sábado, 12 de maio de 2012

Látex extraído da flor dente-de-leão possibilita um novo tipo de pneu


Cientistas da Universidade de Muster, na Alemanha, desenvolvem um látex extraído da flor dente-de-leão que poderá substituir o uso da seiva da seringueira. Os bioquímicos da universidade descobriram uma nova propriedade para a dente-de-leão. Por meio dela identificaram a enzima responsável pela rápida coagulação do látex e, inibindo sua ação, foram capazes de fazer com que a seiva escorra livremente para ser extraída da planta. Segundo a pesquisa, o látex da planta medicinal tem a mesma qualidade oferecida pela seiva da seringueira.

Esse látex extraído da flor já começou a ser testado em pneus da empresa Continental. Para a fabricante, pneu ecológico deixa de ser somente aquele que ajuda a reduzir o consumo de combustível do carro. Agora, a indústria de pneumáticos investe também em matérias-primas alternativas à borracha.
Vantagens
Entre as vantagens da flor dente-de-leão está o cultivo sustentável, pois a seiva da seringueira, extraída principalmente no sudeste da Ásia, tem uma procura maior do que a sua oferta, o que reflete nos custos de produção. Além disso, a seringueira está ameaçada pela contaminação de fungos.
Outra vantagem é que a flor dente-de-leão fica pronta para a colheita em um ano, enquanto que a seringueira leva de cinco a sete anos para estar pronta.

Em: http://verde.br.msn.com/


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prefeitura inaugura Centro de Práticas Integrativas e Complementares no Valentina, João Pessoa, Paraíba


A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Saúde (SMS), vai inaugurar na próxima segunda-feira (14), às 9h, o Centro de Práticas Integrativas e Complementares. O espaço fica localizado na Rua Ulisses Alves Pequeno, s/n, bairro do Valentina Figueiredo (prédio do antigo CAPS Caminhar). O local vai contar com profissionais da área de saúde e terapias holísticas que vão oferecer atendimento à população com o objetivo de estimular os mecanismos naturais de prevenção de doenças e de recuperação da saúde.

Segundo Vanessa Vieira, coordenadora da área de práticas integrativas e complementares da SMS, o Centro vai proporcionar um espaço harmônico para deixar o cuidado com a saúde ainda mais completo. “Nós queremos mostrar que existem outras formas de cuidar e se tratar, além da medicina tradicional. Queremos também desenvolver no usuário o autoconhecimento e o autocuidado para que ele tenha responsabilidade pela sua própria saúde. As pessoas devem entender que, na maioria das vezes, a doença é uma consequência das nossas atitudes e estilo de vida”, afirmou.

Vanessa explicou que as práticas alternativas são também conhecidas como medicina alternativa e saúde holística e estimulam o indivíduo a tirar o foco da doença e colocá-lo em si mesmo. “Ele tem que entender que não adianta consertar um problema se eu não atingir o equilíbrio. A medicina convencional trata a doença de uma forma paliativa. Já as práticas alternativas tratam o indivíduo por inteiro. Desta forma, incentivam o indivíduo a buscar o equilíbrio do corpo e mente e, consequentemente, a cura”, explicou.

Estrutura do Centro - O prédio do Centro de Práticas Alternativas e Complementares é um espaço harmônico e ligado ao meio ambiente. Possui um jardim para atividades terapêuticas ao ar livre, dois amplos salões para atividades desenvolvidas em grupo, consultórios de atendimento individuais e salas para atendimento de acupuntura e massoterapia, todos climatizados. O local possui ainda uma ‘horta mandala’, composta por plantas medicinais.

O Centro vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h e será acessível a toda população. Os usuários poderão comparecer pessoalmente, através de agendamento ou por encaminhamentos da rede de saúde do município.

Serão oferecidas terapias individuais como, por exemplo,


Homeopatia: medicina terapêutica que busca compreender o usuário de forma integral e individualizada, utilizando medicamentos que atuam segundo o princípio da semelhança entre a ação dos medicamentos e os sintomas do usuário.

Reiki: terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual) podendo eliminar doenças e promover saúde.

Biodança: sistema de integração afetiva e desenvolvimento humano baseado em ‘vivências’ (experiências intensas no ‘aqui e agora’) criadas através de movimentos de dança com músicas selecionadas e através de situações de encontro não-verbal dentro de um grupo.

