terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O Chá Verde

29.12.2014
O chá é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água(1). O chá verde, produto obtido através das folhas frescas da erva Camellia sinensis, recentemente tem recebido muita atenção em decorrência das suas possíveis propriedades terapêuticas e de prevenção de doenças. Na verdade existem relatos que desde 2700 a.C. o legendário imperador chinês Shen Nung já havia atribuído ao chá verde propriedades desintoxicantes, e, anos mais tarde, já na dinastia Tang (618-907 d.C.), o farmacêutico Chen Zang destacou uma série de benefícios promovidos pelo consumo do chá verde(2). 

O chá verde é considerado um potente antioxidante, e segundo alguns estudos, possui propriedades que podem auxiliar no tratamento e redução da incidência de câncer, na diminuição das concentrações de colesterol sérico, auxilia no tratamento da hipertensão, diabetes e reduz risco de doenças cardiovasculares, além de possuir propriedades anticoagulantes, antiangiogênicas, antiinflamatórias, antibacterianas, antivirais e neuroprotetoras(3,4). Mas o uso no ocidente tem sido bastante difundido devido as suas propriedades termogênicas, sendo assim muitos indivíduos passaram a utilizar o chá verde na tentativa de reduzir o percentual de gordura corporal e tratar a obesidade. 

Nas últimas décadas a medicina preventiva tem alcançado grandes avanços, especialmente em países desenvolvidos. Diversas pesquisas têm demonstrado que a nutrição tem um papel crucial na prevenção de doenças crônicas, visto que grande parte delas realmente está relacionada a hábitos alimentares inadequados. Os alimentos funcionais, tais como o chá verde, podem ser uma importante arma na prevenção e redução dos fatores de risco de diversas patologias, já que possuem propriedades fisiológicas potencialmente benéficas para a saúde humana. O International Food Information Council 10 define como alimentos funcionais aqueles que provêm benefícios adicionais à saúde, além daqueles já atribuídos aos nutrientes que contêm (5). 

Composição do chá verde 

A composição química das folhas de chá verde é bem complexa, possuindo 15% a 20% de proteínas, 26% de fibras, 7% de outros carboidratos, 7% de lipídios, 2% de pigmentos, 5% de minerais e 30% de compostos fenóliocos. Diversos compostos ativos são responsáveis pelos possíveis benefícios do chá verde, dentre eles: compostos alcalóides conhecidos como metilxantinas (cafeína, teobromina e teofilina), pigmentos (clorofila e carotenóides), alguns ácidos fenólicos (ácido gálico), a teanina (aminoácido mais abundante na folha e que desempenha propriedades importantíssimas) e, principalmente, compostos fenólicos conhecidos como polifenóis (flavanóis, flavandióis, e flavonóides)(6). 

Os polifenóis de maior importância são uma classe de flavanóis conhecida como catequinas, e que no chá verde são encontradas em quatro formas distintas; epicatequina, epigallocatequina, epicatequina-3-gallato e epigallocatequina 3-gallato, sendo esta última a mais abundante e de maior importância(6). As catequinas são substâncias que se oxidam facilmente, então para manter sua integridade o chá precisa ser feito de forma adequada, mantendo uma proporcionalidade e temperatura ideal, e deve ser ingerido rapidamente(7). 

Estudos do uso de chá verde no emagrecimento 

Dentre todos os benefícios atribuídos ao chá verde, grande atenção tem sido dada ao seu possível efeito no emagrecimento, e diversos estudos realizados em animais, in vitro e humanos tem tentado comprovar tal efeito. Em estudo realizado por Choo(8) em 2003, ratos alimentados com dieta hiperlipídica que receberam água com extrato de chá verde conseguiram prevenir o ganho de peso sem restringir o consumo energético total. O autor do estudo concluiu que o efeito inibidor promovido pelo extrato aquoso de chá verde foi resultante da diminuição da digestibilidade dos lipídios dietéticos, e principalmente em função da termogênese ocorrida no tecido adiposo marrom mediado por ativação beta-adrenérgica. Monteiro et al.(9) avaliaram o efeito do consumo de chá verde por seis meses em ratos Wistar adultos e encontraram menor ganho de peso nesses animais, quando comparados com o grupo controle, que não recebeu o chá. Outro fato interessante nesse estudo foi que, além do menor ganho de peso, os animais tratados com chá verde apresentaram maior taxa de apoptose nas células do tecido adiposo, bem como menor tamanho dos adipócitos. Em estudo realizado por Lin et al.(10), pré-adipócitos e adipócitos maduros incubados em solução com epigallocatequina 3-gallato apresentaram uma inibição da adipogênese (inibição da diferenciação dos pré-adipócitos) e indução da apoptose de adipócitos maduros. 

