sábado, 7 de abril de 2012

Plantas na Relação Nacional de Medicamentos (Rename)

Fonte da tabela: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4603/162/relacao-nacional-de-medicamentos-quase-dobra.html

Nome popular
Nome científico
Indicação
Espinheira-santa
Maytenus ilicifolia
Dispepsias, coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera duodenal
Guaco
Mikania glomerata
Expectorante e broncodilatador
Alcachofra
Cynara scolymus
Colagogos e coleréticos em dispepsias associadas a disfunções hepatobiliares.
Aroeira
Schinus terebenthifolius
Produtos ginecológicos antiinfecciosos tópicos simples
Cáscara-sagrada
Rhamnus purshiana
Constipação ocasional
Garra-do-diabo
Harpagophytum procumbens
Antiinflamatório (oral) em dores lombares, osteoartrite
Isoflavona-de-soja
Glycine max
Climatério (Coadjuvante no alívio dos sintomas)
Unha-de-gato
Uncaria tomentosa
Antiinflamatório (oral e tópico) nos casos de artrite reumatóide, osteoartrite e como imunoestimulante
Hortelã
Mentha x piperita
Síndrome do cólon irritável
Babosa
Aloe vera
Queimaduras e psoríase
Salgueiro
Salix alba
Dor lombar
Plantago (Plantago ovata Forssk.) habitual.                      
Coadjuvante nos casos de obstipação intestinal
Tratamento da síndrome do cólon irritável
Pó para dispersão oral

Plantas medicinais do cerrado



Fonte: http://www.cenargen.embrapa.br/_comunicacao/2010/folders/2010_plantasMedicinaisnosBiomasBrasileiros2.pdf

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Saúde inclui remédio para próstata e três fitoterápicos na lista do SUS


O Ministério da Saúde incluiu cinco novos medicamentos na lista oficial de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que passarão a ser fornecidos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mediante apresentação de receita médica. A nova relação foi divulgada nesta quinta-feira (29), por meio de uma portaria, no Diário Oficial da União.

Entram na lista os remédios alopáticos Finasterida e a Doxasozina, indicados para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (crescimento anormal da próstata), além de mais três fitoterápicos: Hortelã, para tratamento da síndrome do cólon irritável, Babosa, indicada para queimaduras e psoríase e Salgueiro, para dor lombar.


Data: 29.03.2012

Plantas medicinais geram renda para agricultores familiares

Há cinco anos, a produção de plantas medicinais tornou-se a principal fonte de renda da família da agricultora familiar Roseli Eurich, 49 anos. Na propriedade de 21 hectares, localizada em Arvoredo, há oito quilômetros de Turvo, no Paraná, Roseli, seu marido Sidney e seu filho Max Gustavo cultivam alcachofra, melissa, alecrim, capim limão, orégano e tomilho. No primeiro ano de atividade, a família obteve uma renda mensal média de R$ 90,00. Cinco anos depois, passou para R$ 1,2 mil. “Na época da melissa, tiramos entre R$ 3 mil e R$ 4 mil durante três a quatro meses”, destaca. Na propriedade, também são produzidos alimentos para consumo da família, como feijão, milho, ovos e legumes. 

Uma das características da propriedade da família Eurich é a sustentabilidade. Toda a produção é agroecológica, com certificação orgânica pela Ecocert. Roseli lembra que a propriedade conta com 70% de cobertura vegetal. Permite agregar valor em pequeno espaço de 1 hectare. O cultivo de plantas medicinais também contribui para a preservação da mata. A diversidade de culturas assegura, em caso de mau tempo, como geadas, mais opções de comercialização.

A produção de plantas medicinais na região de Turvo está amparada na estruturação dos processos de comercialização e assistência técnica. A comercialização é feita por meio da Cooperativa de Produtos Agroecológicos, Artesanais e Florestais de Turvo (Coopaflora), fundada pelos próprios produtores que conta com 86 associados. Desde 2005, o Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoot (IAF) desenvolve atividades de assistência técnica para estruturar a produção agroecológica de plantas medicinais, condimentares e aromáticas, e formação de sistemas agroflorestais. Atualmente, 160 famílias agricultoras são atendidas pelo IAF nos municípios de Turvo, Boa Ventura de São Roque e Iretama, no Paraná.

