A
guaçatonga, denominada cientificamente de Casearia sylvestris, é uma árvore da
Família Flacourtiaceae usada como medicinal. É popularmente também nomeada
café-bravo, erva-de-bugre, café-silvestre, erva-de-pontada, pau-de-lagarto,
dentre outros.
A
guaçatonga é nativa de alguns países como Cuba, Jamaica, Espanha, Porto Rico,
Ilhas do Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil, Peru, Argentina,
Uruguai e Bolívia. Ela chega a 10 metros de altura em áreas amazônicas, mas
normalmente a vemos com 2 a
3 metros .
Suas flores são de cor creme esverdeada e os frutos contém duas a três sementes
marrom-alaranjadas. Em São Paulo, a vemos de porte arbustivo em áreas de
cerrado e mata atlântica. Existem duas variedades da guaçatonga, a C. sylvestris
var. sylvestris e a C. sylvestris var. lingua que diferem em alguns pontos como
comportamento reprodutivo, aspectos morfológicos, químicos e de ambientes
preferenciais de ocorrência.
Diversas tribos indígenas de cada país onde a árvore cresce utilizam
cascas, raízes e folhas para distintas finalidades, como anti-diarreico,
anti-ofídico e contra gripes, mas também é citada em livros de medicina popular
por seus efeitos anti-séptico, cicatrizante e anti-ulceroso.
Uma
curiosidade de um de seus nomes populares é que o nome erva-de-lagarto vem da
observação de lagartos que ingerem as folhas da planta após serem picados por
cobras.
A
composição química da guaçatonga é complexa, mas já foi detectada uma
substância denominada lapachol, um diterpeno já estudado em outra planta como
antitumoral e anti-fúngico. Os diterpenos clerodano bastante presentes na
guaçatonga, estudados em outra planta, foram classificados como anti-tumoral,
antibiótico, anti-inflamatório e anti-viral. e outros tipos destes
fitoquímicos, nomeados caesarinas, foram
encontrados na guaçatonga e observadas sua ação antitumoral e citotóxica
em células cancerígenas de camundongos.
Já foi comprovado cientificamente também que a decocção de suas folhas age contra o veneno de alguns tipos de abelhas e cobras. Mais tarde, pesquisadores descobriram outros diterpenos clerodanos, as caesavendrinas também anticancerígenas comprovadamente. No Brasil, testaram a toxicidade da planta sobre camundongos, detectando inocuidade no extrato etanólico das folhas em altas doses, e também verificaram a ação antiulcerogênica do mesmo por reduzir o volume da secreção gástrica e proteger a mucosa gástrica com mesma ação comparada à cimetidina. Ações anti-inflamatória e analgésica e ação antibiótica sobre algumas bactérias causadoras de intoxicação alimentar foram comprovadas.
Já foi comprovado cientificamente também que a decocção de suas folhas age contra o veneno de alguns tipos de abelhas e cobras. Mais tarde, pesquisadores descobriram outros diterpenos clerodanos, as caesavendrinas também anticancerígenas comprovadamente. No Brasil, testaram a toxicidade da planta sobre camundongos, detectando inocuidade no extrato etanólico das folhas em altas doses, e também verificaram a ação antiulcerogênica do mesmo por reduzir o volume da secreção gástrica e proteger a mucosa gástrica com mesma ação comparada à cimetidina. Ações anti-inflamatória e analgésica e ação antibiótica sobre algumas bactérias causadoras de intoxicação alimentar foram comprovadas.
Um
estudo realizado na Universidade de São Paulo demonstrou que o extrato bruto da
guaçatonga teve ótimo efeito antiulceroso em ratos tratados, pois não alterou o
ph gástrico e teve atividade citoprotetora e cicatrizante em todos os níveis de
úlceras estudadas. Sendo ainda considerado melhor do que alguns fármacos
protetores de mucosa que alterando o ph gástrico permitem entrada de bactérias
e interferem na ação da pepsina, enzima responsável pela digestão de
proteínas.
Em
animais, foi realizado um estudo comparando a ação cicatrizante epitelial em
bovinos da guaçatonga (C. sylvestris), do ipê-roxo (Tabebuia avellanedae) e da
aroeira (Schinus terebinthifolius), mas no presente estudo ela apresentou
resultados menos favoráveis do que as demais plantas, com presença de pus,
indicando contaminação, nas feridas. Quanto à cicatrização, as feridas tiveram
o processo de retração mais lento, o que o autor explicou devido ao efeito
anti-inflamatório diminuindo os macrófagos, fibroblastos e fibras colágenas no
local.
No
entanto, são precários os estudos em animais com esta planta visando o uso na
medicina veterinária, sendo difícil julgar por meio de uma pesquisa. Muitos
compostos ainda são desconhecidos na guaçatonga, e ainda podemos descobrir
muitas finalidades para esta planta nativa divulgando-a e dando-lhe sua devida
importância.
Referências:
DIAS, V. Guaçatonga oferece vantagens em relação a
antiulcerosos do mercado. Reportagem. Disponível em: http://www.usp.br/agen/repgs/2006/pags/170.htm
Guaçatonga – relatório técnico. Disponível em:
LIPINSKI, L. C. Comparação da atividade cicatrizante
na pele bovina entre fitoterápicos de uso tópico. Trabalho apresentado no curso de
pós-graduação em Ciências Veterinárias à Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, 2008.
OLIVEIRA, A . S. et al. Biologia da reprodução de guaçatonga (Casearia sylvestris SW., Salicaceae), uma espécie medicinal. Trabalho apresentado à Licenciatura em Ciências Biológicas da
UNICAMP, Campinas, 2010.
Foto: Fernando Tatagiba
Fiquei maravilhado ao saber os efeitos benéficos da guaçatonga, e refleti, Deus é maravilhoso em toda sua criação.
ResponderExcluirGuaçatonga ou pau de lagarto, café bravo, café Silvestre etc...
efeitos anti gripal, anti ofídico, anti ulceroso e etc..
Chama se pau de lagarto, porque quando os lagartos eram mordidos por cobra eles comiam essas ervas e eram curados.
Sabia que é bom para infecção urinária. Fazendo chá tomando umas duas vezes ,no dia seguinte não tem mais.
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