Evidências epidemiológicas têm demonstrado que o consumo crônico (>10 anos) de chá, em especial o chá verde, está associado com menores níveis de gordura corporal em relação cintura quadril, que indivíduos que não fazem uso. A média de consumo diário de chá observado nesse estudo foi de cerca de 435ml, sendo que os indivíduos que o consumiam eram em média 19,6% mais magros11. Duloo et al.(12) foram os primeiros a demonstrar claramente efeito termogênico do chá verde. Nesse estudo 10 homens jovens foram colocados em uma câmara respiratória por 24h em três momentos distintos e de forma aleatória, onde em cada momento os indivíduos recebiam capsulas, as quais podiam conter 50mg de cafeína mais 90mg de epigallocatequina 3-gallato, ou apena 50mg de cafeína, ou placebo constituído de celulose. Os resultados mostraram um aumento de 4% da energia despendida no grupo que ingeriu a cafeína mais a catequina, além de um decréscimo no quociente respiratório, que reflete uma maior oxidação de lipídios. O tratamento apenas com a cafeína isolada não produziu nenhum efeito quando comparado com o placebo, o que levou os autores a concluir que o extrato de chá verde apresenta propriedades termogênicas e promovem maior oxidação de gordura. 

O exercício físico ou drogas como efedrina estimulam o sistema nervoso simpático, induzindo uma termogênese e aumentando assim o gasto energético diário total. A cafeína também tem um efeito dispêndio energético, uma vez que ela potencializa os efeitos termogênicos induzidos por algum estímulo simpático(13). Uma associação já muito conhecida e com resultados expressivos na redução do tecido adiposo em indivíduos obesos consiste em utilizar efedrina em associação com a cafeína, os resultados obtidos nas pesquisas são bem melhores do que os encontrados com o uso de cafeína ou efedrina isolada. A interação da cafeína com a efedrina produz o seguinte efeito: enquanto a efedrina atua no sistema simpático aumentando a liberação de norepinefrina, a cafeína atua inibindo a ação da fosfodiesterase (essa enzima degrada o AMPc intracelular), em outras palavras a cafeína aumenta as concentrações celulares de AMP cíclico (o AMPc é 2 mensageiro intracelular para a termogênese mediada pela norepinefrina)(14,15). 

O extrato de chá verde contém cafeína, porém outras substâncias auxiliam na termogênese produzida pelo chá, atuando no sistema nervoso simpático. Além da fosfodiesterase, as concentrações de norepinefrina nas junções sinápticas e sua interação com os adrenoceptores também são negativamente afetadas por uma enzima chamada de catecol O-metiltransferase (COMT), que é responsável pela degradação enzimatica da norepinefrina. Essa enzima (COMT) pode ser inibida pelas catequinas presentes no chá verde(13). O chá verde é eficiente no aumento da termogênese possivelmente devido a suas altas concentrações de cafeína e polifenois (catequinas). Com relação ao efeito termogênico, as evidências apontam para um sinergismo entre os polifenois (especialmente a epigallocatequina-galato), a cafeína e um aminoácido chamado de teanina, sendo esses dois últimos responsáveis por potencializar o efeito das catequinas. 

Em estudo de 12 semanas realizado com homens com sobrepeso, o consumo de altas doses de catequinas do chá verde (483 mg/d) comparado com baixas doses (118,5mg/d) foi associado com uma redução significativa do peso corporal, do percentual de gordura e da gordura visceral total(16). Outro estudo de 12 semanas com 240 japoneses com grande quantidade de gordura visceral, o consumo de uma bebida contendo 583 mg/d de catequinas também reduziu de forma significativa o peso corporal, total de gordura e a gordura abdominal quando comparado com o grupo controle que ingeriu bebida com 96 mg/d de catequinas(17). 

