sábado, 19 de janeiro de 2013

Algéria: selos com plantas medicinais




Eucalyptus globulus           Malva sylvestris

Laurus nobilis

Ajuga iva                       Rhamnus alaternus

Silybum marianum               Lavandula stoechas 

Callitris articulata            Artemisia herba-alba 


Ricinus communis      Thymus fontanesii

Jasminum officinale               Viola odorata 


Link:

Infográfico: benefícios do óleo de coco

Infográfico sobre vitamina D (necessário visualizar no link original)


Ver o infográfico no link:
http://www.naturalnews.com/Infographic-The-Vitamin-D-Guide.html

Psílio (Plantago ovata)

Pantago ovata Forsskal é uma espécie frequentemente associada a outras duas, Plantago arenaria Plantago indica sob um nome comum de Plantago psyllium. O nome popular é psyllium, em alguns textos aportuguesado para psílio ou psílium. Tem também alguma semelhança com a Plantago major, também chamada tanchagem. São espécies pertencentes à família Plantaginaceae, ordem Lamiales. O uso tradicional do psílio abrange várias situações, como abscessos, intoxicações, obstipação, diarreia, colite, doença de Crohn, obesidade, diabete, doenças de pele, como úlceras e panarícios, e outras. O uso medicinal é com as sementes e sua casca. Também tem sido utilizada em culinária, com as folhas e sementes em saladas, ou acrescentadas a iogurte. O nome psyllium deriva da palavra gregapsylla (pulga), referindo-se à pequena dimensão das sementes1.

Obs.: ver no blog sobre outra plantago - 

Há inúmeras outras espécies de Plantago, todas nativas do sul e oeste da Ásia, mas introduzidas e bem adaptadas em outras regiões, como no sudoeste dos Estados Unidos2.

Psyllium é classificado como fibra mucilaginosa, em função da sua grande capacidade de formar gel em água. Contém nas cascas uma alta proporção de hemicelulose, composta por um suporte de xilana ligado a unidades de arabinose, ramnose e ácido galacturônico (arabinoxilanas). Nas sementes há cerca de 35% de polissacáridos solúveis e 65% de insolúveis (celulose, hemicelulose e lignina). A formação de gel depende da função de reter água do endosperma da semente, cuja função fisiológica é evitar o ressecamento das mesmas. A fermentação dos polissacaridos da semente levam à produção dos ácidos graxos de cadeia curta. Em face do conteúdo em fibras, as sementes de psyllium, ingeridas, têm a propriedade de aumentarem o bolo fecal e os ácidos graxos de cadeia curta. A maior parte da quantidade ingerida alcança o ceco em cerca de 4 horas, e as cascas também aumentam o peso fecal3.

Psyllium também tem a capacidade de interferir no metabolismo lipídico, reduzindo o colesterol, porém o mecanismo não é de todo esclarecido. Estudos em animais demonstraram aumento da colesterol-7-alfa-hidroxilase (citocromo 7A, ou CYP-7A) mais que o dobro do que fazem celulose e aveia, mas menos que colestiramina. Em animais submetidos a dieta hipergordurosa, aumentou a atividade da colesterol-7-alfa hidroxilase e também da HMG-CoA redutase. O mesmo parece ter ocorrido em humanos, em que se observou redução do LDL-colesterol, por estimulação da síntese dos ácidos biliares3.

Indicações clínicas

Constipação intestinal

A ingestão de 15 a 30g de sementes por dia produz melhora na grande maioria de casos de prisão de ventre crônica de causa indefinida e mesmo houve melhora em pacientes com retocele, prolapso e hipossensitividade retal3.

Incontinência fecal

Pacientes incontinentes, com fezes líquidas ou diarreia, também demonstraram melhora, pois o aumento do bolo fecal, especialmente se acompanhado da administração de goma arábica, reduziu a perda3.

Hemorroidas

A melhora do quadro clínico de portadores de hemorroidas é um corolário dos efeitos sobre a melhora da evacuação, porque propicia melhora da congestão perianal, e, consequentemente, do sangramento. Esse benefício é observado, em geral, após um mínimo de 30 dias de tratamento3. Em pacientes submetidos a hemorroidectomia, a administração de Plantago ovata, diminuiu o tempo de hospitalização, por reduzir-se a dor e o tenesmo4.

