sábado, 19 de maio de 2012

Grão de bico

Rico em proteínas, sais minerais, vitaminas do complexo B e ferro, o grão de bico estimula o funcionamento dos intestinos, devido à grande quantidade de celulose contida na casca. Do ponto de vista nutricional, o grão de bico é um excelente alimento. 


Também conhecido como o alimento da alegria, essa leguminosa possui em suas propriedades o triptofano (substância que provoca a produção de serotonina responsável pela ativação dos centros cerebrais). Um estudo recente comprova que o grão de bico combate a depressão, aumenta a ovulação das mulheres e ajuda no desenvolvimento das crianças, além de ser ótimo para tratamentos cardiovasculares, pois cada 100g de grão contém 6g de fibras, sendo nas sua maioria, fibras solúveis, que ajuda de forma bastante eficaz o organismo, colaborando para que somente seja absorvido pelo intestino as substâncias necessárias, eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol, o que favorece a diminuição do colesterol e triglicérides totais no sangue. 


O grão de bico é, ainda, um alimento prebiótico, ou seja, é um carboidrato não digerível pelo organismo, o que significa que possui uma configuração molecular que o torna resistentes à ação de enzimas e afeta beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas do cólon, melhorando a saúde do seu hospedeiro. Dessa forma o grão de bico ajuda na manutenção da flora intestinal, estimula a motilidade intestinal (trânsito intestinal), contribui com a consistência normal das fezes, prevenindo assim a diarreia e a constipação intestinal por alterar a microflora colônica por uma microflora saudável, e possui efeito bifidogênico, isto é, estimula o crescimento das bifidobactérias.


Consumo de uva x doenças cardiovasculares

A uva, fruta que possui grande aceitação em todo o mundo, pode ser consumida de diversas formas, como sucos, doces, geléias ou mesmo cruas. Apresenta além do sabor que agrada a maior parte da população, valor nutricional importante.
Estudos vêm sendo desenvolvidos para conhecer melhor o valor nutricional e os benefícios que a uva pode trazer ao organismo. Este fato pode ser observado através de pesquisa recente, a qual avaliou o efeito de extrato de uva isolada ou combinada com a suplementação de α-tocofero, em modelo de aterosclerose, utilizando camundongos. De acordo com os resultados, foi observado efeito sinergístico entre os polifenóis existentes na uva e α-tocoferol, resultando na redução da evolução da aterosclerose.
Outro estudo baseou-se no fato de que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo e o consumo de alguns alimentos está diretamente relacionado à prevenção destas doenças. Os dados obtidos pela revisão realizada neste estudo avaliam que o vinho, rico em polifenóis, fornece benefícios à saúde, diminuindo a agregação plaquetária.
Fonte: http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/369.pdf

Fitoterapia na medicina veterinária - I

Plantas cicatrizantes

Texto e fotos: Médica Veterinária Carolina Granconato de Abreu

As feridas cutâneas ou músculo-cutâneas são afecções comuns na rotina do médico veterinário, tanto de pequenos animais quanto de grandes e de silvestres. Tais feridas podem ser dos tipos traumático, ou causadas por cirurgia ou por agente infeccioso. Após a injúria, o tecido cutâneo vai cicatrizar tentando reparar a lesão. Este reparo pode ser por primeira intenção, quando o médico sutura a pele e, se necessário, o tecido muscular e subcutâneo aproximando as bordas da lesão com pontos, ou, o reparo pode ser por segunda intenção, quando a ferida é deixada aberta permitindo proliferação de tecido por toda a extensão até as bordas se unirem novamente, formando um grande tecido cicatricial.

Durante estes processos, o médico veterinário encontra algumas barreiras para tratar seu paciente, tendo em vista que pode haver contaminação por bactérias, por fungos, e até pelas moscas de miíase (bicheira), os quais impedem a reconstrução do tecido lesionado. Os animais mais acometidos, de produção ou de estimação, são aqueles que residem em regiões do interior, e que têm mais contato com a natureza e ficam mais expostos aos riscos de feridas, bem como os silvestres.

Existem diversos produtos disponíveis ao médico veterinário empregar nos pacientes, mas nem sempre viáveis do ponto de vista econômico, principalmente quando se trata de animais de produção. Com relação à fitoterapia, ela proporciona benefícios de diferentes formas, pois, por exemplo, podemos encontrar princípios ativos das plantas cicatrizantes com outras funções interessantes à cicatrização de feridas, tais como ações antimicrobiana, anti-inflamatória e proliferativa (com formação de crostas que protegem as feridas). Além disso, o custo é muito menor e reduz outras dispensas com antibióticos e anti-inflamatórios parenterais em alguns casos. Infelizmente, são poucos médicos veterinários que empregam os fitoterápicos ou os reconhecem como bons medicamentos, mas o conhecimento sobre as plantas medicinais é mais disseminado e é de grande valia nas regiões rurais do Brasil.

Muitos pesquisadores de Universidades Brasileiras têm se empenhado em realizar estudos a fim de comprovar cientificamente e dar confiabilidade e segurança no uso das plantas para tratar doenças, além da descoberta de mais empregos de plantas já utilizadas.

Como exemplos de plantas utilizadas popularmente como cicatrizantes, mas que já foram estudadas, podem ser citados: a aroeira, o confrei, a camomila, o trigo, a calêndula, a guaçatonga, a babosa, o barbatimão, o pau-ferro e a melaleuca. Seus compostos responsáveis já foram identificados e foram testadas em animais de produção, cobaias e animais de estimação comprovando sua eficácia. Taninos e flavonoides são exemplos de compostos presentes em tais vegetais que proporcionam a cicatrização.

