens naturais como plantas medicinais, que muitas vezes representam uma saída à dificuldade de aquisição e aos custos de alguns fármacos em determinadas regiões. Assim como na saúde humana, o tratamento de doenças a partir de plantas é denominado de fitoterapia.
Segundo Almeida, Freitas e Pereira (2006), dentre os ramos da etnoveterinária, se destaca a fitoterapia, considerada como um dos métodos mais antigos utilizados na medicina veterinária, mas que corresponde a apenas 1% da indústria de medicamentos fitoterápicos, apesar de ser procurada pelos proprietários, principalmente, na busca da diminuição dos efeitos colaterais causados pelos medicamentos sintéticos.
O uso de fitoterápicos em animais domésticos é fundamentado no que foi descrito na literatura humana, uma vez que pesquisas na área veterinária sobre o assunto ainda são escassas. As doses também são baseadas em cálculos referentes ao peso humano, ou seja, não há dosagem específica para cada espécie (OZAKI; DUARTE, 2006).
Referências
ALMEIDA, Katyane de Sousa; FREITAS, Fagner Luiz da Costa; PEREIRA, Tadeu Fladiner Costa. Etnoveterinária: a Fitoterapia na visão do futuro profissional veterinário. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, RN; v.1, n.1. P 67-74; 2006. Disponível em: < https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/download/7/7>. Acesso em: 9 de nov. 2019.
ANDRADE, Sanderley Emanuel Oliveira de et al. Estudo etnoveterinário de plantas medicinais na comunidade Várzea Comprida dos Oliveiras, Pombal, Paraíba, Brasil. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, RN;, v. 7, n. 2, p 193-198, abr-jun, 2012.
OZAKI, Andréia Tiemi; DUARTE, Paula da Cunha. Fitoterápicos usados na medicina veterinária em cães e gatos. Infarma, Brasília – DF, v.18, nº 11/12, 2006. Disponível em: <http://www.revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=view&path%5B%5D=227&path%5B%5D=215>. Acesso em: 9 de nov. 2019.