Terapia comunitária: é um espaço comunitário onde se procura partilhar experiências de vida e sabedoria onde cada pessoa é terapeuta de si mesmo quando conta e/ escuta histórias de vida.

Meditação: técnica que permite ao praticante silenciar a mente e desligar-se do mundo externo voltando à atenção para dentro de si. Destacam-se como benefícios da meditação a clareza mental, o aumento da capacidade de concentração, o bem-estar físico e a capacidade criativa de seus participantes.

Acupuntura: medicina terapêutica originária da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), compreendendo procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas, objetivando ver a manutenção e recuperação da saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças.

Plantas Medicinais e Fitoterapia: medicina terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas.


Bioindicador de poluição atmosférica

Muitas espécies são indicadoras da qualidade ambiental, indicando tanto a presença de metais pesados quanto outros poluentes. Quando se utiliza um ser vivo para indicar a resposta a qualquer agente agressor, a prática é denominada de biondicação, cujos objetivos principais, na área ambiental, é analisar a situação e propor medidas para retorno ao equilíbrio.

Apesar de poucos estudos, o fumo ou tabaco (Nicotiana tabacum), mais especificamente o cultivar "Bel W3", se destaca nesta área, pois é considerado oficialmente um indicador do ozônio (O3), substância que tem a função de proteger o nosso planeta dos raios ultravioletas, mas que quando ocorre em camadas mais próximas da terra, pode provocar efeito tóxico considerável.

Quando há problemas com a proximidade do ozônio ocorrem necroses nas folhas do tabaco (como são indicadas na foto).


Links para artigos interessantes na área de biomonitoramento



Foto: necrose nas folhas de tabaco, indicando presença de ozônio na troposfera.

Link para a foto, e respectivo artigo; http://www.creaf.uab.es/spa/investigacion/l30.htm

Tratamento fitoterápico para equinos


Os tratamentos utilizados em várias regiões brasileiras, direcionados as diversas enfermidades que acometem equinos, ainda são em boa parte os tradicionais preparos naturais a base de plantas e ervas medicinais.

Com o avanço das pesquisas e o crescimento em ascensão do mercado tanto para cavalos de competições, quanto os de lazer, esses tratamentos estão sendo esquecidos. Mas pesquisas comprovam que seus benefícios, principalmente profiláticos, são reais e podem ser utilizado devido as suas propriedades fitoterápicas.

Mas é importante ressaltar que o acompanhamento por veterinários, mesmo em casos de medicações caseiras, é fundamental, não apenas durante o preparo, mas também na administração da dose. Aconselha-se procurar especialistas na área de fitoterapia para animais, mercado em ascensão no ramo da medicina veterinária.

15º Workshop de Plantas Medicinais de Mato Grosso do Sul


De 13 a 15 de junho, a UFGD realiza o 15º Workshop de Plantas Medicinais de Mato Grosso do Sul e, paralelamente, o 4º Empório da Agricultura Familiar. As atividades incluirão palestras, apresentações de trabalhos nas formas orais e em pôster, mini-cursos e oficinas práticas de elaboração artesanal de fitoterápicos.

Os trabalhos a serem apresentados nas formas de pôster e orais podem ser enviados até 17 de maio. Em breve, o site estará disponível, no entanto as informações adicionais podem ser obtidas no e-mail:workshop15@ufgd.edu.br ou pelos telefones 34102426/2854.

O Empório da Agricultura Familiar oferecerá produtos como doces, café orgânico, arroz preto, artesanatos e bijouterias, além dos produtos da economia solidária, pastorais, Projeto Projovem e outros.

Além da UFGD, outras instituições estão envolvidas na organização do evento, dentre elas a UEMS, Anhanguera Dourados, Embrapa-CPAO, Embrapa Transferência de Tecnologia, Agraer, APOMS e Prefeitura de Dourados, além do apoio financeiro do CNPq e da Fundect.

