sexta-feira, 31 de julho de 2015

Programa del XV Simposio Latinoamericano y I Congreso Paraguayo de Farmacobotánica





Medicinal plants of Myanmar

http://www.moh.gov.mm/file/Medicinal%20Plants%20of%20Myanmar.pdf

Produção de húmus, artigo de Roberto Naime

Caixa de compostagem. Foto: Minha Horta Suspensa – http://hortasuspensaquintal.blogspot.com.br/

[EcoDebate] Segundo dados publicados no site da Associação Brasileira de Agricultura Orgânica, a produção de húmus a partir da vermicompostagem se profissionalizou, com mercado de anelídeos. Site do Diário do Comércio e Indústria estima movimentação de algumas centenas de milhões por ano.

Não é apenas na produção de substratos vegetais, mas também no uso para recuperação de áreas de diversas naturezas, e para recomposição física de solos vulnerabilizados por atividades de erosão ou mesmo lixiviação. Também contribui o enorme avanço da agricultura e da pecuária orgânicos no país, que geram demanda pela maior produção de húmus.

A presença de minhocas no solo auxilia na retenção de nutrientes variados, como potássio, nitrogênio, cálcio e fósforo, também auxilia na oxigenação ou aeração dos terrenos, com ampliação da porosidade dos solos e até mesmo na fixação de moléculas de umidade. Além de atuarem nos solos e na vermicompostagem, as minhocas servem como iscas em anzóis de pesca e além do desenvolvimento de matrizes, são produzidas farinhas deste anelídeo para uso em rações animais.

Minhocas também são utilizadas para a alimentação de peixes ornamentais em aquários e como iguarias para espécimes de répteis e anfíbios, criados em condições domésticas, no interior ou no ambiente de residências. O húmus produzido pelas minhocas também é largamente utilizado para melhoria da qualidade das pastagens, sendo muito empregado em pecuária orgânica.

O húmus, bastante conhecido pela floricultura e o cultivo de plantas em vaso no ambiente doméstico, é produzido em canteiros de cultivo de minhocas e mais recentemente, numa tecnologia desenvolvida e patenteada por empresas, em colchões que funcionam como casulo, e que lembram piscinas plásticas vazias, nos quais se instalam minhocários. As minhocas se alimentam de resíduos orgânicos e produzem cerca de 50kg de húmus para cada metro quadrado de canteiros onde são cultivadas.

A comercialização realizada a granel para propriedades rurais e em embalagens pequenas para floriculturas ou para adição em vasos de folhagens, oscila para valores que se situam no intervalo entre hum mil ou dois mil reais a tonelada, de acordo com a região no primeiro caso, e para valores que se situam entre 2 e 4 reais o kg para comercialização no segundo caso, em embalagens plásticas, onde é necessário registro do produto, com a necessidade de ações de marketing, coordenadas e integradas.

O húmus da forma que se conhece, material muito enriquecido por matéria orgânica, é constituído pelos excrementos da minhoca. O húmus melhora muito as propriedades físicas, químicas e orgânicas do solo, tendo grande aceitação quando inserido na produção agrícola ou pecuária de natureza orgânica.

As minhocas se alimentam de vegetais na natureza, e nos criatórios são tratadas com resíduos sólidos de natureza orgânica, principalmente frutas, verduras e legumes em geral, além de esterco. Se reproduzem rapidamente. Existem centenas de espécies de minhocas no país, mas os tipos mais empregados na produção de húmus são a minhoca vermelha da Califórnia e a denominada minhoca gigante africana.

Site do jornal Gazeta Mercantil consultado indica que existem muitos empreendedores não tradicionais, sensibilizados pelas inúmeras vantagens já descritas do uso de húmus e mesmo dos anelídeos nos solos, onde os túneis que escava, auxiliam de maneira substancial na aeração dos solos e consequentemente na retenção de umidade e na germinação e desenvolvimento das espécies vegetais plantadas.

A divulgação de pesquisas realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por universidades e instituições privadas, além do grande número de empreendimentos orgânicos privados, estimulam a utilização do húmus, que já é bastante importante e relevante na Europa e Estados Unidos. O húmus como adubo pode ser empregado nos mais diversos cenários, como fazendas, hortos privados ou comunitários, chácaras, sítios, pesqueiros, posadas e até mesmo em campos cultivados para a prática de golfe.

Produtores estimam em 350, a média de quantidade de indivíduos anelídeos presentes por quilo de húmus considerado. Mesmo com a importância já descrita das minhocas, pode-se afirmar que ainda não existe mercado firme e consolidado para esta forma de substrato que tanto auxilia a recuperação e nas boas condições agrícolas dos solos para produção vegetal ou animal orgânica.

Ainda se verá um cenário que valoriza adequadamente a chamada adubação orgânica que em muito auxilia a recuperação dos solos e a capacidade de germinação e a retenção de nutrientes. Não adiantar inundar os terrenos com nitrogênio, que aliás pode ser produzido por bactérias desnitrificadoras locais, se os solos tiverem capacidade de retenção adequada destes organismos, e adicionar conjuntamente potássio e fósforo. Todos os 3 componentes quando resultantes de compostos onerosos de natureza petroquímica, são sujeitos a que na primeira chuvarada, possam sofrer lixiviação e remoção dos solos, fazendo com que boa parte dos nutrientes ofertados aos terrenos ali não permaneçam.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 08/01/2015
"Produção de húmus, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, 31/07/2015,http://www.ecodebate.com.br/2015/07/31/producao-de-humus-artigo-de-roberto-naime/.

Farmacologia, Farmacocinética - Edson Negreiros

Purslane (Portulaca oleraceae)


Frutas e verduras de acordo com a época


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Overeating caused by a hormone deficiency in brain?

Study finds absence of peptide linked to preference for fatty food, eating for pleasure rather than hunger

Date: July 23, 2015

Source: Rutgers University

Summary:
When hormone glucagon like peptide-1 was reduced in the central nervous system of laboratory mice, they overate and consumed more high fat food, scientists have found. Although this is not the only reason why people overeat, the study provides new evidence that targeting neurons in the mesolimbic dopamine system -- a reward circuit in the brain -- rather than targeting the whole body might be a better way to control overeating and obesity with fewer side effects.
Why we eat, how much we eat and when we stop eating are behaviors controlled by the central nervous system which enables the body to respond to its environment. This is why it is important to understand the motivation behind hedonic hunger -- the drive to eat for pleasure instead of to gain energy -- researchers say.
Credit: © LoloStock / Fotolia

If you find yourself downing that extra piece of chocolate fudge cake even though you're not hungry, it might be the absence of a hormone in your brain that's causing you to overeat purely for pleasure.

In a new Rutgers Robert Wood Johnson Medical School study published inCell Reports, researchers found that when the hormone glucagon like peptide-1 (GLP-1) was reduced in the central nervous system of laboratory mice, they overate and consumed more high fat food.

"The mice in which the GLP-1 deficiency was induced ate beyond the need for calories and showed an increase preference for high fat food," says Vincent Mirabella, a medical school and doctoral student who co-authored the study. "Conversely when we enhanced GLP-1 signaling in the brains of mice we were able to block the preference of high fat foods."

GLP-1 peptides are small sequences of amino acids that have many functions, including how our bodies regulate eating behaviors. They are secreted from cells in both the small intestine and the brain and are supposed to let our brain know when we are satisfied and should put down the fork.

Rutgers scientists say it has been unclear how the GLP-1 released in the brain contributes to appetite regulation. Although this is not the only reason why people overeat, the study provides new evidence that targeting neurons in the mesolimbic dopamine system -a reward circuit in the brain -- rather than targeting the whole body might be a better way to control overeating and obesity with fewer side effects.

In the study, the authors found that activating the GLP-1 hormone in the mesolimbic system hindered communication between neurons which communicate to control reward behaviors, including eating. The result was that mice consumed less food altogether and, more important, lost the preference for high fat food.