E como as plantas participam ou influenciam o mecanismo de cicatrização das feridas nos animais? Os princípios ativos terão ação anti-inflamatória, estimulam fibroblastos, a produção de colágeno e também podem auxiliar tendo efeito antisséptico. Estes fatores contribuem para uma menor dor no local, uma proteção a infecções da ferida e proteção mecânica pela formação de crostas impedindo a contaminação e menor tempo de resolução da ferida. Por trás ainda podemos citar os benefícios múltiplos em um só medicamento, com baixo custo e facilidade de acesso nas áreas rurais, melhorando o bem-estar do animal acometido e evitando problemas que podem surgir sem um tratamento adequado da ferida.

É importante ressaltar a necessidade do conhecimento das plantas medicinais através da identificação visual e do nome científico a fim evitar confusões com plantas parecidas ou de mesmo nome popular. Também é fundamental o conhecimento científico dos compostos presentes nas plantas para se ter maior segurança no tratamento do animal. lembre-se: antes de tratar uma ferida com algum medicamento, lave bastante com água e sabão ou, se possível, com algum anti-séptico como o clorexidine, dessa forma os princípios agem melhor e você diminui muito as chances de contaminação do local.


 Foto 1: aroeira (Schinus terebinthifolius)
Foto 2: confrei: Symphytum officinale

As múltiplas funções do óleo de coco

Óleo de coco (Cocos nucifera) também se enquadra na categoria de alimentos funcionais. O óleo é obtido a partir da carne do coco maduro, que pode ser fresco ou seco. No processo de obtenção do óleo, não são empregados solventes químicos, nem elevadas temperaturas, portanto, seus fitoquímicos são mantidos. Isso resulta em um óleo rico em antioxidantes e, portanto, com várias propriedades funcionais, como prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, retardo no envelhecimento, e função estimulante do sistema imunológico, sendo também indicado como coadjuvante nos processos de emagrecimento.

Um estudo publicado na revista Clinical Biochemistry, em 2004, destaca que o ácido fenólico é a principal substância responsável pela ação antioxidante do óleo de coco, que promove melhora da circulação sanguínea, redução dos níveis de colesterol total, LDL, VLDL e triglicérides e aumento das taxas de HDL, o chamado bom colesterol. Desta forma, também auxilia na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Uma outra pesquisa, publicada em 2008 pelo American Journal of Clinical Nutrition, comparou o efeito do óleo de coco e do azeite na composição corporal.

Esse estudo demonstrou redução significativa de peso no grupo que consumiu o óleo de coco associado à dieta, se comparado ao grupo que ingeriu azeite de oliva com dieta. Diversos estudos demonstraram ainda as ações do óleo de coco em casos como candidíase e gastrite bacteriana (Helicobacter pylori). Um estudo publicado pela American Society for Microbiology mostrou que cerca de 50% da gordura do óleo de coco é composta pelo ácido láurico que, ao ser ingerido, se transforma em uma substância de ação antibacteriana, antifúngica, antiviral e antiprotozoária.

É, também, um potente imunomodulador. Como é um alimento de baixo potencial alergênico, o óleo de coco, de maneira geral, não possui contra indicações quando consumido em uma quantidade de 30ml a 45ml (duas a três colheres de sopa por dia). Recomenda-se começar seu consumo com uma pequena quantidade (equivalente a ½ colher de sopa) e ir aumentando o consumo gradualmente. O consumo excessivo pode levar a diarréia, que cede com a continuidade do uso.

O óleo de coco também pode ser utilizado para finalizar pratos quentes, já que é estável quando submetido a altas temperaturas. Porém, para a preservação de seus antioxidantes, recomenda-se que seja utilizado em preparações frias, como saladas, sucos e shakes ou em torradas e tapiocas. Além de ser ingerido, o óleo de coco pode ser utilizado com finalidades cosméticas. Como não possui conservantes e/ou substâncias químicas alergênicas, garante o aporte de antioxidantes na pele, atua como excelente hidratante e promove a melhora da elasticidade cutânea, conferindo uma aparência mais jovem e sadia.

Fonte do texto e foto: http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/369.pdf

Pesquisa caracteriza a diversidade genética de inhame

O inhame (Dioscorea spp.), também conhecido como “cará” em algumas regiões do Brasil, constitui alimentação básica para mais de 100 milhões de pessoas e representa, atualmente, uma das mais importantes culturas de raízes e tubérculos do mundo. Neste cenário, a África detém a hegemonia, sendo responsável por cerca de 96% da produção mundial de inhame, onde destaca-se países como Gana, Costa do Marfim e Nigéria.
Embora o Brasil possua registros de cultivo de inhame desde os primórdios da colonização e apresente condições favoráveis para o cultivo e exploração dessa cultura, sua participação no mercado mundial ainda é pequena, cerca de 0,5%.
Entre as espécies importantes economicamente no cenário mundial, destaca-se D. cayenensis (inhame amarelo) e D. rotundata (inhame branco). Atualmente, existem ainda controvérsias sobre a taxonomia dessas espécies. Visto que existem atualmente no Brasil poucas pesquisas relacionadas ao inhame, um estudo desenvolvido no programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), procurou caracterizar a diversidade genética de variedades de Dioscorea cayenensis e D. rotundata provenientes de diversos municípios das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, utilizando marcadores morfológicos e moleculares.
Os resultados demonstraram elevada variabilidade genética para ambos os marcadores, morfológicos e microssatélites, entre os acessos. Observou-se que a maior parte dessa variabilidade encontra-se entre regiões e entre espécies, e que essa variabilidade encontra-se estruturada no espaço, havendo alta e significativa correlação entre distâncias genéticas e distâncias geográficas, bem como alta correlação entre ambos os marcadores.
Tanto as análises de agrupamento, como as análises de coordenadas principais, indicaram a separação dos acessos em dois grupos distintos: grupo I, com acessos coletados na região Nordeste e em sua maioria identificados como pertencentes à espécie D. rotundata, e grupo II, com acessos coletados na região Sudeste e em sua maioria identificados como pertencentes à espécie D. cayenensis, sendo que os três acessos coletados na região Sul ficaram ou na zona intermediária entre os dois grupos, ou em um dos grupos. Diante desses dados pode-se inferir que no Brasil ocorre, aparentemente, uma separação entre as espécies em estudo, sendo que D. cayenensis ocorre principalmente na região Sudeste, e D. rotundata ocorre predominantemente na região do Nordeste.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sesa apresenta relação estadual de 30 plantas medicinais