Fito-hormônio - artigo da Revista Herbarium


Texto: Raquel Marçal, de Curitiba |23 de setembro de 2011

Essa ação estrogênica foi detectada em plantas pela primeira vez na década de 20. Nos anos 1970 haviam sido classificadas centenas de espécies com ação hormonal. Hoje, elas já são milhares. Das várias substâncias que agem como fitoestrógenos, as mais estudadas e que mostram maior ação terapêutica são as isoflavonas, encontradas na soja e seus derivados. Mas existem também as lignanas (presentes na linhaça), os flavonoides (contidos em frutas e legumes) e os cumestranos (broto de feijão e alfafa).

“Alguns fito-hormônios, como os da cimicífuga, atuam em receptores diferentes dos hormônios sintéticos e não interferem na produção ou aceleração de processos cancerígenos”, diz a ginecologista Lúcia Hime, professora da Universidade Santo Amaro, em São Paulo. Mas, afinal, quem é essa tal de cimicífuga? A espécie – cujo nome científico é Cimicifuga racemosa – contém fitoestrógenos que agem de forma a reduzir os níveis do hormônio luteinizante, o LH, responsável por sintomas como as irritantes ondas de calor. Os medicamentos derivados da planta foram aprovados pelo Ministério da Saúde da Alemanha como principais fitoterápicos para tratar os sintomas da menopausa.

Embora cheios de vantagens, os fito-hormônios podem não ser para todas. “Eles costumam ter menos efeitos adversos e podem ser utilizados pela maioria das mulheres que têm contraindicação para o uso de hormônios, mas nem sempre são tão eficazes quanto esses hormônios e, portanto, são mais satisfatórios para quem tem sintomas moderados”, observa a ginecologista Ceci Lopes, da Sobrafito.

Mas não são só as mulheres na menopausa que desfrutam dos benefícios dessas substâncias. Os fito-hormônios também podem ser aliados contra a TPM que, até alguns anos atrás, era tratada apenas com medicamentos convencionais, como analgésicos e contraceptivos. Como nem sempre esses recursos correspondem às expectativas, e ainda acabam deixando para trás diversos efeitos colaterais, hoje os tratamentos naturais estão sendo incorporados ao arsenal de opções para domar essa dona encrenca. E, no caso da TPM, as plantas medicinais têm mais do que fito- hormônios a oferecer.

Um exemplo é o óleo de borragem (Borrago officinalis), que contém um ácido graxo importantíssimo: o ácido gamalinolênico, ou GLA. Ele não é fabricado pelo organismo, ou seja, precisa ser ingerido, e sua deficiência tem sido apontada por estudiosos como uma das causas de alguns dos sintomas físicos da TPM. Com seus poderes anti-inflamatórios e anti-inchaços, o GLA age diretamente na causa dos males, em vez de apenas atacar os sintomas. O óleo de borrage também pode ser indicado para dor nas mamas. Outro que pode dar uma força é o óleo de Prímula (Oenothera biennis), pois também contém o GLA.

Como se vê, as plantas medicinais são super amigas da saúde da mulher. Porém, nunca é demais lembrar: antes de consumir qualquer medicamento, converse com seu médico para informar-se sobre contraindicações e interação com outros remédios.

Onde estão os Fito-hormônios

Várias plantas medicinais contêm substâncias que imitam o estrógeno e a progesterona e, por isso, podem ser aliadas contra a TPM e alternativa à Terapia de Reposição Hormonal tradicional. Mas seu uso deve seguir orientação médica.

1 Alcaçuz ou Licorice (Glycyrrhiza glabra)
Seu efeito antiinflamatório e cicatrizante explica o uso no tratamento de úlceras gástricas e eczema. Mas a cor amarela das raízes denuncia a presença de isoflavonas. Pode ser consumido como pó, infusão, extrato seco, xarope ou tintura. Em altas doses provoca retenção de líquidos, aumento de pressão sanguínea e dores de cabeça. É contraindicado para grávidas, hipertensos e portadores de doenças renais.

2 Cimicifuga (Cimicifuga racemosa)
Dois fitoestrógenos (isoflavona e deoxiacteína) agem conjuntamente para tratar sintomas doclimatério, como secura vaginal e calores, além de males associados à TPM, como depressão e dor de cabeça. Vem na forma de comprimidos. É contraindicada para pacientes com história de tumor endometrial, na gravidez, na amamentação e para alérgicos ao ácido acetilsalicílico (Aspirina).

