Neste ano, realizaremos na Universidade de Taubaté pesquisas sobre os fatores
antinutricionais em plantas espontâneas comestíveis, pois, após verificarmos
que a maioria possui consideráveis teores de nutrientes para o ser humano, é
imprescindível verificar se há substâncias que prejudicam a absorção desses
nutrientes ou que são tóxicas para o consumidor.
O termo “fator
antinutricional” pode ser definido como as substâncias ou os grupos de
substâncias presentes em um grande número de alimentos de origem vegetal, os
quais, quando em teores elevados, podem provocar reações tóxicas, interferir na
biodisponibilidade ou na digestibilidade de alguns nutrientes, ou até provocar
todas essas reações. Os fatores antinutricionais podem ser de ocorrência
natural, nos ingredientes (endógenos), ou quando o produto sofre ação
de contaminantes químicos ou biológicos (exógenos).
Nos alimentos, os
fatores antinutricionais são de natureza variada e ainda são pouco conhecidos
em relação à sua estrutura físico-química e sobre os seus mecanismos de ação
fisiológica. Como exemplos de compostos ou de classe de compostos já estudados, temos o
oxalato de cálcio, o nitrato, o cianeto, o inibidor de tripsina, a
hemaglutinina e os polifenóis.
São exemplos de fatores antinutricionais e suas respectivas ações: o consumo elevado de nitratos e a sua redução a nitritos desencadeia reações que liberam substâncias tóxicas; os inibidores de tripsina, particularmente
os da soja, causam diminuição da digestibilidade protéica de
leguminosas que foram insuficientemente cozidas; e as hemaglutininas
interagem com a mucosa intestinal, causando inflamação e interferindo na
absorção de nutrientes por lesão da mucosa.
Texto: Marcos Roberto
Furlan e Isabella Ribeiro, Acadêmica de Nutrição da UNITAU
É importante essa pesquisa sobre os fatores antinutricionais em plantas espontâneas comestíveis. Muito bom! Foi bom saber dos inibidores de tripsina, particularmente os da soja, eu nem imaginava as causas.
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