De 21 a 25 deste mês a Secretaria da Saúde do Estado promoverá a Semana da Planta Medicinal, com debates, exposições e oficinas que mostram a importância e utilização dos fitoterápicos na saúde pública. A abertura da programação ocorrerá às 16 horas, no auditório da Sesa, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. Na abertura, será feita a apresentação da relação estadual oficial de plantas medicinais, conforme portaria Nº 275/ 2012 assinada pelo secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos, e a entrega da Comenda Farmácias Vivas a agrônoma Francisca Cavalcanti, do Horto de Plantas Medicinais Professor Francisco de Abreu Matos, da UFC. Haverá ainda homenagem póstuma ao professor Matos, criador das Farmácias Vivas.

De acordo com a portaria, 30 compõem a relação estadual de plantas medicinais para prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças prevalentes no Ceará, observando que na prescrição deve ser utilizada a nomenclatura oficial definida pelo Guia Fitoterápico, publicação que traz a indicação terapêutica e duração do tratamento. Entre as 30 plantas medicinais, as mais conhecidas e utilizadas pela população atendida nas unidades ambulatoriais da rede estadual de saúde, como o Centro de Saúde do Meireles, Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão e o Dona Libânia, são o alecrim pimenta, pomada de confrei, aroeira, chambá. Do alecrim pimenta é feito sabonete para pele. A pomada de confrei tem aplicação em ferimentos. Já a aroeira trata inflamações e o chambá gripe.

As plantas medicinais são cultivadas no Horto Estadual, que fica no Núcleo de Fitoterápicos da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Sesa, Avenida Washington Soares, 7605, Messejana. São elas: açafroa, agrião-bravo, alecrim pimenta, alfavaca-cravo, aroeira do sertão, babosa, cajazeira, capim santo, chambá, colônia, confrei, cumaru, erva-cidreira, eucalipto-medicinal, funcho, gengibre, goiabeira-vermelha, guaco, hortelã-japonesa holmes, hortelã-rasteira, malvarisco, malva-santa, maracujá, mastruço, melão-de-são-caetano, mentrasto, mororó, pau d’arco roxo, quebra pedra e romanzeira.



Texto completo:

Olinda recebe o 1º Seminário para o Cultivo de Plantas Medicinais

Refletir sobre a importância do cultivo de plantas medicinais e adquirir conhecimento sobre elas para a prevenção e combate às doenças, através da medicina popular. Eis o tema a ser discutido no 1º Seminário para o Cultivo de Plantas Medicinais, que acontece nesta sexta-feira (18 de maio), no horário das 14h às 17h, na Padaria Max Pan, localizada na Rua Potiguar, Cidade Tabajara.

O evento, que tem o apoio da Secretaria do Orçamento Participativo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, traz como objetivo principal orientar os presentes no que se refere ao cultivo e preparo de ervas e plantas, será iniciado com o credenciamento dos participantes e segue com a abertura da mesa política a ser conduzida pelo palestrante Ramos Francisco de Senna, representante do Centro de Informação de Medicina Popular (CEFOMPE). Participam da iniciativa estudantes, entidades civis e todos os interessados pelo tema abordado. As inscrições são gratuitas.

Link:
http://www.olinda.pe.gov.br/meio-ambiente/olinda-recebe-o-1o-seminario-para-o-cultivo-de-plantas-medicinais

Assim e assado

Se existe um segredo para o estabelecimento de vínculos afetivos realmente verdadeiros, ele está presente “na flexibilidade com a qual se conduz cada relação”. Sendo assim, é fundamental saber aceitar as diferenças, os valores e as vontades dos outros.

Aliás, aceitar o outro não é somente tê-lo presente no seu espaço físico, é dividir espaços sem perder hierarquias. Também, e essencialmente, fazer com que o "meu" discurso cotidiano não se faça único, ou seja, apenas limitado nas expressões verbais "eu sou assim", "eu penso assim" e “é assim que vai ser”. Afinal, o uso descomedido dessas expressões pode dilacerar “laços” de amizade e, consequentemente, perverter a humanidade do ser que se apresenta humano.

Não sendo "assim", o distanciamento entre esses “pares-ímpares” ocorrerá lentamente, quase na invisibilidade das horas, todavia será certeiro...e quase sem volta!

Na dúvida entre as ações e os falares, tome um chá de ervas. Relaxe músculos e mature os pensares. Depois, na exatidão da vontade oculta, dialogue e contracene. Há muitos “fatores” e tantos outros “atores” presentes em sua narrativa de vida, por que insistir em representar tantos monólogos?


Texto presente do amigo e irmão João D’Olyveira

Noz-moscada na Medicina Tradicional Chinesa

A noz-moscada tem a sua história bem detalhada, pois era uma das especiarias cobiçadas na época das grandes navegações. No entanto, mesmo tendo fama como condimento, ainda são poucos os países produtores, com destaque para a Indonésia e o Sri Lanka. O Brasil, apesar de suas extensas áreas, não investe no plantio dessa especiaria, e somente é importador a noz-moscada.