3 Dong Quai (Angelica sinensis)
Contém vasodilatadores que ajudam no alívio da pressão arterial e, por tabela, da dor. Por isso, é indicado contra cólicas menstruais. Traz substâncias que atuam como o estrógeno e a progesterona, ajudando a amenizar os fogachos e a secura vaginal na menopausa. O extrato seco padronizado deve conter 1% de ligustilide, o princípio ativo mais importante. É contraindicado para quem sofre de úlceras no estômago, toma anticoagulantes e para grávidas.

4 Yam mexicano (Discorea villosa)
Contém substâncias que imitam a progesterona e o estrógeno. É indicado como coadjuvante para TPM, climatério e na prevenção da osteoporose. Está disponível na forma de extrato seco, creme ou gel padronizados. Deve ser utilizado com cuidado por pacientes submetidos à Terapia de Reposição Hormonal, que usam contraceptivos orais e com histórico de trombose e derrame.

5 Linhaça (Linum usitatissimun)
É rica em lignanas, substâncias que fazem as vezes do estrógeno. Um estudo feito naUniversidade de Toronto, no Canadá, mostrou relação entre as lignana e a redução de tumores de mama. Disponível na forma de cápsulas gelatinosas. Não há evidências de efeitos colaterais na literatura médica.

6 Trevo vermelho (Trifolium pratense)
A presença de quatro tipos de isoflavonas explica a indicação do trevo para aliviar os fogachos da menopausa e prevenir a osteoporose. O extrato padronizado contém 40 mg de isoflavonas. É contraindicado na gravidez e lactação e para quem toma medicamentos anticoagulantes.

7 Soja (Glycine max)
Graças às isoflavonas, substâncias semelhantes ao estrógeno, pode ser utilizada como alternativa à Terapia de Reposição Hormonal. Pode ser ingerida na forma de proteína, leite ou tofu, mas, para chegar à dose recomendada de 45 mg diárias, é mais prático consumir a farinha: duas colheres de sopa, duas vezes ao dia, misturadas no leite ou iogurte.

8 Vitex (Vitex agnus castus)
Tem estrutura semelhante à da vitamina E, que é indicada para aliviar inchaço e dor nos seios durante a TPM. Aumenta os níveis de progesterona, que por sua vez reduz a produção do hormônio folículo estimulante, responsável pelas ondas de calor. Coceira e urticária são os possíveis efeitos colaterais. É contraindicado na gravidez e para quem faz a Terapia de Reposição Hormonal tradicional.

RAIZ E FLORES

1 Prímula (Oenothera biennis)
As sementes contêm ácido gamalinolênico, conhecido por seu efeito anti-inflamatório. A deficiência desse nutriente é associada a sintomas da TPM, como inchaço e dor nos seios. É contraindicada na gravidez, na amamentação e para quem tem histórico de epilepsia.

2 Gengibre (Zingiber officinale)
O uso popular consagrou o gengibre como remédio para náuseas e vômitos – inclusive no caso dos enjoos das grávidas. Estudos feitos em mulheres grávidas sugerem que 1 grama de gengibre ao dia é eficaz contra o enjoo. O uso por até quatro dias não apresenta efeitos colaterais.

3 Camomila (Matricaria recutita)
Ajuda a aliviar sintomas de vulvovaginites (candidíase é um exemplo), como irritação e coceira. A recomendação médica é lavar a região irritada com chá de camomila várias vezes ao dia.

4 Borragem (Borrago officinalis)
Também é aliada contra a TPM, já que é outra planta riquíssima em ácido gamalinolênico. Disponível em cápsulas gelatinosas. Portadores de epilepsia ou esquizofrenia não devem fazer uso do medicamento.

Fontes: University of Maryland Medical Center; Centro de Informações sobre Medicamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Hospital de Medicina Alternativa de Goiás.


