Em casos de sintomas desagradáveis ou doenças é comum que o cidadão procure um médico especialista que, posteriormente solicita exames e prescreve medicamentos. Ocorre que, nem todas as pessoas são adeptas das substâncias químicas que tratam as enfermidades, mas que também podem desencadear alguns efeitos colaterais indesejáveis ou mesmo algumas alterações drásticas no organismo.
Os adeptos à Fitoterapia (tratamento de doenças mediante o uso de plantas) atestam que algumas enfermidades, dependendo do estágio em que se encontram, podem ser tratadas com o auxilio das plantas medicinais, e, nesse caso, os efeitos colaterais podem ser reduzidos.
Nesse sentido, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), defende a Sucupira como planta medicinal símbolo do estado de Mato Grosso. A iniciativa do parlamentar por meio de um projeto de lei foi sancionada pelo Governo do Estado no dia 30 de julho deste ano e agora é Lei.
O objetivo, segundo o deputado, é estimular a Fitoterapia, prática medicinal que já é reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também pelas pastorais da saúde, pelos Produtores Rurais, Sindicatos, Cooperativas e pesquisadores da área. “A semente de Sucupira tem participação importante no tratamento de doenças, fato que já foi comprovado por estudiosos. Essa semente tão delicada e que muitas vezes passa despercebida pela maioria da população tem o poder de tratar até mesmo o diabetes”, elucidou Savi.
Cientificamente a Sucupira é chamada de Pterodon emarginatus. A semente também é chamada de faveiro, fava-de-sucupira, fava-de-santo-inácio, sucupira-branca e sucupira-lisa e pertence à família das leguminosas, como é o caso do feijão, do ingá, das vagens e as favas. O local mais apropriado para essa planta é o cerrado e matas ciliares do Brasil Central. De porte médio, seu tamanho pode variar entre oito e quinze metros de altura.
Segundo especialistas em plantas medicinais, o óleo extraído de sua casca e sementes pode ser utilizado em forma de chá ou cápsulas no combate a artrite, reumatismo, gota, artrose, bico de papagaio, hérnia de disco e elimina dores nas articulações. Além disso, pode ser usado no combate da úlcera, diabetes, rouquidão, aftas, amidalite, asma, dermatoses, hemorragias e vermes intestinais. Consideram ainda que a Sucupira é um excelente tônico para a debilidade orgânica, fortalecendo osso e músculos. Tem ação anticancerígena sobre inflamações no útero, nos ovários e na próstata. É antioxidante, elimina os radicais livres e retarda o envelhecimento.
Além de ser considerado um “santo remédio”, a árvore fornece madeira muito dura e por ser resistente à seca e ao fogo é também usada na construção civil. Já a casca da semente seca e moída é usada na medicina popular, pelo menos é o que afirmam os “doutores das ervas medicinais”. Entre eles, o professor doutor Domingos Tabajara, da Universidade Federal de Mato grosso (UFMT-Cuiabá). Ele participou em junho deste ano da sexta edição do Simpósio Ibero-americano de Plantas Medicinais, realizado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e proferiu palestra sobre os “Principais ensaios para validação de novos fitoterápicos anti-inflamatórios”.
Data: 22.10.2012
http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=409675
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