Em nosso país, alguns acham que a planta nasce espontaneamente. Mas esta confusão ocorre porque há plantas que também recebem o nome de noz-moscada, principalmente porque o aroma é um pouco semelhante, como, por exemplo, a Virola surinamensis, a Cryptocarya moschata e a Alpinia zerumbet.

A famosa noz-moscada, consumida em todo o mundo (um bocado cara), é uma árvore, cujo nome científico é Myristica fragans Houtt., e cuja origem está na Indonésia. A sua semente é a parte aproveitada como condimento, mas também tem o produto denominado de macis, mais caro do que a própria semente, o qual é obtido do arilo da semente.

Além do uso na fitoterapia, com usos, por exemplo, como antimicrobiana e antioxidante, as sementes raladas fazem parte de pratos domésticos e estão presentes nas indústrias de doces, de salgados e de bebidas. O óleo volátil, obtido das sementes, faz parte de fitoterápicos.

Sobre efeitos tóxicos, as gestantes devem evitar a dose de 2 a 3mg/kg por ser abortivo, acima de 5 gramas é considerada alucinógena.

Com relação à sua composição química, o óleo de macis possui uma quantidade mais elevada de miristicina, princípio alucinógeno, do que o óleo de noz-moscada.  Também fazem parte, por exemplo, os princípios elemicina, safrol e trimiristina, os quais produzem efeitos ansiogênicos, similares aos agonistas da serotonina e o eugenol, que possui atividade antioxidante, com inibição da produção de óxido nítrico, considerado o causador do efeito afrodisíaco devido às suas propriedades vasodilatadoras e de relaxamento da musculatura lisa.

A noz-moscada na MTC

Aroma, cor e sabor são alguns dos princípios usados na cozinha da MTC.
Cada elemento – Água (R/B), Madeira ( F/VB), Fogo (C/ID), Terra (E/BP) Metal (P/IG),  atende a um conjunto de características, seja na natureza, na personalidade, na constituição física/emocional e, no caso deste artigo, nos sabores do qual o tempero escolhido foi a noz-moscada. 

A noz-moscada é utilizada na Medicina Tradicional Chinesa, para ativar o Yang, gerando calor e energia no indivíduo. Ela regulariza o Aquecedor Médio (Estômago, Baço/Pâncreas, Vesícula Biliar, Fígado), reduz o Yin, regula e favorece o Qi (energia), remove estagnação de Xue (sangue), reduz inchaços/edemas, melhora as dores abdominais e favorece a digestão.

Texto: Acupunturista Fabia Cilene Dellapiazza e Marcos Roberto Furlan


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Seguridade aprova bula obrigatória em remédio manipulado


A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (9) proposta que obriga as farmácias de manipulação a incluírem bula em seus medicamentos. O folheto deverá conter dados como contraindicações ao uso do remédio, possíveis interações medicamentosas e posologia para cada caso. A medida está prevista no Projeto de Lei856/07, do deputado Neilton Mulim (PR-RJ). A proposta foi aprovada na forma de um substitutivo do relator, deputado Mandetta (DEM-MS).

O relator excluiu a obrigatoriedade de confecção das bulas para as chamadas ervanárias, que vendem plantas medicinais. “As plantas medicinais, conforme orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS), devem seguir uma regulamentação diferente daquela dos medicamentos, considerando as características culturais e os costumes de cada comunidade ou região e, em especial, a segurança em seu uso”, afirmou.


Data: 16.05.2012

A biodiversidade como fonte de medicamentos

Texto de 2003, mas imprescindível.

Parte do texto:


O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, estimada em cerca de 20% do número total de espécies do planeta. Esse imenso patrimônio genético, já escasso nos países desenvolvidos, tem na atualidade valor econômico-estratégico inestimável em várias atividades, mas é no campo do desenvolvimento de novos medicamentos onde reside sua maior potencialidade.

A razão dessa afirmação é facilmente comprovada quando se analisa o número de medicamentos obtidos direta ou indiretamente a partir de produtos naturais. Para ter uma noção do impacto desses medicamentos no mercado mundial, somente as estatinas foram responsáveis por um mercado de US$ 19 bilhões em 2002. A terapêutica moderna, composta por medicamentos com ações específicas sobre receptores, enzimas e canais iônicos, não teria sido possível sem a contribuição dos produtos naturais, notadamente das plantas superiores, das toxinas animais e dos microrganismos.

O mercado mundial desse grupo de drogas atinge vários bilhões de dólares. Estima-se que 40% dos medicamentos disponíveis na terapêutica atual foram desenvolvidos de fontes naturais: 25% de plantas, 13% de microrganismos e 3% de animais. Somente no período entre 1983-1994, das 520 novas drogas aprovadas pela agência americana de controle de medicamentos e alimentos (FDA), 220 (39%) foram desenvolvidas a partir de produtos naturais.