Colite ulcerativa

Tudo indica que a administração de psílio (10 g, duas vezes ao dia) a portadores de colite ulcerativa leva a aumento do ácido butírico, favorecendo a remissão do quadro3.

Síndrome do intestino irritável

Estudo em ratos transgênicos demonstrou melhora do quadro inflamatório colônico, evidenciado pelo aspecto citoarquitetural e associado com a diminuição de mediadores pró-inflamatórios, como óxido nítrico, leucotrieno B4, fator de necrose tumoral alfa (TNFα). Demonstrou-se ainda aumento da produção de ácidos graxos de cadeia curta, butirato e propionato (estes com atividade, demonstrada in vitro, de reduzir a produção de TNFα)5.

Revisão sobre várias plantas utilizadas no tratamento da doença inflamatória intestinal no Irã considera Plantago ovata Plantago psyllium efetivas, melhorando o processo inflamatório e a citoarquitetura intestinal. Atua através do óxido nítrico, leucotrieno B4 e TNF-α e também aumentando a produção de ácidos graxos de cadeia curta. Os mucopolissacárides da planta propiciam cicatrização e limitam a cicatriz. Comparando com o tratamento com mesalamina, o fitoterápico foi eficiente no mesmo grau6.

Redução do risco de câncer colo-retal

Pessoas que não têm hábito de praticarem exercícios físicos comprovadamente têm maior risco de câncer de colon. Esse risco se associa à incidência de constipação. Quando consumidores de psílio, o risco diminui significativamente7.

Em cultura de células de câncer intestinal de diferentes fenotipos tratadas com Plantago ovata, fermentada com bactérias anaeróbias comuns na flora intestinal, demonstrou-se a capacidade protetora  do fitoterápico, pois observou-se apoptose (em todos os tipos de células cancerosas), tanto em células de câncer primário, como nas de câncer metastático. Os autores tecem explicações para  os mecanismos intrínsecos e extrínsecos observados e sugerem que psyllium possa ser considerado como um bom adjuvante da terapêutica quimioterápica8.

Controle do apetite e perda de peso

A ingestão de 20g de psyllium 3 horas antes da refeição e logo após a ingestão alimentar leva a sensação de plenitude e pode ser um método para auxílio do controle ponderal, inclusive por diminuir a ingestão gordurosa3. Um grupo de 200 pacientes obesos, ou com sobrepeso, foi submetido a estudo duplo-cego, controlado por placebo, com 3 braços: ao primeiro, administradas 2 doses diárias de psyllium; ao segundo, 3 doses diárias; ao terceiro, placebo. A todos, prescrita dieta hipocalórica. Seguidos por 16 semanas, observou-se tendência a maior perda ponderal nos grupos que utilizaram fibras, porém não houve diferença significativa, do ponto de vista estatístico. No entanto, embora em todos tenha havido redução de lipidemia, nos grupos medicados a diferença foi maior, com significância. Não se observou diferença na glicemia, nos níveis de proteína c-reativa, ou na insulinemia9.

Controle da lipidemia

Estudos, tanto em animais, como em humanos demonstraram a capacidade de redução da lipidemia pelo uso de Plantago ovata. A redução foi entre 3,5 e 25%, em diferentes estudos, conforme revisão realizada até 20023. Em crianças e adolescentes obesos e dislipidêmicos, a administração de Plantago ovata reduziu o LDL-colesterol entre 2 e 23%, e os triglicérides em até 8,5%10.

Em homens com doença cardíaca isquêmica, psílio foi considerado bom método de prevenção secundária, uma vez que reduziu o triacilglicerol (6,7%), a relação apo-B/apo-A-1 (4,7%), e apo-A-1 aumentou (4,3%), comparando-se com um grupo que consumiu fibras insolúveis. Também houve aumento do HDL-colesterol (6,7%), com decréscimo da relação colesterol total/HDL (10,6%) e LDL/HDL (14,2%). Todas essas porcentagens foram estatisticamente significantes11. Em estudo multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado, com pacientes dislipidêmicos, o fitoterápico promoveu melhora dos biomarcadores de doença cardiovascular, como a lipidemia, apolipoproteína-B, insulina, em níveis significativos, do ponto de vista  estatístico, além de reduzir a pressão arterial12.

