Topar um vivente é que era mesmo grande raridade. Um homenzinho distante, roçando, lenhando, ou uma mulherzinha fiando a estriga na roca ou tecendo em seu tear de pau, na porta de uma choça, de burití toda. Outro homem quis me vender uma arara mansa, que a qual falava toda palavra que tem á. [...]
Cobrimos o corpo com palmas de buriti novo, cortadas molhadas. Fizemos quarto, todos, até ao quebrar da barra.
Cada saco amarrado com broto de buriti, a folha nova – verde e amarela pelo comprido, meio a meio. Arcavam com aqueles sacos, e passavam, nas canoas, para o outro lado do de-Janeiro.
... o sor Amadeu, pai dela, que apartasse – destinado para nós dois – um buritizal em dote, conforme o uso dos antigos.
O senhor vê: o remôo do vento nas palmas dos buritis todos, quando é ameaço de tempestade. Alguém esquece isso? O vento é verde.
– “É briga enorme... É um homem... Vou indo pra longe, para a casa de meu pai... Ah, é um homem... Ele desceu o Rio Paracatu, numa balsa de buriti...”
Cabeça de um se bolou, redondamente, feito um coco, por cima da palha de burití que cobria a casa do vaqueiro.
Um homenzinho distante, roçando, lenhando, ou uma mulher=zinha fiando a estriga na roca ou tecendo em seu tear de pau, na porta de uma choça, de buriti toda.
Eu fui. Abri, destapei a porta – que era simples encostada, pois que tinha porta; só não alembro se era um couro de boi ou um tranço de buriti.
O Senhor estando lembrado: aqueles cinco, soturnos homens, catrumanos também, dos Gerais, cabra do Alto-Urucúia. Os primeiros que com Zé Bebelo tinham vindo surgidos, e que com ele desceram o Rio Paracatú, numa balsa de talos de burití.
Trechos retirados do livro Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
Cobrimos o corpo com palmas de buriti novo, cortadas molhadas. Fizemos quarto, todos, até ao quebrar da barra.
Cada saco amarrado com broto de buriti, a folha nova – verde e amarela pelo comprido, meio a meio. Arcavam com aqueles sacos, e passavam, nas canoas, para o outro lado do de-Janeiro.
... o sor Amadeu, pai dela, que apartasse – destinado para nós dois – um buritizal em dote, conforme o uso dos antigos.
O senhor vê: o remôo do vento nas palmas dos buritis todos, quando é ameaço de tempestade. Alguém esquece isso? O vento é verde.
– “É briga enorme... É um homem... Vou indo pra longe, para a casa de meu pai... Ah, é um homem... Ele desceu o Rio Paracatu, numa balsa de buriti...”
Cabeça de um se bolou, redondamente, feito um coco, por cima da palha de burití que cobria a casa do vaqueiro.
Um homenzinho distante, roçando, lenhando, ou uma mulher=zinha fiando a estriga na roca ou tecendo em seu tear de pau, na porta de uma choça, de buriti toda.
Eu fui. Abri, destapei a porta – que era simples encostada, pois que tinha porta; só não alembro se era um couro de boi ou um tranço de buriti.
O Senhor estando lembrado: aqueles cinco, soturnos homens, catrumanos também, dos Gerais, cabra do Alto-Urucúia. Os primeiros que com Zé Bebelo tinham vindo surgidos, e que com ele desceram o Rio Paracatú, numa balsa de talos de burití.
Trechos retirados do livro Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
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