Maki e colaboradores(18) em 2009 conduziram um estudo no qual o objetivo foi verificar o efeito do consumo de bebida rica em catequinas na composição corporal e distribuição de gordura em adultos com sobrepeso ou obesidade submetidos a exercício físico. Após 12 semanas realizando exercícios (180 minutos de caminhadas por semana) não houve diferença significativa na perda de gordura total do grupo que ingeriu a bebida comparado com o grupo controle (placebo), entretanto houve uma redução estatisticamente significativa com relação à gordura abdominal subcutânea. Isso levou os pesquisadores a concluir que o consumo de bebidas ricas em catequinas (625mg/d) pode aumentar a perda de gordura abdominal induzida pelo exercício. Venables et al.(19) investigaram os efeitos da ingestão aguda de extrato de chá verde na tolerância à glicose e oxidação de gordura durante o exercício moderado em humanos. Ao final do estudo concluiu-se que a ingestão do extrato de chá verde aumentou a oxidação de gordura durante o exercício em 17% quando comparado com o placebo, além de ter aumentado a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose em homens jovens. Em outro estudo utilizando a combinação de catequinas e exercício os pesquisadores, após realizarem análise de calorimetria indireta, concluíram que o gasto energético foi maior nos indivíduos que consumiam as catequinas e faziam exercício, comparado com o grupo que só se exercitava(20). 

Em adição aos efeitos termogênicos, estudos realizados in vitro também apontam para um potencial efeito inibidor da lípase gástrica e, em menor grau, da lípase pancreática, interferindo negativamente no processo de emulsificação dos lipídios e dificultando a absorção intestinal dos mesmos. Uma substância alkalóide, contida no chá verde e denominada de teofilina, também possui propriedades que contribuem com a diminuição do peso corporal. A teofilina induz atividade psicoativa, possui efeito vasodilatador, diurético, e causa relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, estimulando a respiração(6). 

Contrariando alguns resultados positivos encontrados a favor do chá verde, em 2004 Kovacs et al.(21) conduziram uma pesquisa com objetivo de identificar se o chá verde era capaz de manter o peso de indivíduos moderadamente obesos que haviam previamente sido submetidos à perda de peso com dieta hipocalórica. 104 indivíduos foram submetidos à dieta com baixo consumo energético por um período de 4 semanas, sendo que durante esse período a média de perda de peso foi de 6,4kg (7.5% do peso corporal total). Em seguida esses indivíduos foram divididos aleatoriamente em dois grupos que receberam capsulas contendo 450mg de chá verde ou placebo por um período de 13 semanas. Ao final do período os dois grupos recuperaram uma parte do peso perdido (basicamente de massa livre de gordura), sem diferenças significativas entre os grupos, além de ambos apresentarem os mesmos valores metabólicos (ex. gasto energético de repouso, quociente respiratório) e sanguíneos (glicose, insulina, triglicerídeos, etc). A quantidade de chá verde utilizada, bem como a via e número de administrações, e período de utilização foram os mesmos utilizados por Dulloo et al.(12), entretanto os resultados obtidos foram diferentes dos encontrados anteriormente, não apoiando a idéia de que o chá verde tem potencial de aumentar a termogênese. 

Uma revisão sistemática da literatura com meta-análise, utilizando apenas ensaios clínicos randomizados, buscou avaliar os efeitos do chá verde em parâmetros antropométricos de humanos (peso, IMC, circunferência de cintura e relação cintura-quadril). Inicialmente 341 artigos foram encontrados sobre o tema, entretanto apenas 15 artigos cumpriam os critérios de inclusão. Os autores concluíram que a ingestão de chá verde parece reduzir o peso corporal, IMC e a circunferência de cintura. Entretanto a magnitude dos efeitos ao longo de 12 semanas é pequena e sem relevância clínica. Ainda segundo os autores, baseados na literatura atual e na pequena quantidade de estudos disponíveis, não é possível concluir que o chá verde sozinho pode alterar os parâmetros antropométricos e favorecer o emagracimento(22). 

Possíveis reações adversas do uso de chá verde 

Apesar do chá verde possivelmente possuir vários benefícios para a saúde, seu efeito e de seus constituintes provavelmente são seguros até certa dosagem, já que o uso de grandes quantidades pode causar alguns efeitos adversos. Em animais, altas doses de catequinas mostraram efeitos citotóxicos para as células hepáticas, além de danos oxidativos para o DNA do pâncreas e fígado, aumento da tireóide e até maior oxidação de células β pancreáticas, causando dificuldade do controle da hiperglicemia em ratos diabéticos, entretanto em humanos é muito improvável que tais efeitos aconteçam com o uso do chá verde, mesmo bebendo altas doses da bebida(4). Um estudo duplo-cego randomizado realizado em 2009 investigou o impacto de altas doses de suplementação com catequinas (714mg/d) durante 3 semanas em marcadores das funções hepáticas e renais de humanos. As enzimas hepáticas (AST, ALT, GGT), bilirrubina, uréia, ácido úrico e albumina permaneceram inalteradas mesmo com a utilização de altas doses de catequinas ofertadas(27). 