"These are the same areas of the brain that controls other addictive behaviors like drug and alcohol abuse and nicotine addiction," says senior-author and assistant professor Zhiping Pang. "We believe that our work has broad implications in understanding how GLP-1 functions to influence motivational behaviors."

Pang says why we eat, how much we eat and when we stop eating are behaviors controlled by the central nervous system which enables the body to respond to its environment. This is why it is important to understand the motivation behind hedonic hunger -- the drive to eat for pleasure instead of to gain energy. The physiological and motivational factors will provide a better understanding of modern eating habits, why a dysfunction may occur and could lead to more targeted therapies, he says.

Effective therapies for treating obesity are very limited. A drug that mimics the GLP-1 hormone -- used first to improve glucose tolerance for those with type 2 diabetes -- and recently approved by the U.S. Food and Drug Administration is now being used as a treatment for obesity. The injectable medication that targets the whole body, however, can possibly cause serious side effects including pancreatitis, gallbladder disease and kidney problems.

"Over eating, which causes obesity, can be considered a food addiction, a neuropsychiatric disorder," Pang says. By finding out how the central nervous system regulates food intake behavior via GLP-1 signaling, we may be able to provide more targeted therapy with fewer side effects."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Rutgers University.Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Zhiping P. Pang et al. Endogenous Glucagon-like Peptide-1 Suppresses High-Fat Food Intake by Reducing Synaptic Drive onto Mesolimbic Dopamine Neurons. Cell Reports, July 2015 DOI:10.1016/j.celrep.2015.06.062

Cite This Page:
Rutgers University. "Overeating caused by a hormone deficiency in brain? Study finds absence of peptide linked to preference for fatty food, eating for pleasure rather than hunger." ScienceDaily. ScienceDaily, 23 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150723125248.htm>.

Omega-3 fatty acids may help improve treatment, quality of life in cancer patients

Date: July 28, 2015

Source: American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.)

Summary:
Adding omega-3 fatty acids to anti-tumor medications may improve treatment response and quality of life for cancer patients according to a new study. The study examined 50 patients with advanced pancreatic cancer.

Adding omega-3 fatty acids to anti-tumor medications may improve treatment response and quality of life for cancer patients according to a new study by researchers at the University Hospitals of Leicester in the United Kingdom.

The study, published in the OnlineFirst version of the Journal of Parenteral and Enteral Nutrition (JPEN), the research journal of the American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.), examined 50 patients with advanced pancreatic cancer.

Patients were given 1,000 mg of gemcitabine weekly followed by up to 100 g of omega-3 rich lipid emulsion for three weeks followed by a rest week. This was continued for up to six cycles, progression, unacceptable toxicity, patient request, or death.

The study found evidence of activity in response and disease stabilization rates, reduction in liver metastasis volume, and improved quality of life scores in this group of patients.

While this is the first study to use omega-3 fatty acids with a chemotherapy agent in a cancer setting, the researchers believe the results are encouraging enough to warrant further investigation in a randomized phase III trial.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Ali Arshad, John Isherwood, Christopher Mann, Jill Cooke, Cristina Pollard, Franscois Runau, Bruno Morgan, William Steward, Matthew Metcalfe, and Ashley Dennison. Intravenous ω-3 Fatty Acids Plus Gemcitabine: Potential to Improve Response and Quality of Life in Advanced Pancreatic Cancer. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, July 2015 DOI: 10.1177/0148607115595221

Cite This Page:
American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). "Omega-3 fatty acids may help improve treatment, quality of life in cancer patients." ScienceDaily. ScienceDaily, 28 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150728091731.htm>.

Melão de são caetano, Momordica charantia, Planta medicinal,

Caxi, Porongo comestível, Lagenaria siceraria ou communis,

Coffee consumption habits impact the risk of mild cognitive impairment

Date: July 28, 2015

Source: IOS Press BV

Summary:
A new study estimates the association between change or constant habits in coffee consumption and the incidence of mild cognitive impairment (MCI), evaluating 1,445 individuals recruited from 5,632 subjects, aged 65-84 year old, from the Italian Longitudinal Study on Aging a population-based sample from eight Italian municipalities with a 3.5-year median follow-up.

A new study by researchers at the University of Bari Aldo Moro, Bari, Italy, Geriatric Unit & Laboratory of Gerontology and Geriatrics, IRCCS "Casa Sollievo della Sofferenza," San Giovanni Rotondo, Foggia, Italy, and Istituto Superiore di Sanità (ISS), Roma, Italy, estimates the association between change or constant habits in coffee consumption and the incidence of mild cognitive impairment (MCI), evaluating 1,445 individuals recruited from 5,632 subjects, aged 65-84 year old, from the Italian Longitudinal Study on Aging (ILSA), a population-based sample from eight Italian municipalities with a 3.5-year median follow-up. These findings are published in the Journal of Alzheimer's Disease.

Mild cognitive impairment (MCI) is considered a prodromal stage of Alzheimer's disease (AD) and dementia. As no effective treatment exists to modify the natural history of this neurodegenerative disorder, the identification and subsequent management of risk/protective factors may be crucial for prevention of MCI and its progression to AD and dementia. Among diet-associated factors, coffee is regularly consumed by millions of people around the world and owing to its caffeine content, it is the best known psychoactive stimulant resulting in heightened alertness and arousal and improvement of cognitive performance.

Besides short-term effects of caffeine-containing beverages, some case-control and cross-sectional and longitudinal population-based studies evaluated the long-term effects on brain function and provided evidence that coffee, tea, or caffeine consumption or higher plasma caffeine levels may be protective against cognitive impairment and dementia, with some notable exceptions.

An interesting finding in this study was that cognitively normal older individuals who modified their habits by increasing with time their amount of coffee consumption (> 1 cup of coffee/day) had about two times higher rate of MCI compared to those with reduced habits (< 1 cup of coffee/day) and about one and half time higher rate of MCI in comparison with those with constant habits (neither more nor less 1 coffee/day). Moreover, those who habitually consumed moderate amount of coffee (1 or 2 cups of coffee/day) had a reduced rate of the incidence of MCI than those who habitually never or rarely consumed coffee. No significant association was verified between who habitually consumed higher levels of coffee consumption (> 2 cups of coffee/day) and the incidence of MCI in comparison with those who never or rarely consumed coffee.

"These findings from the Italian Longitudinal Study on Aging suggested that cognitively normal older individuals who never or rarely consumed coffee and those who increased their coffee consumption habits had a higher risk of developing MCI. Therefore, moderate and regular coffee consumption may have neuroprotective effects also against MCI confirming previous studies on the long-term protective effects of coffee, tea, or caffeine consumption and plasma levels of caffeine against cognitive decline and dementia," said investigators Vincenzo Solfrizzi, MD, PhD, and Francesco Panza, MD, PhD, University of Bari Aldo Moro, Bari, Italy.

The authors hypothesized different potential mechanisms in explaining the neuroprotective effects of coffee consumption observed in this study. The long-term neuroprotective effect of caffeine may involve competitive antagonism of excessive activation of adenosine A2A receptors (A2ARs), which may attenuate damage caused by -amyloid (A), the toxic peptide accumulating in AD brains. Indeed, both acute or long-term caffeine administration were shown to reduce brain A levels in AD transgenic mice and memory restoration and reversal of AD pathology in mice with pre-existing A burden. Adenosine is a neuromodulator that operates via the most abundant inhibitory adenosine A1 receptors (A1Rs) and the less abundant, but widespread, facilitatory A2ARs. A1Rs play a key role in neuroprotection, decreasing glutamate release and hyperpolarizing neurons, and their activation attenuates brain damage, whereas their blockade exacerbates damage in adult animals.

