Mulungu – Erythrina mulungu
Texto: Médica Veterinária Carolina Granconatto de Abreu
O
mulungu é uma árvore da Família Fabaceae (sendo que em Cronquist (1981), é classificada em Leguminosae), também conhecida como
tiricero, mulungu-coral, capa-homem, amansa-senhor, canivete,
sapatinho-de-judeu, suína-suinã, corticeira ou bico-de-papagaio. De origem da
parte central do Brasil, ocorre desde Mato Grosso do Sul e São Paulo até o
Tocantins e Bahia.
Outras três espécies podem ser confundidas com ela por
possuírem características parecidas e terem os mesmos nomes populares, a Erythrina
verna, a E. falcata e a E. poeppigiana. É uma árvore
ornamental, usada também para sombrear cacaueiros e reflorestamentos
mistos. Aves como psitacídeos e beija-flores se alimentam do néctar
das suas flores.
Tendo
propriedades medicinais, é empregado como inseticida e também como sedativo
para casos de ansiedade, agitação psicomotora e insônia. Outros usos são contra
asma, bronquite, inflamações hepáticas e esplênicas, gengivite, e febres
intermitentes. Possui alcaloides e esteroides, sendo os primeiros responsáveis
pelo efeito hipotensor e regulador da freqüência cardíaca. Deve-se tomar
cuidado, pois suas sementes são tóxicas.
Um
estudo realizado com ratos para avaliar a toxicidade da infusão das suas cascas
sobre o fígado observou que houve lesão celular de grau variável, porém
reversível se doses menores fossem administradas. Sendo que em literatura, os
autores não encontraram descrições sobre contra-indicações ou efeitos
colaterais do mulungu.
Referências:
BORGES, R. S. et al. Hepatotoxicidade de plantas medicinais
VII. Ação da infusão de Erythrina mulungu Mart Ex. Bent no rato. Revista
Científica da Universidade de Franca, Franca, v. 5,n.1/6, p. 9-13,
jan.2003-2005.
LORENZI, H. Árvores brasileiras, Editora Plantarum, Nova
Odessa-SP, 1992.
Mulungu – seção de árvores nativas.
Disponível em: http://www.florestasnativas.com.br/MULUNGU
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