05/06/2013
São produzidas anualmente cerca de 30 toneladas de polpas de frutas nativas. A produção, além de vendida em feiras, passou a ser comercializada por meio do Programa de Aquisição de Alimentos
Divulgação/Governo Federal
O projeto desenvolve ações estruturantes para fortalecer a reforma agrária e a agricultura familiar no nordeste
Frutas nativas do estado do Piauí, como Umbu, caju e maracujá do mato tornaram-se fonte de renda de produtoras rurais do estado com apoio da unidade de beneficiamento de frutas numa ação desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O objetivo da iniciativa é combater a pobreza e apoiar o desenvolvimento rural sustentável na região.
Exemplo disso é Ana Cláudia Alves, 35 anos, moradora do assentamento Lagoa Novo Zabelê, no município de São Raimundo Nonato (PI). Viúva, Ana Cláudia é responsável pelo sustento dos quatro filhos com a atividade. E não é a única. Junto a ela, outras 24 mulheres trabalham diariamente com produção de polpas de frutas, doces e geleias, como principal fonte de renda da maioria destas famílias.
Fundada em 2008, a unidade de beneficiamento de frutas é um dos resultados de ações do MDA, por meio do Projeto Dom Helder Câmara, no assentamento. Todo o planejamento foi construído em conjunto com as mulheres a partir de reuniões organizadas junto aos moradores do assentamento. Com a identificação do potencial da produção de polpas, o grupo recebeu capacitações para produção, gestão, comercialização e diversas outras.
Segundo a produtora Ana Cláudia o projeto proporcionou assistência técnica praticamente diária para o desenvolvimento da agroindústria, além da verba para a construção do espaço. “O Projeto Dom Helder é o financiador de todas as ações que nos deram vida. Desde as reuniões, os acompanhamentos técnicos, as visitas de intercâmbio, as formações de gestão e produção. Tudo que nós temos aqui vem do projeto”, explica.
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Polpas de frutas
Anualmente o grupo produz aproximadamente 30 toneladas de polpas de frutas nativas, principal renda da fábrica. A produção que antes era vendida em feiras livres na região passou a ser comercializada por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Graças a isso temos renda assegurada o ano todo”, explica Ana Cláudia.
A agroindústria melhorou a qualidade de vida das mulheres em diversos aspectos. “Conseguimos a liberdade de ter nossa própria renda, de produzir, ter um recurso seguro para ajudar a família. Além disso, com a fábrica tivemos uma melhora na qualidade de trabalho. Antes, a gente sofria muito”, observa. Os planos agora são para crescer. A produção vai passar a incluir, também, a cajuína, bebida típica da região, preparada a partir do suco de caju.
Apoio
Iniciativa apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o projeto desenvolve ações estruturantes para fortalecer a reforma agrária e a agricultura familiar no Semiárido nordestino a partir da promoção da autonomia dos cidadãos.
Os próprios beneficiários discutem suas necessidades, opinam sobre as possibilidades e definem ações prioritárias que possam alterar, significativamente, o rumo de suas vidas. Além disso, o projeto desenvolve ações complementares de educação, saúde, capacitação, produção, comercialização, serviços financeiros, gênero e etnia.
Os recursos para implantação dos projetos são do Governo Federal, do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida) e do Global Environnent Facility (GEF).
PAA
Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação do Governo Federal para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Para isso, o programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção.
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