In contrast, A2ARs blockade confers robust brain neuroprotection in adult animals. Moreover, while central A1Rs are down-regulated by chronic noxious situations, the brain neuroprotective effect of A2AR antagonists is maintained in chronic noxious brain conditions without observable peripheral effects, thus justifying the interest of A2AR antagonists as novel protective agents in neurodegenerative diseases such as AD. Therefore, the ability of caffeine to prevent memory deterioration in animal models of aging or AD may be related to the action of A2ARs rather than A1Rs, suggesting that an adequate adenosinergic tonus is required for normal memory performance and that over- or down-activation of the adenosine system may result in impaired memory functioning.

This hypothesis could in part explain why, as shown in this study, both no or rare and higher consumption of coffee (> 2 cups/day) were associated with higher risk of the incidence of MCI. Accordingly, moderate doses of caffeine improve memory performance in rodents, whereas higher doses of caffeine may impair memory acquisition. Biological effects of caffeine on brain function also included modulation of white matter lesions and/or microvascular ischemic lesions, and improved insulin sensitivity, so reducing the risk of type 2 diabetes, which is a strong risk factor for cognitive decline. Moreover, caffeine could in part compensate the cognitive decline in older individuals because its effects on vigilance and attention, mainly in situations of reduced alertness. Finally, habitual and moderate consumption of coffee may prevent MCI through attenuation of subclinical neuroinflammation, and reduction in oxidative stress.

The authors concluded: "More sensitive outcomes such as findings from neuroimaging studies should become available from experimental data, so further explaining the mechanisms underlying the neuroprotective effects of coffee, tea, and caffeine consumption. Larger studies with longer follow-up periods should be encouraged, addressing other potential bias and confounding sources, so hopefully opening new ways for diet-related prevention of dementia and AD."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by IOS Press BV. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Vincenzo Solfrizzi, Francesco Panza, Bruno P. Imbimbo, Alessia D’Introno, Lucia Galluzzo, Claudia Gandin, Giovanni Misciagna, Vito Guerra, Alberto Osella, Marzia Baldereschi, Antonio Di Carlo, Domenico Inzitari, Davide Seripa, Alberto Pilotto, Carlo Sabbá, Giancarlo Logroscino, Emanuele Scafato. Coffee Consumption Habits and the Risk of Mild Cognitive Impairment: The Italian Longitudinal Study on Aging,. Journal of Alzheimer’s Disease, Volume 47, Issue 4 (September 2015) DOI: 10.3233/JAD-150333

Cite This Page:
IOS Press BV. "Coffee consumption habits impact the risk of mild cognitive impairment." ScienceDaily. ScienceDaily, 28 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150728162521.htm>.

Probiotics improve behavioral symptoms of chronic inflammatory diseases in mice

Date: July 28, 2015

Source: Society for Neuroscience

Summary:
Probiotics may improve the behavioral symptoms of chronic inflammatory diseases by altering communication between the immune system and the brain, according to an animal study.

Probiotics may improve the behavioral symptoms of chronic inflammatory diseases by altering communication between the immune system and the brain, according to an animal study published July 29 in the Journal of Neuroscience. Chronic inflammatory diseases such as rheumatoid arthritis and inflammatory bowel disease are associated with behavioral symptoms that include fatigue, depression, and social withdrawal. Researchers at the University of Calgary fed probiotics to mice with liver inflammation and found that the treatment reduced these behaviors.

The gastrointestinal tract is inhabited by a mass of microorganisms called the microbiota, which supports digestion and immune system health. Probiotics are live bacteria and yeasts that are commonly ingested to support the microbiota, and previous research has demonstrated that probiotics can have beneficial effects on mood and cognition. The mechanism of probiotics' effects on the brain is unclear, but it has been linked to changes in the immune system.

In this study, mice with liver inflammation were fed either a probiotic mixture or a placebo. The researchers gauged behavioral symptoms by measuring the amount of time the mice spent in social behaviors compared to time spent in isolation. Although it is unclear how inflammatory diseases lead to changes in brain function and behavior, previous research implicates the increased production of the inflammatory signaling molecule tumor necrosis factor alpha (TNF-α). Thus, the researchers also measured the amount of TNF-α circulating in the blood and the amount of activated immune cells in the brain.

They found that:
  • Mice that received the probiotics spent more time engaging in social behaviors compared to mice that received a placebo.
  • Mice that received the probiotics had lower blood levels of TNF-α and fewer activated immune cells in the brain compared to mice that received a placebo.
  • Probiotics did not alter the severity of liver inflammation.

The findings suggest that probiotics improved behavioral symptoms by altering communication between the immune system and the brain, the researchers said. The results suggest that, "in the setting of inflammatory disease, eating probiotics may be a novel way to improve the disease-associated symptoms that negatively impact the lives of patients," study author Mark Swain said.

The results have broader implications for the field as well, said Keith Kelley, an immunophysiologist at the University of Illinois at Urbana-Champaign who was not involved in the study. "The global implication of these data is that the gut microbiome can perhaps be manipulated to not only regulate immunity but also to regulate the neural circuitry that affects behavior."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Society for Neuroscience. Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:
Society for Neuroscience. "Probiotics improve behavioral symptoms of chronic inflammatory diseases in mice." ScienceDaily. ScienceDaily, 28 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150728194936.htm>.

Red grape chemical may help prevent bowel cancer but less is more

Date: July 29, 2015

Source: Cancer Research UK

Summary:
Resveratrol, a chemical found in red grapes, is more effective in smaller doses at preventing bowel cancer in mice than high doses, according to new research. Previous research looked at high doses of purified resveratrol to study its potential to prevent cancer. This is the first study to look at the effects of a lower daily dose -- equivalent to the amount of resveratrol found in one large (approx. 250ml) glass of red wine -- comparing it with a dose 200 times higher.

Resveratrol, a chemical found in red grapes, is more effective in smaller doses at preventing bowel cancer in mice than high doses, according to new research* published today (Wednesday) in the journal Science Translational Medicine.

Previous research looked at high doses of purified resveratrol to study its potential to prevent cancer. This is the first study to look at the effects of a lower daily dose -- equivalent to the amount of resveratrol found in one large (approx. 250ml) glass of red wine -- comparing it with a dose 200 times higher.

Results from bowel cancer-prone mice given the smaller dose showed a 50 per cent reduction in tumour size while the high dose showed a 25 per cent reduction. Lower doses of resveratrol were twice as effective as the higher dose in stopping tumours growing, although this effect was only seen in animals fed a high-fat diet.

Samples of tumours from bowel cancer patients given different doses of resveratrol showed that even lower doses can get into cancer cells and potentially affect processes involved in tumour growth.

Resveratrol is a naturally-occurring chemical found in grape skins and other plants. Laboratory studies have suggested that it may have anti-cancer properties, although results from human trials have been mixed.

This study opens up new avenues for the role of purified resveratrol in preventing cancer, but suggests that it may only be effective for people with a specific genetic make-up, particular diets and lifestyles.

And it doesn't mean drinking red wine reduces cancer risk, as drinking alcohol increase the chances of developing the disease.

Karen Brown, professor of translational cancer research at the University of Leicester, said: "For the first time, we're seeing that less resveratrol is more. This study shows that low amounts may be better at preventing tumours than taking a high dose.

"The same might be true for other plant-derived chemicals and vitamins that are also being studied for cancer prevention. There should be more research looking at the effects of low doses. But this is early laboratory research and the next stage is for clinical trials to confirm whether resveratrol has the same effects in people at high risk of bowel cancer."

Dr Julie Sharp, Cancer Research UK's head of health information, said: "This research doesn't mean that having a glass of red wine will reduce your risk of cancer because you can't separate the resveratrol from the alcohol. And the increase in cancer risk linked to alcohol outweighs any possible benefits of the resveratrol.

