Em regiões mais frias do Brasil, encontramos nas beiradas das matas uma espécie com acúleos (semelhante aos espinhos, mas se diferem por serem mais fáceis de se serem destacados da planta) da mesma família da rosa, da framboesa e do pêssego. Na medida em que se adentra na mata, vão ficando raros os exemplares desta planta.
Seu nome científico Rubus rosaefolius (sininônimo Rubus rosifolius) lembra o gênero da amora (Rubus), incluindo a amora-preta e a framboesa, e a sua família, Rosaceae. Nativa e conhecida pelos nomes populares amora-do-mato, morango-silvestre e amora-silvestre, dentre outros.
Produz flores brancas e os seus frutos agregados (são vários frutos juntos) são ocos por dentro. Os ramos possuem pêlos glandulares, e as folhas são compostas com 3 a 7 folíolos com formato oval-lanceolado.
O exemplar representado nas fotos ocorre em Visconde do Mauá, locaizado no município de Resende e em altitude superior a 1200 m ao nível do mar. No Rio de Janeiro ocorrem menos de 10 espécies e ou variedades de rosáceas. Seu florescimento, assim como a produção de frutos, ocorre o ano todo.
Popularmente, suas folhas são usadas para cicatrização, como tônicas e revigorante. Os frutos são usados contra diarreia. Pesquisas já indicaram sua ação antimicrobiana.
Na culinária seus frutos podem ser consumidos in natura, ou em geleias e doces. Apesar de ser uma planta que nasce e se desenvolve com facilidade, ela é relativamente pouco pesquisada quanto aos usos medicinais e nutricionais.
O estudo fitoquímico da espécie revelou a presença de triterpenos, importantes compostos com ações terapêuticas.
Foto: amora-silvestre.
Autora: Thais Poças
Texto:
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo
Thais Poças - Nutricionista - pós-graduanda em Fitoterapia
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