04/02/2015
O povo de santo dos mais variados terreiros de Candomblé da Bahia, na capital e no interior, celebrou o lançamento do Projeto Rede de Hortos para Beneficiamento de Plantas Medicinais e Litúrgicas (RHOL), beneficiado pelo edital de matriz africana, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
Dentro do seu ritual religioso – ‘evocando cantos sagrados’ - a cerimônia aconteceu na noite de terça-feira (3), no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador, com a presença do secretário estadual Álvaro Gomes e do superintendente de Economia Solidária, Milton Barbosa, entre outras autoridades.
O convênio responsável pelo projeto RHOL segue a proposta da Lei Nº 13208 de 29/12/2014, que institui a Política Estadual de Fomento ao Empreendedorismo de Negros e Mulheres. Os primeiros beneficiados são 12 terreiros de Candomblé, que têm viabilidade hídrica para a implantação de hortos agroecológicos, em municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e do Recôncavo.
Também participaram do evento os representantes de empreendimentos solidários envolvidos no projeto e da Organização Filhos do Mundo (Feme), entidade beneficiada pelo Edital 001/2014, que distribuiu R$ 7,6 milhões em apoio a Empreendimentos Econômicos Solidários e Redes de Economia Solidária no Âmbito dos Espaços Socioculturais de Matriz Africana.
Resgate
Álvaro Gomes destacou a criação do projeto do horto como um resgate à cultura de matriz africana, que tem nas folhas sagradas o principal elemento. “A folha possui importância vital para o povo de santo e sem ela é impossível realizar qualquer ritual no Candomblé. As plantas servem nas práticas rituais e terapêuticas e, por isso, estamos oferecendo o apoio que possibilite o desenvolvimento desta cultura nos espaços dos terreiros”.
O superintendente Milton Barbosa ressaltou o respeito do Governo do Estado às religiões de matriz africana e anunciou que as parcerias deverão continuar. Segundo ele, o projeto RHOL “visa incentivar a atuação de forma associativa e cooperativa as alternativas de ocupação e geração de renda dos beneficiários do projeto. Hoje cerca de 60 famílias moram nos terreiros de Candomblé”.
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