"It's a fascinating study but we need much more research to understand all the pros and cons of someone taking resveratrol to prevent bowel cancer. However, we do know that keeping a healthy weight along with a balanced diet low in red and processed meat with lots of fibre including fruit and vegetables can stack the odds in your favour to lower your risk of developing the disease."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Cancer Research UK. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
H. Cai, E. Scott, A. Kholghi, C. Andreadi, A. Rufini, A. Karmokar, R. G. Britton, E. Horner-Glister, P. Greaves, D. Jawad, M. James, L. Howells, T. Ognibene, M. Malfatti, C. Goldring, N. Kitteringham, J. Walsh, M. Viskaduraki, K. West, A. Miller, D. Hemingway, W. P. Steward, A. J. Gescher, K. Brown. Cancer chemoprevention: Evidence of a nonlinear dose response for the protective effects of resveratrol in humans and mice. Science Translational Medicine, 2015; 7 (298): 298ra117 DOI: 10.1126/scitranslmed.aaa7619

Cite This Page:
Cancer Research UK. "Red grape chemical may help prevent bowel cancer but less is more." ScienceDaily. ScienceDaily, 29 July 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150729142324.htm>.

Frutas, verduras e legumes em fase de colheita podem chegar mais baratos à mesa

Fonte: Ascom/MAPA - Quarta-feira, 29 de Julho de 2015 


Mapa/Ceagesp ajuda o consumidor a economizar na hora da feira

O site da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) – empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – ajuda o consumidor a economizar na hora da feira. Nesta época, há uma oferta maior de produtos a preços mais atrativos.

A companhia traz uma ampla tabela de frutas, verduras e legumes divididos de acordo com sua sazonalidade, ou seja, com o período em que há maior oferta e preços mais atrativos. O documento por ser acessado neste link.

Todas as semanas, a companhia aponta quais produtos estão com custo em baixa, estável ou em alta. Para a semana de 21 a 28 de julho, por exemplo, melancia, morango, chuchu, coco verde, berinjela, mandioca e milho verde estão mais baratos. Já o mamão papaya e formosa, abacaxi pérola, beterraba, mandioquinha, coentro e cebola apresentam preços mais altos.

A Ceagesp também tem um programa que apoia a tomada de decisão de escolas, hospitais, creches e outras entidades que compram do governo na escolha de frutas e hortaliças frescas. A ferramenta chama-se Hortiescolha e pode ser acessada neste link.

Mais proteção para quem produz

Fonte: Ascom/MDA - Quarta-feira, 29 de Julho de 2015 


Agricultores familiares da região Sul - forte produtora de arroz, milho e trigo e a criação de bovinos, aves e suínos – têm sofrido as consequências das fortes chuvas que atingem a área nos últimos meses. Para os agricultores familiares produzirem com mais tranquilidade, sabendo que terão ressarcimento em eventuais perdas na lavoura, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) disponibiliza o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf).

O Seguro é contratado junto com as operações de custeio agrícola do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para ter este benefício, o agricultor paga uma taxa de apenas 3% sobre o valor segurado. Para lavouras irrigadas e na região semiárida a taxa é de 2%.

Os agricultores familiares podem recorrer ao seguro se as perdas forem superiores a 30% e se não houver irregularidades na lavoura. Para solicitar, precisa ir ao banco e informar o sinistro, fazendo uma Comunicação de Ocorrência de Perda (COP). Depois, é só aguardar a vistoria da lavoura por um técnico.

É importante que o agricultor tenha uma pequena pasta para guardar documentos básicos para o seguro: contrato de financiamento, orçamento do crédito, croqui da lavoura, análises de solo e notas fiscais dos insumos adquiridos. Para cada tipo de insumo previsto no orçamento do crédito, o agricultor deve ter as notas fiscais correspondentes, com valor compatível com o previsto no orçamento.

“A vigência do seguro termina com a colheita ou com o fim da época de colheita. A produção não deve ser deixada sem colher, sofrendo riscos de perda por chuvas, pragas, doenças e outros eventos adversos. É importante atentar para esses cuidados básicos, para não perder a cobertura do seguro”, destaca o coordenador do Seaf, da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), José Carlos Zukowski.

O coordenador destaca que o técnico, ao fazer a vistoria da lavoura, precisa respeitar as normas do Seguro e seguir a técnica agronômica, para que o agricultor possa receber o valor devido do benefício, conforme a perda real e efetiva da lavoura.

Plano Safra 2015/2016

Nesta safra 2015/2016 começa a operar um novo modelo de seguro de renda no Seaf. O agricultor terá um valor segurado de até 80% da receita bruta esperada da lavoura. O novo seguro oferece condições mais adequadas de cobertura e o limite de renda líquida segurável (que é igual a receita bruta menos o financiamento) aumentou de R$ 7 mil para R$ 20 mil por ano. 

O Seaf também oferece uma cobertura adicional para ajudar o agricultor no pagamento de prestações de financiamentos de investimento do Pronaf. O valor dessa cobertura adicional pode chegar até R$ 5 mil por ano. A adesão é opcional e é feita no contrato de financiamento do custeio da lavoura.

Para as operações contratadas a partir de julho deste ano, começou a vigorar um sistema bonificações. O agricultor que não solicitar pagamento do seguro terá desconto na taxa de adesão na safra seguinte. Assim, a taxa de adesão será anualmente ajustada para mais ou para menos, conforme o histórico de sinistros do agricultor. Esse modelo é utilizado em outros países e estimula a utilização de boas práticas, para a lavoura não sofrer perdas que podem ser evitadas e para a obtenção de melhores rendimentos na colheita.

Francisco Beltrão

A região sudoeste do Paraná foi a mais atingida pelas chuvas, segundo dados da Defesa Civil. Na área rural do município de Francisco Beltrão, até o momento, foram registradas 14 COPs por chuva excessiva, que serão avaliadas pelos bancos e vistoriadas por técnicos.

Segundo o presidente da Cooperativa Central da Agricultura Familiar Integrada do Paraná (Coopafi) de Francisco Beltrão, José Carlos Farias, não há prejuízo, no momento, entre os associados, porque as lavouras ainda estão sendo desenvolvidas, mas se continuar com a umidade alta pode ter problema na produção de trigo. “O seguro é uma grande conquista e tem ajudado as famílias nessas situações de eventos climáticos que não temos controle. Os agricultores familiares da nossa Central mantêm a DAP [Declaração de Aptidão ao Pronaf] em dia para acessar o Pronaf e ter essa segurança”, ressalta Farias.

A Coopafi, criada em 2007, é composta por 11 cooperativas no sudoeste do Paraná e beneficia 3,2 mil agricultores familiares. Cerca de 90% acessam tanto o Pronaf Custeio quanto o Pronaf Investimento. Os produtos são identificados com o Selo da Agricultura Familiar, entre eles, feijão, farinha de milho e trigo, amendoim, arroz, sucos, biscoitos diversos, macarrão e pão caseiro, açúcar, doces e mel. Os itens são comercializados no Paraná e em São Paulo - 100% das vendas são destinadas ao mercado institucional por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Link:

Entenda os perigos da obesidade e hipertensão na infância

Fonte: Portal EBC com informações da Sociedade de Pediatria de São Paulo - Quinta-feira, 30 de Julho de 2015 


A vida moderna, o estresse, a velocidade na qual as coisas acontecem nos últimos anos têm tido reflexos na sociedade e na saúde. Algumas vezes bons, outras vezes não. Esse impacto se mostra cada vez maior na saúde das crianças. Sedentarismo, facilidades de comunicação on line, fast food, entre outros aspectos da sociedade contemporânea, têm acelerado o processo de maturidade das crianças e, com isso, problemas de saúde que antes eram considerados como exclusivos da vida adulta se tornam cada vez mais frequentes na prática pediátrica.

Dentre esses problemas, a hipertensão arterial (a chamada pressão alta) e a obesidade na infância, caracterizada pelo aumento do peso corporal proporcionalmente maior do que o ganho em altura, têm tido destaque tanto nas discussões acadêmicas quanto na mídia.