Influência sobre o diabete

Estudo em ratos diabéticos obesos demonstrou que complementando a dieta com psyllium houve prevenção de disfunção endotelial, da hipertensão e da obesidade, melhorando a dislipidemia e a concentração plasmática de adiponectina e TNF-α13. Em ratos com diabete tipo 1 e tipo 2 comprovou-se que houve redução do excesso glicêmico por diminuição da absorção intestinal de glicídios e melhora do peristaltismo14.

Observou-se, em homens diabéticos e dislipidêmicos, não só a redução da lipidemia, mas diminuição do pico de elevação glicêmica pós-prandial3. Em crianças e adolescentes obesos, o tratamento com psílio reduziu a glicemia pós-prandial em 12 a 20%15. Estudo duplo cego, placebo-controlado com 45 pacientes diabéticos demonstrou melhora não só do nível glicêmico em jejum, mas ainda da hemoglobina glicada e também da lipidemia16.

Influência sobre cicatrização

Os mucopolissacárides do psílio demonstraram influir melhorando a cicatrização e limitando a cicatriz, quando aplicados em solução hidrocoloide sobre as lesões, provocando aderência bacteriana no hidrocoloide, entre 2 e 3 horas, e também estimulando os macrófagos, sem desenvolver de modo significativo manifestações alérgicas ou irritativas17. Estudo in vitro demonstrou que os poilissacáridos hidrossolúveis de Plantago ovata exerceram intenso efeito em queratinócitos e fibroblastos. A linhagem de queratinócitos HaCaT foi estimulada, de modo dose-dependente. Arabinoxilana demonstrou efeito sobre a expressão de fator de crescimento dos queratinócitos (KGF) nas células HaCaT. O comportamento de diferenciação dos queratinócitos humanos normais foi influenciado, embora menos, pela estimulação da proliferação celular e indução indireta da diferenciação celular18.

Interações medicamentosas

Estudo em coelhos demonstrou que, ao contrário de goma-guar, psílio aumentou levemente a absorção de etinilestradiol, embora propiciando uma absorção mais lenta. Outros estudos não mostraram alterações séricas de drogas3.

Em coelhos, o uso de psyllium concomitantemente a levodopa (associada a carbidopa), por 2 semanas, mostrou elevação do nível sérico da droga, elevando-se com o correr do tempo e ainda maior com dose maior de fibras. A eliminação de levodopa também foi mais lenta no grupo que utilizou fibras. Esse achado já havia sido observado em estudos prévios, e tem implicação potencial no tratamento de pacientes com doença de Parkinson, aos quais é prescrita levodopa, de modo favorável, até, pois propicia menos efeitos adversos, maior tempo eficaz de ação da droga. A explicação sugerida pelos autores é de que psyllium aja sobre componentes enzimáticos importantes na absorção da droga, ou ainda que retenha a substância, propiciando mais absorção em áreas intestinais mais distantes19; 20; 21.

Efeitos adversos e toxicidade

Afora uma possível diminuição de vitamina B12, com uso prolongado do produto medicamentoso, não foram encontradas reações adversas, nem alterações nos níveis séricos de sais minerais e vitaminas. Há relatos de manifestações alérgicas3. Entre os casos alérgicos descritos, uma mulher que desenvolveu urticária após dois anos de uso22. Houve obstrução esofágica em alguns pacientes que utilizaram a medicação em grânulos, sem a devida ingestão de líquido em quantidade suficiente, o que poderia ter sido evitado, com o esclarecimento e informação adequados, ao se fazer a prescrição23. Esses casos levaram a agência reguladora americana a regulamentar que, para uso sem receita médica, não seriam liberadas fórmulas em grânulos24.

Contraindicações

Como há relatos de manifestações alérgicas, não deve ser administrado a pessoas com essa característica, e, inclusive, deve ser levado em consideração com equipes de saúde que tratem de pacientes usuários dessa fibra3; 24.