Importância da flora espontânea dos quintais- III

Um nome popular de planta bem conhecido no meio rural é o caruru, ou bredo, comum no Norte e no Nordeste. Plantas que recebem este nome, geralmente, indicam solo rico em matéria orgânica, sendo consumidas como alimento, tanto por seres humanos quanto por animais. Outro uso, não conhecido por muitos, mas que aprendemos com as comunidades, é que essa planta atraem muitos besouros “pragas”. Dizem que, quando retiramos os carurus, esses insetos, por não terem mais o alimento, acabam atacando as plantas cultivadas.
Na publicação Flora Brasiliensis, de Carl Friedrich Philipp Von Martius, concluída em 1868, os carurus já eram citados. Os índios consumiam o caruru refogado, que era servido para acompanhar as carnes de caça ou o peixes, enquanto os escravos caprichavam no tempero. Na culinária atual, é mais consumido no Norte e no Nordeste, fazendo parte de alguns pratos típicos, como no “efó da Bahia”.
Com relação aos aspectos nutricionais, os carurus são valorizados em função dos altos teores de lisina (aminoácido) e de ferro, mas a presença de oxalato de cálcio, que pode gerar cálculos renais, exige que seja consumido em pequenas quantidades. Se bem que, para causar algum problema, o uso seria contínuo e em grandes quantidades.
Aliás, iremos fazer, na Universidade de Taubaté, uma pesquisa para quantificar e comparar  os teores de oxalato de cálcio do caruru (Amaranthus retroflexus ou do A. viridiscom os de outras hortaliças.
É importante ressaltar, que, quando alguém cita o caruru, ele poderá estar se referindo a uma das seguintes espécies: Amaranthus hibridus L. (foto 1), Amaranthus lividus L., Amaranthus spinosus L., Amaranthus retroflexus L. (foto 2), Amarantuhs viridis L. (foto 3), e que nem todos podem ser consumidos.
Não comum no Brasil, há o Amaranthus hypochondriacus, que pode gerar um produto semelhante à pipoca.


Foto 1
Foto 2
Foto 3
Nas fotos anteriores estão os mais utilizados nas refeições.

            Fonte das fotos:
Foto 1: 
Foto  2: 
Foto 3: 

Texto: Marcos Roberto Furlan e colaboração da farmacêutica Giany Margareth de Cassia Thomazin

Caruru com coco

Ingredientes:
2 maços de caruru
1 vidro de leite de coco (250 ml )
2 xícaras (chá ) de  tomates picados
1 xícara (chá )  de cebola  picada
1 colher (chá) de alho amassado
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
Sal e pimenta a gosto
Coentro picado a gosto

Preparo:
Destaque as folhas de caruru, lave-as e leve-as para escaldar e
tirar o visgo. Escorra-as e reserve. Faça um molho, fritando a cebola
e o alho no azeite. Junte os tomates e deixe cozinhar até encorpar. Junte o coentro e tempere com sal e pimenta. Acrescente
o caruru e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos. Junte o leite de
coco e, assim que levantar fervura, apague o fogo.
Servir  acompanhado de arroz.

Sopa de caruru

Ingredientes:
1 molho grande de caruru
1 colher (sopa ) de manteiga
1 colher (sopa ) de fubá ou creme de milho
1\2 colher (chá) de alho amassado
1 folha de louro
6 xícaras (chá) de caldo de carne ou de galinha
2 colheres (sopa ) de cebola picadinha
Sal e pimenta a gosto

Preparo:
Coloque a manteiga em uma panela, junte a cebola e o  alho e refogue. Depois, junte o fubá, refogue-o  até dourar.
Acrescente o caldo de carne ou de galinha e a folha de louro. Deixe levantar fervura. Acrescente as folhas de caruru  e cozinhe por mais  10 a 15 minutos, ou até o caruru ficar cozido.

Receitas extraídas da publicação disponível no blog
http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2012/05/embrapa-cartilha-sobre-cultivo-e.html

O texto da receita foi adaptado pelo autor.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sobre as classificações dos grupos das Angiospermas

Há algum tempo, as Angiospermas eram divididas, segundo Engler (1964), em Monocotiledôneas (apenas um cotilédone nas sementes) e Dicotiledôneas (dois cotilédones nas sementes). No entanto, esta classificação apresentava alguns problemas, pois algumas espécies, apesar delas terem dois cotilédones, possuíam também algumas características das monocotiledôneas.

Depois, foi proposto, segundo Cronquist (1988), dividi-las em Liliopsida e Magnoliopsida. Atualmente, com base no DNA, cujo sistema é conhecido como APG - Angiosperm Phylogeny Group, as angiospermas são divididas nos seguintes grupos:

Monocotiledôneas: com características específicas das monocotiledôneas (um cotilédone, raiz fasciculada e folhas com nervuras paralelas, por exemplo). Ex. capim-limão.

Dicotiledôneas basais (podem ser também denominadas de Angiospermas basais): são poucas as espécies deste grupo (cerca de 3% das angiospermas). Possuem algumas características primitivas e algumas semelhanças com as mono e com as dicotiledôneas. Ex.: magnólia.

Eudicotiledôneas centrais (ou somente eudicotiledôneas): são as verdadeiras dicotiledôneas. Possuem características que evidenciam facilmente as diferenças entre elas e as monocotiledôneas. Ex.: hortelã.

Texto: Acupunturista/Fitoterapeuta Fabia Cilene Dellapiazza e Marcos Roberto Furlan 

Para ampliar o conhecimento no tema: 

Diferenças entre monocotiledônea e dicotiledônea 


Refresco contra a dor » Revista Herbarium

Texto completo: Refresco contra a dor » Revista Herbarium


A hortelã-pimenta (Mentha x piperita L.) é a mais nova integrante da lista de fitoterápicos disponíveis no Sistema Único de Saúde, que agora oferece à população medicamentos à base de 11 plantas medicinais. Rica em vitamina C, a hortelã já é conhecida por dar uma força no alívio dos sintomas de gripes e resfriados, mas na relação do SUS ela aparece com a indicação para tratamento da Síndrome do Intestino Irritável (SII). Este problema afeta 10% dos brasileiros (a maior parte, mulheres) e tem como sintomas: dores abdominais, diarreia ou prisão de ventre.