Os efeitos nocivos de altas doses de chá verde são causadas possivelmente por 3 fatores: o conteúdo de cafeína, a presença de alumínio e efeitos dos polifenois na biodisponibilidade de ferro. Apesar do conteúdo de cafeína no chá verde ser baixo, o seu consumo não é aconselhado para pessoas com sensibilidade às bases xânticas(6). Os efeitos negativos produzidas pela cafeína são insônia, dor de cabeça, epigastralgias, taquicardia, vômitos, etc. Não é recomendado o consumo de chá verde por cardiopatas, e gestantes devem limitar o uso em 1-2 xícaras por dia. Em estudo realizado in vitro, altas dosagens de catequinas inibiram a dihidrofolato redutase, o que segundo os autores poderia levar a uma deficiência de ácido fólico e causar defeitos no tubo neural de fetos(26). Alguns estudos demonstram que o chá verde contém grandes quantidades de alumínio e que o consumo de chá por indivíduos com insuficiência renal deve ser feito com cautela, já que existe a possibilidade do alumínio se acumular no corpo e aumentar o risco de distúrbios neurológicos6. As catequinas também parecem possuir uma grande afinidade pelo ferro dietético, o que pode inibir a biodisponibilidade de ferro não-heme entre 79 e 94% quando ambos são consumidos concomitantemente(6). Indivíduos que sofrem de anemia devem consumir o chá com cautela, e não devem utilizá-lo junto a refeições ricas em ferro para não ocorrer competição entre nutrientes. 

Os estudos avaliados pela meta-análise de Phung et al.(21) não encontraram nenhum evento adverso com a utilização de chá verde, sendo que a média de consumo de catequinas nos estudos foi de 588mg/d. O consumo de 3-4 xícaras de chá verde por dia (1 colher de chá para cada 240ml de água) provê cerca de 240 a 320mg de polifenóis, e esta dosagem parece ser segura. Na maioria dos estudos com o uso de chá verde, quando há relato de efeitos colaterais, estes parecem ser na sua maioria problemas gastrintestinais e desordens do SNC causados pelo conteúdo de cafeína presente nas folhas do chá, e que podem ser contornados facilmente com a suspensão ou diminuição da ingestão do produto. 

Considerações Finais 

Os mecanismos moleculares pelos quais o chá verde exerce seu efeito parecem ser variados, atualmente acredita-se que o aumento da termogênese e da oxidação lipídica, diminuição da diferenciação de adipócitos, morte celular de adipócitos maduros e redução da absorção lipídica podem estar envolvidas no processo de emagrecimento. Entretanto mais estudos são necessários para comprovar os reais efeitos fisiológicos das substâncias contidas no chá verde, bem como para estabelecer normativas a respeito da dosagem, freqüência de consumo e modo adequado da preparação. 

Estudos realizados in vitro, em modelos animais e em humanos têm apontado para o potencial do chá verde e de suas catequinas no emagrecimento, entretanto os resultados até o presente momento são modestos e algumas vezes contraditórios. Alguns estudos também apontam para um possível efeito sinérgico do consumo de chá verde e a prática de exercícios físicos, e que certamente será potencializado com uma alimentação bem equilibrada. Apesar de mais estudos serem necessários, até o presente momento o chá verde parece ser um alimento seguro e economicamente viável, e que o consumo regular pode auxiliar no tratamento da obesidade e de diversas patologias. 

Referências Bibliográficas 

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3 Nagao T, Komine Y, Soga S, Meguro S, Hase T, Tanaka Y, Tokimitsu I. Ingestion of a tea rich in catechins leads to a reduction in body fat and malondialdehyde-modified LDL in men. Am J Clin Nutr. 2005 Jan;81(1):122-9

4 Chacko SM, Thambi PT, Kuttan R, Nishigaki I. Beneficial effects of green tea: a literature review. Chin Med. 2010 Apr 6;5:13.