Engenheiro agrônomo da entidade, Douglas Dias de Almeida destaca que os produtos são comercializados para indústrias de cosméticos, fármacos e chás. “As plantas são desidratadas, ou seja, é vendida a matéria-prima”, explica, destacando que são cultivadas espécies como alcachofra, alfazema, camomila, carqueja, manjerona, menta, pata de vaca, alecrim, calêndula, capim limão, cavalinha, espinheira santa, melissa, poejo, funcho, entre outras. A produção tem certificação que atesta a responsabilidade ambiental e social dos agricultores.

A força do Paraná

O Paraná é responsável por 90% da produção brasileira de plantas medicinais. São 15 mil toneladas/ano, retiradas de uma área de três mil hectares, com a participação de 1.100 agricultores familiares na atividade. O restante da produção vem do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo.

O Estado tem tradição no cultivo de plantas medicinais. Há mais de um século, a cultura de camomila foi introduzida pelos imigrantes europeus na Região Metropolitana de Curitiba. O cultivo comercial passou a ser estruturada há 40 anos, é alternativa de renda para o período de inverno. Hoje, 19 espécies ocupam 92,5% da área destinada ao cultivo de espécies medicinais, aromáticas e condimentares no Paraná. A camomila, cujo mercado cresce de 5% a 10% ao ano, tem grande expressão pelo valor econômico-social e número de produtores envolvidos.

O técnico da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater-PR), Cirino Corrêa Júnior, explica que,os agricultores familiares cultivam e vendem a planta seca para indústrias de alimentos(chás, condimentos), laboratórios (produção de fitoterápicos) e grandes atacadistas de São Paulo. Estima-se que o volume de plantas coletadas represente três mil toneladas, o Valor Bruto da Produção (VBP) é de R$ 5 milhões. “Em 2009, a atividade de cultivo e coleta de plantas medicinais, aromáticas, e condimentares totalizou, no estado, R$ 35 milhões”, compara Cirino.

O incentivo à estruturação da cadeia produtiva de plantas medicinais e à formação de agentes e lideranças da agricultura familiar no Paraná conta com o suporte de entidades como a associação sem fins lucrativos Produtores Associados para o Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis (Sustentec), criada em 2003, tem parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Apoiados pela Sustentec, os agricultores familiares criaram a Cooperativa Gran Lago - Cooperativa de Produtores Orgânicos, com 24 cooperados distribuídos em cinco municípios do Oeste do Paraná (Vera Cruz do Oeste, São Pedro do Iguaçu, São José das Palmeiras e Diamante d´Oeste). Em 2009, foram destinados dez hectares para a produção de plantas medicinais como alcachofra, alfavaca, alecrim, carqueja, calêndula, capim cidreira, cavalinha, chapéu de couro, cidrozinho, hortelã, melissa e poejo.

Para agregar valor à produção de espécies medicinais e fomentar arranjos produtivos locais, foi criada, na cidade de Pato Bragado (PR), a Unidade de Produção de Extratos, com capacidade de produção de extrato seco de 32 toneladas/mês, fornece extratos de plantas e atende a indústria alimentícia e farmacêutica. A cooperativa conta com cinco estufas de produção de mudas de plantas medicinais instaladas nos municípios de Ramilândia, Mercedes, Vera Cruz do Oeste, São Pedro do Iguaçu e Diamante d’Oeste.

Inclusão da agricultura familiar

Em 2006, foi assinado decreto que criou a Política Nacional de Plantas Medicinais, como parte das políticas públicas de saúde, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social. O que possibilitou a criação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNMF), que tem como objetivo melhorar o acesso da população a plantas medicinais e fitoterápicos, a inclusão social e regional, o desenvolvimento industrial e tecnológico, a promoção da segurança alimentar e nutricional, o uso sustentável da biodiversidade brasileira e a valorização e preservação do conhecimento tradicional associado das comunidades e povos tradicionais. O Comitê Nacional do PNMF é composto por 26 integrantes, entidades vinculadas aos ministérios e representantes da sociedade civil.