Referências

3- Kecmanovic DM, Pavlov MJ, Ceranic MJ, Kertez MD, Rankovic VI, Masirevic VP- Bulk agent Plantago ovata after Milligan-Morgan hemorrhoidectomy with LigasureTM. Phytother Res 2006; 20: 655-8

4- Rodriguez-Cabezas ME, Gálvez J, Camuesco D, Lorente MD, Conch A, Martinez-Augustin O, Redondo L, Zarzuelo A- Intestinal anti-inflammatory activity of dietary fiber (Plantago ovata seeds) in HLA-B27 transgenic rats. Clin Nutr 2003; 22(5): 463-71

5- Rahimi R, Shams-Ardekani MR, Abdollahi M- A review of the efficacy of traditional Iranian medicine for inflammatory bowel disease. World J Gastroenterol 2010; 16(36): 4504-14

6- Juarrans M, Calle-Purón ME, González-Navarro A, Regidor-Poyatos E, Soriano T, Martinez-Hernandez D, Rojas VD, Guinee VF- Physical exercise, use of Plantago ovata and aspirin, and reduced risk of colon cancer. Eur J Cancer Prev 2002; 11(5): 465-72

7- Sohn VR, Giros A, Xicola RM, Fluvià L, Grzybowski M, Anguera A, Llor X- Stool-fermented Plantago ovata husk induces apoptosis in colorectal cancer cells independently of molecular phenotype. BR J Nutr 2012; 107(11): 1591-602

8- Salas-Salvadó J, Farrés X, Luque X, Narejos S, Borrell M, Basora J, Anguera A, Torres F, Bulló M, Balanza R- Effect of two doses of a mixture of soluble fibres on body weight and metabolic variables in overweight or obese patients: a randomized Trial. British Journal of nutrition 2008; 99: 1380-7

9- Moreno LA, Tresaco B, Bueno G, Fleta J, Rodriguez G, Garagorri JM, Bueno M- Psyllium and the metabolic controlo of obese children ans adolescents. J Physiol Biochem 2003; 59(3): 235-42

10- Solà R, Godàs G, Ribalta J, Vallvé J-C, Girona J, Anguerra A, Ostos MA, Recalde D, Salazar J, Caslake M, Martín-Luján F, Salas-Salvadó J, Masana L- Effects of soluble fiber (Plantago ovata husk) on plasma lipids, lipoproteins, and apolipoproteins in men with ischemic heart disease. Am J Clin Nutr 2007; 85: 1157-63

11- Solà R, Bruckert E, Valls RM, Narejos S, Luque X, Castro-Cabezas M, Doménech G, Torres F, Heras M, Ferres X, Vaquer JV, Martinez JM, Almaraz MC, Anguera A- Soluble fiber (Plantago ovata husk) reduces plasma low-density lipoprotein (LDL) cholesterol, triglycerides, insulin, oxidised LDL and systolic blood pressure in hypercholesterolaemic patients: a randomized Trial. Atheroschlerosis 2010; 211(2): 630-7

12- Galisteo M, Sánchez M, Vera R, González M, Anguera A, Duarte J, Zarzuelo A- A diet supplemented with husks of Plantago ovata reduces the development of endothelial dysfunction, hypertension, and obesity by affecting adiponectin and TNF-α in obese Zucker rats. J Nutr 2005 135:2399-2404

13- Hannan JMA, Ali L, Khaleque J, Akther M, Flat PR, Abdel-Wahab YHA- Aqueous extracts of husks of Plantago ovata reduce hyperglicaemia in type 1 and type 2 diabetes by inhibition of intestinal glucose absorption. British Journal of Nutrition 2006; 96: 131-7

14- Moreno LA, Tresaco B, Bueno G, Fleta J, Rodriguez G, Garagorri JM, Bueno M- Psyllium and the metabolic control of obese children ans adolescents. J Physiol Biochem 2003; 59(3): 235-42

15- Ziai AS, Larijani B, Akhoondzadeh S, Fakhrzadeh H, Dastpak A, Bandarian F, Rezai A, Badi HN, Emami T- Psyllium decreased serum glucose and glycosylated hemoglobin significantly in diabetics outpatients. J Ethnopharmacol 2005; 102: 202-7

16- Westerhof W, Das PK, Middelkoop E, Verschoor J, Storey L, Regnier C- Mucopolissacharides from psyllium Involved in wound healing. Drugs Exp Clin Res 2001; 27(5-6): 165-75

17- Deters AM, Schröder KR, Smiatek T, Hensel A- Ispaghula (Plantago ovata) seed husk polysaccharides promote proliferation of human epitelial cells (skin keratinocytes and fibroblasts) via enhanced growth factor receptors and energy production. Planta Med 2005; 71(1): 33-9

