Texto:
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro agrônomo
Thais Poças - Nutricionista - pós-graduando em Fitoterapia
Introdução
É comum encontrar diferentes resultados e conclusões quando se compara artigos sobre uma determinada espécie no tratamento da diabetes. Algumas justificativas são relacionadas à variabilidade de princípios ativos que ocorre entre indivíduos da mesma espécie devido a fatores relacionados, como, por exemplo, ao clima, ao solo e à incidência de pragas.
A produção de princípios ativos é originada no metabolismo secundário (também denominado de metabolismo especializado), o qual atua principalmente para produção de defesas das plantas contra os mais diversos tipos de estresse.
No caso de espécies como o alho, há variações nas concentrações de seus compostos químicos entre seus inúmeros cultivares, o que irá influenciar na eficácia da planta para o tratamento de doenças.
Importante destacar também que o alho, na culinária ou como fitoterápico, pode interagir com medicamentos. Deve ser comunicado ao profissional da saúde quando estiver em tratamento com medicamentos alopáticos. Neste link encontrará uma revisão sobre interações que ocorrem quando se usa medicamentos fitoterápicos citando o alho.
Importante destacar também que o alho, na culinária ou como fitoterápico, pode interagir com medicamentos. Deve ser comunicado ao profissional da saúde quando estiver em tratamento com medicamentos alopáticos. Neste link encontrará uma revisão sobre interações que ocorrem quando se usa medicamentos fitoterápicos citando o alho.
Resenha do artigo
KISS, A.C.I.; TAKAKU, M.; DAMASCENO, D.C.; CAMPOS K.E.; SINZATO, Y.K.; LIMA, P.O.; VOLPATO, G.T. Efeito do extrato aquoso de Allium sativum L. sobre parâmetros bioquímicos de ratas com diabete induzido por Streptozotocin. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.8, n.3, p.24-30, 2006.
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido pelas células beta do pâncreas. Esta patologia está cada vez mais presente na população em todo pais e gera custos elevados para o tratamento.
Diversas plantas são utilizadas na medicina popular com a finalidade de tratar o Diabetes mellitus e representa uma alternativa financeiramente viável para o controle desta doença, principalmente em países em desenvolvimento. A espécie Allium sativum L., conhecida popularmente como alho, é uma das plantas utilizada como antidiabético.
Cientificamente, o alho apresenta atividade antibacteriana, ação fibrinolítica, estimula a secreção de insulina, reduz as taxas de lipídios, previne e promove o tratamento de aterosclerose, atua como antioxidante, inibe agregação plaquetária e é antihipertensivo (entre outros efeitos já escritos).
Diversas plantas são utilizadas na medicina popular com a finalidade de tratar o Diabetes mellitus e representa uma alternativa financeiramente viável para o controle desta doença, principalmente em países em desenvolvimento. A espécie Allium sativum L., conhecida popularmente como alho, é uma das plantas utilizada como antidiabético.
Cientificamente, o alho apresenta atividade antibacteriana, ação fibrinolítica, estimula a secreção de insulina, reduz as taxas de lipídios, previne e promove o tratamento de aterosclerose, atua como antioxidante, inibe agregação plaquetária e é antihipertensivo (entre outros efeitos já escritos).
O presente estudo analisou o Allium sativum como tratamento em modelos animais diabéticos, por streptozotocin (STZ). Avaliou o perfil lipídico, a concentração de proteínas e a concentração de glicogênio hepático em ratas Wistar, que receberam 40 mg/kg de streptozotocin por 8 dias.
Após o período diabetogênico, começou o tratamento com administração oral do extrato aquoso do alho. Foram utilizados três grupos, com seis indivíduos em cada grupo. Foram separados para o tratamento: grupo controle que recebia água destilada e outros dois grupos recebendo extrato aquoso de A. sativum, na quantidade de 200mg/kg e 400mg/kg, respectivamente.
Após 28 dias de tratamento, as ratas foram sacrificadas para coleta do sangue e retirada de amostras do fígado, para análises bioquímicas e dosagem do glicogênio hepático respectivamente. Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão. Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo Student-Newman-Keuls e foi considerado como nível de significância estatística, o limite de 5% (p<0,05).
O resultado no perfil glicêmico foi otimista em apenas um grupo, após 29 dias de tratamento (o qual recebeu 400mg do extrato de A. sativum). Este grupo apresentou redução de 13,0% no nível glicêmico utilizando a maior dose em relação ao primeiro dia de tratamento. Entretanto não houve alteração nos grupos das concentrações de proteínas totais, de glicogênio hepático, de triglicérides e de VLDL. Mas o tratamento promoveu redução nas taxas de colesterol total (controle=280,5 ± 30,9; A. sativum 200mg/kg =169,9 ± 19,5 e A.sativum 400mg/kg =148,4 ± 26,6 mg dL-1) e de LDL (controle=128,8 ± 25,3; A. sativum 200mg/kg = 41,4 ± 16,2 e A. sativum 400mg/kg = 42,0 ± 26,0 mg/dL).
Os dados vem de encontro com outros estudos, que relacionam a redução da glicemia e o controle do perfil lipídico pelo composto S-alil cisteína sulfóxido (presente no alho), podendo ter efeito estimulante nas células beta do pâncreas e controle na peroxidação lipídica.
Após o período diabetogênico, começou o tratamento com administração oral do extrato aquoso do alho. Foram utilizados três grupos, com seis indivíduos em cada grupo. Foram separados para o tratamento: grupo controle que recebia água destilada e outros dois grupos recebendo extrato aquoso de A. sativum, na quantidade de 200mg/kg e 400mg/kg, respectivamente.
Após 28 dias de tratamento, as ratas foram sacrificadas para coleta do sangue e retirada de amostras do fígado, para análises bioquímicas e dosagem do glicogênio hepático respectivamente. Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão. Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo Student-Newman-Keuls e foi considerado como nível de significância estatística, o limite de 5% (p<0,05).
O resultado no perfil glicêmico foi otimista em apenas um grupo, após 29 dias de tratamento (o qual recebeu 400mg do extrato de A. sativum). Este grupo apresentou redução de 13,0% no nível glicêmico utilizando a maior dose em relação ao primeiro dia de tratamento. Entretanto não houve alteração nos grupos das concentrações de proteínas totais, de glicogênio hepático, de triglicérides e de VLDL. Mas o tratamento promoveu redução nas taxas de colesterol total (controle=280,5 ± 30,9; A. sativum 200mg/kg =169,9 ± 19,5 e A.sativum 400mg/kg =148,4 ± 26,6 mg dL-1) e de LDL (controle=128,8 ± 25,3; A. sativum 200mg/kg = 41,4 ± 16,2 e A. sativum 400mg/kg = 42,0 ± 26,0 mg/dL).
Os dados vem de encontro com outros estudos, que relacionam a redução da glicemia e o controle do perfil lipídico pelo composto S-alil cisteína sulfóxido (presente no alho), podendo ter efeito estimulante nas células beta do pâncreas e controle na peroxidação lipídica.
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