Substância ativa da maconha passa a ser considerada medicamento controlado para tratamento de doenças como epilepsia grave; não há relatos de dependência relacionada a seu uso
por Agência Brasil — publicado 14/01/2015
Elza Fiuza/Agência Brasil
Parentes de usuários do canabidiol comemoram reclassificação do medicamento, que não é mais uma substância proibidaLeia também
Por Marcos Chagas*
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira 14, por unanimidade, a reclassificação do canabidiol, uma das substâncias ativas da maconha, como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida. A decisão foi tomada durante reunião da diretoria colegiada na sede da agência, em Brasília.
A maior parte dos diretores da agência ressaltou que não há relatos de dependência relacionada ao uso de canabidiol e que há diversos indícios registrados na literatura científica de que a substância auxilia no tratamento de enfermidades como a epilepsia grave.
Os diretores também ressaltaram que a reclassificação permite que as famílias ajam na legalidade, além de incentivar pesquisas sobre o tema. A Anvisa iniciou a discussão sobre a possibilidade da reclassificação da substância em maio de 2014. Na época, não houve decisão terminativa sobre a questão. Desde então, a agência vem autorizando a liberação de importação do canabidiol em caráter excepcional.
Até o momento, o governo federal recebeu 374 pedidos de importação para uso pessoal. Desses, 336 foram autorizados, 20 aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 11 estão em análise pela área técnica. Há ainda sete arquivamentos, sendo três mandados judiciais cumpridos, duas desistências e três mortes de pacientes após a entrada do pedido.
*Publicado originalmente na Agência Brasil.
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