sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Alagoas: Projeto faz agricultores aumentarem renda com cultivo de pimenta

Unidade de beneficiamento emprega 266 trabalhadores de AL e SE. Expectativa é que cada associado receba R$ 50 por quilo de pimenta rosa.

Agricultores do baixo São Francisco, em Alagoas, aprenderam a lucrar com a colheita da aroeira, uma especiaria típica da Mata Atlântica. A pimenta rosa, extraída da árvore, é bastante valorizada.

A safra da pimenta rosa já está no final. A aroeira é abundante na foz do São Francisco. A pimenta rosa, considerada uma iguaria na culinária, nunca foi rentável. Mas a história mudou após a implantação da Unidade Demonstrativa de Beneficiamento Artesanal, em Piaçabuçu, onde trabalham 266 pessoas de dois municípios de Alagoas e dois de Sergipe. O primeiro passo para quem chega ao lugar é selecionar a pimenta rosa.

Depois de selecionados os frutos são lavados e colocados para secar diante de ventiladores por cerca de 10 minutos. Em seguida, a pimenta rosa vai para o forno termosolar por três horas. A temperatura chega a 40º.

Os associados seguem um processo rígido de qualidade. Para trabalhar na unidade é preciso lavar bem as mãos e utilizar máscaras e protetores de cabelo. A segunda seleção é minuciosa. Os frutos ruins são descartados e os bons, embalados em garrafinhas ou estocados. Cada associado participa individualmente de todo o processo. A expectativa é que cada um receba R$ 50 por quilo produzido.

A safra da pimenta rosa, que dura quatro meses, vai de maio a agosto. Para que a unidade não fique parada nos outros meses do ano, a associação pretende utilizar a estrutura para a fabricação de outros frutos.

A abertura da unidade de beneficiamento foi possível com a parceria entre a Petrobras, o Instituto Eco Engenho e a Associação dos Coletores.

Data: 05.10.2012
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