A inclusão da hortelã na lista do SUS veio um ano depois da divulgação de um estudo, feito na Austrália, que comprovou pela primeira vez que a erva, de fato, alivia a dor dos pacientes com a síndrome. Pesquisadores da Universidade de Adelaide observaram que a Mentha x piperita L. ativa um canal anti-dor no cólon (parte do intestino grosso), reduzindo a sensibilidade das fibras intestinais. São elas que sofrem horrores quando a pessoa ingere, por exemplo, temperos como mostarda e pimenta. A descoberta, publicada no jornal Pain (Dor, em português) é o primeiro passo para determinar um novo tratamento para a síndrome, afirmaram os cientistas.

Na época da divulgação do estudo, os pesquisadores enfatizaram que o consumo de alimentos gordurosos e condimentados, além da ingestão de cafeína e de álcool, não é o único fator que explica o aparecimento da síndrome. “Parece haver uma ligação entre a SII e a ocorrência anterior de gastroenterite, o que deixa as fibras do intestino mais sensíveis”, disse o coordenador do estudo Stuart Brierley, especialista em dores do trato gastrointestinal. A gastroenterite é caracterizada por inflamações causadas por vírus, bactérias e parasitas que contaminam a água e os alimentos.

E aqui também a hortelã pode ajudar. A planta é dotada de um princípio ativo, chamado óxido de piperitenona, capaz de eliminar amebas e giardias, causadoras de dores de barriga, vômitos e diarreia. “A ação da hortelã como antiparasitário é conhecida no meio acadêmico pelo menos desde 1985, mas desde muito antes já era considerada pelo povo como boa para combater vermes”, afirma o agrônomo fitopatologista, Jean Kleber Abreu Mattos, professor da Universidade de Brasília. Em seus estudos, Mattos já atestou altas concentrações de óxido de piperitenona em três espécies: Mentha spicataMentha suaveolens e Mentha x villosa. Mas quem tem pressão baixa deve ter cuidado. “Estudos apontam o óxido de piperitenona como tendo uma possível ação vasodilatadora”, alerta Mattos. Diante das particularidades de cada pessoa, é indispensável conversar com um especialista antes de fazer uso da planta.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Aprende a cultivar Stevia, la planta que puede curar la diabetes


Hace un tiempo veíamos un documental llamado Plantas que curan, Plantas prohibidas en el conocíamos a Josep y su cruzada por el uso de estas plantas increíbles, la stevia es la planta que hizo abrir los ojos de Josep a este mundo de plantas que curan, de ahí que se lo apode como el pagés de la Stevia.  Josep, de su propia mano les comparto este extenso y manual para su cultivo, reproducción y cuidados.

Tenerla en casa y comerla de ves en cuando, aunque estemos sanos, nos aportara grandes beneficios, ya que regula el azúcar en la sangre, reduce la presión arterial,  regula el aparato digestivo en general, actúa favorablemente en muchas personas con ansiedad, reduce la grasa en personas obesas y es diurética.

MANUAL DE CULTIVO, REPRODUCCIÓN Y USO DE LA STEVIA REBAUDIANA

La Stevia, planta de origen tropical (Paraguay), tiene un comportamiento distinto del natural en climas mediterráneos, donde los días acortan mucho durante el otoño-invierno, provocando así una parada importante en el crecimiento de la planta (en cambio, en las islas Canarias su comportamiento es más similar al de sus orígenes tropicales).Por este motivo, la planta que es plurianual (es decir, que puede rebrotar 4-5 años), cada primavera arranca otra vez con fuerza, rebrotando nuevos y numerosos brotes desde debajo de las raíces.A partir de la primavera y casi hasta mediados de agosto, se puede reproducir por esquejes (caso similar al de los geranios). Por medio de este sistema, de una planta de Stevia que rebrote en primavera se puede hacer de 200 a 500 plantas, esquejando durante todo el tiempo que vegeta. Hay que tener en cuenta no plantar un rebrote que acabe en flor, porque nunca enraizaria.

Por otro lado, los brotes de primavera y verano pocas veces suelen tener flor. Flores que, por otro lado, nunca darían lugar a semillas con poder de germinación, de ahí que la reproducción se haya de hacer por esqueje y no por semillas. De esta manera, si partimos de una buena variedad conservaremos siempre las propiedades medicinales.

Para asegurarnos que un brote de Stevia sin raíces enraíce bien, hay que seguir los siguientes pasos:


1º.-Hay que llenar la maceta con turba adobada, que se puede encontrar en cualquier “garden” o vivero, y regarla hasta que la turba quede bien empapada.

2º.-Cortar los 10 cm finales de un brote de Stevia de unos 20 cm de alto (asegurarse que no acaba en flor). De estos 10 cm de tallo, quitar las 2-3 hojas de la parte de abajo, para facilitar su enterramiento en la turba, presionando bien fuerte con los dedos alrededor del tallo par que haga contacto con la turba húmeda.No dejar pasar mucho tiempo desde que se corta y hasta que se planta el brote. Mejor cortar y plantar inmediatamente o mantener en agua como si fuesen flores cortadas.


3º.-Depositar la maceta en un lugar sombreado, para evitar que el sol impida el enraizamiento y regarlo 3 veces al día (por la mañana, a medio día y por la tarde).
Observación: Cuando se dice poner una planta recién plantada en un lugar sombreado, significa ponerla siempre en un invernadero o al aire libre en un lugar en que no le de el sol directamente en ningún momento.Si es al aire libre, ponerla un lugar resguardado del viento para evitar la deshidratación excesiva. Un lugar sombreado no quiere decir el interior de una habitación o un almacén oscuro.


