17-04-2013
Luanda – Um “projecto – piloto agricultura urbana e peri urbana” será implementado na província de Luanda, para apoiar famílias vulneráveis das zonas urbanas e peri urbanas a produzir produtos agrícolas essenciais à sua nutrição a baixo custo, em pequena escala de quintais residenciais.
A informação foi avançada hoje (quarta-feira) à Angop pelo coordenador do programa, Jorge Manuel David.
De acordo com as declarações do responsável, a propósito do tema "Horticultura urbana e peri urbana para a redução da pobreza e nutrição, a província de Luanda está a ficar petrificada, perdendo áreas de cultivo.
Porém, sustentou que as famílias, principalmente as vulneráveis, crianças e jovens de rua, em pequenos espaços, podem produzir alimentos com qualidade para seu sustento e vender os excedentes, usando recipientes biodegradáveis como garrafas plásticas, tambores, pneus e vasos para plantar variadíssimas culturas,e desta forma combater a fome e a pobreza nas zonas urbanas.
Jorge David sublinhou que as pessoas vão apreender através de técnicas inovadoras a produzir, por exemplo, cebola e outras hortícolas, usando recipientes biodegradáveis como garrafas plásticas, tambores, pneus e vasos para plantar variadíssimas culturas.
Referiu também que com a produção agrícola urbana em residências, além dos produtos frescos e de qualidade, isto é, sem químicos, as pessoas ganharão know how e auto-emprego.
Disse que o projecto já começou a ser implementado em alguns pontos da província de Luanda, nomeadamente no Centro de acolhimento Arnaldo Janssen, Funda, Calumbo, Escola Nacional de Cabire e Lar da Terceira Idade Beiral.
A Primeira fase começou em 2010 e terminou em Março de 2012 com treinamento e produção. Agora, já na segunda fase, o objectivo é complementar as infra-estruturas ligadas ao fornecimento de água e construção de quiosques para a venda de sementes e da produção derivada do projecto para torná-lo mais sustentável.
Para esta segunda fase, cujo término está previsto para Junho de 2013, a coordenação do projecto buscou mais parcerias de instituições afins como a Epal, ligada ao fornecimento de água potável, por causa dos constrangimentos registados na primeira fase.
O projecto conta com um financiamento da Cooperação Espanhola de cerca de 51 milhões e 100 mil Kwanzas, da FAO, visando a execução do programa, com o apoio Ministério da Agricultura.
Quanto à continuidade do projecto, Jorge David disse que serão formados directamente duas mil pessoas, entre crianças, jovens e idosos, e pelo menos 12 mil pessoas beneficiarão desta formação indirectamente.
Explicou que, formalmente, o projecto termina em Junho, mas as pessoas formadas e as infra-estruturas criadas continuarão a trabalhar.
“O projecto não terminará do ponto de vista prático, por isso é que tem a componente formação e o envolvimento das instituições como o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e os beneficiários para criar o efeito multiplicador. Durante a execução do projecto, não é possível formar muita gente. O know how fica para as pessoas poderem dar continuidade ao processo,” esclareceu o entrevistado da Angop.
Relativamente à extensão do projecto a outras províncias, Jorge Manuel David reconheceu existir muito interesse em regiões do país onde há aglomerado de pessoas desempregadas.
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