Mercado promete movimentar US$
93,5 bilhões até 2015 no mundo
Foz - As dificuldades
enfrentadas para que o uso e cultivo de plantas medicinais se difundam ainda
mais em todo o País dominaram o debate durante a 1ª Jornada Paranaense de
Fitoterapia, no Cineteatro dos Barrageiros. O evento antecedeu o 3º Congresso
Ibero-Americano de Fitoterapia, que acontece até hoje em Foz do Iguaçu.
Participam representantes de todos os elos da cadeia produtiva, de agricultores
a gestores de laboratórios.
“Em São Paulo, o produtor rural
não está acostumado a ter treinamento”, disse o professor Marcos Furlan, da
Unitau. “E ainda fica assustado ao saber que a planta medicinal, por muitas
vezes, para criar o princípio ativo, precisa sofrer stress.” De todos os
medicamentos prescritos por ano pelos profissionais da saúde, 3,5% são
fitoterápicos. As regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras, dado que
chama a atenção do pesquisador Benjamin Gilbert, da Fundação Oswaldo Cruz.
“Essa iniciativa da Bacia do
Paraná 3 [se referindo ao programa Plantas Medicinais, da Itaipu],é uma das
melhores do País. Gostaríamos de implantá-la em outros lugares, como, por
exemplo, no Sul da Bahia. Lá existem grandes assentamentos, com muitos
problemas de saúde e uma grande deficiência de medicamentos”. A previsão é que
o mundo consuma, até 2015, US$ 93,5 bilhões em fitoterápicos e o Brasil precisa
avançar para abocanhar uma fatia desse mercado.
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