Fonte: Mateus Zimmermann Ascom/ MDA - Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015
Fonte: http://goo.gl/D7JEHb
O sete de setembro de 2015 teve um sabor diferente. Pela primeira vez o Brasil pode comemorar sua independência sabendo que o país saiu do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Fato que merece ser celebrado e relembrado. Entre 2003 e 2013, o número de pessoas subalimentadas – aquelas que não tinham acesso a alimentos imprescindíveis para a manutenção da vida – caiu 82%.
É claro que isso não quer dizer que todos os brasileiros tiveram um prato de comida no feriado, mas o número de famílias que ainda tem dificuldades em garantir sua segurança alimentar reduz diariamente. Essa nova realidade é fruto de um conjunto de ações do governo e da sociedade civil, aliado à crescente capacidade dos agricultores familiares produzirem comida em quantidade e qualidade necessárias para abastecer os lares brasileiros.
Sair do mapa da fome da ONU tem um significado especial quando pensamos na história de nossa nação, desde a chegada dos primeiros navios portugueses, até bem pouco tempo atrás, a grande preocupação era com a geração de renda, seja explorando os recursos nativos ou produzindo itens de exportação. A segurança alimentar não era uma agenda do país.
Mudar esse quadro, não é uma conquista individual, mas uma vitória de muitas brasileiras e brasileiros, como o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e Josué de Castro, que lutaram, pressionaram e participaram da construção de políticas públicas capazes de assegurar comida à mesa da população. Talvez nosso maior exemplo de sucesso nessa área seja a criação e consolidação do Fome Zero.
Reconhecido e exemplo para outros países, o Fome Zero e sua ação intersetorial associado ao Bolsa Família e ao Brasil Sem Miséria criaram medidas estruturais capazes de gerar aumento da renda e da dignidade das camadas mais pobres da população, mudando a realidade de nossa pátria; hoje uma nação mais justa e, consequentemente, mais soberana.
Outro lado importante dessa conquista é o aumento da produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar. Esses produtores, que representam cerca de 85% das propriedades no rural brasileiro, são os responsáveis pela produção de grande parte dos gêneros alimentícios que chega a nossas mesas.
A produção de alimentos é a grande vocação da agricultura familiar, que tem contado com o apoio do governo federal. Somente em crédito, para impulsionar a produção, vão ser disponibilizados para safra 2015/2016, R$ 28,9 bilhões. Se este valor for comparado com o que foi disponibilizado há uma década, na safra 2005/2006, de R$ 9 bilhões, é notório o crescimento da oferta de crédito em 321%.
Superar a fome e a miséria não são desafios exclusivos do Brasil, o que temos feito aqui tem servido de exemplo, e mais do que isso, tem dado certo, somos hoje mais nação do que éramos há uma década. E na Semana da Pátria não nos custa sonhar que dentro de mais uma década talvez a fome seja algo que o Brasil conheça somente nos livros de história.
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