As razões para isso e também para anúncios alarmistas em redes sociais é que essas duas doenças estão intimamente relacionadas entre si e com o desenvolvimento de uma maior taxa de morbidade e mortalidade, tanto no decorrer da vida adulta quanto no aparecimento precoce de condições mórbidas graves ainda na infância, como as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. Além disso, os números preocupantes de aumento da incidência dessas duas doenças são cada vez maiores, apesar dos esforços das sociedades médicas e grupos de estudos e controles de doença ao redor do globo para combater e controlar seu aparecimento.

Quem acompanha as discussões em redes sociais já se deparou com notícias sobre a influência da propaganda de produtos alimentícios destinados a crianças que contem quantidades exageradas de açúcar e sódio. Algumas destas publicações revelam uma preocupação cada vez mais frequente com o futuro das crianças.
Entendendo a obesidade infantil

A obesidade, definida como um índice de Massa Corporal (IMC) maior que o percentil 95% dos estudos populacionais, é um real problema de saúde pública em todo o mundo. Estudos epidemiológicos atuais revelam que nos Estados Unidos a prevalência da obesidade na infância chega a 18%. Essa alta prevalência também é observada na Europa e tem sido tendência em outros países, de acordo com estudos realizados na Índia, China, África do Sul e também no Brasil, sendo que a prevalência mundial de obesidade aumentou em 2,5 pontos percentuais entre 1990 e 2010, atingindo 6,7% naquele ano e com uma expectativa de ultrapassar 9% em 2020.

A obesidade pode ser entendida como uma condição multifatorial, na qual fatores genéticos, ambientais, sociais, endocrinológicos e comportamentais estão envolvidos. O consumo exagerado de bebidas adoçadas, como sucos e refrigerantes, guloseimas, fast foods, ausência de exercícios físicos adequados para a idade e excesso de tempo gasto em atividades estáticas, como assistir televisão, uso de computador e de jogos eletrônicos estão incluídos nestes fatores. Entender os fatores causais ajuda também a entender as formas de tratamento e prevenção.

Entendendo a hipertensão arterial

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, pode ter duas origens: a origem primária, também conhecida como essencial, responde por mais de 90% das hipertensões do adulto e, até pouco tempo, era característica desta faixa etária. A origem secundária, ou seja, na qual existe uma doença sabidamente causadora da hipertensão, é mais comumente encontrada na infância. Porém, o que se tem visto é um aumento significativo da chamada hipertensão primária entre as crianças.

Dentre os fatores de risco para esse tipo de hipertensão estão a obesidade, hábitos alimentares, aumento do ácido úrico no sangue, alto consumo de sódio, vida sedentária, baixa qualidade do sono e fumo passivo.

Outros fatores envolvidos são genéticos, étnicos, fatores associados às condições do parto e classe social, estes não podendo ser modificados. Existem diferentes teorias envolvendo a gênese e desenvolvimento da hipertensão que incluem alterações hormonais, vasculares, resistência à insulina e ativação do sistema nervoso autônomo.

A incidência da hipertensão arterial pediátrica tem sido em torno de 2,5% a 3% em todo o mundo, dados similares aos encontrados em estudos brasileiros, o que tem se tornado alvo de preocupação frequente entre os pediatras clínicos.
A relação entre obesidade e hipertensão

É sabido que a hipertensão ocorre mais frequentemente entre obesos e a obesidade por si só aumenta os níveis de pressão arterial. Esses dados têm sido confirmados por diversos estudos em diferentes países. Os mecanismos envolvidos nesta relação são a resistência à insulina e hiperinsulinemia (aumento da produção de insulina e do seu nível no sangue). Isso faz com que os vasos que irrigam os rins se contraiam e a irrigação diminua, ocorrendo aumento da produção de um hormônio que leva a uma reação em cadeia de um sistema conhecido como Renina-Angiotensina-Aldosterona, que faz aumentar a quantidade de sódio e dos níveis de pressão arterial. Outro hormônio, chamado leptina, produzido pelas células de gordura do corpo, também faz aumentar os níveis de pressão, sendo outro fator de correlação entre gordura corporal e pressão alta.

A obesidade também favorece uma condição chamada apneia do sono, o que leva a uma condição de baixa oxigenação chamada hipóxia, que ativa o sistema nervoso simpático a produzir hormônios que elevam a pressão.

Além disso, a inflamação crônica gerada pela obesidade, bem como o desgaste energético e metabólico, também estão associados à origem da hipertensão arterial.
Evitando e tratando o problema

Por se tratarem de duas situações extremamente complexas, o tratamento, bem como a prevenção, da obesidade e da hipertensão arterial envolve uma abordagem multifatorial. É vital a compreensão destes distúrbios como graves problemas de saúde, tendo em vista que, seguindo a tendência mundial de aumento de seus índices, em breve teremos uma grande população de crianças obesas, com risco cardiovascular aumentado e adultos com doenças cardiovasculares cada vez mais precoces.

O envolvimento do pediatra e dos pais na prevenção dos agravos é extremamente importante, sobretudo nas fases iniciais da doença ou, preferencialmente, antes que comecem a se instalar, modificando hábitos que desde cedo prejudicam o bem estar e a saúde das crianças, desde o início da vida.

É importante que os pais sejam orientados a conduzir o estilo de vida das crianças, através do desenvolvimento de rotina de alimentação saudável, incluindo alimentos que tenham um valor nutricional alto, excluindo desta rotina doces e guloseimas com alto índice glicêmico, o que promove um pico de insulina elevado, ocasionando alterações metabólicas que levam ao surgimento da obesidade. Por vezes, tais alimentos aparecem maquiados sob formas aparentemente inócuas como sucos de frutas, entre outras apresentações, porém os pais devem ser orientados a procurar nos rótulos dos alimentos informações sobre a quantidade e qualidade de açúcares e sódio, pois a ingesta aumentada de sódio favorece o aparecimento da hipertensão arterial e de doenças cardiovasculares.

Outras orientações recaem sobre o estilo de vida mais ativo, visando manter uma rotina saudável de exercícios físicos adequada para a idade e adaptada à rotina de cada criança.

O pediatra, ao detectar precocemente alterações da composição corporal, do índice de massa corpórea e da massa de gordura, bem como a aferição e detecção de alterações dos níveis de pressão arterial, tem condições de avaliar as possíveis causas destas alterações e promover o tratamento nos diversos níveis de atenção, indicando um acompanhamento especializado quando se fizer necessário.

Lembrando que a criança nunca está sozinha e sim, inserida em uma família. Esta também dever seguir as mesmas mudanças de estilo de vida, pois os hábitos das crianças são constituintes dos de sua família. Portanto, a alimentação saudável e rotina de exercícios devem ser seguidas por todos os familiares, além de outras orientações como o desencorajamento ao tabagismo, uma vez que o tabagismo passivo também é fator importante para o aparecimento destes problemas.

Agindo juntos, pais e filhos, sob a orientação do pediatra, podem reverter esta tendência e aumentar as chances das gerações futuras terem uma vida saudável e livre destas doenças, que figuram entre as principais causas de morte e agravos permanentes em todo o mundo.

Link:

Plantas melhoradoras do solo para fruteiras tropicais.