Mais um belo quintal de Alterosa, Minas Gerais

Planta 1
Planta 2
Planta 3
Planta 4
Planta 5
Planta 6
Vista geral do quintal
Andréia

Estas são plantas do quintal da Dona Maria, e a Andréia, sua filha, ajuda na manutenção deste belo espaço.
Para treinar a identificação de plantas de quintal, tente identificar todas, indicando algum uso. As respostas virão nos comentários.
Todas as fotos são da farmacêutica Giany Margareth de Cassia Thomazin

terça-feira, 8 de maio de 2012

Guimarães Rosa


Mestre não é quem sempre ensina, mas quem, de repente, aprende.

domingo, 6 de maio de 2012

De acordo com novo estudo, plantas estão florescendo muito antes por causa do aumento da temperatura


Experiências que tentam simular o impacto do aquecimento global nas plantas subestimam o que acontece no mundo real, revelou um estudo publicado na edição desta quarta-feira (2) da revista científica britânica Nature. A pesquisa apoia observações feitas por fazendeiros e jardineiros, especialmente no hemisfério norte, segundo os quais plantas sazonais estão florescendo muito mais cedo do que no passado.
Experimentos artificiais sobre o aquecimento global costumam consistir no encerramento de uma planta em uma câmara similar a uma estufa sem tampa ou em uma tenda com um pequeno aquecedor no telhado, de forma a replicar os efeitos do aumento da temperatura. Estes experimentos determinaram que a florada e a folheação ocorrem entre 1,9 e 3,3 dias antes para cada grau Celsius de elevação da temperatura.
Mas o estudo diz que o número exato é muito maior.
As plantas começam a desenvolver folhas e flores entre 2,5 e 5 dias mais cedo a cada 1ºC mais quente, destacou a pesquisa, baseando-se em uma comparação entre experimentos sobre aquecimento em 1.634 espécies de plantas e observações de longo prazo destas espécies na natureza, realizadas por 20 instituições de América do Norte, Japão e Austrália.
"Até agora, presumia-se que sistemas experimentais responderiam da mesma forma que os sistemas naturais respondem, mas não é o que acontece", explicou em um comunicado o co-autor da pesquisa, Benjamin Cook, do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, em Nova York. Os métodos experimentais podem falhar porque reduzem luz, vento ou umidade do solo, que afetam a maturidade sazonal da planta, destacou o artigo. 
Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em 2007, as temperaturas da superfície do globo subiram 0,74ºC entre 1906 e 2005. De acordo com as tendências atuais de emissões de carbono, responsáveis pelo aumento da temperatura no globo, a Terra encaminha-se para um aquecimento adicional de 2ºC ou mais, segundo estimativas publicadas por outras fontes no ano passado.
Para alguns especialistas, estas estimativas são conservadoras. Eles afirmam que muitos locais estão esquentando muito mais rápido do que a média do planeta. "A floração das cerejeiras, em Washington, DC, um fenômeno meticulosamente registrado e celebrado, se antecipou em cerca de uma semana desde os anos 1970", destacou o comunicado, publicado pelo Instituto da Terra, da Universidade de Columbia. "Se a tendência se mantiver, algumas projeções recentes dizem que elas estarão saindo em fevereiro por volta de 2080", concluiu. 

SUS oferece remédios fitoterápicos em Mauá


Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC


Mauá é a única cidade do Grande ABC a oferecer remédios fitoterápicos na rede municipal de Saúde. Ao todo, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) oferecem nove tipo de medicamentos. Assim como as drogas tradicionais, as substâncias só podem ser retiradas nos postos se o paciente apresentar receita assinada por um médico.

Neste mês, a Prefeitura adicionou à Remume (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) oito substâncias de origem natural para serem entregues pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Desde 2010, o único fitoterápico disponibilizado era o xarope de Guaco, utilizado para aliviar tosses (veja na tabela ao lado a relação completa oferecida na cidade).

A coordenadora de Assistência Farmacêutica de Mauá, Melissa Spröesser Alonso, revela que a preparação dos médicos para o início das prescrições começou em novembro. "A disponibilização é última etapa. Antes, é preciso fazer um trabalho com informações para os médicos e a comunidade", explica.

Segundo a coordenadora, a aceitação dos remédios de origem natural é grande entre a população. "Muitas pessoas já falam para o médico que, se possível, gostariam que fosse dada preferência à fitoterapia." A prescrição ou não deste tipo de medicamento fica a cargo do médico.

Apenas medicamentos que integram a Remume podem ser comprados pelo município com a verba destinada pelo Ministério da Saúde. Na lista de 2012, foram incluídas novas substâncias, como hortelã, babosa e salgueiro. A coordenadora afirma que a Prefeitura ainda irá estudar se colocará ou não os remédios nas prateleiras do município. "Precisamos ver o perfil epidemiológico para ver se há demanda."

