Texto de 2003, mas imprescindível.
Parte do texto:
O Brasil possui a maior
biodiversidade do mundo, estimada em cerca de 20% do número total de espécies
do planeta. Esse imenso patrimônio genético, já escasso nos países desenvolvidos,
tem na atualidade valor econômico-estratégico inestimável em várias atividades,
mas é no campo do desenvolvimento de novos medicamentos onde reside sua maior potencialidade.
A razão dessa afirmação é
facilmente comprovada quando se analisa o número de medicamentos obtidos direta
ou indiretamente a partir de produtos naturais. Para ter uma noção do impacto
desses medicamentos no mercado mundial, somente as estatinas foram responsáveis
por um mercado de US$ 19 bilhões em 2002. A terapêutica moderna, composta por
medicamentos com ações específicas sobre receptores, enzimas e canais iônicos,
não teria sido possível sem a contribuição dos produtos naturais, notadamente
das plantas superiores, das toxinas animais e dos microrganismos.
O mercado mundial desse grupo de
drogas atinge vários bilhões de dólares. Estima-se que 40% dos medicamentos
disponíveis na terapêutica atual foram desenvolvidos de fontes naturais: 25% de
plantas, 13% de microrganismos e 3% de animais. Somente no período entre
1983-1994, das 520 novas drogas aprovadas pela agência americana de controle de
medicamentos e alimentos (FDA), 220 (39%) foram desenvolvidas a partir de
produtos naturais.
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