Entre as ações realizadas estão a capacitação, em vários estados, de recursos humanos, em especial de técnicos de assistência técnica e extensão rural e agricultores sobre manejo de plantas medicinais, incentivo à pesquisa, desenvolvimento tecnológico de inovações apropriadas à agricultura familiar, para manejo e produção/cultivo de plantas medicinais e incentivo à cadeia produtiva. Em 2010, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), lançou Chamada de Projetos para a contratação de projetos na área de plantas medicinais e fitoterápicos, que selecionou o Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoot (IAF) e a entidade Produtores Associados para Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis (Sustentec). Os projetos selecionados vão desenvolver, nos próximos 18 meses, ações voltadas para estruturar e fortalecer redes de negócios sustentáveis de plantas medicinais com foco no arranjo produtivo local e promoção de geração de renda e agregação de valor.

SUS

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a partir de 2010, os postos de saúde passaram a oferecer fármacos produzidos à base de alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, isoflavona da soja e unha de gato.

Em 2009, o MS divulgou a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (Renisus). São 71 espécies. 
Para acessar a lista completa: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/RENISUS.pdf
outros Links :
- site do Ministério da Saúde que trata de Fitoterapia
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1336
- Site da Cooperativa de Produtos Agroecológicos, Artesanais e Florestais de Turvo (Coopaflora)
http://www.arvoredobrasil.com.br/
- Site da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) – link sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos
http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas/div/2294038 




Articulação Pacari de Plantas Medicinais


Iniciativa brasileira é uma das vencedoras do Prêmio Equatorial 2012

Articulação Pacari de Plantas Medicinais figura entre os 25 vencedores de 113 países inscritos; cerimônia de premiação será realizada em junho, no Rio de Janeiro, durante a Conferência Rio+20


Uma iniciativa brasileira figura entre os 25 vencedores do Prêmio Equatorial 2012, que reconhece comunidades do mundo inteiro que contribuem para a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. A Articulação Pacari de Plantas Medicinais é formada por grupos comunitários que trabalham com plantas medicinais do Cerrado nos Estados de Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Goiás.

Artigo completo:


Plantas medicinais da caatinga


Fonte: http://www.cenargen.embrapa.br/_comunicacao/2010/folders/2010_plantasMedicinaisnosBiomasBrasileiros2.pdf

Quem é esta?

Na minha infância encontrava alguns exemplares, que sumiram, e a sua principal característica são os seus frutos bem adocicados.
Depois passo o link da pesquisa sobre frutíferas da família.

Mesmo nome popular para espécies diferentes

Todas essas espécies, de uso medicinal, podem receber, em alguma região do Brasil, um mesmo nome popular. 
Qual seria este nome e quais os gêneros de cada uma?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Link para o projeto Quintais da Embrapa Clima Temperado

Aquarelas de Neiva Gonçales


Exposição:         “Portas e Janelas – por onde a vida flui”
Quando: dia 02 de maio, das 10 às 17 horas
Onde: 5 º Estação das Artes
Local: Estação Marupiara
Rua Manuel Saturnino do Amaral, 29 – Joaquim Egídio
Campinas
telefone: (19) 3298-6289



Quem é esta?


Foto: wikipedia.org
Dicas:

produz látex;
pertence à família Euphorbiaceae;
nativa da África;
considerada tóxica devido ao seu látex cáustico, o qual é extremamente perigoso ao contato; e
pode ser promissora no combate às células geneticamente modificadas.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Oficinas gratuitas na AAO