Em São Caetano, a Prefeitura tem parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) para a disponibilização de ginkgo biloba. O remédio, que não faz parte da Remume, geralmente é usado para combater alterações no sistema nervoso periférico. Para obter o medicamento, o paciente precisa ser morador da cidade e apresentar receita emitida na rede pública.

A Prefeitura de São Bernardo não oferece fitoterápicos, mas afirmou que estuda incluí-los nas unidades do município. Com exceção de Rio Grande da Serra, que não se manifestou, os demais municípios informaram que não têm previsão para adicionar as substâncias de origem natural nas prateleiras. A Secretaria Estadual de Saúde informa que os fitoterápicos são utilizados para atenção básica e, por isso, devem ser oferecidos pelo poder público municipal.

Especialista vê medida como avanço

A disponibilidade de medicamentos fitoterápicos na rede pública de Saúde é vista como avanço pelo professor José Armando Júnior, que leciona no curso de Ciências Farmacêuticas e Gestão em Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina do ABC. "Até 2009, o governo não se importava em criar lista de remédios naturais. A comunidade médica recebeu isso com grande satisfação, pois é o reconhecimento de algo que já é estudado há muitos anos."

Segundo o especialista, o tratamento com substâncias fitoterápicas diminui riscos à saúde, como efeitos colaterais e associações medicamentosas.
"Mas isso não quer dizer que o tratamento não precisa ser acompanhado por um médico. O fitoterápico pode dar efeitos colaterais, mas não é tão comum quanto nos remédios sintéticos", explica.

Armando Júnior salienta ainda que, ao contrário da crendice popular, não há relação entre a fitoterapia e o tempo elevado de tratamento. "É muito comum confundirem o fitoterápico com plantas medicinais. O fitoterápico passou por grande controle de qualidade, a planta não". O professor acrescenta que outro erro comum é a confusão entre fitoterapia e homeopatia.

No site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o órgão esclarece que a fitoterapia "utiliza exclusivamente princípios ativos de plantas medicinais". Já a homeopatia também usa princípios de origem animal e vegetal. As substâncias são diluídas em água ou no álcool e passam por processo chamado de dinamização.

Link: 

Artigo sobre plantas medicinais e interações com medicamentos


Abacate (Persea americana Mill.)

Uso terapêutico: coadjuvante do tratamento de artrite reumatóide e osteoartrite.

Interações Medicamentosas: grandes quantidades podem inibir o efeito da varfarina (anticoagulante).

Alcachofra (Cynara scolymus L.)

Uso terapêutico: colerético (aumento da liberação de bílis a partir da vesícula biliar) e colagogo (aumento da produção de bílis pelo fígado).

Interações Medicamentosas: estudo em animais demonstrou que o efeito diurético promovido pela alcachofra poderá ser prejudicial quando utilizada com medicamentos diuréticos, porque o volume sanguíneo poderá diminuir drasticamente gerando quedas de pressão arterial por hipovolemia e como a alcachofra atua na diurese, incluindo a excreção de potássio, existe a possibilidade de desencadeamento de níveis baixos de potássio na corrente sanguínea gerando a hipocalemia. As interações mais graves poderão ser verificadas com diuréticos de alça (furosemida) e tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida, indapamida)

Alho (Allium sativum L.)

Uso terapêutico: coadjuvante no tratamento de hiperlipedemia e hipertensão arterial leve; auxiliar na prevenção da aterosclerose.

Interações Medicamentosas: pacientes que utilizam anticoagulantes orais, como a varfarina, poderão apresentar aumento do tempo de sangramento quando forem administrados medicamentos contendo alho; efeito semelhante será observado no uso dos antiplaquetários.
O alho poderá intensificar o efeito de drogas hipoglicemiantes (insulina e glipizida) causando uma diminuição excessiva dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia). Quando usado com saquinavir (empregado no tratamento de infecção por HIV) poderá diminuir os níveis plasmáticos desta última, tornando seu efeito terapêutico menos eficaz o que poderá ocorrer com outras drogas antirretrovirais. Drogas metabolizadas pelo sistema hepático enzimático P450 poderão ser afetadas pelo alho além de que quimioterápicos poderão ter seus níveis alterados conforme foi evidenciado, através de estudo em laboratório, que a citarabina e a fludarabina, utilizadas no tratamento de leucemia, apresentaram seus efeitos intensificados. Outros estudos demonstraram uma pequena redução dos níveis de colesterol no sangue após administração oral de suplementos contendo alho e, também, redução na pressão sanguínea, aspectos que deverão ser considerados, uma vez que serão intensificados quando utilizado com medicamentos que apresentem estas ações terapêuticas. Indivíduos com problemas de tireóide ou aqueles que tomam medicamentos para esta disfunção deverão ter cautela no uso de suplementos contendo alho uma vez que o alho poderá afetar a tireóide.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L.)