4º.-A los 28-30 días el brote de Stevia comenzará a ponerse derecho, y cuando se observe que alguna hoja nueva empieza a salir, ya se puede poner en una zona con más sol, donde ya no parara de crecer.Cuando el brote transplantado comienza a sacar hojas nuevas, dejar de regar 3 veces al día y regar sólo una vez, al principio del día.
Durante el verano, es necesario regar todos los días, pero en primavera y otoño, esperar a regar a que la tierra no de sensación de humedad en contacto con la mano.
Durante el invierno, al estar la planta parada, regar muy poco, para evitar que se pudran las raíces, ya que de ellas han de volver a brotar nuevas plantas durante la primavera.


5º.-Al cabo de dos meses de haber replicado o transplantado el brote sin raíces a la maceta, transplantar por segunda vez al lugar definitivo, que puede ser al aire libre, en el suelo de un jardín, huerto o campo de cultivo, dentro de un invernadero o a una maceta bastante grande, para facilitar el máximo crecimiento de la planta.
El invernadero permite avanzar la producción unas semanas en primavera y retardar la decadencia en el otoño.En los meses más fuertes del verano, el invernadero se puede sombrear un poco para evitar el calor excesivo y simular el clima tropical del que es originaria la Stevia. A pesar de todo, al aire libre se desarrolla muy bien.


6º.-Cuando se llega al final del otoño y notamos que la planta ya no tiene ganas de crecer y se llena de flores, es el momento de recortarla, dejándola a 10 cm de altura y aprovechando para secar las hojas que aun quedan.


7º.-Para secar las hojas durante el verano de modo correcto, procurar que no les de el sol directamente, con el fin de preservar todas las propiedades medicinales.Las hojas de última hora, cuando se poda la planta para pasar al invierno, es inevitable secar
las al sol, aunque en pequeñas cantidades, se pueden secar en el interior de la vivienda donde habrá mejor temperatura.

OBSERVACIONES DE ABONO Y TRATAMIENTO

ABONADO

Es una planta poco exigente. Con el adobo orgánico, no hay problema en pasarse con la dosis, pero en el abono mineral o químico, vigilar no añadir en exceso, porque la planta ser resiente mucho e incluso puede colapsarse y morir.

El abono mineral o químico, se ha de comenzar a aplicar a los dos meses del transplantado, poco pero a menudo (cada 30 días). El abono mineral, tiene que llevar más potasio que fósforo y nitrógeno, y estar enriquecido en microelementos.

Con un buen abono orgánico, es suficiente una aplicación al año, al inicio de la primavera, si la planta esta plantada en el suelo, o añadir un 20-30 % de turba si esta en maceta.

TRATAMIENTOS

La Stevia es una planta muy resistente a los insectos y los hongos, si no se abusa del riego y los abonos químicos nitrogenados.En caso que se observe algún pulgón o mosca blanca, se recomienda hacer tratamientos con extractos de ajo, aceites de Nem u otros productos autorizados por la Agricultura Ecológica.Si se observa a alguna oruga, no es necesario aplicar ningún tratamiento, excepto cuando el ataque es muy fuerte, caso en que se recomienda tratar con preparados hechos con Bacillus thuringiensis (es un insecticida ecológico que no requiere plazos de seguridad).

Con estos tratamientos nos aseguramos una recolección de hojas sin toxinas, permitiendo obtener todas las propiedades medicinales que la planta contiene.

Curso em São Paulo - Conexão com a Natureza


A UMAPAZ oferece de 31 de maio a 21 de junho de 2012, das 9h às 12h, o curso Conexão com a Natureza, com o objetivo de propiciar aos participantes conhecimentos básicos sobre as ciências da terra. Serão tratados temas nas áreas de Geologia, Ecologia e Agronomia. O curso é aberto a educadores, estudantes e interessados. São 25 vagas e os interessados devem se inscrever pelo e-mail: inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br

Conteúdo Programático:

1º Aula: 31/05/12 das 9h às 12h
Tema: Hortas Orgânicas e Compostagem
Proposta: Apresentar aos participantes várias maneiras de se implantar uma horta urbana e como fazer diversos tipos de compostagem.
Aula prática no viveiro da Escola de Jardinagem.
Prof. Eng. Agrônomo Adão Luiz Martins

2º Aula: 05/06/12 das 9h às 12h
Tema: Evolução do Planeta Terra
Proposta: Propiciar aos participantes conhecimentos sobre as mudanças físicas e químicas que o planeta passou desde sua formação.
Prof. Geólogo Paulo Varella

3º Aula: 12/06/12 das 9h às 12h
Tema: Sementes, Mudas e Florestas.
Proposta: Coletar sementes de árvores nativas. Mostrar como se faz a quebra de dormência e o plantio.
Aula prática no Viveiro Manequinho Lopes.
Profa. Bióloga Yone Hein

4º Aula: 14/06/12 das 9h às 12h
Tema: Arborização Urbana.
Proposta: Discutir critérios de escolha dos espécimes vegetais plantados em áreas urbanas, tipos de plantio, podas e controle de pragas e doenças.
Prof. Eng. Agrônomo Luis Paulo Sacchetto

5ª Aula: 19/06/12 das 9h às 12h
Tema: Visita Técnica ao Parque do Ibirapuera.
Proposta: Apresentar a história da criação do parque, a vegetação predominante, abordar a poluição dos lagos e as possíveis formas de controle.
Aula: Teórico – pratica, com passeio para reconhecer  diferentes espécimes de árvores.    
Prof. Biólogo Vitor Otavio Lucato

6º aula: 21/06/12 das 9h às 12h
Tema: Ecologia Geral.
Proposta: Apresentar conteúdo teórico sobre a Ecologia e discutir a importância sobre esse tema na preservação da vida no planeta.
Prof. Biólogo Vitor Otavio Lucato