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6 Cabrera C, Artacho R, Giménez R. Beneficial effects of green tea--a review. J Am Coll Nutr. 2006 Apr;25(2):79-99. Review.

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9 Monteiro R, Assunção M, Andrade JP, Neves D, Calhau C, Azevedo I. Chronic green tea consumption decreases body mass, induces aromatase expression, and changes proliferation and apoptosis in adult male rat adipose tissue. J Nutr. 2008 Nov;138(11):2156-63.

10 Lin J, Della-Fera MA, Baile CA. Green tea polyphenol epigallocatechin gallate inhibits adipogenesis and induces apoptosis in 3T3-L1 adipocytes. Obes Res. 2005 Jun;13(6):982-90.

11 Wu CH, Lu FH, Chang CS, Chang TC, Wang RH, Chang CJ. Relationship among habitual tea consumption, percent body fat, and body fat distribution. Obes Res. 2003 Sep;11(9):1088-95.

12 Dulloo AG, Duret C, Rohrer D, Girardier L, Mensi N, Fathi M, et al. Efficacy of a green tea extract rich in catechin polyphenols and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat oxidation in humans. Am J Clin Nutr. 1999; 70(6):1040-5.

13 Dulloo AG, Seydoux J, Girardier L, Chantre P, Vandremander J. Green tea and thermogenesis: interactions between cathecin-polyphenols, caffeine and sympathetic activity. Int J Obes Rel Met Dis. 2000; 24(2):252-8.

14 Dulloo AG. Herbal simulation of ephedrine and caffeine in treatment of obesity. Int J Obes Relat Metab Disord. 2002 May;26(5):590-2. Review.

15 Diepvens K, Westerterp KR, Westerterp-Plantenga MS. Obesity and thermogenesis related to the consumption of caffeine, ephedrine, capsaicin, and green tea. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2007 Jan;292(1):R77-85.

16 Hase T, Komine Y, Meguro S, Takeda Y, Takahashi H, Matsui F, Inaoka S, Tokimitsu, et al. Anti-obesity effects of tea catechins in humans. J Oleo Sci. 2001;50:599-605

17 Nagao T, Hase T, Tokimitsu I. A green tea extract high in catechins reduces body fat and cardiovascular risks in humans. Obesity (Silver Spring). 2007 Jun;15(6):1473-83

18 Maki KC, Reeves MS, Farmer M, Yasunaga K, Matsuo N, Katsuragi Y, Komikado M, Tokimitsu I, Wilder D, Jones F, Blumberg JB, Cartwright Y. Green tea catechin consumption enhances exercise-induced abdominal fat loss in overweight and obese adults. J Nutr. 2009 Feb;139(2):264-70.

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20 Ota N, Soga S, Shimotoyuodome A, Haramizu S, Inaba M, Murase T, et al. Effects of combination of regular exercise and tea catechins intake on energy expenditure in humans. J Health Science. 2005;51(2):233-6

21 Phung OJ, Baker WL, Matthews LJ, Lanosa M, Thorne A, Coleman CI. Effect of green tea catechins with or without caffeine on anthropometric measures: a systematic review and meta-analysis Am. J. Clinical Nutrition, Jan 2010; 91: 73 - 81

22 Sun CL, Yuan JM, Koh WP, Yu MC. Green tea, black tea and colorectal cancer risk: a meta-analysis of epidemiologic studies. Carcinogenesis. 2006 Jul;27(7):1301-9.

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24 Kurahashi N, Sasazuki S, Iwasaki M, Inoue M, Tsugane S; JPHC Study Group. Green tea consumption and prostate cancer risk in Japanese men: a prospective study. Am J Epidemiol. 2008 Jan 1;167(1):71-7.

25 Zhang M, Binns CW, Lee AH. Tea consumption and ovarian cancer risk: a case-control study in China. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2002 Aug;11(8):713-8.

26 Navarro-Perán E, Cabezas-Herrera J, García-Cánovas F, Durrant MC, Thorneley RN, Rodríguez-López JN. The antifolate activity of tea catechins. Cancer Res. 2005 Mar 15;65(6):2059-64.

27 Frank J, George TW, Lodge JK, Rodriguez-Mateos AM, Spencer JP, Minihane AM, Rimbach G. Daily consumption of an aqueous green tea extract supplement does not impair liver function or alter cardiovascular disease risk biomarkers in healthy men. J Nutr. 2009 Jan;139(1):58-62


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