Uso terapêutico: estados depressivos leves a moderados, não endógenos.

Interações medicamentosas: embora não haja relato de interação entre o hipérico com alimentos (queijos envelhecidos, fígado de galinha, creme azedo e vinho tinto) e plantas que contenham tiramina, esta interação deverá ser considerada. Os ácidos tânicos presentes no hipérico poderão inibir a absorção de ferro. A possível interação medicamentosa entre o hipérico e os contraceptivos orais pode resultar em sangramentos e, até mesmo, em gravidez indesejada. A administração de hipérico com lansoprazol, omeprazol, piroxicam e sulfonamida poderá aumentar a foto-sensibilidade. O hipérico potencializa o efeito de inibidores da monoamino oxidase, aumentando a pressão sanguínea. Quando administrada com fármacos como ciclosporina (para evitar a rejeição em transplantes) e indinavir (para tratamento de AIDS) os níveis sanguíneos destes fármacos poderão ser reduzidos gerando consequências graves. Outros fármacos que poderão ter redução nos níveis sanguíneos e comprometimento da ação se usados conjuntamente com o hipérico são: digoxina, teofilina e varfarina. O hipérico interfere na via em que muitas drogas são submetidas às enzimas hepáticas citocromo P450 e, como consequência, os níveis sanguíneos destas drogas poderão ser aumentados em pequeno espaço de tempo causando aumento dos efeitos ou potencializando reações adversas sérias e/ou serem diminuídas no sangue em espaço de tempo maior. Exemplos de drogas que poderão ser afetadas: omeprazol, talbutamida, cafeína, carbamazepina, ciclosporina, midazolam, nifedipina, sinvastatina, teofilina, antidepressivos tricíclicos, varfarina, inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeas, ou inibidores da protease. A síndrome serotoninérgica poderá ser causada quando o hipérico for utilizado, concomitantemente, com alguns fármacos das classes: antidepressivos tricíclios, inibidores da recaptação de serotonina, inibidores da monoamino oxidase, inibidores de apetite, antienxaquequosos (agonistas serotoninérgicos e alcalóides do ergot), broncodilatadores e alimentos (que contenham tiramina ou triptofano).

Fonte para o artigo completo:

NICOLETTI, M.A.; CARVALHO, K.C.; OLIVEIRA Jr, M.A.; BERTASSO, C.C.; CAPOROSSI, P.Y.; TAVARES, A.P.L. Uso popular de medicamentos contendo drogas de origem vegetal e/ou plantas medicinais: principais interações decorrentes. Revista Saúde, n.4, v.1,p.25-39, 2010.


Ora-pro-nóbis - 2

Onde se planta, nasce. Quando cresce, serve de proteção e alimento. Repleta de flores, ainda deixa o ambiente mais bonito. Por meio da hortaliça ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), a natureza oferece múltiplos benefícios ao ser humano, o que seria motivo suficiente para a escolha de seu nome popular. Mas, conta-se que assim foi batizada pelo costume de ser colhida no quintal de uma igreja, para ser preparada para o almoço, quando o padre iniciava a reza final da missa da manhã.

"Rogai por nós" em português, ora-pro-nóbis é uma frase em latim nem sempre facilmente assimilada. Por isso, pode ser comum encontrar derivações dela, sendo por vezes chamada lobrobó ou orabrobó por agricultores de Minas Gerais, onde a planta é muito difundida na culinária local. Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil. De fácil manejo e adaptação a diferentes climas e tipos de solo, produtiva e nutritiva, a ora-pro-nóbis é uma boa alternativa para produtores iniciantes no cultivo de hortaliças.

Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores. A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço de invasores.

Reportagem completa no link: Ora-pro-nóbis