domingo, 11 de março de 2018

A alimentação, os radicais livres e os antioxidantes. Alecrim

Texto
Amanda Casoni dos Santos - Acadêmica de Nutrição - UNITAU
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo - UNITAU/FIC

Os radicais livres, do ponto de vista químico, são classificados como moléculas orgânicas ou inorgânicas, instáveis eletronicamente, pois perderam um ou mais elétrons. Para se estabilizar, os radicais livres precisam “roubar” elétrons de outras moléculas. E quando estas últimas possuem finalidade importante no organismo, se ligadas aos radicais livres podem perder a atividade benéfica.

Quando em excesso, os radicais livres terão uma capacidade deletéria no organismo, prejudicando, por exemplo, as funções do DNA e da membrana plasmática. 

Quem pode controlar os efeitos negativos dos radicais livres são os antioxidantes. Estes são conceituados como quaisquer substâncias que, presente em baixas concentrações quando comparada a do substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação deste substrato de maneira eficaz (SIES; STAHL, 1995). 

Os antioxidantes protegem as células contra os efeitos dos radicais livres e podem ser classificados como antioxidantes enzimáticos ou não-enzimáticos. Eles são capazes de interceptar os radicais livres gerados pelo metabolismo celular ou por fontes exógenas, impedindo o ataque sobre os lipídeos, os aminoácidos das proteínas, a dupla ligação dos ácidos graxos poli-insaturados e as bases do DNA, evitando a formação de lesões e perda da integridade celular. 

Os antioxidantes obtidos da dieta, tais como as vitaminas C, E e A, os flavonoides e carotenoides são extremamente importantes na intercepção dos radicais livres. 

O alecrim como antioxidante 

O alecrim (Rosmarinus officinalis L.) pertence à família Lamiaceae. Destaca-se pelas suas propriedades antioxidantes, além de muitas outras ações farmacológicas. A espécie, desde a antiguidade, tem sido utilizada por suas propriedades medicinais. É muito utilizado nas indústrias de alimentos e de medicamentos devido às suas propriedades aromática, antioxidante, antimicrobiana e antitumoral. 

Pesquisas evidenciam que o alecrim, principalmente na forma de seu óleo essencial, possui capacidade antioxidante. No entanto, deve ser levada em consideração a composição do óleo, tendo em vista que fatores ambientais e de cultivo podem alterar a resposta antioxidante. 

Quanto à dose, ainda são poucas as pesquisas in vivo considerando o uso em seres humanos. 

Referência:

SIES, H., STAHL, W. Vitamins E and C, b-carotene, and other carotenoids as antioxidants. American Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v.62, n.6, p.1315-1321, 1995.

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