18- Garcia JJ, Fernandez N, Carnedo D, Diez MJ, Sahagun A, Gonzalez A, Calle A, Sierra M- Hydrosoluble fiber (Plantago ovata husk) and levodopa I: experimental study of the pharmacokinetik interaction. Eur Neuropsychopharmacol 2005; 15(5):497-503

19- Hydrosoluble fiber (Plantago ovata husk) and levodopa II; experimental study of the pharmacokinetic interaction in the presence of carbidopa. Eur Neuropsychopharmacol 2005; 15(5): 505-9

20- Diez MJ, Garcia JJ, Prieto C, Fernandez N, Sahagun A, Sierra M- The hydrosoluble fiber Plantago ovata husk improves levodopa (with carbidopa) bioavailability after repeated administration. Journal of Neurological Sciences 2008; 271: 15-20

21- Freeman Gl- Psyllium hypersensitivity. Ann Allergy 1994; 73(6): 490-2

22- Salguero-Molpeceres O, Seijas-Ruiz-Coelho MC, Caballos-Vilar D,Diaz-Picazo L, Ayerbe-García-Monzón L- Obstrucción esofágica por la fibra dietética Plantago  ovata, uma complicación prevenible mediante la información.Gastroenterol Hepatol 2003; 26(4): 248-50

23- sem autor mencionado. Laxative drug products for over-the-counter human use; psyllium ingredients in granular dosage forms. Federal Register 2007; 72(60): 14669-74

24- Bernedo N, Garcia M, Gastaminza G, Fernández E, Bartolomé B, Algorta J, Muñoz D- Allergy to laxative compound (Plantago ovata) among health care professionals. J Investig Allergol Clin Immunol 2008; 18(3): 181-9

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Infográfico: Formação de pedras na vesícula

http://atualizacaofarmaceutica.com/wp-content/uploads/2013/01/C%C3%81LCULOS-NA-VES%C3%8DCULA.jpg

Infográfico: Diferenças entre suplementos e anabolizantes

http://atualizacaofarmaceutica.com/wp-content/uploads/2013/01/SUPLEMENTOS-E-ANABOLIZANTES.jpg

Severe Climate Jeopardizing Amazon Forest, Study Finds

Jan. 18, 2013 — An area of the Amazon rainforest twice the size of California continues to suffer from the effects of a megadrought that began in 2005, finds a new NASA-led study. These results, together with observed recurrences of droughts every few years and associated damage to the forests in southern and western Amazonia in the past decade, suggest these rainforests may be showing the first signs of potential large-scale degradation due to climate change.

An international research team led by Sassan Saatchi of NASA's Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, Calif., analyzed more than a decade of satellite microwave radar data collected between 2000 and 2009 over Amazonia. The observations included measurements of rainfall from NASA's Tropical Rainfall Measuring Mission and measurements of the moisture content and structure of the forest canopy (top layer) from the Seawinds scatterometer on NASA's QuikScat spacecraft.

The scientists found that during the summer of 2005, more than 270,000 square miles (700,000 square kilometers, or 70 million hectares) of pristine, old-growth forest in southwestern Amazonia experienced an extensive, severe drought. This megadrought caused widespread changes to the forest canopy that were detectable by satellite. The changes suggest dieback of branches and tree falls, especially among the older, larger, more vulnerable canopy trees that blanket the forest.

While rainfall levels gradually recovered in subsequent years, the damage to the forest canopy persisted all the way to the next major drought, which began in 2010. About half the forest affected by the 2005 drought -- an area the size of California -- did not recover by the time QuikScat stopped gathering global data in November 2009 and before the start of a more extensive drought in 2010.

"The biggest surprise for us was that the effects appeared to persist for years after the 2005 drought," said study co-author Yadvinder Malhi of the University of Oxford, United Kingdom. "We had expected the forest canopy to bounce back after a year with a new flush of leaf growth, but the damage appeared to persist right up to the subsequent drought in 2010."

Recent Amazonian droughts have drawn attention to the vulnerability of tropical forests to climate change. Satellite and ground data have shown an increase in wildfires during drought years and tree die-offs following severe droughts. Until now, there had been no satellite-based assessment of the multi-year impacts of these droughts across all of Amazonia. Large-scale droughts can lead to sustained releases of carbon dioxide from decaying wood, affecting ecosystems and Earth's carbon cycle.

