postado por Nathália Bandeira Vilhalva Gheventer em Segunda-feira, 11 de Abril de 2016
Você já ouviu falar naquele ditado "O lixo de um é o tesouro de outro"? Em sua grande parte, plantas consideradas como ervas daninhas ou pragas, podem ser utilizadas na alimentação diária da população. Ricas em diversos nutrientes, são uma forma sustentável de complementar e diversificar pratos, dando a eles novos sabores, texturas, odores, cores e significados. Alguns exemplos dessas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são: ora-pro-nóbis, major-gomes, dente-de-leão, serralha, urtiga, azedinha, tansagem, fisális, hibisco, capuchinha, calêndula, amor-perfeito e rosas. Assim, percebe-se que essas plantas representam um universo infinito de possibilidades que na maioria das vezes, desconhecemos.
Foi pensando nisso, que uma aluna da Universidade do Vale do Rio dos Sinos , Monique Hans, criou um projeto de utilização de PANCs na alimentação escolar. O presente estudo foi desenvolvido com 81 escolares entre 7 a 10 anos, de 3 escolas públicas do município de Harmonia, no Rio Grande do Sul.
Assim, no decorrer de 1 ano, 7 etapas foram aperfeiçoadas e implementadas, a serem descritas a seguir:
1) atividades sobre alimentação saudável relacionadas a frutas e verduras (Conhecendo frutas e verduras): esta etapa consistiu em uma atividade de educação nutricional, onde frutas e hortaliças eram apresentadas aos alunos, desde a degustação, até atividades de artes com pinturas e desenhos.
2) atividades para explicar a definição e os tipos de PANC (Conhecendo as PANC): esta atividade consistiu na degustação e explicação do conceito e utilização de PANCs.
3) visita a um produtor local (Horto das Margaridas): foi realizada visita a uma agricultora produtora de PANCs, que demonstrou o local de plantação, além de oferecer lanches que continham esses ricos alimentos, como pão de urtiga com geleia e chá de hibisco.
4) oficinas culinárias utilizando as PANC: estas oficinas culinárias foram realizadas na escola, onde algumas receitas foram preparadas e compartilhadas, como: pizza de ora-pro-nóbis, azedinha e capuchinha, e suco verde de ora-pro-nóbis e azedinha.
5) elaboração de uma horta escolar de PANC: com o auxílio dos alunos, uma horta foi elaborada dentro do espaço das escolas.
6) testes de aceitabilidade das preparações com PANC: algumas semanas após a realização das oficinas culinárias, esses mesmos alimentos eram implementados na merenda escolar, para verificar a aceitabilidade e diferença entre os dois momentos.
7) atividades com os pais dos alunos para explicar a importância dessas plantas: Por fim, reuniões e palestras eram realizadas com os pais, afim de destacar a importância e viabilidade da utilização dessas plantas na alimentação escolar.
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