Serviço: Curso: Conexão com a Natureza
Dias e Horário: 31 de maio e 05, 12, 14, 19 e 21 de junho de 2012, das 9h às 12h.
Público focalizado: educadores, estudantes e interessados em geral.
Coordenação: Biólogo Vitor Lucato
Local: UMAPAZ – Av. Pedro Álvares Cabral – Portão 10 – Parque Ibirapuera
Prédio da Escola Municipal de Astrofísica (ao lado do Planetário)
Vagas: 25, por ordem de inscrição

Tese produz subsídios para aproveitamento sustentável de bromélia nativa da Mata Atlântica


“Seus frutos são ingeridos tanto in natura como em preparados, como remédio contra a tosse, com ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e de bronquite. Os mesmos frutos são considerados antihelmínticos, sendo que seu sumo tem ainda efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas”. A descrição do potencial da Bromelia antiacantha, publicada pelo padre pesquisador Raulino Reitz no fascículo da Flora Ilustrada Catarinense “Bromeliáceas e a malária – bromélia endêmica” permanece como estímulo a novos estudos.

O pensamento do padre botânico de que “Todas as plantas são potencialmente úteis” está presente na tese ´Uso e manejo de Caraguatá (Bromelia antiacantha) no Planalto Norte Catarinense: está em curso um processo de domesticação?`, em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC.

O trabalho da bióloga Samantha Filippon com a bromélia nativa da Mata Atlântica é uma continuidade dos estudos iniciados em seu mestrado, orientado no mesmo programa pelo professor Maurício Sedrez dos Reis (e agora com coorientação do professor Nivaldo Peroni). “Esperamos que com o aprofundamento dos estudos etnobotânicos se possa resgatar e caracterizar junto à comunidade local as formas de manejo da espécie”, explica Samantha.

Conservabio

A pesquisa é realizada em áreas da Floresta Nacional de Três Barras, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental do governo brasileiro. A floresta é localizada no planalto norte de Santa Catarina, entre os municípios de Três Barras e Canoinhas. O trabalho envolve a comunidade de Campininha, que participa do projeto “Rede para geração do conhecimento na conservação e utilização sustentável dos recursos florestais não madeiráveis da Floresta Ombrófila Mista”, sigla Conservabio. A iniciativa é financiada e coordenada pela Embrapa.


Os estudos de Samantha são executados em uma área de floresta secundária, utilizada como mangueirão para animais cerca de 60 anos atrás, e onde atualmente existe uma grande densidade da Bromelia antiacantha. Se estendem também a uma área caracterizada como mata nativa, em que há décadas foi realizada exploração madeireira, e a algumas propriedades rurais na comunidade.

A meta é esclarecer aspectos sobre o manejo do caraguatá nas paisagens com maior interferência humana, principalmente na confecção das cercas vivas. O projeto vai buscar informações sobre a seleção das plantas, de onde vêm as mudas, quem faz as cercas e porque – pois ainda que não sejam mais utilizados os antigos mangueirões, ainda são feitas cercas com a bromélia. Estas estruturas de gravatá são utilizadas há décadas, o que foi comprovado por Samantha ao visitar as propriedades e em relatos de agricultores de que algumas existem há cerca de 70 anos.

Domesticação

Em sua dissertação, a bióloga já havia observado que vários agricultores praticaram ou praticam algum tipo de manejo sobre o caraguatá. “Pelo fato de existir manejo e seleção de plantas, principalmente para as cercas vivas, seja por vigor, facilidade de manuseio ou crescimento rápido, pode estar em curso um processo de domesticação dessa espécie pela comunidade local”, considera Samantha, que tem como desafio em sua tese elucidar aspectos culturais envolvidos no uso e manejo da bromélia. Sua investigação associa   estudos demográficos (para documentação de padrões de propagação, brotação, frutificação e crescimento, entre outros) a pesquisas genéticas e etnobotânicas.


“Essa espécie mostra potencial econômico e seu uso pode ser estimulado com a utilização em programas de diversificação ou de incremento de renda para comunidades rurais e semi-urbanas”, considera a bióloga. “Mas são necessários mais estudos para avaliar o impacto da extração sobre a diversidade genética e a regeneração natural, assim como sobre sua disponibilidade para a fauna, o que pode auxiliar o estabelecimento de estratégias sustentáveis de manejo”, complementa.

Segundo ela, ainda que a Bromelia antiacantha reúna características medicinais, alimentícias, ornamentais e industriais, é uma espécie pouco estudada quanto a seu uso. Em pesquisa na literatura, Samantha não encontrou estudos sobre a domesticação do caraguatá, apesar da expressiva utilização em comunidades rurais do Planalto Norte Catarinense e também no Rio Grande do Sul.

Ecologia da espécie

Outros pesquisadores já descreveram características medicinais, alimentícias, ornamentais e industriais (para fabricação de fibras para tecidos, cordoaria e de sabão) do caraguatá. Sua utilização na medicina popular é descrita desde a década de 1940.


No trabalho de mestrado desenvolvido entre o final de 2007 e o início de 2009, Samantha observou que na comunidade de Campininha, em Três Barras (SC), o caraguatá tem três usos principais: xarope expectorante (feito com frutos maduros), palmito (retirado da base das folhas da bromélia) e em cercas vivas. A pesquisa também possibilitou um maior conhecimento sobre a ecologia da planta, sua reprodução, período de floração e predadores.

Segundo Samantha, um levantamento preliminar indica o início da construção de um mercado para o caraguatá. Há comercialização em bancas medicinais em mercados públicos, feiras e eventos relacionados à biodiversidade ou a plantas medicinais. A comercialização acontece tanto em cacho como em pacotinhos contendo cerca de 100g. Há também comercialização de mudas,  licores e geleias. A defesa da tese está prevista para o inicio de 2013.

Mais informações: samabiol@gmail.com / Fone: 48 3721-5322
Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Foto: caraguatá