The researchers attribute the 2005 Amazonian drought to the long-term warming of tropical Atlantic sea surface temperatures. "In effect, the same climate phenomenon that helped form hurricanes Katrina and Rita along U.S. southern coasts in 2005 also likely caused the severe drought in southwest Amazonia," Saatchi said. "An extreme climate event caused the drought, which subsequently damaged the Amazonian trees."

Saatchi said such megadroughts can have long-lasting effects on rainforest ecosystems. "Our results suggest that if droughts continue at five- to 10-year intervals or increase in frequency due to climate change, large areas of the Amazon forest are likely to be exposed to persistent effects of droughts and corresponding slow forest recovery," he said. "This may alter the structure and function of Amazonian rainforest ecosystems."

The team found that the area affected by the 2005 drought was much larger than scientists had previously predicted. About 30 percent (656,370 square miles, or 1.7 million square kilometers) of the Amazon basin's total current forest area was affected, with more than five percent of the forest experiencing severe drought conditions. The 2010 drought affected nearly half of the entire Amazon forest, with nearly a fifth of it experiencing severe drought. More than 231,660 square miles (600,000 square kilometers) of the area affected by the 2005 drought were also affected by the 2010 drought. This "double whammy" by successive droughts suggests a potentially long-lasting and widespread effect on forests in southern and western Amazonia.

The drought rate in Amazonia during the past decade is unprecedented over the past century. In addition to the two major droughts in 2005 and 2010, the area has experienced several localized mini-droughts in recent years. Observations from ground stations show that rainfall over the southern Amazon rainforest declined by almost 3.2 percent per year in the period from 1970 to 1998. Climate analyses for the period from 1995 to 2005 show a steady decline in water availability for plants in the region. Together, these data suggest a decade of moderate water stress led up to the 2005 drought, helping trigger the large-scale forest damage seen following the 2005 drought.

Saatchi said the new study sheds new light on a major controversy that existed about how the Amazon forest responded following the 2005 megadrought. Previous studies using conventional optical satellite data produced contradictory results, likely due to the difficulty of correcting the optical data for interference by clouds and other atmospheric conditions.

In contrast, QuikScat's scatterometer radar was able to see through the clouds and penetrate into the top few meters of vegetation, providing daily measurements of the forest canopy structure and estimates of how much water the forest contains. Areas of drought-damaged forest produced a lower radar signal than the signals collected over healthy forest areas, indicating either that the forest canopy is drier or it is less "rough" due to damage to or the death of canopy trees.

Results of the study were published recently in the Proceedings of the National Academy of Sciences. Other participating institutions included UCLA; University of Oxford, United Kingdom; University of Exeter, Devon, United Kingdom; National Institute for Space Research, Sao Jose dos Campos, Sao Paulo, Brazil; Boston University, Mass.; and NASA's Ames Research Center, Moffett Field, Calif.

For more on NASA's scatterometry missions, visit:http://winds.jpl.nasa.gov/index.cfm . You can follow JPL News on Facebook at: http://www.facebook.com/nasajpl and on Twitter at: http://www.twitter.com/nasajpl . The California Institute of Technology in Pasadena manages JPL for NASA.
At left, the extent of the 2005 megadrought in the western Amazon rainforests during the summer months of June, July and August as measured by NASA satellites. The most impacted areas are shown in shades of red and yellow. The circled area in the right panel shows the extent of the forests that experienced slow recovery from the 2005 drought, with areas in red and yellow shades experiencing the slowest recovery. (Credit: NASA/JPL-Caltech/GSFC)

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Good Bacteria in the Intestine Prevent Diabetes, Study Suggests

Jan. 18, 2013 — All humans have enormous numbers of bacteria and other micro-organisms in the lower intestine. In fact our bodies contain about ten times more bacteria than the number of our own cells and these tiny passengers are extremely important for our health. They help us digest our food and provide us with energy and vitamins. These 'friendly’ commensal bacteria in the intestine help to stop the 'bad guys’ such as Salmonella that cause infections, taking hold. Even the biochemical reactions that build up and maintain our bodies come from our intestinal bacteria as well as our own cells. 

Pretty important that we get along with these little bacterial friends... definitely. But as in all beautiful relationships, things can sometimes turn sour. If the bacteria in the intestine become unbalanced, inflammation and damage can occur at many different locations in the body. The best known of these is the intestine itself: the wrong intestinal bacteria can trigger Crohn’s disease and ulcerative colitis. The liver also becomes damaged when intestinal bacteria are unbalanced.