Prevent and Treat Skin Aging, No Matter How Old You Are

JULY 28, 2015 BY DANIELLE EMIG

Prevent and Treat Skin Aging, No Matter How Old You Are
"Prevent and Treat Skin Aging, No Matter How Old You Are" on Health Perch

Sistema premiado controla umidificação de parques urbanos

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Publicado em 30/julho/2015

Keite Marques, da Assessoria de Comunicação da EESC

Os estudantes do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Renata Camillo e Renato Nunes Moraes, desenvolveram o Sistema Automático de Umidificação de Parques (SAUPA), o qual busca estabelecer um nível de umidade relativa do ar confortável, de maneira inteligente, no ambiente onde estiver instalado. O sistema monitora o local, processa os dados, interpreta o ambiente e, a partir disso, toma uma decisão operacional. O projeto foi o vencedor da primeira edição do desafio “Telit Cup Brasil”, promovido pela empresa Telit Solutions Wireless, no dia 15 de maio e possibilitou aos estudantes a possibilidade de viajarem a Las Vegas (Estados Unidos), entre os dias 6 e 10 de setembro, com o objetivo de vivenciarem uma grande experiência nas áreas de empreendedorismo, tecnologia e inovação.
Sistema Automático de Umidificação de Parques venceu o desafio "Telit Cup Brasil"

A competição teve como objetivo incentivar e promover projetos científicos na comunidade universitária que possibilitassem soluções para a melhoria da qualidade de vida no ambiente urbano por meio da aplicação de conceitos de inovação e empreendedorismo relacionados à internet das coisas. Em setembro, os alunos embarcarão para os Estados Unidos a fim de participar da “Telit DevCon 2015″ e do “CTIA Super Mobility 2015″, eventos mundiais de inovação. Lá, eles pretendem apresentar a solução e ter a chance de atrair investidores para o negócio.

A ideia do sistema surgiu como um projeto visando a participação na competição nacional após muita pesquisa com o professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC, Edson Gesualdo, que foi o orientador do trabalho. Os estudantes também consultaram a professora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP, em São Carlos, Luciana Bongiovanni Martins Schenk, que foi responsável pelo projeto de revitalização do Parque do Kartódromo “Antenor Garcia Ferreira”, em São Carlos. Ela apresentou aos alunos a demanda por um sistema inteligente de umidificação para espaços públicos, que fosse eficiente para a população e não causasse desperdício de água.

Analisando essa demanda, os estudantes constataram que criar uma solução para o problema também atenderia os principais quesitos da competição: inovação e qualidade de vida. “Muitas pessoas deixam de frequentar os espaços públicos para fazer suas atividades físicas por causa da insalubridade do tempo seco”, comenta Renata. O SAUPA é constituído de sensores instalados em pontos estratégicos que captam a temperatura e a umidade do ar dentro da área de monitoramento e fazem com que o sistema aja automaticamente, diferente dos umidificadores para redução de sensação térmica que geram uma nuvem de água pulverizada para amenizar o calor do corpo do usuário quando acionados manualmente — equipamentos como esses já são utilizados em alguns parques como, por exemplo, o Ibirapuera, em São Paulo.

Sensoriamento

O sensoriamento ocorre por intermédio de uma lógica do sistema que atua de forma autônoma: ao identificar o baixo nível de umidade do ar, ela ativa ventiladores com vapor de água no ambiente até regularizá-lo, e a operação é repetida sempre que o nível abaixar. Todo o sistema funciona com uma rede sem fio, e o investimento total para a implantação gira em torno de R$50 mil para uma área aproximada à do Parque Dom Pedro II, localizado na capital paulista. A solução também disponibiliza o acesso a um aplicativo para o sistema Android com informações sobre temperatura e umidade do ar no local, assim o usuário pode acompanhar quando o sistema está funcionando. Os alunos afirmaram que é possível integrar mais tecnologia, por se tratar de um projeto constituído em módulos, como um sensor de radiação solar para medir o nível de raios UVA e UVB.

“Esse módulo serviria como informação aos usuários e conscientização do uso de protetor solar, bonés e chapéus, quando a radiação estiver em níveis considerados de risco a saúde”, explica Renata. Para a avaliação dos jurados, foi construído um protótipo da rede de sensores com a central de informações e os umidificadores operando automaticamente em tempo real. Todo o desempenho pôde ser acompanhado por meio do acesso aos dados disponibilizados no site e no aplicativo SAUPA. Moraes comenta que há outros detalhes para aperfeiçoar o sistema com o objetivo de adequá-lo a um produto comercial. “Ainda estamos amadurecendo a ideia”, ressalta. O sistema tem como público-alvo prefeituras e subprefeituras, além de organizações esportivas, empresas com o perfil sustentável e fabricantes de protetores e bloqueadores solares.

Para os alunos, conquistar o primeiro lugar no desafio foi muito gratificante. Moraes avalia que o prêmio reconhece toda a dedicação e o objetivo alcançado na prática. “O projeto saiu do ponto zero, foi muito trabalho até conseguir tirar algo do papel, como um projeto promissor que pode funcionar e ser útil”, comemora. Renata ainda comentou que esse é o primeiro passo para a vida profissional da dupla. “A gente aprendeu muito e correu atrás de tudo para transformar a ideia em um protótipo. Acredito que o prêmio é muito importante e um diferencial pela notoriedade da empresa. Os contatos que iremos fazer em Las Vegas serão de grande relevância para nós”.

Para o professor, a compreensão adequada por parte dos estudantes, o cumprimento do regulamento da Telit no projeto, a capacidade de agregar outros dispositivos ao sistema e a escolha do tema foram os destaques que levaram os alunos à vitória. “Esse projeto satisfaz as exigências da Empresa, é de fácil instalação, apresenta real benefício às pessoas que utilizam as áreas urbanas e tem potencial econômico”, descreve Gesualdo. Ele também ressalta que há sempre uma grande satisfação quando seus alunos realizam um projeto que os destacam no cenário nacional. “Isso mostra o quanto os estudos abrem essas possibilidades, dando-os conhecimento e autoconfiança. Isso destaca também nosso departamento e a Escola”.

Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

Mais informações: (16) 3373-6600 / 3373-6700

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Poesias e análises sobre a Amazônia e o meio ambiente integram o livro Crônicas Ambientais

O livro está disponível na Infoteca da Embrapa

“Crônicas Ambientais – Ecos da Floresta” é o nome do novo livro do pesquisador Raimundo Nonato Brabo Alves, da Embrapa Amazônia Oriental, disponibilizado para acesso digital e gratuito no mês de junho. Trata-se de uma coletânea de 37 artigos publicados entre 2009 e 2014 no blog Amazônia em Devaneios, mantido pelo autor, e reproduzidos nos Portais EcoDebate e Dia de Campo.

São poesias, análises de conjuntura, pensamentos e alertas que desvelam os desafios ambientais da Amazônia. Para Raimundo Brabo, seus escritos complementam o trabalho de pesquisador em uma instituição pública, pois reúnem análises técnicas, mas que podem ser publicizadas de maneira metafórica e até poética, sem se deixarem alienar da contextualização e da criticidade do que vem ocorrendo com o meio ambiente não só na Amazônia, mas no mundo.

E foi exatamente dessa angustia em perceber e da necessidade de externar as contradições amazônicas que surgiram as primeiras linhas para além da escrita dura e acadêmica da pesquisa. Sob influência do filho, há cerca de cinco anos criou o blog Amazônia em Devaneios, para reunir e registrar os artigos. Do blog, as centenas de posts ganharam vida no mundo virtual sendo replicados por importantes portais de notícias sobre meio ambiente, desenvolvimento e questões amazônicas, em especial, o EcoDebate e o Dia de Campo.

Na difícil decisão de quais artigos deveriam integrar o livro, Brabo comenta que a escolha partiu da audiência, pois selecionou aqueles que mais tiveram compartilhamentos, curtidas e comentários nas mídias sociais e demais espaços virtuais. Ele conta que o próprio formato da publicação, 100% digital e gratuito, também foi uma decisão de consciência ambiental. “Com as ferramentas que temos disponíveis hoje em dia, os meios digitais reduzem a necessidade de papel e todo impacto que ele traz”, explicou.