Alho


Pesquisa avalia propriedades funcionais de alho industrializado

03/04/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – O sabor e as propriedades terapêuticas do alho são reverenciados desde a antiguidade, mas seu forte odor característico– ao qual já foi atribuído até o poder de espantar vampiros – faz com que muitas pessoas evitem manipular a hortaliça.
Como alternativa, existem diversas versões de alho prontas para o consumo. Mas, segundo pesquisa feita na Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), o alimento perde praticamente todas as suas propriedades funcionais dependendo do tipo de processamento ao qual é submetido.
Em projeto de pesquisa financiado pela FAPESP e coordenado pela agrônoma Patricia Prati, três processos de industrialização do alho foram comparados: picado e frito, fatiado e frito e em forma de pasta.
Os produtos foram embalados em potes plásticos de 200 gramas. À versão em pasta foram adicionados 2% de ácido cítrico e 0,1% de sorbato de potássio como conservantes.
O valor nutricional de todos os produtos foi avaliado logo após o processamento e a cada 45 dias durante um período de seis meses. “O principal objetivo era verificar qual método preserva melhor a alicina, substância que confere ao alho suas propriedades funcionais”, contou Prati.
Segundo a literatura científica, a ação antimicrobiana da alicina ajuda na prevenção do câncer de estômago causado pela bactéria Heliobacter pylori. A substância atua também na prevenção de doenças cardiovasculares por tornar os vasos sanguíneos mais flexíveis e dificultar a formação de placas ateroscleróticas.
“Logo após o processamento, a pasta de alho apresentou uma perda pequena de alicina: 9,5%. Ao fim dos seis meses, o teor havia diminuído mais 20%. A perda total, portanto, foi menor que 30%, o que é relativamente pouco”, disse Prati.
Já as formas fritas perderam logo no início mais de 90% da alicina existente no alho cru. “Na análise feita após os 45 primeiros dias, a substância já era praticamente inexistente”, disse a cientista.
Os teores de vitamina C também foram avaliados na pasta de alho e, embora tenham apresentado estabilidade durante o período de estocagem, foram considerados baixos desde o início. “Nem avaliamos esse nutriente nos produtos fritos, pois já sabíamos que não ia sobrar nada após o processamento”, disse Prati.
As análises também mostraram que os produtos fritos sofreram oxidação ao longo do tempo de armazenamento, o que foi evidenciado pelo aumento do índice de peróxidos, mas ficaram dentro dos parâmetros exigidos pela legislação. O mesmo ocorreu com a análise microbiológica, que avalia a contaminação por fungos e bactérias.
Cultivares
Outro objetivo do estudo foi comparar a aptidão para industrialização de quatro variedades de alho. Três delas eram nacionais – Assai, Gigante de Curitibanos e Santa Catarina Roxo – e a quarta era importada, conhecida como Comercial Chinês.
“Praticamente todo o alho consumido no Brasil é importado da China ou da Argentina, dependendo da época do ano. As variedades nacionais ainda não estão no mercado, pois apresentam problemas pós-colheita, como viroses e pragas. Mas a APTA e a Embrapa estão trabalhando no melhoramento genético”, disse Prati.
De acordo com a pesquisa, os quatro cultivares estudados se mostraram viáveis para industrialização. Em termos de composição nutricional, o Santa Catarina Roxo foi o que apresentou maior teor de proteínas e lipídeos. A alicina estava presente em maior quantidade em Gigante de Curitibanos e Assai. Já os níveis de vitamina C apresentaram diferença estatística apenas em Gigante de Curitibanos.
O alho também é rico em zinco e selênio, antioxidantes envolvidos direta e indiretamente no funcionamento do sistema imunológico. Essas substâncias, contudo, não foram avaliadas na pesquisa.
O Ministério da Saúde do Canadá e a Agência Federal Alemã de Saúde recomendam a ingestão de 4 gramas diários de alho cru, ou 8 miligramas de óleo essencial de alho para ajudar no controle do colesterol e diminuir fatores de risco cardiovascular. Isso equivale ao consumo de aproximadamente um dente e meio por dia. No Brasil não há consenso sobre qual seria a ingestão diária ideal.
“Qualquer tipo de cozimento promove certa perda das propriedades funcionais do alho, mas a fritura é a pior delas. Em vez de refogar antes, melhor colocar o tempero para cozinhar junto com a comida”, disse Prati. 

Arnicas do cerrado

Foto. www.google/images


Quanto à arnica citada por Guimarães Rosa, ela pertence ao gênero Lychnophora. As inflorescências lembram candelabros.


Outros "boldos"

Além as citadas em postagem anterior, outras espécies também são denominadas de boldos.
O Plectranthus grandis é muito semelhante ao Plectranthus barbatus, mas em outra postagem vou destacar as diferenças.
O Tithonia diversifolia também é denominado por vários outros nomes, como, por exemplo, mão-de-deus, boldo-chinês, arnicão, girassol-mexicano, boldo-japonês.


Foto: Plectranthus grandis
Foto: Tithonia diversifolia
Fonte das fotos: http://en.wikipedia.org