Research groups led by Professor Jayne Danska at the Sick Children’s Hospital of the University of Toronto and Professor Andrew Macpherson in the Clinic for Visceral Surgery and Medicine at the Inselspital and the University of Bern have now shown that the influence of the intestinal bacteria extends even deeper inside the body to influence the likelihood of getting diabetes. In children and young people, diabetes is caused by the immune cells of the body damaging the special cells in the pancreas that produce the hormone insulin. By chance, 30 years ago, before the development of genetic engineering techniques, Japanese investigators noticed that a strain of NOD laboratory mice tended to get diabetes. These mice (also by chance) have many of the same genes that make some humans susceptible to the disease. With the help of the special facilities of the University of Bern and in Canada, these teams have been able to show that the intestinal bacteria, especially in male mice, can produce biochemicals and hormones that stop diabetes developing.

Diabetes in young people is becoming more and more frequent, and doctors even talk about a diabetes epidemic. This increase in diabetic disease has happened over the last 40 years as our homes and environment have become cleaner and more hygienic. At the moment, once a child has diabetes, he or she requires life-long treatment.

"We hope that our new understanding of how intestinal bacteria may protect susceptible children from developing diabetes, will allow us to start to develop new treatments to stop children getting the disease," says Andrew Macpherson of the University Bern.

Journal Reference:

J. G. M. Markle, D. N. Frank, S. Mortin-Toth, C. E. Robertson, L. M. Feazel, U. Rolle-Kampczyk, M. von Bergen, K. D. McCoy, A. J. Macpherson, J. S. Danska.Sex Differences in the Gut Microbiome Drive Hormone-Dependent Regulation of Autoimmunity.Science, 2013; DOI: 10.1126/science.1233521

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People With Low Risk for Cocaine Dependence Have Differently Shaped Brain to Those With Addiction

Jan. 17, 2013 — People who take cocaine over many years without becoming addicted have a brain structure which is significantly different from those individuals who developed cocaine-dependence, researchers have discovered. New research from the University of Cambridge has found that recreational drug users who have not developed a dependence have an abnormally large frontal lobe, the section of the brain implicated in self-control.

Their research was published in the journal Biological Psychiatry.

For the study, led by Dr Karen Ersche, individuals who use cocaine on a regular basis underwent a brain scan and completed a series of personality tests. The majority of the cocaine users were addicted to the drug but some were not (despite having used it for several years).

The scientists discovered that a region in the frontal lobes of the brain, known to be critically implicated in decision-making and self-control, was abnormally bigger in the recreational cocaine users. The Cambridge researchers suggest that this abnormal increase in grey matter volume, which they believe predates drug use, might reflect resilience to the effects of cocaine, and even possibly helps these recreational cocaine users to exert self-control and to make advantageous decisions which minimize the risk of them becoming addicted.

They found that this same region in the frontal lobes of the brain was significantly reduced in size in people with cocaine dependence, confirming earlier research that had found similar results. They believe that at least some of these changes are the result of drug use, which causes drug users to lose grey matter.

They also found that people who use illicit drugs like cocaine exhibit high levels of sensation-seeking personality traits, but only those developing dependence show personality traits of impulsivity and compulsivity.

Dr Ersche, of the Behavioural and Clinical Neuroscience Institute (BCNI) at the University of Cambridge, said: "These findings are important because they show that the use of cocaine does not inevitably lead to addiction in people with good self-control and no familial risk.

"Our findings indicate that preventative strategies might be more effective if they were tailored more closely to those individuals at risk according to their personality profile and brain structure."

The researchers will next explore the basis of the recreational users' apparent resilience to drug dependence.

Dr Ersche added: "Their high level of education, less troubled family background or the beginning of drug-taking only after puberty may all play a role."

Journal Reference:

Karen D. Ersche, P. Simon Jones, Guy B. Williams, Dana G. Smith, Edward T. Bullmore, Trevor W. Robbins.Distinctive Personality Traits and Neural Correlates Associated with Stimulant Drug Use Versus Familial Risk of Stimulant Dependence. Biological Psychiatry, 2012; DOI: 10.1016/j.biopsych.2012.11.016

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