O Banco de Alimentos propõe para o Natal uma receita de panetone de caneca – uma delícia simples e diferente, preparada com base no conceito do aproveitamento integral dos alimentos.
Foto: Infoescola
Criado na Itália, o panetone passou a ser um sinônimo do Natal em todo o mundo. Para as festas de fim de ano, a ONG Banco de Alimentos – associação civil que atua com o objetivo de minimizar os efeitos da fome e combater o desperdício de alimentos – sugere uma receita diferente e deliciosa: o panetone de casca de banana, que surpreende pelos ingredientes que tomam por base o conceito de aproveitamento integral dos alimentos.
Produzido com cascas de banana, o panetone sustentável – uma opção inovadora para a ceia de Natal – utiliza canecas como formas, que dão um ar de modernidade e descontração para a tradicional comemoração.
A ONG Banco de Alimentos difunde o conceito da utilização das partes não convencionais dos alimentos, como cascas e talos que normalmente são descartados, no preparo de pratos saborosos. A prática evita o desperdício e colabora para uma alimentação mais saudável. Este conceito fundamenta os livros lançados pela organização, o “Gourmet Sustentável” e o “EntreCascas e Temperos”, ambos recheados com receitas de entradas, pratos principais, sobremesas e até bebidas criadas com base no aproveitamento integral dos alimentos.
Os livros estão disponíveis no site http://www.bancodealimentos.org.br/lojinha/.
Panetone de Casca de Banana
Ingredientes
Para a fermentação: uma colher de sopa de açúcar; duas colheres de sopa de fermento biológico seco; uma xícara de água morna; e uma xícara de farinha de trigo.
Para a massa: um quilo de farinha de trigo; quinze colheres de sopa de açúcar; quatro ovos; três colheres de sopa de manteiga; quinhentos mililitros de leite; casca de duas bananas; trezentos gramas de uvas passas; uma xícara de gotas de chocolate ao leite; uma colher de sopa de essência de panetone; e raspas de um limão.
Preparo
Em uma tigela grande, misturar a colher de açúcar com o fermento e uma xícara de farinha. Juntar a água morna e misturar bem. Cobrir e deixar fermentar até dobrar o volume. Enquanto a mistura fermenta, prepare as canecas, untando-as com manteiga e farinha de trigo. Reservar.
Juntar à mistura fermentada os ovos, o açúcar, a manteiga, a essência de panetone, as raspas de limão, o leite batido com as cascas de banana e a farinha de trigo; sempre aos poucos, misturando bem. O resultado é uma massa grudenta. Deixe descansar para crescer por aproximadamente uma hora.
Acrescentar à massa crescida as gotas de chocolate e as passas. Misture bem. Com o auxílio de uma colher de sopa bem cheia, coloque porções da massa nas canecas reservadas, dê leves sacudidas nas canecas boleando a massa. Não ultrapasse a metade da capacidade da caneca. Coloque as canecas em assadeiras, uma afastada da outra. Espere crescer novamente, até que quase a altura da caneca. Leve ao forno pré-aquecido em 200ºC; faça um corte em cruz no topo de cada panetone e coloque um pedacinho de manteiga.
Rendimento: 22 canecas
Dica: as cascas de banana são boas fontes de vitamina C, que previne contra gripes e resfriados.
Banco de Alimentos
Fundado em 1998 a partir da iniciativa civil e pioneira da economista Luciana C. Quintão, o Banco de Alimentos é uma associação civil que atua com o objetivo de minimizar os efeitos da fome e combater o desperdício de alimentos, permitindo que um maior número de pessoas tenha acesso a alimentos básicos e de qualidade e em quantidade suficiente para uma alimentação saudável e equilibrada. Os alimentos distribuídos são excedentes de comercializações, perfeitos para o consumo. A distribuição possibilita a complementação alimentar a todas as pessoas assistidas pelas 42 instituições cadastradas no projeto, ou seja, mais de 21 mil pessoas.
Desde janeiro de 1999 até julho de 2014, o Banco de Alimentos arrecadou 5.531.579,73 quilos de alimentos – base para 51.748.243 refeições que beneficiaram mais de 21 mil pessoas (entre crianças, jovens, adultos e idosos) por dia, evitando um grande desperdício. A ONG trabalha em três vertentes: a primeira é visando minimizar os efeitos da fome e combatendo o desperdício de alimentos por meio da colheita urbana; a segunda é pelas ações educacionais e profiláticas voltadas às comunidades atendidas, em convênio com faculdades de nutrição; e a terceira forma é levando ações e conhecimento para fora das áreas onde existe o problema concreto da fome, atingindo a sociedade como um todo, no sentido de promover uma mudança social, incentivando o fim da cultura do desperdício e promovendo a cidadania consciente.
Publicado no Portal EcoDebate, 19/12/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário