a. Canela e síndrome metabólica
A síndrome metabólica está associada com a resistência à insulina, aumentos de glicose e lipídios, inflamação, diminuição da atividade antioxidante, aumento do ganho de peso e aumento de glicação das proteínas. A canela tem melhorado todas estas variáveis em estudos in vitro, pré-clínicos e clínicos. Os estudos in vitro também mostraram que os compostos da canela controlam a angiogênese, associada à proliferação de células cancerosas. Os efeitos benéficos da canela pura e/ou extratos aquosos foram evidenciados em estudos clínicos, levando em consideração os seguintes fatores: glicose, insulina, a sensibilidade à insulina, lipídios, capacidade antioxidante, pressão arterial, massa corporal magra e esvaziamento gástrico. Todavia, nem todos os estudos demonstraram efeitos positivos da canela. O tipo e quantidade de canela, bem como as características dos pacientes e os medicamentos que estavam utilizando, influenciaram no resultado. Concluindo, os componentes da canela podem ser importantes na redução e prevenção dos sinais e sintomas da síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Bolin et al., 2010. Cinnamon: Potential Role in the Prevention of Insulin Resistance, Metabolic Syndrome, and Type 2 Diabetes. J Diabetes Sci Technol. v. 4. p.685-693.
b. Diabetes, obesidade e metabolismo
O objetivo desta revisão foi examinar os resultados de ensaios clínicos randomizados controlados da canela e avaliar a capacidade de reduzir os níveis de glicose no sangue e inibir a glicação de proteínas entre pacientes com diabetes e pacientes insulino-resistentes. Uma revisão sistemática da literatura foi realizada entre janeiro de 2003 e julho de 2008. Cinco estudos de diabéticos tipo 2 e três não-diabéticos (Ntotal = 311) foram elegíveis. Em dois dos estudos, diabéticos mostraram reduções significativas da glicemia em jejum (GJ) de 18-29% e 10,3% apoiado por um teste com não-diabéticos descrevendo uma redução de GJ de 8,4% em relação ao placebo. Outro estudo revelou reduções significativas na resposta da glicose. Três estudos com diabéticos não relataram resultados significativos. Enquanto conclusões definitivas não podem ser tiradas sobre o uso de canela como uma terapia antidiabética, foi possível verificar propriedades antihiperglicemiantes e potencial para reduzir os níveis de glicemia pós-prandial.
Kirkham et al. 2009. The potential of cinnamon to reduce blood glucose levels in patients with type 2 diabetes and insulin resistance. Diabetes Obes Metab. v.11. p.1100-13.
c. Efeito anti-hipertensivo da Canela.
Esse trabalho investigou os efeitos anti-hipertensivos agudo e crônico do extrato metanólico de casca de canela (EMCC) em ratos hipertensos induzidos por L-NAME. Para avaliar os efeitos crônicos, os animais foram tratados com L-NAME (40 mg/kg/dia) mais o veículo ou L-NAME (40 mg/kg/dia) em combinação com captopril (20 mg/kg/dia) ou EMCC (300 mg/kg/dia) e comparado com o grupo controle, por quatro semanas. A pressão arterial foi medida e amostras de sangue foram recolhidas para a determinação do perfil de lípidos. Na administração crônica, EMCC e captopril preveniram o aumento da pressão arterial e do peso dos órgãos, bem como os danos histológicos de tecidos e foram capazes de reverter o depleção de óxido nítrico (NO) no tecido. Esses estudos mostraram que o EMCC possui efeitos anti-hipertensores e de proteção de órgãos que podem resultar da sua capacidade para aumentar a produção endógena de NO e/ou a regular a dislipidemia.
Nyadjeu, et al. 2013. Acute and chronic antihypertensive effects of Cinnamomum zeylanicum stem bark methanol extract in L-NAME-induced hypertensive rats. Bmc Complementary and Alternative Medicine. v. 13. n. 27.
Outros estudos:
1. Hassan et al., 2012. Aqueous Bark Extract of Cinnamomum Zeylanicum: A Potential Therapeutic Agent for Streptozotocin-Induced Type 1 Diabetes Mellitus (T1DM) Rats. Tropical Journal of Pharmaceutical Research. v. 11. p. 429-435.
2. Mathew et al. 2004. Studies on the antioxidant activities of cinnamon (Cinnamomum verum) bark extracts, through various in vitro models. Food Chemistry. v. 94. p. 520-528.
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