A experiência do livro digital, seu alcance e difusão aos leitores, agradaram tanto ao pesquisador que suas primeiras publicações – “Amazônia do Verde ao Cinza”, de teor mais técnico e o poético, “Lamento Amazônico” -, devem ser digitalizadas em breve e disponibilizadas online. E um quarto livro já começa a ganhar corpo e segue o mesmo caminho dos demais, construído, artigo a artigo, e compartilhado no universo virtual.

O livro “Crônicas Ambientais – Ecos da Floresta” pode ser acessado na Infoteca da Embrapa pelo endereço:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1016266/1/CronicasAmbientais.pdf

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

in EcoDebate, 24/07/2015

Micro centrais elétricas a biogás, artigo de Roberto Naime

[EcoDebate] Está sendo desenvolvida e aqui deve ser descrita, apresentada e saudada, a iniciativa, a criação de várias microcentrais termelétricas a biogás, gerado a partir de criação de animais, com a coleta com beneficiamento de esterco por digestão anaeróbica e posterior geração elétrica com possibilidade de conexão pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Este novo aproveitamento dado a subprodutos remanescentes em pequenas e médias propriedades rurais, abre uma nova perspectiva de geração de ocupação e renda, integrando potencialidades, principalmente em pequenas propriedades rurais, boa parte delas caracterizada como unidades produtivas de cunho familiar. Esta iniciativa se insere muito adequadamente ao que se considera sustentabilidade nos momentos atuais: viabilidade econômica, social e ambiental. E desmistifica a concepção de que todas as ações são viáveis somente em condições sociais ou econômicas avantajadas. Isto não é verdadeiro, mesmo com escassez de recursos, é possível realizar e abrir novas perspectivas, com criatividade, boa vontade e comprometimento com atitudes engajadas.

No município de Marechal Cândido Rondon, no extremo oeste do Paraná, vários pequenos e médios produtores já viabilizaram esta idéia, com ou sem apoio da Itaipu Binacional, que aqui não pode ser omitida, e que não se pode deixar de saudar pela importância do projeto que auxilia a viabilizar. O projeto conta com apoio também da Embrapa Suínos e Aves do Paraná, cujo site foi pesquisado para obtenção de informações adicionais. Em notícia de site, há indicação que a microcentral termelétrica a biogás do Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba no município citado foi integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), tornando-se a menor unidade geradora conectada ao sistema. Esta ação tem um potencial simbólico de grande importância. Demonstra que para empreendedores de qualquer possibilidade financeira, é possível empreender e preencher todas as condições de sustentabilidade, gerando ocupação e renda em pequenas propriedades, e possibilitando integração de forma adequada.

Além da autossuficiência energética e dos amplos benefícios ambientais gerados pelas atividades necessárias para geração energética, estas ações integram pequenos produtores rurais em atividades de grande importância, ressaltando-se as dificuldades frequentes que tem se constatado nos reservatórios das geradoras hídricas de energia elétrica pelas inegáveis alterações climáticas que tem propiciado geração irregular de fenômenos pluviométricos. O beneficiamento dos dejetos, tem a capacidade de transformar um grave problema ambiental, causado pelas criações intensivas, que geravam poluição de solo ou contaminação hídrica, em solução alternativa com geração de renda para propriedades agrícolas preferencialmente ligadas a agricultura familiar.

A estimativa é que este condomínio, especificamente, seja responsável pela geração de 800 kWh por dia, ou seja o equivalente a 24mil kWh por mês, que é suficiente para satisfazer o abastecimento de 150 unidades residenciais considerando o consumo médio registrado no país.

Considerando o caso específico da central de Sanga Ajuricaba, que reúne cerca de 33 pequenos produtores rurais, a energia gerada será descontada pelo valor equivalente, na conta dos prédios públicos a Prefeitura de Marechal Cândido Rondon. E esta entidade deverá então remunerar aos integrantes da cooperativa que reúne os participantes do condomínio rural, denominada “Coperbiogás”.

São utilizados preferencialmente dejetos da produção de suínos e de gado leiteiro. Os dejetos são transferidos para biodigestores, onde sofrem decomposição anaeróbica, sendo extraídos aproximadamente a quantia diária aproximada de 800m3 de gás metano. Os biodigestores das várias propriedades rurais estão interligados por meio de um gasoduto de aproximadamente 25km de extensão, que recolhe o gás produzido e executa o transporte do combustível para a microcentral de produção de energia.

Os resíduos sólidos dos biodigestores, muito enriquecidos em matéria orgânica, podem ser ainda beneficiados e produzir biofertilizantes para uso próprio ou mesmo para comercialização. Este tipo de insumo é muito empregado e bastante adequado para promover a recuperação física de solos, maior retenção de água e de nutrientes, o que é determinado pela ampliação da fração argilosa do solo.

O biogás produzido também pode ser utilizado para geração de energia interna nas pequenas propriedades rurais consideradas, servindo para cozinhar e esterilizar equipamentos de ordenha. Nota mencionada no site da Embrapa registra que estas experiências inspiraram projetos semelhantes em pequenas farinheiras de Pernambuco, em projetos realizados em parceria com a Centrais Elétricas do rio São Francisco (Chesf) e arranjos em Santa Catarina, em parceria com a Eletrosul. Há menção também a mobilizações de pequenos agricultores na cidade de Toledo, próxima a Cascavel, no oeste paranaense.

É lícito registrar que o modelo desenvolvido é genuinamente brasileiro. Na Europa, em vez de gasoduto transportando o gás gerado, são transportados os dejetos para grandes biodigestores, altamente tecnificados. Todo o projeto tem sido acompanhado pelo Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica, Agência Nacional do Petróleo e Empresa de Pesquisa Energética. Espera-se que todas estas agências passem rapidamente da observação para a ação engajada, pois a viabilidade do projeto já foi demonstrada e o potencial da demanda é enorme em todo o país, onde é possível resolver problemas ambientais, conjuntamente com a geração de renda e a produção de energia.

Também acompanham a trajetória da iniciativa a Onudi Internacional, a FAO para América Latina e Caribe e pela Organização Latino-Americana de Desenvolvimento de Energia (OLADE). Há o registro de que o governo uruguaio assinou memorando de entendimento com a Itaipu para instalar iniciativa semelhante no Departamento de San José no vizinho país. Finalizando o projeto já é de conhecimento do conselho consultivo do programa Energia Sustentável para todos (SE4ALL), iniciativa da ONU com o objetivo de promover acesso universal à energia e aumentar a eficiência energética e o uso de energias renováveis.

Só fica aqui manifestado que esta experiência simboliza uma quebra de paradigmas e democratiza a possibilidade de geração de produção e renda com a viabilização da solução de grande problema ambiental.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Civilização Instantânea ou Felicidade Efervescente numa Gôndola ou na Tela de um Tablet [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 23/07/2015
"Micro centrais elétricas a biogás, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, 23/07/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/07/23/micro-centrais-eletricas-a-biogas-artigo-de-roberto-naime/.

‘Estamos perto de provocar um impacto irreversível’, diz chefe da Convenção sobre Diversidade Biológica

Novo relatório demonstra o quanto a atividade humana está desafiando os limites seguros de nossos sistemas naturais, além dos limites necessários para a humanidade continuar a prosperar e florescer

Com o apoio da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), a Fundação Rockefeller – Comissão Lancet de Saúde Planetária divulgou no dia16 um relatório intitulado “Proteção da saúde humana na época Antropocena” em Nova York. O relatório demonstra o quanto a atividade humana está desafiando os limites seguros de nossos sistemas naturais além dos limites necessários para a humanidade continuar a prosperar e florescer.

Na ocasião, o secretário executivo da (CDB) e conselheiro científico para a Comissão Lancet, o brasileiro Braulio Ferreira de Souza Dias, observou que “estamos chegando mais perto do que nunca de provocar um impacto potencialmente irreversível, além de colocar em risco a saúde dos nossos ecossistemas e das gerações presentes e futuras”.

