Acadêmicos: Fabricio Pacheco, Jõao Carlos Silva,
Jardel Bonissoni, José Baldini, Luis
Becker, Ricardo Kuhl
Orientadora: Claudia R. Vieira Rocha Coeli - Médica
Veterinária
Texto
Introdução
Membranas
fetais que não são expelidas dentro de 3h após o parto são consideradas
retidas. A retenção das membranas fetais pode ser completa, mas comumente
apenas o corno não gravídico apresenta a retenção. Se o corno uterino não
gravídico com pequenas pregas não é observado, assume-se que ele está retido.
Se quaisquer membranas estão expostas, o âmnio e o cordão não devem ser
removidos devido a tensão que fornecem, necessária para que ocorra a
separação e expulsão. Membranas não expulsas dentro de 3 a 10 horas são consideradas
patológicas e podem levar a metrite, endotoxemia e subsequentemente, laminite
com resultados fatais. De acordo com isso, é prudente tratar a condição como
potencialmente séria. Se houver distocia ou manipulação uterina traumática, tratamento
agressivo para retenção de placenta deve ser instituído imediatamente após o
parto.
Através
de Terapias Complementares, tentaremos demonstrar a eficácia de alguns
fitoterápicos de fácil acesso em nossa região, que segundo pesquisas, produzem
no animal o mesmo efeito que os produtos químicos, com a vantagem de serem mais
baratos, ou até mesmo sem custo algum, e com menor período de carência da
substância nos derivados de origem animal.
Arruda (Ruta graveolens): Infusão das
folhas em água fervendo e deixar 10min, servir como bebida morna.
Modo de
usar: Quantidade de folhas por animal:
- Égua
e vaca: 60 a
120 gramas
em 1L de água.
-
Ovelha cabra e porca: 15 a
30 gramas
em meio litro de água.
-
Cadela: 3 gramas
em 100mL de água.
Tansagem (Plantago major), utiliza-se 45 gramas de folhas e
raízes em 3L de água fervente. Modo
de preparar: derramar a água fervente sobre as folhas e raízes, deixar em
infusão por 10min.
Esta
porção é para ser usado em 24 horas, 3 vezes ao dia. Usar até segundas
recomendações médicas.
Inseticida
de fumo e sal: ingredientes: 50g de
fumo de corda picado, 2 colheres de sal, um litro de água. Juntar o fumo picado
e o sal na água e colocar para ferver por uma hora em fogo baixo. Depois de frio, coar. Banhar o animal com esta mistura, preservando olhos e boca.
Logo
após ao parto, entramos com a medicação fitoterápica mais como prevenção, pois
como o animal já possuía um histórico de retenção de placenta, preferimos
não esperar a casuística. A liberação da placenta se
deu em 4 horas após o nascimento do bezerro.O uso do inseticida a base de sal e
fumo, foi mantido por 3 dias.
Concluiu-se
que o tratamento foi eficaz, pois como a retenção é caracterizada à partir de 3
horas após o nascimento, e neste caso levou pouco mais de 4 horas, é sinal de
que realmente ocorreu a retenção de placenta, e como o tratamento foi imediato,
pode-se considerar que houve êxito no procedimento.
O
inseticida também demonstrou eficácia, pois não houve proliferação de miíases
no local.
Portanto,
podemos concluir que o tratamento além de eficaz, é rentável, e de fácil
produção.
A
fitoterapia tem contribuído nos tratamentos de patologias de grandes animas.
Manual
Merk de Veterinária. [organizadora Cyntia M. KAHN]. 9 ed. São Paulo:
Roca, 2008.
Alternativas
Ecológicas Para Prevenção de Pragas e Doenças. BURG, Inês Claudete; MAYER,
Paulo Henrique; 30 edição, pag: 99-103; 2006.
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