Matou-se capivara gorda, por fim. Dum geralista roto, ganhamos farinha-de-buriti, sempre ajudava.
...e trazia para mim caixetas de doce de buriti ou de araticum, requeijão e marmeladas.
Um dia, no não poder, ele soube, ele quase viu: eu tinha gozado hora de amores, com uma mocinha formosa e dianteira, morena cor de doce-de-buriti.
Ao menos alguém fungou e me cutucou, era o Preto Mangaba, mandado guarnecer ali, comigo junto.
Preto Mangaba me oferecia dum pão de doce-de-buriti, repartia, amistoso. Eu então me alembrei de que estava com fome.
Quase que cada um era escuro de feições, curtidos muito, mas um escuro com sarro ravo, amarelos de tanto comer só polpa de buriti, e fio que estavam bêbados, de beber tanta saeta.
A coragem que não faltasse; para engolir, a polpa de buriti e carnes de rês brava.
Do livro: Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
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