Dias participou de um painel que incluiu outros comissários e especialistas ansiosos para discutir o relatório com o público presente na apresentação. Ele destacou que esses relatórios significam um apelo urgente por ações coerentes e colaborativas que juntas aumentem a resistência dos nossos ecossistemas, do sistema planetário e das comunidades de todo o mundo. Criada durante a Conferência Rio 92, a CDB está profundamente empenhada neste trabalho como muitas das Metas de Aichi de Biodiversidade, adotadas por mais de 190 países em 2010, e direta ou indiretamente relacionadas às questões da saúde humana.

O secretário executivo ficou especialmente satisfeito porque o relatório deu destaque especial à necessidade do desenvolvimento de uma nova disciplina de “saúde planetária”. Isso também sugere uma série de recomendações práticas que incentivem a colaboração entre as comunidades médicas, ambientais, entre outras, e enfatizem a necessidade de tirar vantagem de oportunidades relacionadas por mudanças positivas transformadoras.

A recomendação inclui reduzir o desperdício de alimentos e diversificar a alimentação; proteger a natureza e a biodiversidade; construir cidades resistentes; desenvolver mais sistemas de saúde resistentes; e fazer impostos e subsídios favoráveis para a saúde planetária.

O relatório está disponível em inglês aqui.
Informações da ONU Brasil, in EcoDebate, 24/07/2015

Lançamento de esgoto e resíduos com agrotóxicos afetam o rio São Francisco

Em foto de arquivo, outro exemplo do despejo de esgoto no rio São Francisco

O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) ajuizou ação contra a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, a Codevasf, por causa do lançamento de resíduos com alto teor de agrotóxico, no rio São Francisco. A União, o Estado de Sergipe e o município de Ilha das Flores também são réus no processo.

A área afetada pelo dano ambiental é conhecida como “Vale Encantado” ou Prainha, no município de Ilha das Flores. No local, além do lançamento de resíduos oriundos de projetos de irrigação da Codevasp no rio São Francisco, também foi verificado despejo de esgoto sem tratamento vindo das residências.

O lançamento de esgoto no rio é provocado pela falta de sistema de saneamento na cidade. Segundo a ação do MPF, “o saneamento básico, serviço público essencial, deve ser prestado pelo Poder Público de forma eficiente, tendo em vista a sua importância para a qualidade da saúde pública. A realidade das cidades brasileiras, no entanto, é de baixo percentual de cobertura desse serviço, ou, muitas vezes, de ausência total, o que acarreta a proliferação de doenças graves e contagiosas.”

Na ação, o MPF pede à Justiça que o município de Ilha das Flores, o Estado de Sergipe, a União e a Codevasf implantem sistema de saneamento básico nas áreas que despejam esgoto sem tratamento, especialmente na região do “Vale Encantado”. Também pede que os réus sejam obrigados pagar indenização pelos danos ambientais causados pela poluição hídrica no Rio São Francisco. O valor da indenização deve ser revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Número para pesquisa processual: 0800072-49.2015.4.05.8504

Informações do Ministério Público Federal em Sergipe, in EcoDebate, 24/07/2015

Comunidades isoladas da Amazônia usam energia solar para purificar a água

Os aparelhos funcionam com energia solar e fornecem água limpa para pessoas que vivem em locais remotos, sem acesso à energia elétrica. Foto: Maiana Diniz/Agência Brasil 

Purificadores de água compactos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) estão garantindo água potável para comunidades isoladas da região amazônica. Os aparelhos funcionam com energia solar e fornecem água limpa para pessoas que vivem em locais remotos, sem acesso à energia elétrica. Entre as 13 populações com o purificador já instalado, estão os índios da etnia Deni, que residem a 25 dias de barco de Manaus, no Alto Rio Juruá.

O purificador elimina 99,5% das bactérias, fungos e coliformes da água dos rios por meio de uma lâmpada de luz ultravioleta C, os raios mais perigosos da radiação ultravioleta. A lâmpada é colocada no interior de um tubo metálico. Quando a água passa pelo tubo é bombardeada pela luz e sai desinfetada. Um painel de energia solar carrega a bateria que acende a luz.

Durante a 67ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Carlos, o pesquisador do Inpa Carlos Bueno, em entrevista à Agência Brasil, disse que o projeto foi desenvolvido para evitar mortes por contaminação e verminoses, principalmente de crianças, devido ao consumo de água não potável. Os testes em aldeias indígenas começaram em 2007. “O purificador é resultado da remodelagem de tecnologias que já existiam”, explicou.

Segundo o pesquisador, apesar da grande quantidade de água doce na região amazônica, há muita água de baixa qualidade. “Nos rios próximos a comunidades, as águas encontram-se poluídas por populações que vivem de costas para o rio”, ressaltou. Bueno atribui o fato a fatores culturais, como a crença de que a sujeira jogada no rio é levada embora.

O Inpa, em parceria com o sistema de saúde, está avaliando os impactos da tecnologia nos números de contaminação e verminoses das populações beneficiadas. “Os resultados são altamente positivos, os indígenas, inclusive, apelidaram o aparelho de ‘benção de Deus’”, disse Bueno.

O Instituto tem 56 aparelhos montados. De acordo com o pesquisador, ainda este ano, serão instalados dois purificadores em cada estado da Região Norte, em comunidades isoladas, unidades de conservação e pelotões de fronteira do Exército.
Acoplado a um painel de energia solar e à caixa de água, o purificador filtra 400 litros por hora. Foto: Divulgação/Ascom Inpa 

O purificador é uma caixa metálica de 13 quilos, e todo o sistema custa R$ 2 mil, incluindo o painel solar e o filtro de entrada. A lâmpada e a bateria duram cerca de 10 mil horas, ou seja, de três a quatro anos. Bueno acrescenta que a manutenção é mínima neste período.

Acoplado a um painel de energia solar e à caixa de água das comunidades, o purificador filtra 400 litros por hora, ou seja, 5 mil litros por dia, o suficiente para fornecer água limpa para beber e cozinhar a 300 pessoas.

Mas, para que o purificador funcione com eficiência, a água que passa pelo aparelho precisa ser límpida, translúcida, permitindo que a luz a atravesse. Bueno conta que as águas dos rios da Amazônia são diversificadas, assim como a fauna e a flora da região. “Temos água branca, preta, como no Rio Negro, e igarapés, vermelha, como em São Gabriel da Cachoeira, barrenta ou branca, como do Rio Amazonas e Solimões, e verde, como a do Rio Tapajós.”

O pesquisador explicou que cada uma dessas águas têm quantidades diferentes de resíduos em suspensão, que precisam passar por um filtro físico antes de entrar no purificador, que é um filtro biológico. “Com água barrenta, por exemplo, a eficiência da radiação não vai ser boa, então o aparelho exige que sejam acoplados filtros para melhorar a qualidade da água antes que seja purificada”, explicou.

Os filtros usados nos purificadores em operação foram comprados prontos no mercado, mas o Inpa está patenteando um projeto de filtro natural feito com sementes de plantas como as palmeiras e tubos de PVC. “Entre as vantagens desse tipo de filtro é que, além de retirar materiais em suspensão, ele tira o cheiro da água. E como as sementes são a parte mais nutritiva das plantas, ricas em minerais, tornam a água mais rica.”

O especialista informou que, para expandir a produção do purificador, o Inpa assinou um contrato de parceria com uma empresa que trabalha com energias alternativas. “Estão trabalhando junto com o Inpa e vão dar escala de produção para o aparelho.”

O instituto também fez parceria com o Exército para desenvolver um projeto chamado Homem Água, que consiste em um modelo mais compacto do aparelho que vai caber em uma mochila. “Quando os soldados estiverem em treinamentos na selva, por exemplo, vão poder instalar o sistema e tratar água para o pelotão inteiro tomar quando pararem”, explicou Bueno.

Por Maiana Diniz, da Agência Brasil, in EcoDebate, 24/07/2015