Das inúmeras doenças silenciosas que atacam nosso organismo, a hipertensão é a mais nociva e a que afeta o maior número de pessoas. Aproximadamente entre 10% e 20% da população mundial sofre deste mal, ainda existem casos relatados em crianças e adolescentes.
A hipertensão arterial sistêmica é considerada um grande problema de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, essa doença é crônica, não transmissível e compromete o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a elevação da pressão arterial, além de ser um do principal fator de risco para doença cardiovascular.
Vários são os fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, tais como:
Idade: prevalência superior a 60% acima dos 65 anos;
Excesso de peso e obesidade;
Alimentação inadequada;
Ingestão excessiva de sal;
Ingestão de álcool: por períodos prolongados de tempo;
Sedentarismo.
O excesso de peso e alimentação são um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença, os quais podem ser revertidos por meio de uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física. Os diabéticos podem ser susceptíveis a hipertensão, por apresentarem aumento da glicemia e algumas alterações de perfis lipídicos
O cloreto de sódio ou sal de cozinha, utilizado diariamente e consumido nas nossas refeições, sempre foi considerado um dos principais vilões para o aumento da pressão arterial, no entanto, outros fatores também estão associados, como genética, obesidade, sedentarismo, consumo em excesso de gorduras e alimentos industrializados (os quais possuem grandes quantidades de sódio). Não podemos esquecer, que o sódio, constituinte do sal de cozinha, é importante e essencial para manutenção do nosso organismo, sendo responsável por manter em equilíbrio os líquidos dentro das células.
Uma maneira de tentar reduzir o consumo de sal, é a utilização de temperos naturais no preparo das refeições, como alecrim, orégano, cebolinha, alho e cebola. Eles podem contribuir com a redução do sal e consequente redução da pressão sanguínea.
A gordura é outra inimiga, deve-se dar preferência aos ácidos graxos poli-insaturados que estão presentes nos vegetais, como milho e soja.
Alguns estudos demonstram que para o controle da morbidade e da mortalidade é fundamental o controle da hipertensão. Profissionais da área sugerem que o paciente esteja consciente que a hipertensão não é uma doença que possui cura, ela é apenas controlável. É muito comum que o hipertenso, por não apresentar sintomas, resista em tomar as medicações, porém com o passar do tempo essa "inimiga oculta" pode aumentar o risco de derrame cerebral e doenças cardiovasculares.
Sintomas
Na maioria dos casos a hipertensão arterial não causa sintomas, porém muitos, de maneira equivocada, associam determinados sintomas a doença, como por exemplo, dores de cabeça, tontura, cansaço e sangramento nasal.
Em casos de hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, ocorre dores de cabeça, vômito, visão borrada, e pode afetar os olhos, coração e rins.
Orientações gerais
Cuidado com o consumo de sal na alimentação, lembrando que os alimentos também podem conter sal em sua composição;
Procurar realizar no mínimo 6 refeições ao dia;
Preferir um estilo de vida mais saudável, por meio de uma alimentação adequada aliada, sempre que possível, à uma atividade física e uma boa ingestão de água;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e do tabaco.
Relaxar é essencial, pois o estresse é extremamente prejudicial, já que ocasiona o aumento da pressão arterial. Então, tente deixar de lado os motivos que são as causas do seu estresse e procure eliminar ou administrar seus problemas. Dica: procure uma atividade de lazer que lhe forneça tranquilidade, como atividades em grupo de relaxamento, atividade física, yoga, pilates, atividades que possam ser positivas para contribuir com o controle da doença.
Preferir:
Carnes magras em preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
Leite/iogurte desnatados, queijos brancos;
Óleos vegetais: soja, canola, azeite, milho, girassol;
Inhame, feijão preto, lentilha, abóbora, cenoura, chicória, couve-flor, vagem, espinafre, nabo, rabanete, abacate, banana, ameixa, laranja, mamão, maracujá;
Temperos como alho, salsa, coentro, cebola, cebolinha, orégano, limão, louro, no lugar do sal.
Evitar:
Carnes gordas e frituras;
Enlatados (molho de tomate, azeitonas)
Carne seca, toucinho, bacon, salame, presuntado
Caldo de carne, de galinha, de bacon ou de vegetais, ou temperos prontos, sopas desidratadas;
Queijos amarelos ou cremosos, nata;
Lembre-se: sempre devemos ler os rótulos dos alimentos, evitando produtos que contenham uma grande quantidade de sódio ou bicarbonato de sódio, fosfato de sódio, glutamato monossódico,hidróxido de sódio, ciclamato de sódio e sacarina sódica;
Estimulantes: café, chá preto, chá mate, guaraná natural, refrigerantes a base de cola (principalmente os dietéticos);
Antiácidos e laxantes sem prescrição médica.
Gizele Bruna Barankevicz
Nutricionista - UNICENTRO
Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – ESALQ/USP
Sob orientação: Profª. Drª. Jocelem Mastrodi Salgado
Postado há 4 weeks ago por GEAF FUNCIONAIS
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