terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mulungu


Mulungu – Erythrina mulungu

Texto: Médica Veterinária Carolina Granconatto de Abreu

O mulungu é uma árvore da Família Fabaceae (sendo que em Cronquist (1981), é classificada em Leguminosae), também conhecida como tiricero, mulungu-coral, capa-homem, amansa-senhor, canivete, sapatinho-de-judeu, suína-suinã, corticeira ou bico-de-papagaio. De origem da parte central do Brasil, ocorre desde Mato Grosso do Sul e São Paulo até o Tocantins e Bahia. 

Outras três espécies podem ser confundidas com ela por possuírem características parecidas e terem os mesmos nomes populares, a Erythrina verna, a E. falcata e a E. poeppigiana. É uma árvore ornamental, usada também para sombrear cacaueiros e reflorestamentos mistos.  Aves como psitacídeos e beija-flores se alimentam do néctar das suas flores.

Tendo propriedades medicinais, é empregado como inseticida e também como sedativo para casos de ansiedade, agitação psicomotora e insônia. Outros usos são contra asma, bronquite, inflamações hepáticas e esplênicas, gengivite, e febres intermitentes. Possui alcaloides e esteroides, sendo os primeiros responsáveis pelo efeito hipotensor e regulador da freqüência cardíaca. Deve-se tomar cuidado, pois suas sementes são tóxicas.

Um estudo realizado com ratos para avaliar a toxicidade da infusão das suas cascas sobre o fígado observou que houve lesão celular de grau variável, porém reversível se doses menores fossem administradas. Sendo que em literatura, os autores não encontraram descrições sobre contra-indicações ou efeitos colaterais do mulungu.


Referências:

BORGES, R. S. et al. Hepatotoxicidade de plantas medicinais VII. Ação da infusão de Erythrina mulungu Mart Ex. Bent no rato. Revista Científica da Universidade de Franca, Franca, v. 5,n.1/6, p. 9-13, jan.2003-2005.

LORENZI, H. Árvores brasileiras, Editora Plantarum, Nova Odessa-SP, 1992.

Mulungu – seção de árvores nativas.

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